Little Things escrita por BiaSiqueira, ThansyS


Capítulo 20
Bônus. (Pov. Edward)


Notas iniciais do capítulo

Não ficou muito legal, mas eu tentei. rs'
POV. Ed de presente para vcs!



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Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença e até a morte os separe. Lindo, poético e maravilhoso. Quando se está em um casamento, é claro. Quem inventou essa frase, com toda certeza já tinha morado com a Manuela antes. Ok, não fez sentido, deixa eu explicar.

Tudo começou a quase seis meses atrás, mas eu vou pular para parte que interessa, e essa começou exatamente a uns três dias atrás quando a louca da Kamyla fez todos nós irmos para um maldito acampamento no meio do nada em pleno inicio de inverno britânico. E o pior de tudo, é que nós aceitamos, e no final acabamos todos amontoados em uma única barraca e congelando quase até a morte. O passeio dos sonhos de todo mundo.

Manuela nos fez o favor de surtar lá no acampamento. E ela fez isso por causa de inúteis formigas. Tudo bem, o Batman também tem medo de animais estranhos, mas ele é o Batman, quem vai dizer isso a ele? E ao menos morcegos são feios. Formigas são pequenas e insignificantes, mas deixam a brasileira que mora comigo em estado de pânico. Pois é, eu já mencionei que ela tem crises de pânico de vez em quando? Tipo, formigas, caretas, perseguições. Tudo isso faz ela parar de brincar e começar a surtar. Acreditem, eu descobri isso do jeito mais difícil. Talvez fosse mais legal morar com o Batman, e menos destrutivo também. Será que ele queima s panelas quando tenta fazer café? “We found Love in a hopeless place, we found Love in a ...”

Meu celular não costumava ter esse toque antes, mas parece que alguém andou mexendo nele também.

- Edward, será que você pode trazer água pra mim? – O ser irritante que mora comigo, me ligou para me pedir um copo de água.

- Manuela, por que você não levanta para pegar?

- Você sabe por que Edward, seu cretino. – Ela disse manhosa do outro lado e eu teria rido da cara que ela provavelmente fez.

- Espere ai Meinu, eu já vou. – Eu disse e ouvi ela rir baixinho, antes de espirra e desligar o telefone na minha cara. Garotas. Se todas elas fossem tão simpáticas como a Manuela, os homens estariam em sérios problemas. Mas felizmente, alguns deles tem sorte na vida e não são como eu.

Levantei relutante da cama. Já passava das duas da tarde eu nem se quer havia tirado  a roupa de dormir. Rastejei praguejando a Manuela até a cozinha, onde peguei um copo de água que quase congelou minha mão. Agente nem chegou em dezembro direito e o frio já está mandando bala.

- EDWARD, MORREU NO CAMINHO? – Senhor, eu preciso de paciência, por que conviver com a Manuela já é difícil, conviver com a Manuela gripada é impossível.

- Manuela, se você gritar assim de novo eu vou morrer onde quer que eu estiver, por que minha cabeça vai estourar e ai você vai ficar sem a sua água, assim como vai ficar sem o seu capacho.

- Não seja dramático Ed. Eu é que estou dente, e você é que fica fazendo doce. – Ela perguntou se esquecendo apenas de um fato importante. Quando se vive com uma pessoas, na mesma casa que ela, você passa a compartilhar muita coisa. E é ai que entra aquela linda frase na qual eu estava pensando hoje mais cedo.  Mais especificamente na parte do “Na saúde e na doença”. Como coisa boa ninguém compartilha de bom grado, o que sobra para gente dividir é justamente a pior parte. A doença. Quer saber por que? Manuela doente + Edward saudável a uma distancia segura = Bom.

Manuela doente + Edward trocando saliva com ela = Ruim.

- Você se esqueceu de um pequeno detalhe Meinu. – Eu disse entregando a ela o copo de água e me sentando ao seu lado na cama de solteiro nada espaçosa.

- E qual seria esse detalhe Ed? – Ela perguntou me fitando com uma belíssima cara de sono de quem estava dormindo no mesmo lugar a quase 24 horas.

