Lilian Evans.

–Não acredito! Simplesmente não acredito que você conseguiu conquistar meu pai em menos de uma hora de conversa.

Exclamo pela centésima vez desde que chegamos no pub. (Decidimos aproveitar um pouco mais a noite antes de irmos para casa)

–O que posso dizer? Charme Potter, meu bem.

–Sei...

–Ei, relaxa eu não pedi sua mão para ele, ao menos, ainda não.

–Você não vai desistir, não é?

–Nem que eu tenha que passa minha vida te propondo casamento, acredite ou não, eu sou um cara bem insistente.

Tomo um gole de cerveja na tentativa de esconder um sorriso que se formava em meu rosto.

–Eu quero me casar com você Lily, e não importa o quanto você tente negar sei que também quer se casar comigo.

–Eu nunca disse que não queria, o que eu disse foi que estamos juntos há muito pouco tempo para pensar nessas coisas.

–Lily nós estamos juntos desde que nos conhecemos no vagão do trem, no momento em que te vi minha alma reconheceu a sua como sendo uma parte de mim.

Reviro os olhos.

Não porque o que ele disse foi meloso demais, mas sim porque toda aquela “melosidade” não ficava tão melosa na boca de James.

–Jaime... Menos “melosidade”, por favor.

–Admita que gostou...

–Nunca.

Ele começou a rir.

–Seu pai me disse que você era a pessoa mais romântica que ele conhecia, mas que você não admitia tal condição nem mesmo para si, acho que ele tem razão. Você fica com essa cara de “aí meu Merlim que coisa idiota de dizer”, mas seu olhar fica tipo “que coisa fofa”. Sem contar que você sempre chora lendo aqueles livros trouxas que você tem, sua alma é romântica, mas você se nega aceitar isso.

–Sabe o que eu acho? Acho que você, meu pai, minha mãe vem romance até onde não há.

–Tudo bem

James disse com as mãos para cima como se tivesse se rendendo

–Não vou tentar de convencer do seu romantismo, porém não vou desistir de ter como minha esposa, por toda a eternidade. Todo o mundo saberá que você é minha e eu sou seu, no futuro quando alguém pensar em James Potter se lembrara de Lilian Evans e vice-versa.

–Vem vamos dançar.

Digo já em pé e o levando para a pista de dança. Já pensei muito em casamento por um dia....

Dançamos uma música coladinha.

–Sabe o que é engraçado? Ontem você estava dançando assim com outro cara, e estava morrendo de ciúme.

–Nós dois estávamos. Eu achei que você iria estuporar aquele cara.

–Eu ia, mas quando a procurei os meninos tinham pegado ela. Você me faz perder a cabeça.

–Digo o mesmo. Sabe quando agi da forma como agi ontem por puro ciúme? Nunca. Você faz isso comigo e não sei se é algo bom.

–Também não, mas o lado bom eu já descobri.

–E qual é?

–A reconciliação depois da briga.

–Você é um safado, Jamie.

–Isso não é novidade para ninguém, agora a sua safada é uma surpresa para mim.

–Você ainda não viu nada meu amor.

Digo puxando o quadril dele para mais junto do meu, e não demora muito eu sinto por cima da calça o quanto estou mexendo com ele. Para atiça-lo ainda mais começo a dar mordidinhas em sua orelha e pescoço. Minhas mãos sorrateiramente apertam seu volume por cima da calça fazendo-o soltar um gemido por entre os lábios.

–Vamos embora.

Ele diz.

–Vamos ficar mais um pouco, aqui está tão bom.

–Se ficarmos mais um minuto aqui eu vou te jogar em cima de uma mesa e te levar aos céus aqui mesmo.

Diz me puxando porta a fora.

...

Acordar nos braços de James era a melhor maneira de começar o dia bem, acima de tudo quando a única coisa que ele está vestindo é um lençol. Vou ao banheiro tomo um banho, visto umas roupas e saio do meu quarto o deixando dormir... Só mais um pouquinho.

–Bom dia.

Cumprimento Lene, Dorcs e Alice que estavam na cozinha preparando o café.

–Bom dia, flor do dia. Cadê seu amado?

Alice pergunta.

–Dormindo. Querem ajuda?

–Não. Queremos detalhes, muitos detalhes sobre seu jantar ontem, que deve ter sido ótimo porque saímos para uma festa e chegamos bem tarde e mesmo assim vocês não haviam chegado.

Lene falou.

