Estavam tão perto, não sabiam o por quê, mas, gostavam daquela sensação e queriam ver até onde isso ia dar, mas foi só um deles acordar do "encanto", ficando os dois ruborizados demais.
- Po, me desculpe... o-olha, nã-não foi intenção minha. - Falou Tigresa muito mas muito envergonhada e também muito nervosa com a reação do amigo.
- E-eu que m-me desculpo, não sei onde estava com a cabeça - Falou Po completamente ruborizado.
- Ér, bo-boa noite, Po! - Falou a felina se distanciando do panda às pressas, deixando o panda sem reação.
- Boa... noite. - Falou Po incrédulo pensando no que estava prestes a acontecer, um beijo. Não sabia se ria, se gritava e também estava em dúvida em apenas duas questões: "Que sentimento é esse?!" e "Eu realmente gosto dela?"

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 Com Tigresa tal reação não foi diferente, então para ninguém reparar foi correndo para seu quarto sem dar atenção aos seus amigos que a chamava perguntando pelo panda; eles estranharam a amiga, mas queriam falar nada já sabendo o forte gênio dela. Ao entrar em seu quarto, fechou a porta rapidamente e se re-encostou nela, estava boba, não acreditava no que quase fez e no poderia ter acontecido se não "acordasse" para a realidade. Como estava bem tarde da noite resolveu ir para a cama dormir e ficou uns minutos fitando o teto do quarto.
- Por que com tantos outros, tinha que ser justamente ele? - Perguntou em sua mente momentos antes de adormecer.

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Po estava com cara de bobo apaixonado, não conseguia imaginar-se apaixonar pela sua melhor amiga.
- Por que com várias garotas legais por aí no mundo afora, tive que gostar logo dela? - Sussurrava o panda para si mesmo. Então. o mesmo saiu de onde estava e foi em direção ao seu quarto, mas seus amigos interromperam sua caminhada apressada o deixando ainda mais nervoso.
- Ei, Po! Você sabe o que aconteceu com a Tigresa? - Perguntou Macaco
- É, ela não quis saber de mais nada e se trancou no quarto. - Interrogou Garça
- Aconteceu alguma coisa com ela, ou com vocês? - Perguntou Louva-Deus.
O panda não conseguia pensar direito e rápido para responder aos três sem revelar-lhes a verdade, pois sabia que assim perderia a amizade dela, coisa que nunca trocaria por nada. Além do mais, Po sabia que se falasse o que houve para alguém, não queria vê-la descepcionada, e não queria ver e sentir o seu rosto todo marcado de ematomas e dores.
- Não aconteceu nada. Ela apenas disse estar cansada, já que treinamos muito por hoje e eu também estou cansado porque hoje o dia pra mim foi muito puxado e até amanhã amigos! - Disse Po indo ao seu quarto, tecnicamente não mentiu, mas não disse toda a verdade, apenas omitiu os fatos mais escandalosos! No seu quarto foi direto para cama, estava feliz e antes de dormir falou bem baixinho algumas palavras para apenas ele ouvir.
- É, eu gosto mesmo dela!

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- Nunca estive tão apta para me vingar, sinto que meu dia é hoje! - Falou a senhora pela manhã disposta a fazer tudo o que estava em sua mente.
- E o que pretende madame Ying? - Falou o servo coelho à coruja.
- Servo leal, a meu mando, reúna todas as tropas que tens em meu poder, estejam eles descansando, lutando ou prestes a travar uma batalha e os traga para a torre principal!
- Como deseja sublime Madame! - Falou o servo se despedindo de forma cordial e depois saiu correndo, para chamar as forças armadas que tinha Ying como soberana.
- Hoje é meu dia! - Falou a coruja com um tom vitorioso e determinado.

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 Po estava dormindo profundamente, pensando em bolinhos e pasteis, quando se viu em pensamentos e se sentia realmente feliz. Aquela sensação de paz e tranquilidade, aquele momento que ele teve a certeza que ninguém o incomodaria ou o chamaria para mais uma missão muito cansativa. Po queria essa sensação com ele para sempre, então por meio do sonho se pôs a meditar.
 Então, aquele sentimento que estava à tona se tornou uma lembrança, e uma lembrança veio à tona. Algo familiar fazia ele ficar estranhamente calmo e ainda mais tranquilo, era quele amuleto; o panda consegui sentir fortemente a presença de sua querida mãe, mesmo não se lembrando muito dos poucos contatos que tiveram momentos antes em que ela deu a vida por ele e o salvou. Sabia que não importava onde ou aonde ele estivesse, sua mãe estaria com ele sempre! E agora ele pôde reparar.
 Ainda no sonho, ao abrir os olhos da sua meditação, viu uma paisagem até antes desconhecida por ele, porém estava acomodado pois não sentia presença inimiga. O lugar era vasto, com diversas plantações, cujo a sua maioria era em bambu e arroz, muito, muito arroz. Po ficava admirando e pensando em, que se fosse realidade, ficaria mais feliz pois talvez poderia comer os futuros bolinhos de arroz que seria feito com esses grãos!
- Linda paisagem não, Dragão Guerreiro?
- Mestre Oogway, o senhor aqui de novo? O mestre Shifu está sabendo disso? - Perguntou Po com certo encabulamento.
- Não precisa se preocupar...
- Ufa!
-... Não com isso!
- Annnnw... - Novamente em tom de desanimo disse Po, causando uma risadinha de seu Mestre.
- Você tem que entender que as vezes os problemas vem depois de dias, semanas, meses... Outras vezes, como no seu caso, vem sempre um atrás do outro.
- Eu acho que já saquei isso...
- Mas agora quero que você e os demais venham treinar ainda mais, um inimigo perigosíssimo está se levantando, e vocês têm que ficar bastante forte para vencerem.
- Certo!
- Até qualquer outro dia Guerreiro Dragão!
- Até.
 Ao acordar do sonho se levantou de sua cama e observou seu quarto. Viu que não havia nada de perigoso, então voltou a dormir.

