Almas Sombrias escrita por Caroline Hernandez


Capítulo 15
Capítulo Catorze


Notas iniciais do capítulo

Sei que ando demorando muito a postar os capítulos, mas a preguiça está me consumindo kkkkk e ando sem ideias também, mas já estou pensando nos próximos capítulos para coloca-los mais rápido ;)



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Capítulo Catorze 

    Fico receosa olhando aquela pessoa bem ali na minha frente, será que ele mora aqui no meio do nada? 

    A vontade que tenho é de sair dali, mas tenho certeza de que não acharia outra residencia, talvez ele seja só uma pessoa normal e que sabia meu nome porque alguém disse. 

    - Queria saber se vocês aqui tem algum telefone que possa nos emprestar - digo e o Henrique fica meio que escondido atrás de mim como uma criança. 

    - Eu te conheço de algum lugar... É claro, você é a Alyssa, te vi no colégio - o garoto diz abrindo um enorme sorriso desnecessário - Vocês podem entrar. 

    - Não teria como trazer o telefone aqui? - pergunto, eu é que não iria entrar numa casa de um estranho. 

    - É que o telefone é de fio, então se quiserem usar...vão ter que entrar - ele diz e abre mais a porta. 

    Sinto o Henrique me puxando para irmos embora dali, e eu também quero, mas não teríamos outra chance de arranjar um telefone. Sei que o que estou fazendo é perigoso e que não devemos entrar numa casa no meio do nada, mas mesmo assim vou entrar. 

    Puxo o Henrique pelo braço e passamos pela porta entrando na enorme sala da casa, parece que aquele lugar ali não é reformado com novos móveis faz tempo, porque é tudo antigo e feito de madeira como uma típica casa de fazenda, só que antiga. 

    Vamos seguindo o garoto que nos leva por um corredor com algumas portas fechadas e em uma delas ele abre e revela um local como uma sala de leitura, tem algumas estantes de livros, dois sofás vermelhos e no centro tem uma mesinha com algumas revistas.

    - Ali está o telefone, podem usar, daqui a pouco volto - o garoto diz indicando uma escrivaninha no canto da sala com um telefone. 

    - Obrigada - digo sem ser muito convincente. 

    Ele sai da sala encostando a porta atrás de si e só esse gesto já me deixa com medo, estou numa casa no meio do nada, com um garoto estranho e que não sei nada sobre ele, pode ser moradia de um psicopata, estuprador, maluco, satanista, e por aí vai, mas é melhor ter pensamentos positivos e parar de pensar nessas coisas. 

    - Usa logo esse telefone que quero sair dessa casa, ela me dá medo - o Henrique diz e vai em direção a janela observando a chuva caindo levemente. 

    Pego o telefone antigo - daquele que ainda tem que girar para discar - e quando tento ligar para o celular da Brianna, noto que está completamente mudo. Por que aquele garoto não nos disse que o telefone estava mudo? Teria poupado o meu medo e tempo. 

    - Está mudo - digo com o telefone na mão com uma enorme vontade de joga-lo longe, mas como não estou em casa não dá para fazer essas coisas. 

    - Que cara idiota, por que não nos disse logo? - o Henrique reclama revoltado fechando a janela com força. 

    - Não sei. Fica aqui que eu já volto. 

    - Não vou ficar nessa sala sozinho, e você vai aonde? - ele pergunta já do meu lado. 

    - Ver se tem outro telefone e tenho certeza de que você vai me atrapalhar se for comigo, fica aqui e se o garoto aparecer... se vira aí com qualquer coisa. 

    Sei que é idiotice o que vou fazer, o certo seria esperar o garoto aparecer de volta ou sair correndo dessa casa, mas eu tenho que achar um telefone e creio que esse não seja o único da casa e fora que sempre quis investigar uma casa, mesmo se não tiver nada de estranho. 

    - Não quero ficar aqui sozinho, vou com você. 

    - Não vai não. 

    - Eu vou. 

    - Não vai. 

    - Vou sim. 

    - Não vai não. 

    - Você não manda em mim.

    - Mas não quero você comigo. 

    - Não estou nem aí, eu vou. 

    - Não vai. 

    - Vou...

    - Chega dessa conversa infantil - digo irritada - Se você ficar aqui, eu deixo você me convidar para sair e irei. 

    - Sério? - ele pergunta com uma empolgação passando no seu rosto. 

    - Sério - por que eu tive que falar isso? que droga. 

    - Então eu fico, e você deu a sua palavra, vai ter que sair comigo - ele diz e depois se senta num dos sofás vermelhos. 

    - Daqui a pouco volto. 

    Saio da sala e vou para aquele corredor de novo, ele parece tão sombrio quando se está sozinha, tive vontade de voltar de novo, mas tenho que ser corajosa. 

    Vou encostando nas portas para ver se estão abertas e a maioria está fechada, consegui abrir só duas, uma era um banheiro e a outra era um quarto que só tinha uma cama e um guarda-roupa sem nada dentro, o telefone que estava em cima do parapeito da janela estava mudo também. 

    Vejo uma escada no final do corredor, olho para cima e vejo uma porta entre-aberta com um feixe de luz saindo dentro, como sou curiosa, preciso saber. 

    Subo as escadas tentando não fazer nenhum barulho, ainda mais porque ela é feita de madeira e qualquer degrau solto faz um barulhão. 

    Chego no andar superior, tem um monte de portas como o corredor do andar debaixo, mas a que me interessa é a que está com a luz acesa, vou para próximo da porta e tento ver o que tem lá dentro, mas não consigo. 

    - O que você foi fazer? Sabe que é perigoso traze-los - uma voz familiar diz. 

    - Problema é meu, irmãozinho, faço o que quiser - ouço a voz daquele garoto que nos fez entrar nessa casa. 

    - Claro que não, eu não a quero metida nisso, sabe como nosso pai é. 

    - Vou ter que contar para ele, sinto muito. 

    - Mas eu posso impedir.

    A outra voz que falava com aquele garoto não me é estranha, conheço de algum lugar mesmo as frases terem sido sussurradas. 

    Quando meto a cabeça mais para próximo da porta, é no momento em que ela se abre e quem saí de lá de dentro me faz levar um susto, um misto de confusão se passa pela minha cabeça e não sei o que fazer, mas acho que desmaiar não seria a melhor opção.  


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Notas finais do capítulo

Quem será??? Vou deixa-los curiosos em relação a quem saiu da sala. Acompanhem c: