—Sirius estou tentando falar com você!

Régulo Black chamou o irmão na entrada do castelo.

—Por favor. Vamos para as masmorras.

Pediu nervoso para Sirius.

—Não tenho nada para fazer nas masmorras.

—Sirius. É importante.

Sirius queria negar, mas seu coração ainda acreditava no irmão e, por isso o seguiu.

—Sirius eu quero ajudar você.

—Me ajudar? Você quer me ajudar para de seguir Voldemort.

—Você sabe que não é assim. Uma vez comensal, sempre comensal. Assim que acabar as aulas, a guerra vai começar.

—Que novidade maninho.

—Vocês, opostos à ele, não tem a menor chance. OS gigantes estão com ele. Os lobisomens. Quase todas as criaturas mágicas. Além disso, se... Eu suspeito de uma coisa, Sirius. E, se eu te razão...

—Não quero sua ajuda. Nós vamos mata-lo.

—Você não entende, mata-lo não vai resolver nada.

Régulo diz baixinho.

Antes que Sirius responda alguma coisa, Régulo olha assustado para o grifino que vem na direção dos dois e sai.

...

—Remo, só esquece isso!

Sirius pediu irritado.

—Só estou curioso. Até onde sabia você e seu irmão haviam cortado relações e, em uma semana já o vi pelos cantos no mínimo dez vezes.

—Eu também estou curioso. O que você andou fazendo tanto pelas masmorras para que me visse com Régulo? Tem amigos por aqui?

Remo desejou poder explicar a Sirius que estava ali para proteger Pedro, ele havia saído do grupo de comensais e sofreria retaliações por isso, Remo estava de guarda para quando a retaliação ocorrer ele pudesse evitar. Mas não podia contar a Sirius, porque A: Havia prometido a Pedro que isso ficaria entre os dois e, B: Não confiava muito em Sirius naquele momento. As conversas ás escondidas com o irmão comensal deixavam Remo intrigado.

—Você sabe que não tenho amigos aqui.

—Sei mesmo? Achei que sim, mas sinceramente há muitas coisas que não ando sabendo sobre você ultimamente Remus.

—O que quer dizer com isso, Sirius?

—Apenas que estou de olho em você. Sei que somos amigos, mas...

—Mas o quê?

—Régulo me contou que todos os que tem seu probleminha estão do lado do...

—Está me acusando de estar do lado do Voldemort. E, que estou do lado dele, devido a minha condição? Além disso, desde quando confia tanto nas palavras do seu irmão?

—Não confio, mas é curioso que todos sejam...

—Sabe o que é mais curioso? Régulo andar te informando sobre o seguidores do mestre dele. Além disso todos os Black’s também estão com ele.

...

Pedro estava deitado em sua cama, mas não deixava de olhar o relógio no criado mudo. Olhava os ponteiros esperando que eles lhe dissessem o que fazer.

Será que ir seria errado? Seus amigos o perdoariam? James o perdoaria? Mas o que ele podia fazer? Não desejou quere-la. Não desejou gosta de Claire. A princípio ele tentou odiá-la. Tentou vê-la como a garota que quase expulsou sua amiga da escola. E, de todas as pessoas do mundo Lilian não merecia ser expulsa, ela junto com os marotos sempre o ajudaram.

Quando ele se achava um nada por não conseguir fazer um simples dever de feitiços Lilian o ajudava, uma vez, até deixou que ele copiasse seu dever isso antes de tornar-se namorada de James ou mesmo amiga de Remo.

No entanto saber disso e desejar odiar Claire não o ajudaram a não gostar dela. Os dois encontravam-se tantas vezes sem querer pelo castelo e, ele tentava ser frio, tentava não prestar atenção no que ela dizia, mas não conseguia. Com o tempo eles começaram a conversar, ele começara a contar à ela coisas que antes só contava aos marotos.

