Little Things escrita por BiaSiqueira, ThansyS


Capítulo 19
Constatações


Notas iniciais do capítulo

Vou deixar vcs me dizerem se a inspiração voltou ou não ok?!
Love you e espero que gostem!



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– Bom dia


Aquele nem de longe foi um dia bom. Na verdade, isso vai depender do seu ponto de vista. Vamos lá, eu acordei agarrada no ruivo e com um pé da Kamyla chutando desconfortavelmente a minha bunda enquanto agarrava o nosso amigo panaca.


Assim que eu me mexi para levantar, eu sentei no pé da Kamyla, que estava na hora errada e no lugar errado. Ela gritou, acordou o Phil e ainda bateu nele por ele estar tão perto dela. Edward riu, Phil xingou ele. Eu ri, Kamyla brigou comigo, eu me levantei, tropecei nas cobertas emboladas, bati a cabeça no teto da barraca e cai sentada de volta no colo do Edward. Kamyla e Phil riram, eu xinguei eles e o Ed. O Ed gostou, aquele tarado. Depois daí, nós nos enrolamos de edredom, já que ninguém tinha coragem de trocar de roupa por que estava muito frio, e todos juntos desmontamos a barraca. Só pra constar, eu disse que não sabia ajudar a montar. Destruir as coisas, aí você pode contar comigo. Essa foi a parte mais importante da nossa manhã, já que ninguém deve considerar importante uns dois ou três guardas florestais que passaram nos encarando como se fossemos um grupo estranho no meio da mata fechada. O fato de estarmos de pijamas não significa nada.

– Edward, vamos logo com isso antes que eu morra congelada na porta desse carro. – Eu gritei para o ruivo que terminava de pegar as coisas e ele me respondeu educadamente, como sempre fazia com todo mundo. Devo salientar que isso foi antes de ele conviver comigo por uns meses.

– Entra no carro Manuela, ai fica mais difícil um pouquinho de congelar, você não acha?

– Grosso.

E esse foi nosso dialogo mais importante naquela simples manhã.

Eu poderia descrever as conversas animadas entre o Phil e a Kamyla, mas isso envolveria horas do meu raciocínio lento, para tentar suprimir as palavras de merda que aqueles canibais usam. Ops, acho que acabei de esquecer de suprimir uma delas.

Enfim, Phil deu partida no carro desejando ao Ed um adorável “Coma a poeira imaginaria que eu vou deixar pra você nesse asfalto coberto de neve”. E assim nosso amigo foi na frente. Mais tarde, agradeceríamos a ele por isso. E eu ainda teria a certeza de que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Pelo menos, não na cabeça das mesmas pessoas.

Edward dirigia como a lesma paralitica que ele era no volante. Olhando agora pelo lado de ora, tivemos muita sorte ontem a noite. Provavelmente, se não estivéssemos em um grupo consideravelmente grande e em um local consideravelmente pequeno, teríamos morrido de frio. Teríamos virado picolé. Agora o abraço do Ed não me pareceu assim tão ruim. Na verdade, nunca antes tinha parecido mesmo.

A estrada estava parcialmente coberta por neve. Não era um local movimentado e por isso tivemos sorte também de um limpa neve ter passado por ali antes de nós espalhando um pouco o gelo acumulado na estrada. Phil não estava mais a vista e eu sei que assim como eu, Edward se perguntava como ele havia conseguido passar por ali tão rápido.

Não havia som no carro. Estava cedo de mais para ouvir qualquer coisa que fosse. Musicas animadas nos deixariam irritados e musicas calmas nos fariam dormir outra vez. E sono e direção não combinam, vale lembrar. Na verdade, Edward e direção já não combinam, quem dirá um Edward com sono na direção. Catástrofe. Absolutamente.

Passamos com dificuldade por mais algumas curvas que eu me lembrava de ter visto no dia anterior e só o que eu tinha na cabeça era como aquela neve conseguia ser assim mais branca do que eu. Não, na verdade, isso e pensei agora, antes eu estava pensando em como aquela ideia de acampamento havia sido inútil. Vamos analisar os fatos. Nós quase fomos esmagados por um cervo raivoso no caminho para lá, chegamos no meio do mato, eu fui atacada por formigas, o Edward me abraçou, e isso foi legal, ok, foco Manuela, foco. Voltando ao foco. Fui atacada por formigas, quase briguei com meus amigos, destruí uma barraca e dormi no meio do mato em um noite que devia ter chegado aos seus tantos graus negativos. Eu dormi abraçada com o Ed. Ok, Manuela, foco. Foco. Uma vez eu li em algum lugar que ele era o marido da foca. Merda Manuela, foca. Focar? Isso é um verbo? * Bom, vamos esquecer isso e voltar ao foco, aquele que não é o marido da foca, é claro. Talvez, só talvez, a viagem não tenha sido tão inútil assim. Eu ainda dormi abraçada com o Ed. Será que ele gostou disso tanto quanto eu? Desde quando eu penso que gostei disso e ainda quero saber o que ele pensa? Foco Manuela, foco.

Focar. Foi isso que a minha visão fez. Ela se focou em um pontinho vermelho no meio da neve, e acreditem em mim, não era nenhum tipo de fandangos perdido nem nada. Era o carro do Phil, completamente preso na neve.

Imediatamente, minha mente resolveu passear em algo que aquela cena trazia à tona.


–Você é engraçada. – Ele falou e eu o olhei esperando que me dissesse o porquê daquela constatação. – Você prefere séries de terror a filmes de romance clichês, e vê graça em um cara ruivo dirigir uma BMW. Digamos que isso não é muito comum por aqui.