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 Tigresa estava dormindo quando se viu num lugar antigo e familiar, virou os olhos e viu Oogway acenando para ela, que foi de encontro a ele.
 - Reconhece esse lugar? - Perguntou a tartaruga.
 - Nem um pouquinho, mas é estranhamente familiar. - Respondeu a felina. arruinado, destruído.
 - É familiar porque você viveu aqui quando mais nova! - Exclamou o sábio mestre deixando Tigresa de olhos e boca abertos, naquela hora, tinha milhares e milhares de perguntas para fazer. - Mas não se equivoque mestre Tigresa, eles não nos veem ou nos escutam.
 - E em que tempo estamos? - Perguntou a mestre observando cada detalhe do lugar, um enorme palácio que tinha um dos rios mais importantes da China ao seu lado (literalmente), com várias e enormes árvores, arbustos, e em seu interior pilares de mármore com detalhes em jóias amareladas, brancas e ouro.
 - Momentos antes de você ir embora daqui. - Falou Oogway sério.
 Aquele lugar estava tranquilo, Tigresa na época tinha apenas 9 meses e só sabia engatinhar e a mesma estava saindo da porta principal a engatinhar, feliz querendo "fugir" de seus pais, que corriam atrás dela! Quando sua mãe a pegou no colo reparou que os guardas que corriqueiramente estão perto, ao olhar para trás viu seu marido caído no chão enrolando seus braços na barriga agonizando de dor, por isso correu para ajudá-lo, a filhote começava a chorar e sua mãe começou a se desesperar quando uma "amiga" chegou correndo de repente querendo "consolá-la".
 - Qin Shi Huang minha amiga, o que houve?
 - Ying amiga, me ajude! - Disse Qin em prantos.
 - Amiga, não se preocupe. Vá ajudá-lo, me dê a bebê! - Falou com má intenção.
 - Ying... - Falou a imperatriz com o coração batendo bem forte. - E-eu...
 - Vamos, me dê! Ela ficará bem! - Falou a coruja tirando o bebê chorando a força da mãe, que quando foi tomá-la de volta levou uma facada nas costas, caindo sobre o marido ainda em prantos querendo sua filha de volta. Ying riu do estado de sua "amiga" e começou a andar para trás; começou a fechar o céu e a trovejar forte demais.
 Ying estava perante ao rio feroz e turbulento e estendeu suas mãos com o bebê chorando com a intensão de matá-la a qualquer custo, de qualquer forma.
 - Está vendo isso Qin?! Vocês fizeram isso. VOCÊS! QUEM MANDOU VOCÊS FORMAREM UM LAÇO PARA DESTRUIR MEU POVO?!
 - Jamais faríamos isso, o que você está querendo dizer? - Perguntou Zhang Chao ainda no chão, pronto para se erguer mas não conseguia pois sentia muita dor, já que também tinha levado uma facada, porém na região do abdome.
 - Vocês, ao fazerem uma aliança com o reino do norte me tiraram do poder! - Falou a coruja com um tom enlouquecedor. - Agora, pela atitude tola de vocês quem pagará será sua filha. Se eu não ter a China no poder de minhas mãos, ela com certeza não terá!
 - NÃO! - Gritou os pais da pequena felina que não parava de chorar.
 - Te daremos qualquer coisa! - Desesperou-se Zhang.
 - M-mas deixe nossa filha! - Chorou Qin de tão desesperada que estava.
 - Tarde de mais. - Soltou o bebê ao rio, causando mais dor ao pai e a mãe e fazia Ying não parar de rir, de um modo cruél. A coruja levantou voo e só depois de tudo isso veio dois guardas para ajudar os imperadores que não para de chorar pela filha que para eles, tinha acabado de morrer.
 - Senhor, Lord Shen está atacando o reino do norte, atrás dos pandas e mandamos nossas tropas para lá. - Falou um dos linces. - Chegamos a tempo?
 - Infelizmente, não. - Se levantou Zhang com a ajuda e novamente se pos a chorar abraçando sua esposa que também lamentava por sua filha. De longe Oogway e Tigresa apenas observava, e nos olhos da felina rolavam muitas lágrimas, porque agora sabia que seus pais não a abandonara, apenas uma traidora que se infiltrou na família. O mestre tartaruga apenas observava-a em silêncio.
 - Chamem todas as tropas e busquem por Ying em todos os lugares, quero vê-la morta. - Falou o imperador secando as lágrimas de seu rosto, endurecendo deu coração.
 - Sim senhor. - Falou os dois linces correndo para avisar os demais soldados e guardas que ainda estavam pelo palácio. Zhang e Qin continuaram a se abraçar.
- Agora sabe porque não está com seus pais.
- Mas com tantos lugares que o rio passa, porque no Vale da Paz?
- Esse rio passa por aqui também! E você continuou a chorar quando chegou na margem do rio, e um casal de tigres pobre tinha te encontrado. - Falou Oogway e Tigresa apenas o observava. - Queriam te adotar, mas como se mal podiam se sustentar? Então fizeram o mais certo, que foi te deixar no orfanato. - Terminou a tartaruga.
- É... eu... eu não sei o que dizer...
- Não diga nada, apenas reflita e saiba que seus pais te amam! Não se preocupe em agradar os outros, a prioridade é você mesma! - Exclamou Oogway sumindo, junto com o sonho. Tigresa acordou na hora, se levantou e andou no quarto querendo assimilar o que tinha acontecido. Era muita coisa acontecendo e muito rápido. Então respirou fundo e tentou dormir.