Pedro havia dito a Remo que já tinha saído novamente do grupo de futuros comensais, porém ele continuava lá. Não por ter fé em Voldemort, mas para ter mais tempo de vê-la. Na reunião do dia anterior Claire havia ido falar com ele na saída.

“

—Pedro! Oi.

—Oi.

Respondera Pedro tentando não deixar transpassar o nervosismo que sentia. Discretamente ele enxugou as mãos suadas na calça.

—Posso te confessar uma coisa?

—S-Sim.

—Ultimamente estou vindo nessas reuniões mais para ver você do que para escutar esse plano do Snape pela milésima. Tenho a sensação que ele nos acha um idiota.

“Ela está vindo por mim?” “Por mim?” Pedro tentava acalmar seu coração.

—Snape se acha “O” cara, mas tenho certeza que o Lord não hesitaria em mata-lo.

—Isso com toda certeza.

—Pedro, você já percebeu que andamos nos encontramos sem querer há várias semanas? –Ele confirmou com a cabeça- Talvez esteja na hora de nos encontrarmos querendo.

—Como um encontro?

—Sim, como um encontro. Que tal se nos encontramos nas masmorras depois do horário de recolher, você passa na cozinha...

Pedro não respondeu.

—Que tal se fazermos assim. Eu vou estar lá e se tiver alguma chance de que eu não esteja imaginando e tenha realmente algo rolando entre nós dois você vai. Se você não for saberei que mais uma vez estou imaginando coisas.

”

Remo dormia na cama ao lado. Frank também estava no dormitório, mas estudava para a prova de feitiços do dia seguinte. Sirius e James junto com outros tantos alunos estudavam poções com Lilian na sala comunal. Pedro se martirizava na cama desejando ir ao encontro com Claire e, sabendo que não devia.

Seus amigos não gostariam daquilo. Seus amigos: que sempre estiveram ao lado dele; que sempre o ajudaram; que sempre o apoiaram... Além disso ela tinha sido apaixonada por James. James! Quais as chances dele ser melhor que o James?

Pedro balançou a cabeça. “Nada de se menosprezar, você é tão bom quanto qualquer um de nós”. As palavras de Sirius ressoaram na cabeça dele. 

O relógio já batia 23h23min. Pedro respirou fundo. A lealdade aos amigos o segurava ali, mas a imagem de Claire triste e sozinha o esperando enquanto ele não ia o fizeram levantar.

Frank não estranhou quando escutou Pedro saindo do dormitório, provavelmente o amigo iria à cozinha. Comida deixava Pedro tranquilo, e, as provas do outro o deixavam estressado.

...

Lilian estava ensinando Alice poções, mas não deixava de olhar para o outro lado da sala. James e Sirius conversavam bem baixinhos e pareciam sérios. Boa coisa não devia ser.

—Qual é Sirius. É o Remo. Eu confio minha vida à ele. Da mesma forma que confio em ti ou em Pedro.

—Eu sei, mas você tem que concordar comigo que é estranho. Por qual motivo ele vai tanto as masmorras?

—Já pensou que ele pode estar indo justamente para te vigiar? Ele deve pensar a mesma coisa que você está pensando dele.

—Eu sei, mas...

—Eu entendo Remo. Sério, Sirius. Você e o Régulo não se falam há tempos, aí de repente vocês vivem conversando pelos cantos.

—Ele é meu irmão. E, vive dizendo que tem algo importante para me contar, mas nunca diz. Hoje ele veio com um papo estranho de que queria me ajudar. AÍ falou que quem luta contra o Voldemort não tem a menor chance, quando eu falei que iriamos mata-lo, ele falou que não matar não ia adiantar. E, James os olhos dele era medo puro. Nunca o vi daquele jeito.

—O que ele quis dizer com “mata-lo não via adiantar”.

—Não tenho ideia. Remo chegou na hora. Talvez ele não quisesse que eu soubesse do que se tratava.

