Efeito Borboleta escrita por Lyandra Delcastanher


Capítulo 7
#7


Notas iniciais do capítulo

fui escrevendo e não consegui mais parar... isso resultou num capítulo de duas mil palavras pra vocês :3



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– Blaine, que diabos você fez lá? - David perguntava, ajudando Kurt a andar com seu pé bom. - Você não sabe nada de enfermagem.

– O-o quê? - Kurt olhou para o mais novo.

E mais uma vez, Blaine sentia o mesmo dejavu de antes. Tudo o que ele queria agora era ter Kurt em seus braços, e ter certeza que dessa vez não iria perdê-lo.

– Porque eu sinto que devo confiar em você? - Kurt perguntou, novamente, enquanto David vigiava o lado de fora da porta.

Blaine apenas sorriu e foi chegando perto da maca aonde estava Kurt, e como da primeira vez, seus lábios se colaram. Kurt correspondeu o beijo na hora. Ele sequer sabia o que estava fazendo e se estava fazendo direito, mas a sensação de ter outro cara em seus lábios... Blaine tinha suas mãos nos cabelos de Kurt, que ainda atordoado, aproveitava o beijo.

Assim que se separaram, Blaine abriu um sorriso enorme. - Não sei se conseguiria ficar mais tempo longe de você... - Soou como um suspiro.l

– Ok... Hm... Q-quem é você mesmo? - Kurt tentava manter o sorriso nos lábios.

– M-mas... Ah, Blaine Anderson... - Blaine sorriu ao se lembrar de que Kurt era ainda jovem (mesmo que naquele momento Blaine fosse ainda mais baixo que o castanho). Estendeu a mão.

Assim que Kurt lhe deu a mão para cumprimentar, Blaine o puxou para outro beijo. Kurt estava adorando aquilo. Era como as histórias de amor começavam. Um príncipe distinto viria e o beijaria, e dali então, começariam uma enorme história de amor.

– Está vindo alguém... - David abriu a porta, encontrando Kurt deitado e Blaine, praticamente, em cima do amado. - Mas que merda vocês dois estão fazendo?

Kurt e Blaine se separaram na hora e olharam David. Se olharam por alguns segundos, e caíram na risada. Blaine principalmente, pois essa cena já havia acontecido antes. Após a enfermeira e David saírem da sala, Kurt ainda precisava de uma explicação.

– E então?

Blaine encarou o chão, tentando bolar a desculpa perfeita pra esse plano dar certo, foi quando lembrou do enorme ego de Kurt.

– E-eu estava louco pra te beijar porque... eu... vi você nas seletivas... e... desde lá eu meio que estou apaixonado por você... - Blaine passava a mão pela nuca, tentando bolar algo mais real.

– Obrigado. - As bochechas de Kurt coraram imediatamente, e antes que Blaine pudesse pensar, Kurt já havia o puxado para mais um beijo. As línguas se encontravam do mesmo jeito que meses depois deveriam se encontrar. O beijo continuava o mesmo, e Blaine sorria durante o beijo.

– V-vem pra Dalton comigo. - Blaine separou o beijo, sorrindo com a maravilhosa idéia que havia acabado de ter.

– Dalton?

– É a minha escola. - Kurt levantou uma das sobrancelhas. - Olha Kurt, eu sei que você sofre aqui com esse tal de Dave Karofsky, e sei que seus amigos estão aqui... Mas você poderia vir estudar na Dalton Academy. É algumas horas daqui, mas lá você ficaria totalmente seguro e...

– Espera. - Kurt ainda tinha o semblante de dúvida em seu rosto. - Você está me pedindo para deixar meus amigos, e ir com um total desconhecido a quilômetros daqui pra viver um conto de fadas que sequer é real?

Blaine encarou o chão, decepcionado com o que estava ouvindo e assentiu lentamente. Pegou seu casaco que estava sobre a cadeira e caminhou até a porta, dando um adeus para Kurt em um tom inaudível.

– Eu acho que posso fazer isso...

Blaine sorriu ao ouvir Kurt.

[...]