- Já que você não lembra eu vou ter que relembrar você. – Eu disse e logo uma série de espirros vinda da Manuela cortou meu raciocínio.

- Desculpa Ed. – Ela pediu voltando a se deitar e eu a acompanhei no movimento imprensando nós dois naquele espaço pequeno;

- Eu acho que vou te explicar ao invés de relembra as coisas. – Eu disse e ela riu um pouquinho. – Acho que você passou seus germes para mi no momento em que me atacou lá no carro. – Manuela corou até a raiz dos cabelos e eu ri da cara de envergonhada doente dela. – Na verdade mesmo, você começou a passar os germes para mi lá no carro, e terminou de fazer isso, na sala da nossa casa, na cozinha e por ai vai...

Quando eu terminei de falar a Manuela já estava completamente escondida debaixo do edredom, e eu estava rindo com a lembrança. ( Itálico quer dizer que são lembranças ok galera?)

- Deixa eu te explicar então. – Ela falou depois de um monte de doideiras e eu assenti – Nós estamos fazendo o que agora?

- Brigando?

- E se não estivéssemos brigando no meio da neve, o que estaria mos fazendo? E morrendo congelados não é a resposta.

- Estaríamos... – Eu comecei a dizer mas não tive a oportunidade de terminar. Não terminei por que a Manuela fez algo que eu queria ter feito desde que acordamos hoje de manhã, ou talvez fosse desde que eu a abracei ontem, ou desde que nós nos conhecemos. Quem se importa com datas quando a uma garota inda está beijando você?

A Manuela colocou suas mãos no meu cabelo e me impediu de me afastar um centímetro se quer. E eu não hesitei nenhum minuto em dar a ela aquilo que ela queria Eu retribui e logo já estávamos sentindo a temperatura daquele carro bem mais quente. E talvez tenha sido os vidros embaçados que nos impediram de ver um carro se aproximando. E não era um carro qualquer. A batida no vidro do nosso carro fez a Manuela sair do meu colo e voltar rapidamente para o banco do carona. Eu abaixei o vidro dando de cara com três caras. E assim que eu levantei a cabeça para reconhecê-los, acho que eles fizeram o mesmo já que logo eles riam de alguma piada interna que eu desconhecia.

- Ed, esses não são os caras que iraram agente da neve uns meses atrás? – A Manu perguntou e eu assenti rindo um pouco.

- Eu devo perguntar o que é que vocês estão fazendo parados no meio da estrada cheia de neve depois de uma nevasca? – O homem mais velho perguntou e eu senti um dejavú daquela cena.

- Não faça perguntas inconvenientes homem. – O segundo disse nos encarando e sorrindo safado. – Você sabe como são os jovens e todos esses hormônios. – Ele falou simplesmente e Manuela teria corando mais caso fosse possível.

- Agente não tem sorte na vida Ed. – A Manuela falou me tirando das lembranças embaraçosamente gostosas.

- Só por que o mesmo grupo de caras que já tinha pegado agente na neve antes, nos pegou na neve uma segunda vez? – Eu disse e ela assentiu vermelha de raiva. – Pelo menos da primeira vez nós éramos inocentes.

- Edward. – Ela me repreendeu pelo meu último comentário antes de rir e se aconchegar mais para perto de mim. – Eu só não vou te bater muito agora, por que está bem frio e você é quentinho.

- Tudo bem Meinu, é só ficar quietinha ai e dormir um pouco. – Eu disse brincando com o cabelo dela e logo ela estaria dormindo.

A Manuela funciona basicamente como um cachorrinho. Dócil quase sempre, e frágil demais. Tem comportamento estranho às vezes, mas conquista qualquer um com quem convive. Que ela nunca me ouça pensando nela como um cachorrinho. Ou melhor, que ela nunca me ouça pensando nela. Ainda bem que ela não pode ouvir pensamentos. E esse foi meu último pensamento estupido antes de dormir um pouco também. 


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Notas finais do capítulo

E então?
Mil beijos e fiquem com Deus!
Até logo! E se tiver alguma semi deusa ai, eu to escrevendo uma fic PJO. rs'