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 Ao soar do gongo, acordam todos os guerreiros do Palácio de Jade e como sempre, o Dragão Guerreiro ainda estava dormindo. O mestre reparou na expressão da sua aluna-filha.
- Macaco...
- Sim mestre Shifu, acordar o Po?
- Exato! - Falou o pequeno panda. Fazendo seu aluno primata ir ao quarto do panda maior.
Já lá dentro, Macaco via seu melhor amigo dormindo, sonhando feito um bebê, então, novamente, o mestre do estilo macaco queria dar mais uma dose de pegadinhas ao pobre panda, queria ver a cara de espanto do amigo, do mesmo jeitinho que fez em Gomen.
- Po, estão comendo tudo sem você! - Falou Macaco, tendo uma resposta não muito agradável para ele.
- É tudo mentira! - Falou Po se virando deixando Macaco surpreendido, desde quando pensava na pergunta antes de responder, ainda mais se tratando de comida?! Mesmo assim, Macaco não desistiu, queria ver a cara de desesperado do amigo de novo!
- Po, a Tigresa vai te...
- O que, Tigresa?! - Perguntou Po se levantando rapidamente. Macaco não entendeu a do Po, mas só de ver a carinha de desesperado dele já o satisfazia!
- Te peguei de novo! Hahahaha! - Falou Macaco novamente rindo do amigo como fez na outra cidade, mas parou para observar a maneira estranha do amigo. - Agora me diz Po, por que você pulou no susto quando falei o nome dela? - Perguntou o primata cruzando os braços olhando de lado para o amigo. Como o panda já sabia que ele poderia comentar isso ou algo do tipo, já tinha bolado uma desculpa para driblar a situação.
- Tive um pesadelo. Ela e eu estávamos brigando e ela me batia muito. Pensei que viraria realidade por isso me assustei! - Falou Po feliz, porque foi a primeira vez que conseguiu omitir.
- É verdade, se eu fosse você também ficaria apavorado!
- Hehe. (¬¬) Me chamou de fraco? - Ironizou Po que se sentiu ofendido.
- Jamais! Pensei que você estivesse com fome. - Falou Macaco de olhos fechados
- Macaco, até parece que você não me conhece! - Gritou Po saindo do quarto virando a esquerda do corredor.
 Durante o café da manhã Po também reparou na expressão de Tigresa mas não disse nada já que não sabia o que ela poderia fazer com ele, então depois de terminar, Po resolveu falar com ela.
- Tigresa? - Po iniciou a conversa do modo mais simples que pode encontrar.
- Sim? - Falou Tigresa ainda sentada.
- Você tem planos para agora? - perguntou Po se sentando ao seu lado, olhando-a com olhinhos de crianças colocando suas patas sobre o queixo.
- Bom, tirando meditar, nada. Por quê?
- Queria conversar com você.
- Pode falar.
- O que aconteceu com você para estar tão distraída?

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- As tropas estão armada e preparadas, aptos para fazer qualquer coisa ao seu sinal madame Ying. - Falou um leopardo, o comandante da tropa 1.
- Perfeito! Avise a todos da tropa 1 para irem para o Reino de Jade, daremos um susto nos moradores de lá apenas para meus inimigos se "distrair" enquanto a tropa 2 irá para o Reino de Topázio!
- E enquanto à terceira elite? - Perguntou o comandante da tropa 3, um lince.
- Vocês só sairão daqui ao meu sinal, quando todos estiverem confusos e sem saber o que fazer...! HAHAHA! - Riu loucamente a coruja - Vocês vão para o Vale da Paz! Vou me vingar dela por tirar de mim um poder de direito... e dele por matar o único que tinha conseguido amar de verdade. Agora vão pagar, os pais deles vão sofrer! Os biológicos... e os adotivos!