Almas Sombrias escrita por Caroline Hernandez


Capítulo 25
Capítulo Vinte e Quatro


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem pela demora, mas é que ando muito ocupada mesmo e sem tempo para escrever, a escola um dia ainda me mata kkk
Muitérrimo obrigada a recomendação de vocês: Kay Sama, Brenda Orlandi e
Dark Scorpion. Adoreeeei muitoooo ♥ Essas recomendações me deixam emocionada T.T



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Capítulo Vinte e Quatro 

    Quando acordei minha visão ainda tentava se adaptar ao ambiente em que estava e eu parecia que ainda estava dormindo, tudo ao meu redor estava escuro, a única e pequena fonte de luz vinha de debaixo de uma porta. Tente levantar, mas como já imaginava, estava presa, tinha uma corrente presa nos meus tornozelos que não dava nem para eu chegar no meio do caminho. 

    - Ei! Alguém, me tirem daqui! - grite fazendo eco naquele lugar vazio. 

    Nenhuma resposta se seguiu, o silencio predominava no lugar, só se ouvia uns barulhos de goteiras e coisas pingando em algum lugar naquele aposento. 

    Ai meu Deus, por que essas coisas tem que acontecer comigo? Não sei o que fazer, nem sei se saio viva dessa, não sei nem em que lugar estou e não faço a mínima ideia. 

    Tentei a todo custo puxar as correntes, mas eram grossas e pesadas. Comecei a me esgoelar gritando por ajuda, mas a única coisa que aconteceu foi eu ficar com a voz rouca de tanto gritar.

    Senti meus olhos começarem a se encher de lágrimas. Não quero morrer aqui, não quero, não quero...

    Abaixei a cabeça pronta para esperar minha morte, quando uma forte claridade atinge o local, a luz tinha se acendido, aquela luminosidade incomodou um poucos meus olhos, mas eu preferi que o lugar continuasse escuro, pois quando virei para o lado, vi que aqueles sons de coisa pingando, era na verdade um cara pendurado de cabeça para baixo e seu sangue pingando no chão de cimento. 

    Quando vi aquela cena, eu gritei igual a uma louca, minha voz não saía mais, me senti ficar tremendo. Aquele aposento era extremamente horrível, era amplo e praticamente sem móveis, a única coisa que tinha era uma cama com o estrado aparecendo do colchão rasgado e um vaso velho e encardido jogado num dos cantos daquele lugar, o cara estava pendurado por uma corda em cima da cama e eu não queria nem olhar para lá. 

    Comecei a ouvir um som de coisa chiando e quando olhei para cima, tinha uma TV pequena pendurada, nem a tinha reparado. Naquele momento só pensei em ver a Samara saindo dali ou então aquele palhaço de Jogos Mortais aparecendo e dizendo "Vamos Jogar?". 

    Não foi nada do que pensei, quem apareceu naquela tela foi o tal do Mitzcael, ele tinha um sorriso nos lábios quando me viu presa e com a aparência assustada. 

    - Ora, ora...A filha do Nicoel presa sobre meus domínios...Quem diria... - ele disse ainda sorrindo. 

    - Onde que estou? Quero sair daqui, seu babaca infeliz! - tentei gritar, mas só saiu um som rouco da minha garganta. 

    Ele deu mais uma das suas risadas estranhas e falou:

    - Está vendo aquele homem ali no canto? Então...Ele era um nefilin assim como você, mas para a infelicidade do destino dele, não quis fazer as minhas ordens e puft, morreu. Bom, isso é o que vai acontecer com você também se caso não aceitar o que digo. A quero do meu lado e fora que...vai ser legal ameaçar meu inimigo com a filha dele. 

    - O Nicoel nem se importa comigo, não vai ligar - falei com o fio de voz que tinha. 

    - Mas vai ligar se você ficar no meu lado, ele saberia que não teria jeito dele vencer...Agora vamos ao que interessa, você está numa cela e uns homens vão aí te buscar para te trazer até mim que temos que ter um conversinha, então trate de se comportar, acho que não quer tomar uns sedativos ou acabar como aquele cara ali no canto, não é? 

    A tela depois se apagou assim como as luzes. Tinha vontade de socar aquele homem, se eu ao menos tivesse voz ainda estouraria os ouvidos dele de tanto gritar, só quero ver o que ele quer falar comigo e espero que não me mate. 

    Ouvi sons de passos e logo depois a porta se abriu me atingindo com uma forte luz. Nem deu tempo de ver direito quem entrou no quarto, só vi duas silhuetas de dois homens e depois uma venda foi colocada nos meus olhos. Eu não sei para que eles colocaram esse troço em mim, sei que não conseguiria sair, seja lá o que for esse lugar, sozinha mesmo. 

    Aqueles homens me carregavam pelos braços e eu toda hora tropeçava no que pareciam ser pedras, eles ao menos poderia me dizer onde eu estava pisando.  

    Ouvi um dos homens dizer alguma coisa e depois ouvi um barulho enorme de porta se abrindo. 

    - Aqui está ela, mestre - uma voz disse e tinha um sotaque meio diferente. 

    - Podem tirar as vendas dos olhos da menina - o Mitzcael falou, aquela voz é inconfundível. 

