Little Things escrita por BiaSiqueira, ThansyS


Capítulo 29
Bônus - POV. Edward


Notas iniciais do capítulo

Reta final...



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POV. Edward Shetfield

A Manu é um ser humano estranho. Sim, esse era o único pensamento que vinha rondando a minha mente a algum tempo. Mas ela não era estranha de um jeito ruim. Ela era estranhamente, uma estranha legal. Neste ano eu vivi muita coisa. Eu diria até coisa de mais. Eu conheci tantas pessoas, fui para tantos lugares, vi e participei de tantas histórias, que chega a soar cômico o fato de eu dizer que a única grande conquista que eu tive não tem muito mais do que 1,60m de altura. E o mais estranho era que a minha maior conquista estava bem ali, na minha frente, encarando o teto da “nossa” casa como se a qualquer instante ele fosse se soltar e cair sobre nós. A Manu tinha hoje o mesmo olhar sonhador que ela trouxe consigo quando chegou à Inglaterra.

– Manu, a casa não está caindo, não se preocupe. – Eu disse como se fosse uma afirmação óbvia, como de fato era, e ela me encarou um pouco confusa antes de me responder.

– Por que está dizendo isso? – Ela perguntou com o olhar sonhador ainda presente em suas feições.

– É que você estava parada ai, primeiro encarando as paredes e depois o teto, como se a sua vida dependesse disso e então eu pensei que... – E eu comecei a falar mais uma das minhas frases sem sentido, mas por sorte, eu não pude terminá-la. De repente, a Manu tinha os braços em volta Ed mim, me prendendo no que seria um aperto de ferro caso ela tivesse força física suficiente para isso. E foi ai que eu percebi o quão confortável eu ficava nas mãos daquela baixinha. A garota de olhos castanhos e sorriso gentil me segurava como se segurasse o seu mundo, e foi com essa percepção que eu me acheguei ainda mais a ela, e com carinho, retribui com força o abraço da minha garota.

E quando mamãe nos chamou de longe, eu não me importei. E não me importei também com o sermão que ouviria depois por ter ignorado ela naquele momento, e também por ter ignorado tudo o que ela disse sobre eu e a Manuela. Eu só me importei em ser o mais másculo e ainda assim sensível o quanto eu pudesse parecer, enquanto com carinho eu selei nossos lábios. E ela pareceu realizada com aquele simples gesto. Era singelo, quase inocente, ou nem tanto assim, mas vinha do coração. E quando nós nos separamos, com um sorriso, que eu devo afirma, parecia bastante bobo para mim, eu carreguei as malas dela até o carro e sem dizer mais nenhuma palavra nós começamos o nosso trajeto até Gales. O silencio no carro era confortável. Meu carro ficou em casa, já que depois de Gales a nossa próxima parada era o Brasil. Por isso fomos todos juntos. Mamãe ia no banco do carona e o Paul ia dirigindo tranquilamente.

Manu encarava a paisagem na estrada e eu me vi encarando a paisagem que era para mim ver ela observando a paisagem. E de súbito, ela se virou para mim, com um sorriso enorme no rosto que quase me fez me assustar.

– tomara que dessa vez a gente não seja atacado por nenhum Bambi raivoso. – Ela disse quebrando o silencio do carro e fazendo Paul dar uma das suas conhecidas risadas engraçadas e minha mãe nos encarar com uma enorme interrogação na testa. E mais uma vez, eu acabei por ignorar os dois.

– É mais difícil encontrar eles por aqui, quando o inverno está nessa fase de transição. – Eu disse e ela me encarou desinteressada. – Ou talvez o Harry Potter não esteja tão disposto a deixar o seu Patrono passear livre por ai dessa vez. – Eu completei e ela reabriu aquele sorriso bobo de criança feliz que ela sustentava antes.

Daí para frente acabamos por ter que parar de ignorar minha mãe e contamos a ela sobre o acontecimento do qual a Manu se referia. E por incrível que pareça, depois do olhar raivoso que ela me lançou e o pequeno discurso sobre “como dirigir na neve é perigoso”, minha mãe pareceu relaxar e foi obrigada a rir um pouco da história.

– Edward, venha aqui me ajudar com as malas garotão. Parece que a Manu resolveu levar um pedaço da Inglaterra com ela de volta para o Brasil. – Paul falou assim que descemos do carro no estacionamento da casa onde ele mora com a minha mãe.

A Manu parecia um pouco impressionada com o tamanho da nossa casa. Minha mãe até se atreveu a dar uma risadinha de encorajamento para ela.

– Vamos lá, a casa não parece tão assustadora quando você se acostuma com ela. –Eu disse quando me aproximei e ela sorriu um pouco.

– Quando vocês chegarem no Brasil, com certeza não vão encontrar uma mansão como essa. – Ela falou som um olhar engraçado e eu ri dela.

– A parte mais importante do Brasil, eu já conquistei Manu. – Eu falei com ar de superior e ela sorriu abertamente me ajudando a carregar as malas em seguida.

Com certeza teríamos um feriado interessante.


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Notas finais do capítulo

E então?
Beijo Beijo e fiquem com deus!



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