Seus olhos lentamente foram se abrindo. Aquele lugar era desconhecido aos olhos de Blaine. Levou suas mãos às têmporas e as esfregou, tentando se lembrar de como havia chego naquele quarto. Sentou-se a cama, e sua intenção era se levantar, porém a falta de roupas em seu corpo disse ao contrário.

De mesmo momento, sentiu um corpo se mexer junto ao seu na cama. "Mas que diabos está acontecendo?" Era tudo que Blaine conseguia pensar. Sua visão alcançou um pequeno ponto na parede, aonde havia um calendário que mostrava anos depois desde a última lembrança do moreno. Finalmente, tudo começava a fazer sentido.

Tirou as cobertas do "ser" que ao seu lado estava e encontrou um rosto casto ao seu lado, abrindo os olhos lentamente.

– Bom dia, meu lindo.

Blaine suou frio ao ouvir a voz do amado. Finalmente, ele havia feito algo certo. Seu olhar percorreu o quarto, enxergando várias fotos de Blaine e Kurt juntos em Dalton, e também em outros lugares. Foto do casal no casamento de Burt e Carole, Will e Emma e curiosamente, no de Finn e Rachel. Eles estavam juntos aparentemente por cinco anos, e o amor ainda continuava lá. Sem marcas aparentes.

– B-bom dia, Kurtie. - Beijou o topo da testa de Kurt, com um sorriso nos lábios que não conseguia conter.

– Feliz cinco anos e três meses... - Kurt se espreguiçava, com o barulho do despertador a tocar ao fundo. Aquela cena era a cena mais linda que Blaine podia ver, e só Deus sabe como o menor sentia falta daquilo.

Após um banho bem demorado (aonde Blaine pode matar as saudades que estava de Kurt) Blaine conseguiu tirar algumas informações do pequeno quarto que estavam. Aparentemente, Kurt cursava moda e Blaine música, os dois haviam ido morar juntos em Nova Iorque após terminarem o Ensino Médio (aonde Kurt esperou Blaine em Lima, já que os dois tinham um ano de diferença).

– Hoje tenho contra-turno, tudo bem? - Kurt depositou um pequeno selinho nos lábios de Blaine. - Nosso jantar ainda está marcado para as 22 horas?

– Pode apostar. - Blaine sorriu, e então Kurt saiu do quarto, deixando Blaine e o lugar desconhecido.

Blaine agora precisava ver como estava sua vida, já que não tinha conhecimento de nada. Ligou para seus familiares e tudo estava normal. Cooper ainda era um astro da tv, seus pais ainda o odiavam por ter escolhido essa opção sexual e os pais de Kurt tinham confirmado presença semana que vem para um jantar. Tudo parecia correr bem, até que o telefone tocou.

"Alô? Kurt?"

"Não... Rachel... É o Blaine." Blaine temia de medo de ter errado o nome da pessoa do outro lado da linha.

"Ah, oi Blaine. Só queria avisar que ontem foi o último dia da pena de Dave. Ele deve estar saindo da penitenciária hoje provavelmente."

"Espera, o quê?"

"Parece que foi ontem que ele tentou matar vocês dois, certo? Eu sei que isso pode ser pedir demais, levando em conta que é seu aniversário de namoro hoje mas vocês poderiam não sair de casa? Dave passou quatro anos na cadeia, mas nada confirma que ele aprendeu a lição."

"Hã... Claro, Rach. Vou fazer o que eu puder..."

"Tudo bem. Mande um beijo para Kurt por mim? Tenho que desligar. Parece que Finn estava brincando de esconde-esconde com Leslie... E nunca se sabe o que Finn é capaz de fazer quando não acha sua filha... Nos vemos semana que vem. Beijos."

Antes que Blaine pudesse se despedir, o som era de telefone no gancho. O semblante de Blaine era indescritível. Dave Karofsky preso? E por causa dele? Aproveitou que conhecia algumas manhas graças a seu pai advogado e procurou na internet algum caso sobre Dave, achando uma notícia.