–Foi.... Estranho. Assim que chegamos meu pai levou James para o quarto de jogos dele, e eu fiquei na cozinha com minha mãe. Quando fui chama-los para jantar adivinha quem já havia sido fisgado pelo Jaime?

–Seu pai?

Dorcs perguntou incrédula. Meu pai nunca tinha gostado de nenhum dos meus namorados em toda minha vida.

–Exatamente, e ele se recusou a me contar como fez isso.

–Será que eles já se conheciam antes?

Alice perguntou, e na hora me lembrei de quando contei a minha que James e eu estávamos namorando.

–Agora que você tocou nesse assunto, quando contei para minha mãe que estava namorando o James e eu meu pai sem querer ouviu a conversa, ele falou que se tinha um cara que ele gostaria de me vê junto era com Jay porque ele parecia que um cara respeitador e bem engraçado.

–Mas quando eles se conheceram?

Lene perguntou.

–Não tenho a menor ideia.

Respondo automaticamente, pois na verdade estou pensando de que forma James poderia ter conhecido meu pai, ou pior conversado com ele. Porque estava claro que aquela não era primeira vez que eles se viam, o problema é quando eles se viram? O que conversaram?

–James Potter acabou de passar Lilian Evans para traz, quem diria. O mundo realmente gira.

Alice comentou rindo. Só não sei se era do que ela mesma havia dito ou da minha cara.

...

–Você me enganou.

Declaro assim que entro no quarto. Ele está sentado na cama vestindo sua calça. E me olha de um jeito confuso.

–Você me enganou.

Declaro novamente. Ele me encara ainda confuso.

–Como assim?

–Ontem não foi a primeira que você viu meu pai.

Ele sorriu quando compreendeu onde eu queria chegar.

–Verdade já os viu eles te deixando na estação de trem.

–Não foi isso que eu quis dizer e você sabe disso.

Digo brava. Esse bastardo infeliz me enganou!

–Você e meu pai já conversaram sobre mim antes, ontem não foi à primeira vez. Você me enganou.

–Eu nunca disse que não tinha falado com teus pais antes.

–Jamie... Você já tinha conversado com ele antes. E eu quero saber sobre o que vocês falaram.

Digo brava.

–Nada demais. Foi uma conversa de uns 20 segundos, no início do 5º Ano, você tinha saído para comprar alguma coisa com sua mãe e seu estava esperando do carro, eu passei e o vi, e o reconheci como seu pai. Então fui até ele e falei algo como:

“Senhor Evans, eu sou James Potter” aí ele falou: -

James Potter? Já ouvi sobre você, minha filha reclamar de você durante as feiras. Fico muito feliz que tenha alguém para atormenta-la durante as aulas.

E eu falei:

–Senhor eu tenho sentimentos muitos fortes pela sua filha, e gostaria de dizer que por mais que ela me encha de foras, eu sei que vamos ficar juntos. Eu vim aqui somente para que o senhor saiba que não importa quantos caras ela lhe apresente eu sou o único que vai faze-la plenamente feliz, do jeito que ela merece.

E ele falou que ia esperar até que você me apresentasse a ele. E nos despedimos. Só isso mais nada.

Não acredito no que ouço. Não, só pode ser brincadeira.

–Porque você não me falou isso?

–Porque fiquei com vergonha, foi à coisa mais idiota que eu já fiz na minha vida. –Então ele me olhar marotamente e diz insinuante -É algo comparável com ser pego no flagra num sofá.

–Não acredito que Sirius te falou isso. Ele prometeu!

–Sirius sabia disso?

–Espera se não foi Sirius quem foi que te contou?

–Seu pai.

–Meu pai?

Ok. Para tudo. Merlim do céu!

–Isso mesmo, ele falou assim “James depois do que vi no sofá durante as férias não vou ser ingênuo a ponto de pensar que nunca rolou nada entre você e minha filha, mas saiba que ela tem um pai bem rígido e que não tem medo de bruxo algum, por isso tome cuidado e cuide bem da minha filha”.

Como por Merlim meu pai vai falar uma coisa dessa para o meu namorado. Merlim que vergonha.

–Ele não me falou quem foi o cara, mas pelo que ele falou e como ele deduzi que você estava fazendo... Não quero nem pensar. Não quero sim. Você estava ... você sabe... no sofá com algum idiota?

–Não fizemos nada, ele só estava de cueca.

Respondo se possível ficando mais vermelha. Vou matar meu pai.

–Quem é?

Pergunta ele com raiva.

–Ninguém com quem você deva se preocupar.

–Claro que não. No sofá?

