Almas Sombrias escrita por Caroline Hernandez


Capítulo 20
Capítulo Dezenove


Notas iniciais do capítulo

Aí está mais um capítulo, um pouco mais calmo, o outro teve muitas revelações, está na hora da Alyssa descansar em um capítulo, mas nem tanto kkkkk
E nossa, muitoooooooo obrigadaaaaa as minhas lindas leitoras Amanda Ferreira e monizegiovanaz por recomendarem a fic, ameeei as recomendações de vocês ♥
E também obrigada a todos os outros leitores que comentam, também adoro vocês ♥



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Capítulo Dezenove

    Conseguia ouvir vozes ao meu redor, minhas pálpebras estavam pesadas para levantá-las, mas consegui com algum esforço. A luz florescente do teto incomodou minha visão e fez eu fechar os olhos de novo. O que aconteceu? Como vim parar aqui? E aliás, onde estou? 

    Abri os olhos de novo, dessa vez observando o ambiente ao meu redor, estava numa sala toda branca e logo reconheci que estava em alguma sala de enfermaria. 

    - Ela acordou! - ouço uma voz conhecida dizer. 

    A Brianna aparece do meu lado e sua aparência está de pessoa completamente aliviada. 

    - Amiga, você nos deu um susto, achei que tivesse morrido! - ela diz e depois me abraça quase me esmagando - Não faça isso de novo. 

    - Como assim, o que aconteceu? 

    Ela me larga e vejo que junto com a Brianna está o pai dela,e o Ryan e o Henrique estão sentados numas cadeiras no lado de fora. 

    - Você estava desmaiada lá no porão, ainda não sei o que foi fazer lá, eu disse que aquele lugar é estranho. 

    Claro, o porão...meu pai. Agora me lembro o que houve e acho que preferia não ter me lembrado, o Nicoel, sei que não vai me deixar em paz e as coisas ainda estão confusas na minha cabeça, parece tudo tão irreal...será que foi alguma espécie de sonho ou algo assim? Seria bom se fosse, mas no fundo sei que não é. 

    - Tivemos que ligar para sua mãe e ela ficou preocupada com você, já deve estar chegando - o pai da Brianna diz. 

    A Laura preocupada? Isso sim é estranho, e aliás, se o Nicoel estiver realmente certo, ela nem é minha mãe, acho que isso é a única coisa boa nisso tudo que está acontecendo comigo. 

    - Quanto tempo fiquei desmaiada? 

    - Não sei, acho que umas duas horas. Foi muito tempo, já achei que você fosse entrar em coma! 

    - Não seja tão dramática, Bri - eu digo rindo. 

    - Filha, que bom que você está bem - a Laura diz aparecendo no meu lado e me dando um beijo na testa. 

    Me ajeito na cama sentando-me, não aguentava mais ficar deitada. 

    - É eu estou bem - digo o mais seca possível. 

    - Eu fiquei preocupada, estava fazendo uma coisa importante, mas assim que soube de você vim correndo para cá - isso é sério? será que tem como a Laura soar mais falsa? 

    - Ok - me viro para a Brianna e pergunto: - Será que tem como chamar o Henrique para mim? Ainda não me desculpei. 

    - Vou chamar e olha ele ficou super preocupado com você e quis vir atrás e ainda arrastou o irmão para ir junto. 

    Pelo menos ele ainda não me odeia completamente, mas ainda nem sei o que falar, vai que eu fale demais e ele ache que estou afim dele? Ia me encher pelo resto da vida. 

    A Laura, a Brianna e o pai dela saem assim que o Henrique entra na sala. Ele ainda está com cara de bravo quando me olha, mas sei que bem lá no fundo está feliz por ter pedido para falar com ele. 

    - Me chamou para dizer de novo que me odeia e coisas do tipo? 

    Ele em vez de sentar fica andando de um lado para o outro rodeando a cama. 

    - Não, queria te pedir desculpas - digo sem olhar realmente para ele, tenho sérios problemas em pedir desculpas, sou um pouco orgulhosa. 

    O Henrique para de andar para todos os lados e para ao lado da cama que estou deitada, provavelmente não esperava isso vindo de mim, nem eu esperava também. 

    - Pode repetir? - ele pergunta me lançando um olhar de desafio. 

    - Para de palhaçada, eu sei que você ouviu - digo cruzando os braços. 

    - Sério, o que deu em você para me pedir desculpas? Isso é coisa da Brianna, né? 

    Nem precisava responder para ele saber disso. 

    - É, mas eu também me senti um pouco culpada, então estou me desculpando. O que me diz?

    - Ok, eu só te desculpo se você tiver um encontro comigo como tinha me prometido. 

    Sabia que isso não iria ter coisa boa junto, e eu meio que já imaginava que o Henrique iria propor isso, ainda tenho raiva por ter prometido isso a ele naquele dia, no momento de desespero foi a única coisa que me veio a cabeça. 

    - E eu tenho escolha? 

