Forever Charmed escrita por Bella P


Capítulo 1
O Começo




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O Começo

Tatsuha

Eu lembro exatamente de como tudo começou. Para ser mais preciso, a data foi 22 de dezembro. Nevava naquela noite, mas eu não estava me importando. Por quê? Porque eu estava nesta maravilhosa suíte cinco estrelas do hotel mais caro de Tóquio, com o meu namorado de cinco anos, comemorando a minha maioridade. Então por que eu iria me importar que lá fora estava fazendo um grau negativo se aqui dentro havia uma lareira maravilhosa me aquecendo?

E sabe o que mais me aquecia? O vinho italiano que Ryuichi importou especialmente para esta data e, obviamente, o próprio Ryuichi. Porque quer coisa melhor do que as mãos habilidosas dele percorrendo o meu corpo, desfazendo botões, procurando caminhos por lugares que somente ele tinha autorização de acessar? Claro que não.

E nem vou começar a falar da boca que também estava me enlouquecendo. Aqueles lábios não serviam somente para fazerem um bico adorável ao cantarolar uma nota mais longa, eles também possuíam outras funções que somente eu tinha o prazer de desfrutar. E havia a língua, e os dedos, e tudo mais que compunha Ryuichi Sakuma e que aos poucos estavam me fazendo esquecer da realidade.

– Epa, epa, epa! - o clima esfriou consideravelmente quando senti os previamente mencionados dedos procurando caminho para um local inexplorado. - O que você pensa que está fazendo? - Ryuichi sorriu sem graça sobre mim, as bochechas vermelhas por causa do momento, misturado com o vinho e o calor da lareira.

– Bem... É o seu aniversário. - foi a única explicação dele.

– Mas isto não quer dizer que você ganha o presente. - rebati espertamente e protestei quando o vi se afastar de mim, levando o calor gostoso com ele.

– Olha só... Relações precisam improvisar se quiserem se manter ativas.

– Nós nos mantemos ativos baby, o suficiente e sem necessidade alguma de improvisos. - ele rolou os olhos e suspirou, se afastando mais um pouco e sentando-se sobre o carpete felpudo, para o meu completo desagrado. Eu queria aquele corpo nu e maravilhosamente banhado pela luz das chamas perto de mim, não afastado.

– O que custa? Do que você tem medo? - medo? Tecnicamente, de nada. Ou talvez um pouquinho. Quero dizer, Ryuichi poderia ser o passivo desta relação, poderia ser um pouco delicado no quesito fisionomia, mas não era nem um pouco mal dotado. Não que eu fosse mal dotado, eu não era, mas ele estava mais acostumado do que eu a ficar por baixo. Aliás, eu nunca fiquei por baixo... Okay, confesso, eu estava me borrando de medo.

– Bem... - ele sorriu para mim, o safado, porque sabia exatamente pelo meu tom que eu estava começando a ceder. Eu conseguia reconhecer em mim mesmo o tom da derrota. Engatinhando, ele voltou a cobrir o meu corpo com o dele e sapecou um beijo na minha nuca, o que diminuiu ainda mais as minhas convicções. É a língua, eu já falei, ela era bem talentosa.

– Prometo ser cuidadoso. - diabos, eu estava quase dizendo sim.

– Okay! - desta vez fui eu a afastá-lo de mim, o empurrando com as mãos espalmadas em seu peito. - Se eu vou fazer isto, preciso de mais vinho. - e dizendo isto recolhi a garrafa que estava próxima de nós e tomei um bom gole da mesma diretamente do gargalo. - Certo... - inspirei longamente. - Pode continuar. - ele riu e eu o mirei contrariado, mas qualquer mau humor de minha parte sumiu quando aquela língua abusada voltou a atacar.

E junto com ela vieram os beijos, as mãos, os dedos que agora percorriam lugares proibidos, preparavam o meu corpo, acompanhados de sussurros ao pé do ouvido pedindo para que eu relaxasse. Entretanto, eu estava regado a vinho caro e clima romântico, portanto relaxei mais rápido do que tinha imaginado e quando Ryuichi percebeu isto, viu a sua deixa para prosseguir. E então não havia mais dedos, havia Ryuichi dentro de mim, movimentando-se em cadência, abrindo passagem, me preenchendo e acariciando o meu ponto sensível, o que aos poucos estava fazendo o meu desconforto ir embora e uma sensação muito gostosa apoderar-se do meu corpo.

Calor subiu pelos meus pés, percorreu as minhas pernas até acumular-se no meu ventre. Pude sentir aos poucos o controle esvaindo à medida em que o prazer ia aumentando, os gemidos preenchendo a suíte acompanhados das nossas respirações entrecortadas. Agarrei-me a Ryuichi com força quando os espasmos começaram e a minha voz rouca gritou o seu nome quando o clímax se apoderou de nós dois, criando uma miríade de cores em frente aos nossos olhos.

– O que foi isso? - soltei quando a onda do orgasmo diminuiu o suficiente para fazer os meus neurônios funcionarem novamente. Porque a tal miríade não foi metafórica assim, ela foi bem real. Por um momento, quando chegamos ao ápice, alguma coisa aconteceu, alguma coisa que envolveu luzes coloridas e tilintar de sinos.

– O quê? - Ryuichi olhou por cima do ombro como se procurasse por algo, mas a tal luz não estava mais lá.

– Luzes, entorno de nós. - ele franziu as sobrancelhas.

– Talvez tenha sido reflexo das chamas da lareira no espelho. - ele apontou para o espelho sobre uma comoda perto da cama que não estávamos usando.

– Não me pareceu...

– Tatsuha. - ele me cortou com um beijo no canto dos meus lábios. - É o seu aniversário, pare de se preocupar e concentre-se só em nós, que tal?

– Concentrar só em nós? - ergui uma sobrancelha para ele. - Baby, você ainda está dentro de mim. - e ele riu.

– Eu disse que não seria tão ruim. - falou debochado e eu rolei os olhos.

– Yeah, yeah, agora chega de se gabar porque é a minha vez.

– Mas já? - ele arregalou os olhos em falsa surpresa. Quem ele estava querendo enganar sobre não ter mais pique para essas coisas? Desde que despertou o seu lado dragão, Ryuichi tinha mais energia que o normal e sempre se recuperava rápido, o que era ótimo para mim.

– Você mesmo disse: hoje é o meu aniversário. E eu ainda não abri o meu presente. - e com isto ele gargalhou novamente.


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