Dark Vs Light escrita por Carol Weasley Everdeen Jackson


Capítulo 2
Baratas, Ferraris e monstros




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Caitlyn Blue era conhecida por muitos nomes: Melanie Blue, antes de completar 16 anos, Cat... Mas o que Carol arranjara para ela era o pior de todos:

- Oi, Iluminadinha. - Riu ela.

As razões de Cat odiar a Conjuradora das Trevas eram imensas: para começar, eram cada uma de um lado da magia; Carol conseguia sempre agir como se fosse melhor que ela e ( apesar de odiar admitir ) Carol era melhor que ela em milhares de coisas: era mais alta, mais bonita, mais inteligente e os garotos gostavam de olhar para ela.

Sim, Cat também era bonita, mas Carol era das Trevas: eles apelavam ao terror e sensualidade. 

- Caroline, se afaste. - Ordenou Karol, ao seu lado. A Sirena segurava uma arma pequena, que Cat sabia que seria inútil: elas eram as garotas mais poderosas das Trevas. - Deixe a Cat curar o Oliver. Ele pode voltar à vida.

Cat desviou o olhar. 

Aquela rua era das mais perigosas de Nova Iorque naquele preciso momento: todos ali tinham poderes mais avançados.

Isa e Mileh eram capazes de ler a verdade no rosto das pessoas, como qualquer pessoa, mas podiam também ler outras coisas: coisas sobre as pessoas que nem elas próprias sabiam. Leo podia criar ilusões nos sentimentos das pessoas e fazê-las duvidar delas mesmas. Sammy, para além dos poderes normais dos Evo, também podia controlar a pessoa em que se transformava, com bastante concentração. Karol podia obrigar as pessoas a obedece-la sem falar: apenas entrando na sua mente.

Mas as mais perigosas eram as ex-amigas Carol e Cat. Cat conseguia curar pessoas, mas também as podia resuscitar. E Carol era um perigo andante: conseguia roubar os poderes, em vez de os duplicar, e aguentá-los o quanto tempo quisesse.

Se um deles espirrasse com um pouquinho de violência, a cidade iria explodir.

Sammy soltou uma risada e tomou a aparência de Karol.

- Ei, sou da Luz! Gosto de proteger mortais e idiotas! Viva os mortais, eles são tão legais! Quem me dera ser mortal! - Sammy voltou ao normal, os cabelos vermelhos em volta dos ombros, e rindo com as outras.

Desde que descobrira os poderes de Evo, Sammy vivia imitando as pessoas, tanto em voz como aparência.

Era quase tão irritante como quanto Carol absorvia seus poderes e a ajudava. Quase.

- Por favor, meninas. - Resmungou Leo. - Eu queria ir comer, sabem? Está na hora de almoço.

As garotas se entreolharam. Era tão de Leo passar dois meses vigiando quatro Conjuradoras das Trevas tão perigosas que até o medo tinha medo delas, ficar até 20h num carro velho observando-as e, quando as enfrentavam, falar do almoço.

Ficaram olhando uns para os outros.

Se uma formiga andasse, poderia-se ouvir: a rua estava num perfeito silêncio.

- Acho que podemos começar o combate. - Falou Carol, arregaçando as mangas da camiseta preta de malha com detalhes dourados. - Mas antes...

Estalou os dedos e o cadáver de Olliver entrou em combustão espontânea. As chamas lambiam a pele já ligeiramente azulada do garoto morto e as Conjuradoras das Trevas riam.As risadas delas eram límpidas e suaves, quase infantis, demasiado amorosas para criaturas tão maldosas.

Agora que o corpo era carvão e cinzas, Cat não podia fazer nada.

- Que comece o combate! - Exclamou Isa, fazendo o grande Toyota se levantar do chão. - Voa, voa, brabuleta!!!

- Você não quer dizer carro? - Perguntou Mileh.

- Carro, brabuleta, Oppa Gangman Style... tudo vai dar no mesmo.

- Não, não vai, a massa deles são diferente e...

- Apenas cale a boca.

Os Conjuradores da Luz se baixaram quando o carro passou por cima deles, voando.

- Então, eu posso derrotar elas ou a gente vai ficar aqui levando com monovolumes? - Inquiriu Leo.

- Bem, por acaso eu estou precisando de um carro. - Comentou Karol. - EI, VOCÊS AÍ, POR ACASO TÊM UMA FERRARI QUE POSSAM MANDAR?!!!

Mileh franziu o cenho e, dois segundos depois, uma Ferrari vermelha e reluzente veio na direção deles, vinda de Zeus sabe onde. A Ferrari voou e foi contra um muro, quase levando o braço de Cat com ela.

- Karol, acho que elas amolgaram a sua Ferrari. - Brincou Cat.

- Vadias...

Leo se concentrou, produzindo uma ilusão: uma coisa tão assustadora que nunca será descrita por palavras certas, com longas asas castanhas, patas arqueadas e uma assustadora carapaça. Duas antenas retorcidas saíam da sua cabeça e o seu corpo era achatado e repugnante.

- Uma barata? - Perguntou Sammy.

- Sammy, por favor me fale que aquele boato é uma mentira. - Sussurrou Carol, recuando.

- Que boato?

- QUE AS BARATAS VOAM!!!

A barata lançou suas horripilantes asas para o céu e voou num pequeno círculo.

- AI MEU DEUS, QUEIMA, QUEIMA, QUEIMA!!! - Exclamou Isa, correndo.

- ESSA COISA VOA!!! - Berrou Mileh.