"Nessa noite de quinta-feira (dez/2009) um carro foi completamente destruído na ROD320. Testemunhas confirmam que o carro acidentado foi perseguido por uma caminhonete preta, dirigida por Dave Karofsky (17 anos). A perseguição durou alguns minutos até o carro em questão perder o controle e cair ribanceira abaixo. Dentro dele havia dois jovens, um de 16 e outro de 17 anos, que sofreram leves ferimentos. O agressor foi encaminhado ao 7º departamento de polícia da região, e será encaminhado para a prisão de menores, aonde cumprirá pena até completar 18 anos e ser devidamente julgado. Leia mais clicando aqui."

Blaine arregalou os olhos ao que lia na tela do computador. Mesmo tendo tirado Kurt do McKinley High, aquele brutamontes continuava a persegui-lo. Fechou os olhos, respirou fundo e deixou tudo passar. Precisava aprontar um jantar bom para Kurt. Não queria decepcionar o namorado.

Era por volta das 21:30 da noite, quando Kurt entrou no quarto. A luz era baixa e Kurt percebeu que estava sozinho. Em poucos minutos o castanho já havia se arrumado e pegara o endereço do restaurante que estava colado na parte de trás de porta. Pegou seu navigator e dirigiu até o local. Era um lugar chique, e da porta, pode avistar Blaine com um blazer azul marinho o esperando à mesa.

– Uau, você está lindo. - Blaine soltou ao ver Kurt praticamente ao seu lado. Se levantou e capturou os lábios do namorado em um pequeno selinho já que estavam em um lugar público.

– Lindo e pontual. - Sorriu Kurt, se sentando enquanto colocava o guardanapo no colo.

Logo os pratos já eram servidos.

– Posso dizer que você me surpreendeu dessa vez... No nosso último aniversário você me levou no Puzza Hut. - Kurt gargalhava, tendo uma noite agradável.

– Acontece que quando eu acordei hoje e vi seu sorriso, exatamente como esse que você tem agora... - Kurt corava lentamente. Não estava acostumado a Blaine o encarar tão apaixonadamente. Achava que essa fase já havia passado faz tempo. - E-eu percebi que queria passar o resto da minha vida com você.

– Wow, Blaine...

– Por isso que... - Blaine se levantou e Kurt já temia o que viria a seguir. - Kurt Elizabeth Hummel, você aceita se casar comigo?

Kurt levantou uma das sobrancelhas em espanto. Tinha seu namorado de cinco anos ajoelhado à sua frente, chamando a atenção de todos no restaurante. Sentiu seu coração bater mais rápido e as palavras fugirem da sua boca.

– N-não. - Respondeu engasgando na própria saliva, enquanto fechava a caixinha de veludo aonde um maravilhoso anel repousava.

– Espera... O-o quê? - Blaine estava pálido, constrangido por ser recusado dessa maneira.

– Senta, por favor. - Kurt estava da mesma maneira. Todos os restaurante estavam assustados, mas resolveram deixar esse assunto para o casal responder.

Blaine estava sentado, porém seu olhar era longe.

– Blaine. - O mais velho alcançou a mão do namorado sob a mesa. - Você sempre soube como eu fui em relação à casamento entre dois jovens... Temos 22 anos, e ainda temos muito o que passar...

– V-você quer terminar ou...?

– NÃO! - Quase gritou. - Não, meu amor. Eu só acho que agora não seja o momento certo. Temos a faculdade para terminar... E eu não tenho dúvidas que se um dia eu me casar com alguém será com você, mas não agora... Você me entende?

Blaine tinha medo de perguntar, porém era a hora.

– I-isso é por causa de Karofsky? Por ele ter saído da cadeia exatamente hoje?

Kurt encarou o chão, feliz pelo namorado o conhecer tanto.

– Sim, é. Digo... Ele já tentou nos fazer mal uma vez... Nada me surpreenda que ele queira fazer de novo.

– Não precisamos nos casar agora, podemos ficar noivos por um bom tempo. Acontece que ser seu namorado é tão pouco comparado ao o que sinto... E prometo que não deixarei nada te machucar. Eu te amo, Kurt.

– V-você promete?

– Eu prometo! - Blaine sorria, apertando forte a mão de Kurt sobre a mesa.

– Nesse caso, Blaine Anderson, eu aceito me casar com você.


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Notas finais do capítulo

ele aceita, mas nada afirma que eles irão... MUAHMUAHMUHA!