–Desculpe se pareço estranha. – Falei e ele voltou a sorrir.

–Não. É estranhamente divertida. – Ele falou sorrindo mais abertamente. – E isso é bom.

Assim que o cara que eu ainda não sei como chamar, mas você-sabe- quem- é, disse isso senti um solavanco e logo o cinto do carro estancou me impedindo de dar com a cara no vidro da frente.

– E isso não é bom. – Foi o que ele disse assim que olhou para frente e viu o monte gigante de neve no qual o carro estava preso.


Eu tentei não sorrir ao me lembrar daquilo. O primeiro dia em que estive na Inglaterra. Meu primeiro dia com o Edward. Meu primeiro acidente de carro. Ok, isso não é uma boa lembrança. Mas o Ed esta nela, então não é assim tão ruim. Ou é?



– Manuela, você esta me escutando? – A voz assustada do Ed soou próxima de mim, me tirando dos meus devaneios estranhos.


– Desculpe, o que você dizia? – Eu perguntei o encarando como se visse o próprio Papa dançando a Macarena no estilo One Direction. Ok, talvez teria sido melhor não imaginar isso.

– Eu dizia, que o Phil ficou preso na nevasca e nós temos que ajudar.

– E como você sugere que façamos isso?

– Essa era a parte onde você me ajudava a arrumar um jeito.

Imediatamente, uma ideia estranha me ocorreu.

– Lembra de que isso já aconteceu com agente? – Perguntei e ele assentiu, parecendo repentinamente envergonhado.

Uma nova cena se passava na minha mente, e eu acho que na dele também.


– O que nós vamos fazer agora Ed? – Perguntei e ele me olhou com um ponto de interrogação impresso na testa.


– Quem é Ed, pelo amor de Cristo? Não me diga que agora vai conversar com seu amigo imaginário não-ruivo e tão louco quanto você. – Ele falou como se alguma coisa daquilo realmente fizesse sentido e foi minha vez que ter um ponto de interrogação na cara.

– Vou tentar te explicar sem ser muito rude tudo bem? – Falei e ele apenas continuou me olhando. – Seu nome é James Edward, e você não gosta que te chame de James e nem de Edward. Como Jay-Jay pra mim não é um nome digno eu pensei que Ed talvez fosse uma maneira melhor e mais simples de te chamar sem te irritar profundamente. – Eu falei e ele me olhou com a mesma cara de vegetal laranja de sempre.

– Seu sotaque fica ainda pior e mais engraçado quando você tenta falar rápido. Sem contar as palavras erradas que você fala no meio das frases.


– É claro que eu lembro Meinu. – Ele resmungou e eu ri um pouquinho.


– E o que foi que nós fizemos enquanto estávamos presos?

– Deixa eu pensar... – Ele falou com a maior naturalidade do mundo e eu esperei.


– Eu não acredito que estamos discutindo isso enquanto deveríamos estar desesperados por ajuda, já que estamos presos em um monte de neve no meio do nada. – Resmunguei e ele deu de ombros.


– Não estamos no meio do nada. Essa é uma estrada movimentada, só que pessoas normais não saem de casa com esse tempo, então podemos demorar um pouco até conseguir resgate. – Ele falou coma sua habitual e irritante calma e educação.

–Me responda apenas mais uma coisa, querido quase-primo.... Se ninguém sai de casa com esse tempo, e VOCÊ sabia disso, por que estamos aqui fora? – Perguntei e ele soltou um risinho estranho que me deixou com vontade de dizer isso a ele, mas não disse. Tenho bom senso.


– Nós brigamos. – Ele falou como se fosse obvio.


– Ai está o ponto. – Eu falei como provavelmente o Batman faria e Edward me encarou como se visse o próprio coringa.

– Desculpe, quer que deixemos os dois congelando pra eles poderem ter mais tempo para brigar um pouco?

– E claro que não. Eles já brigam sempre.

– Eu não estou entendendo você Manuela. O frio deve ter congelado seu lado racional já quase inexistente.

– Cale a boca. – Eu reclamei e ele riu. – O ponto é que se eles não vão brigar, eles podem se beijar, seu enorme estúpido.

– Eu juro Manuela, que eu queria tentar entender a sua lógica nisso tudo, mas não ta dando.

– Deixa eu te explicar então. –Eu falei e ele assentiu. – Nós estamos fazendo o que agora?

– Brigando?

– E se não estivéssemos brigando no meio da neve, o que estaria mos fazendo? E morrendo congelados não é a resposta.

– Estaríamos... – E ele começou a dizer e não terminou. Não terminou por que eu não deixei e fiz uma coisa que queria ter feito desde que acordamos hoje de manhã. Ou talvez, desde ontem, ou desde que nós nos conhecemos? Eu beijei o Edward.


* Parte que faz referencia a uma fic do fandom HP que eu leio e releio e ainda morro de rir. É testando Evans, testando McKinnon e Tentando Meadoweas. Eu acho!rs' Envolve ainda garotos tarados, meninas neuróticas e banheiros. Enfim, não to plagiando, os créditos são delas :)



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Notas finais do capítulo

E então?
Mil e dois beijos e fiquem com Deus!
EU TO DE FÉÉÉÉRIIIAAS! GRAÇAS A DEUS!
E para as semideusas de plantã, chegou Sacrificio e Salvação!
Rimou, Oh Gosh, Apolo, amor, é a convivencia! ~me ignorem~
http://fanfiction.com.br/historia/384612/Sacrificio_E_Salvacao