—Ou talvez ele estava intrigado. Sirius tira isso da cabeça. Remo não é um seguidor do Voldemort.

—Se ele não é como soube que a Claire se tornou uma? É preciso ser do ciclo intimo para saber.

—Ele deve ter seguido ela.  Nós somos marotos Sirius descobrimos as cosias mesmo que não queiram isso.

—Régulo me contou que os lobisomens são do lado de Voldemort.

—E? Isso não prova nada Sirius. Eu e você sabemos perfeitamente que Remo passou a vida inteira tentando não ser como os outros lobisomens. Além disso, toda sua família também é Voldemort. Assim como todos os Blck’s são da sonserina, mas isso não te faz um seguidor dele nem mesmo um sonserino. 

—Certo, talvez eu esteja exagerando.

—Talvez?

—Tá bom. Estou exagerando. Amanhã vou conversar com Remo e resolver isso.

—Muito bem. Estamos em guerra Sirius, não podemos começar a desconfiar de todos.

Sirius sorriu e abraçou o amigo. Ele estava ficando louco. Remo nunca seria leal ao Voldemort. Nunca.

—Eu sempre soube que vocês iam se assumir um dia.

Lene gritou do outro lado da sala.

—Demoramos porque o meu Jay Jay ainda estava em negação. Até tentou ter um caso com essa lambisgoia. –Sirius apontou para Lilian.

—Sirius, eu tenho uma reputação a zelar.

Argumentou James afastando-se.

—Então é assim? As pessoas descobrem nosso caso e você me larga? E todas as promessas que você me fez? Eram só promessas pós-sexo?

—Desculpa Sirius. Eu só queria me aproveitar desse teu corpo sexy.

—Estou totalmente desgostosa com você, mas ainda te amo.

Sirius diz beijando James.

Lilian e todas as pessoas que ainda estavam na sala comunal encarava a cena abismados.

—Sirius, seu idiota!

Gritou James saindo correndo atrás do amigo.

...

Lilian estava quase dormindo quando James entrou no Santuário Potter.  Os dois haviam decidido que como já eram noivos podiam dormir juntos, no entanto os seus respectivos dormitórios não serviam já que os seus amigos passam a noite fazendo piadinhas, portanto, eles decidiram que iriam dormir ali, no Santuário Potter.

—Lil! Já está dormindo?

James perguntou se recostando na amada.

—Quase.

—Eu demorei porquê aquele Black maldito corre muito.

—Ok.

—Eu fiz alguma coisa?

Perguntou preocupado.

—Não.

—Então porque só estou sendo respondido com monossílabas?

—Porque eu estou QUASE dormindo.

—Vai dormir sem o seu beijo de boa noite.

Lilian gargalhou.

—Desculpa meu amor, mas você terá que escovar muitos seus dentes e lavar muito a sua boca para que eu te beije de novo.

—Eu já lavei minha boca, acredite.

—Jamie, foi o Sirius que te beijou. Não importa quantas vezes você lavou vai precisar lavar mais.

—Meu lírio, pense bem. Se você não me beijar, o Sirius vai ter sido a última pessoa que eu beijei antes de dormir. Você quer mesmo ele tenha sido a última pessoa que eu beijei? E se eu morrer enquanto tiver dormindo? Ele vai ser a última pessoa que eu beijei na vida.

Lilian virou-se para ficar de frente para James e lhe deu um beijo. Ela queria que fosse um beijo para reclamara a boca de James novamente para si, mas na verdade foi só pra que James calasse a boca e ela pudesse dormir.

—Lírio o que você está fazendo?

—Me virando.

—Mas eu pensei que ia rolar alguma coisa aqui, sabe...

—James, eu estou com sono. Quero dormir.

—Eu fui avisado que as mulheres começam a fazer jogo duro, mas meu pai falou que era depois do casamento, não depois do noivado.

—Se está achando ruim, vá procurar Sirius.

...