Almas Sombrias escrita por Caroline Hernandez


Capítulo 14
Capítulo Treze


Notas iniciais do capítulo

Consegui acabar esse capítulo o/ , estava completamente sem ideias rsrs, mas não acho que tenha ficado muito ruim ;)



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Capítulo Treze

    Vou indo para trás com cuidado, os lobos me olham famintos e babando, como se eu fosse a única coisa que quisessem e nada mais ao redor importa. 

    Você tem poder Alyssa, você tem poder Alyssa, você tem poder Alyssa, você tem poder Alyssa, você tem poder Alyssa, você tem poder Alyssa, você tem poder Alyssa...  Essa frase começa a soar na minha mente, por mais que tento pensar em outra coisa, a voz continua martelando a minha cabeça, começo a me irritar, as coisas ao redor giram como se eu estivesse em um brinquedo de parque de diversões, a voz fica mais alta e forte. Fecho os olhos e começo a pensar para a voz parar ou pelo menos me ajudar em como utilizar esses tais poderes, tem que ter um jeito, consigo fazer as coisa estourarem, será que consigo com os lobos? Não sei, acho que só consigo fazer com coisas pequenas e não vivas... 

    Mate eles, mate eles, mate eles, mate eles, mate eles, mate eles, mate eles, mate eles, mate eles, mate eles, mate eles... 

     A voz continuou com uma nova frase dessa vez, não sei de quem é, mas está me irritando, fazendo-me ficar com raiva, um ódio desses lobos e ao mesmo tempo da voz, tenho que fazer para-la e tenho que matar esses lobos... 

     - Vão embora, seus lobos idiotas - digo com a voz firme, se adianta com as sombras, talvez com animais funcionem também. 

    Eles não vão, continuam se aproximando, estão a apenas a mais ou menos um metro de distância de mim, se saltarem, adeus a minha vida. 

    - VÃO EMBORAAAAAAA - começo a sentir meu corpo tremendo, sinto minha marca no pulso começar a arder, está queimando muito e a dor está se espalhando, olho para o meu braço e vejo a forma de raio brilhando, estou enxergando as coisas girando ainda e parece que o chão está subindo. 

     Não sei o que está acontecendo comigo, sinto que algo está me dominando, algo dentro de mim quer sair...

    - Me solum relinquatis, me solum relinquatis, me solum relinquatis, me solum relinquatis... ME SOLUM RELINQUANTIS! - uma voz surge forte dentro de mim, ao mesmo tempo sinto que não sou eu ali, mas sei que estou. A voz gritou tão forte que a floresta se silenciou mais ainda, apesar de eu achar que não fosse possível. 

    Olhei diretamente para os lobos, eles foram recuando lentamente, alguns correram e os outros foram logo depois. Meu corpo foi ficando leve como se eu estivesse flutuando, caio sentada nos cascalhos em baixo de um árvore, minha marca está com uma luz mais fraca e depois para de brilhar. Ainda estou um pouco tonta, mais nada comparado a antes... Aliás, o que houve comigo? Como consegui fazer aquilo?Eu só posso estar maluca, será que fumei alguma coisa sem saber? 

    - Ai meu Deus, você... o que você é? É um demônio do mal só pode, como, como eu pude me apaixonar por você? - ouço uma voz conhecida, e quando me viro para o lado vejo o Henrique com os olhos arregalados atrás de uma árvore. 

    - Não é nada disso, aposto que você viu demais, deve ter batido com a cabeça. - se bem que não seria tão ruim ele não querer ficar próximo de mim, então...

    - Isso mesmo, eu sou super do mal, é melhor você ficar longe de mim, a não ser que queira ser incinerado vivo - digo tentando fazer um olhar do mal para ele, mas morrendo de vontade de rir por dentro. 

    O Henrique sai detrás de uma árvore e vai dando passos para trás louco para correr, mas com medo ao mesmo tempo. 

    - Henrique, você vai vir comigo, temos que achar os outros - digo me segurando na árvore e me levantando, me sinto melhor. 

    - Eu não sei se é seguro andar com você, e se por acaso do nada avançar em mim e arrancar a minha cabeça falando aquelas palavras estranhas? - ele diz assustado, é tão bom ver ele com medo, até me sinto do mal pensando nisso. 

    - Vem logo, seu idiota, e se você ficar vai ser bem pior - dou um olhar sombrio na direção dele e ele vem me seguindo rapidinho. 

    Não sei se é pior o Henrique com medo ou sem, pois ele me perturba das duas maneiras, enquanto andamos ele não parava de perguntar sobre como é ter poderes do ser do mal e coisas do tipo, não calava a boca sequer um segundo e nem eu o ameaçando adiantava,  o Henrique nervoso não fecha a boca. 

    - Acho que não vamos nos achar aqui, está tudo escuro e nem sei para onde os outros correram, só espero que estejam bem - digo assim que paramos em uma pedra enorme. 

    - Será que você não tem uma visão no escuro não? Quer saber, acho que é até legal ter uma namorada com super poderes...está disposta? - ele diz e segura a minha cintura me puxando para mais perto dele. 

    - Claro que não, e dá para me largar? Tem coisas mais importantes, temos que achar a minha amiga e seu irmão - eu empurro ele levemente, mas ele cai no chão a alguns centímetros de distância. 

    - Não precisava ter feito isso - o Henrique reclama se levantando. 

    - Eu não sei como aconteceu, mas foi bem feito para você. 

    Olho ao redor em busca de alguma coisa que possa nos ajudar a sair dali, eis que avisto entre as folhas ao longe um luz fraquinha acesa em algum lugar. Puxo o Henrique pelo braço e começo a arrasta-lo comigo enquanto corro e ele não para de perguntar para onde estamos indo e se eu vou mata-lo. 

     Nem respondo as perguntas do chato do Henrique, tenho que me focar naquela luz e não perde-la de vista, pode ser a nossa única chance de achar uma casa ou alguém que possa nos ajudar. 

    Chegando mais próximo da onde vem a luminosidade, vejo que é uma casa, ainda bem, era o que eu queria, só espero não serem pessoas malucas que nem tem naqueles filmes de terror. 

    A casa é enorme, uma fazenda na verdade. Andamos até chegarmos a entrada, o Henrique estava meio desconfiado de tudo e não achava seguro batermos na porta de alguém, mas nas condições que estamos, perdidos no meio de uma floresta, temos que arriscar com a sorte. 

    Bato na porta. 

    - Ainda acho isso perigoso - o Henrique diz - Você não quer entrar e eu espero aqui fora não? 

    - Se você quiser ficar, tudo bem, só que não vou me sentir culpada se algum animal te atacar. 

    Ele vem para o meu lado bufando e para ali de braços cruzados. 

    Bato mais duas vezes na porta e quando já ia bater uma terceira vez, a porta se abre. 

    - Pois não? - um garoto diz e eu o reconheço imediatamente, era aquele garoto que encontrei hoje no colégio e que sabia meu nome. 


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Notas finais do capítulo

Gente, não sei se ficou muito legal esse capítulo, escrevi ele enquanto assistia Titanic e eu não conseguia prestar atenção no que escrevia kkkk, eu amo demais esse filme. E aí, quem gosta de Titanic? E se gostam, o que mais gostam no filme? Deixem nos comentários junto com o que acharam do capítulo.
OBS: Sei que esse negócio de Titanic não tem nada a ver com a história, mas é legal kkkkkkk.