    Senti uma mão desamarrar a venda e mesmo quando não estava mais com ela, fiquei de olho fechado, estava sem coragem para saber o que eu veria, vai que fosse um bando de pessoas mortas como aquele cara no quarto? Estremeci só de pensar. 

    - Como é, abra os olhos e se aproxime... - o Mitzacel disse. 

    Respirei fundo e abri os olhos. 

    Esperava ver um lugar todo escuro e sombrio, mas era só uma sala normal. Tinha as paredes marrons, um carpete meio encardido no chão, umas duas portas na parede esquerda e numa mesa no centro da sala estava sentado o Mitzcael, aquele aparência dele me assustava. 

    Ele indicou uma cadeira em frente a mesa para eu sentar-me e depois fez um gesto para aqueles dois homens que me levaram até ali saírem da sala. 

    Arrastei a cadeira um pouco receosa e me sentei, até que era confortável, depois de ficar sentada naquele chão, qualquer coisa era confortável. 

    - Não fique com essa cara de assustada - ele disse segurando meu queixo e balançando minha cabeça - É uma boa proposta que quero fazer. 

    - Não quero propostas com você - falei bem seca. 

    - Que pena que não tem opção - ele fingiu fazer uma cara de decepção e depois riu - Então, o que sabe fazer? 

    Como assim o que sei fazer? Não faço ideia do que ele está falando e nem quero saber, que vontade de sair por aquela porta e ir embora para casa. 

    - Eu não sei do que está falando. 

    - Como assim? Sei que tem poderes, me mostre - ele me olhou com empolgação. 

    - Não sei de nada disso. 

    O Mitzcael levantou irritado quase derrubando a cadeira e depois deu um soco na mesa que fez um barulho alto. Agarrou meu braço me levantando da cadeira e me balançando e gritou:

    - Você já me estressou, garotinha, faça o que sabe fazer senão eu te mostro a verdadeira aparência desse lugar e você vai ter um fim muito horrível e doloroso! 

    - Eu já disse que não sei! 

    Os olhos dele me olharam tão furiosos que eu jurei ter visto vislumbre de chamas neles, aquilo me deu muito medo e eu não sei nem o que poderia ter acontecido comigo se não fosse pela voz que entrou na sala. 

    - Pai, da licença. 

    O Mitzcael me soltou fazendo eu cambalear para trás e bater com as costas na mesa. 

    - O que faz aqui Vicent, sei que é um traidor! - ele gritou se virando para seu filho. 

    - Eu pensei sobre os meus erros e vim pedir desculpas, sei que tenho que estar do seu lado para vencer. 

    O quê? Como assim o Vicent querer ficar no lado do pai, desde quando ele mudou? Será que era tudo falsidade dele e desde sempre ele sabia o que fazer comigo? 

    - E como vou acreditar em você? - o Mitzacael perguntou avançando para mais próximo do Vicent. 

    - Eu...eu consegui liberar a cela 17 e sei que lá, ela - ele me lançou um olhar frio - vai aprender direitinho a quem respeitar e com certeza em menos de uma hora vai implorar para se juntar ao seu lado. 

    Os olhos do Mitzcael pareceram brilhar com o que o filho disse, eu não sei o que tem nessa cela, mas deve ser bem horrível e não quero mesmo ir parar nela. 

    - Como conseguiu? Estou tentando liberar aquela cela faz tempo, mas nunca consigo...Isso é tão empolgante - ele foi para mais próximo do Vicent e estendeu a mão - Está perdoado, meu filho. 

    O Vicent apertou a mão do pai e disse:

    - Obrigada, é bom estar de volta a família. 

    - Vou chamar os guardas para leva-la para lá agora mesmo! . 

    - Não...não pai, deixa que eu mesmo a levo, quero ter esse privilégio de ver a cara dela quando ver a cela 17.  

     O Mitzcael pareceu pensar um pouco e depois falou:

    - Vou deixa só porque conseguiu a cela que eu mais queria conseguir. Ela é toda sua, pode leva-la. 

    Ele disse isso e depois me empurrou na direção do Vicent me fazendo cair no chão de tão forte que me empurrou. 

    O Vicent me levantou pelo braço sem nenhuma piedade, colocou uma venda nos meus olhos e me arrastou porta afora. 

    - Vamos logo - disse. 

    Andar por aquele corredor era ruim, tinha muitas pedras pelo caminho, parecia até uma caverna e não seu ouvia um som ao redor, tudo um silencio assustador. 

    - Que cela é essa? E o que houve com você, Vicent? - tentei perguntar com minha voz baixa e rouca. 

    - Cale a boca, não tem direito de falar agora. 

    Que idiota, como assim ele mudou do nada? Não entendo mais nada mesmo. 

    O caminho parecia que ia subindo e ficando mais difícil de andar, me sentia cansada e dolorida e aqueles cortes que me machuquei nas pedras estava ardendo. 

    Andamos por mais um tempo e quando pensei que nunca fôssemos chegar nesse lugar, o Vicent parou, tirou a venda dos meus olhos e disse:

    - Bem-vinda a cela 17!  


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado *u*