–Não podemos deixar esse assunto para lá. Por Merlim! Eu só queria que todo mundo esquecesse isso.

–Pode ser, mas ser sabe que eu nunca mais vou sentar no sofá da sua casa.

Sorrio.

–Meu pai comprou outro.

Ele ri.

–Eu faria o mesmo.

–Esse cara deve ser importante né porque você não conseguiu nem esperar chegar no quarto.

–Jamie...

–Só estou dizendo.

–Foi uma bobagem James. Nós estávamos conversando no sofá e quase rolou nada demais.

–Para mim é.

–James por favor esquece isso.

–Eu vou esquecer até porque meu passado não é santo, mas só me diz o nome dele.

–Não.

–Porque não? Eu conheço?

–Podemos esquecer isso.

–Vai ser difícil, mas vou tentar.

Eu o beijo e lhe jogo na cama.

–Você não vai me comprar assim.

Ele diz com malicia.

–Diga isso quando eu acabar com você.

...

–Bom se vocês me dão licença, eu vou para casa dos meus sogros ajudar meu sogro a fazer uma coisa de sogro e genro.

Diz James quando chegou à sala e viu que Sirius, Eu, e Remo estávamos assistindo um filme. (Dorcs e Lene haviam ido à casa de Lene. Alice e Frank foram para casa de Frank).

–Não acredito que você conquistou o pai da Lily.

Sirius disse.

–Pois saiba que conquistei e digo mais ele me ama

–Lily, minha ruiva linda como você pode ter deixado isso acontecer?

–Vai por mim Sirius eu achava a mesma coisa que você.... Que ia dar merda

–Ninguém venceu o bolão. Ninguém apostava que esse Zé mané ia conquistar o senhor Evans.

Remo declarou.

–Tchau para vocês e até a noite. Morram de inveja queridos.

...

Sirius e eu ainda estávamos na sala, jogando xadrez bruxo.

–Lily, ontem saímos para uma balada. Adivinha quem encontrei...

Encarei Sirius, ele estava com um olhar triste, distante...

–Ela?

–Arram... Me pergunta com quem ela estava?

–Sirius...

Digo pegando na mão dele, pois entendi o que ele queria dizer, ela tinha namorado, e o meu cachorro apaixonado estava com uma tremenda dor de cotovelo.

–Talvez tenha sido o melhor mesmo. Ela é uma trouxa, e eu sou um Black isso poderia trazer graves consequências para ela. E sinceramente não quero ser culpado por nem mais uma morte inocente.

–O que você quer dizer com isso?

E sentindo o quão ele está triste sento ao seu lado e o puxo para meu colo.

–Esquece...

–Sirius. Talvez se você falar da culpa que você sente ela possa no mínimo amenizar.

–Sabe por que saí de casa?

–Não foi porque lá era insuportável?

–Foi, lá era um mundo que não era meu, aquelas pessoas que não se pareciam comigo. Sofri naquela casa mais do que qualquer pode imaginar, mas eu aguentei porque eles eram minha família, apesar de tudo, era meu sangue.

–Além disso, eu confiava em alguém lá, Belatriz, minha prima, ela era fascinada por Voldemort, mas aqui acola, era uma pessoa legal, e o namorado era bem legal também. E um dia eu cometi a desgraça de contar a ela, que eu estava apaixonado por uma garota, uma garota trouxa.

–Quando fui me encontrar com a garota naquele dia, Belatriz apareceu e a matou na minha frente dizendo que era para que o sangue da nossa família não fosse manchado. E ontem quando eu vi aquela garota com outro eu fiquei triste, mas feliz quando lembrei que eu poderia causar a morte dela.

Quanto mais Sirius falava mais ódio eu sentia de toda essa besteira de trouxa e bruxo. Se o Amor fosse tão grandioso como meus pais e James insistiam em dizer como pessoas com tanto ódio poderiam mata-lo assim?

Se nem mesmo um amor inocente poderia vencer essa bobagem o que mais poderia? Sirius, meu amigo, havia sofrido na pele o pior lado de toda essa situação, perdeu a família e possivelmente um grande amor, o que teria sido dele se não tivesse conhecido James, ou a qualquer outro dos marotos?

–Ei, eu amo você. Amo mais do que você pode imaginar, você é muito importante para mim Sirius e quem sai perdendo é essa outra garota... E um dia. Acredite em mim. Um dia Belatriz vai pagar por tudo que ela causou a você e a todas as outras pessoas que ela magoou.

Ficamos abraçados, até cairmos no sono.