    - Não. 

    - Ok, mas uma coisa simples e onde tenha pessoas. 

    - Pode deixar comigo, vai ser inesquecível - o Henrique fala empolgado, até porque era isso que ele queria o tempo todo. 

    Nem sei o que me espera nesse encontro, mas sei que não é coisa boa. 

----****----

    Depois do médio me dar alta, cheguei em casa - que por sinal estava uma bagunça - e fui direto para o meu quarto, que era o único lugar que não tinha vestígios de festa, pelos menos isso. 

    Ainda me sentia cansada e com medo, estava tipo aquelas pessoas malucas, qualquer barulhinho que fizesse eu já levantava correndo e começava a procurar alguma coisa pelo quarto como se o Nicoel pudesse aparecer a qualquer momento com aquelas sombras e vozes tenebrosas. 

    Estava muito bem deitada na minha cama quase cochilando, quando ouço alguém batendo na porta do quarto, me sento e observo quem é que vai entrar, confesso que fiquei com medo naquele momento. 

    - Quem é? 

    - É  a Laura.

    Me aliviei naquele momento e me deitei de novo, vindo dela nada de muito importante viria. 

    - Um tal de Pierre quer falar com você, ele está lá embaixo. 

    O que será que ele quer, ainda não estou muito segura sobre ele, até porque foi o Pierre que me deu aquele coelho do mal, mas é melhor tirar logo essa história a limpo de uma vez. 

    - Pode mandar ele subir. 

    Dou uma ajeitada básica no cabelo que está todo em pé porque estava deitada jogo algumas roupas que estavam pelo chão para dentro do guarda-roupa. 

    Ouço algumas batidinhas na porta antes de o Pierre entrar, ele está vestindo uma roupa toda preta e seu cabelo, antes loiro, está tingido de preto com azul escuro, está completamente diferente, nem parece ser mais ele...será que é? 

    - Ei, deixa a porta aberta - digo assim que vejo que ele iria fechar a porta atrás de si. 

    - Calma, eu não vou fazer nada - ele diz rindo, mas até sua risada parece diferente, mais maliciosa. 

    Ok, não sei se foi uma boa ideia mandar ele subir, lá na sala seria melhor, pois é mais próximo da porta se eu tiver que fugir, aqui no meu quarto, só se eu fosse pular a janela e quebrar alguma coisa...talvez eu até consiga, já fiz isso naquele dia no incêndio na casa da minha avó...não quero lembrar dessa coisas. 

    O Pierre se senta na beirada da minha cama e eu olho diretamente para a janela vendo quais são minhas chances de tentar fugir por ali sem me machucar. 

    - Por que está tão nervosa, Alyssa? Acha que eu...mudei? - os olhos azuis parecem meio que sem vida, mas dava medo olhar para eles. 

    - Eu não entendo. Porque pintou o cabelo e está usando essas roupas? - perguntei me achando meio que a chapeuzinho vermelho com o lobo mau. 

    - Cansei de ter aquela carinha angelical, sabe? E a vida de médico também já sabia que não ia ser a minha praia, resolvi montar uma banda de rock. 

    - O que veio fazer aqui? 

    Cada vez mais sentia meu coração acelerar, o Pierre ia se aproximando de mim enquanto eu ia me afastando cada vez mais dele. Onde está aquele Pierre que conheci? 

    - Soube que desmaiou e vim saber se estava bem e também te convidar para assistir a um ensaio da minha banda. 

    Como soube que desmaiei? As notícias correm bem rápido. 

    - Estou bem, e não, não vai dar para eu ir no seu ensaio. 

    - Mas eu nem disse o dia...O que foi, está com medo de mim? Sou a mesma pessoa. E o coelho que te dei, o que houve com ele? 

    - Nada - respondi sem ter o que dizer. 

    O Pierre veio se aproximando de mim e começou a enrolar uma mecha do meu cabelo nos dedos dele. 

    - Você...

    - O que... 

    Eu nem tive tempo de completar a frase, ele colou seus lábios no meu sem eu nem ter tempo de fugir e pensar em nada. 

    Empurrei ele para longe e peguei a primeira coisa que vi, que foi um luminária. 

    - Fica longe de mim! - digo apontando a luminária para ele como se fosse uma arma. 

    Ele começou a rir e nem se incomodou nem um pouco com a situação. 

    - Calma, Lyssa, foi só um beijo, eu não vou te agarrar nem nada assim - ele diz ainda rindo. 

    - Eu quero que você vá embora - digo. 

    - Vim aqui te dizer uma mensagem importante, não estava nos meus planos te beijar, mas enfim, vim trazer uma mensagem do Nicoel. 

    Quando ele diz o nome do meu pai eu gelo no mesmo instante, a luminária parada na mesma posição, só consegui abrir a boca para dizer: 

    - O quê?


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acham que o Pierre é, será que é do mal ou do bem? Qual é a mensagem que ele vai dizer para a Alyssa?