- MATEM ESSE MONSTRO!!! CHAPOLIM COLORADO!!! BOMBEIROS!!! POLÍCIA!!! ATÉ O ED PURPURINA SERVE!!! MAS ALGUÉM ME SALVA!!!

- Ridículo. - Zombou Leo. - Correndo por causa de uma barata. Né, garotas?

Olhou para o lado e viu que Karol e Cat também corriam e choravam.

- LEO, DESFAÇA ISSO, SEU MALDITO!!! - Choramingou Cat. - POR FAVOR!!!

- Pronto...

Se encararam de novo e nesse momento...

- Sério? - Perguntou Karol enquanto uma coisa algo parecida com uma serpente, com cobras em vez de pernas e pele coreácea e verde. Segurava uma espada longa e pingando veneno. - Nós aqui tentando lutar e aparece até um monstro para incomodar?

- É, este negócio é horrível. - Se lamentou Sammy. - Ontem, quando estava matando um cara, apareceu uma coisa aparentada com um touro, talvez, usando uma cueca.

- Pffff, nem me fale. - Bufou Carol. - Lembra da garota que atirámos da ponte? Quando fui ver se estava morta apareceu até uma empregada de lanchonete com asas para me incomodar! Não dá para matar ninguém em paz, não?

- Caladassss... - Silvou o monstro, erguendo a espada. - Preparem-ssse para morrer, ssssemideussssessss. 

- O que é um ssssemideusssss? - Perguntou Leo.

- Não sei, talvez um ambientador de banheiro que solta um jato de perfume? Ei, senhora da espada, tem sssemideusssss com cheiro de rosa? - Inquiriu Cat.

- Ou limão! - Exclamou Isa. - Sabe o quão difícil é arranjar ambientador de limão no mercado? É preciso matar para achar um!

- E nós chegámos a matar o cara do mercado.  - Riu Mileh.

A Dracanae deixou cair os ombros. Semideuses estavam cada vez mais retardados com o passar do tempo. Avançou contra Karol, que recuou segurando a pequena espada.

- ALGUÉM CHAMA O IBAMA!!! - Gritou Sammy. - A MULHER-MEIO-COBRA VAI ATACAR O ANIMAL!!! ONDE ESTAM OS PROTECTORES DOS ANIMAIS QUANDO PRECISAMOS DELES?!!!

- Cala a boca. - Mandou Carol. - Assim não temos de matar ela.

Chocaram as mãos e riram.

Karol apontou a arma para a cara da mulher, premindo o gatilho e falhando por poucos dedos. A Dracanae girou uma das caudas, derrubando Leo que soltou um fato de chamas por uma das mãos.

- Você é um Natural? - Perguntou Cat. - Pensei que era um Ilusionista!

- Não, isto... Isto apenas saiu. 

-... Seus poderes são um pum?

Enquanto a Dracanae rodopiava e eles conversavam, as Conjuradoras das Trevas recuaram, prontas para abandonar o local o mais silenciosamente possível. 

Se viraram a tempo de ver uma van de morangos vir na direcção delas.

- Cara, hoje meu dia não está correndo bem. - Lamentou-se Mileh.

Atiraram-se contra o chão, vendo a parte de baixo da van passar por cima delas a alta velocidade de parar cantando pneu um metro em frente.

Dela saltou uma garota de cabelos loiros e um garoto de cabelos pretos.

- Bem, oi. - Falou Isa se levantando. - Não querendo incomodar mas... VOCÊS QUASE NOS ATROPELARAM, VABAGUNDOS!!! NÃO TEM DESCULPA, TODO MUNDO VERIA MEU BRILHO NA ESTRADA!!! SÉRIO, EU PODIA MORRER!!! E ENTÃO O QUE SERIA DO MUNDO SEM MEU BRILHO PARA O ILUMINAR?!!!! ME RESPONDAM!!!!

- Isa - interveio Sammy - cale a boca.

- Ok...

A garota pegou numa adaga e se virou para os Conjuradores da Luz, que lutavam contra a Dracanae que se revirava e os atingia com a cauda e a espada. Todos tinham cortes feios no rosto e braços.

- Não os vão ajudar? - Perguntou.

As quatro garotas olharam umas para as outras e desataram a rir.

- É UMA ATROPELADORA PIADISTA!!! - Riu Carol. - GENTE, ELA É ENGRAÇADA!!! DEVIAM DAR UM PROGRAMA A VOCÊ!!!

Karol voltou a disparar, atingindo a Dracanae num dos braços, mas a arma mortal pouco ou nada fez senão enfurecer o monstro, que os atirou contra o muro onde estava a Ferrari e atirou a espada contra as Conjuradoras das Trevas.

No exacto instante em que a espada chegou, foi parada por quatro mentes.

A Dracanae desviou da espada e se jogou contra as garotas, fazendo elas baterem a cabeça no chão e desmaiarem.

- Annabeth, devo matar a Dracanae? - Perguntou Percy.

- Não, não, Percy. Deixe ela ficar, pode convidar ela para um cházinho no Acampamento! - Ironizou Annabeth.

- Ok. Dracanae, você quer...

- MATA ELA LOGO, SUA CRIATURA!!!

Percy destapou Contracorrente, cortando a Dracanae ao meio. O monstro soltou um muxoxo e se transformou em pó que foi varrido pelo vento.

Tudo estava bem, só existia um problema: eles tinham de carregar sete semideuses desmaiados.

E sete semideuses muito pesados.


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Notas finais do capítulo

Autora: Esta é minha fic mais louca. É o segundo capítulo e já tivemos uma barata, uma Ferrari e um monstro OwO Estou amando escrever! É tão V1D4 L0K4!!!!



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