The Roommate escrita por Reet


Capítulo 16
Capítulo 15 Isso foi uma cantada


Notas iniciais do capítulo

EU GOSTARIA DE DIZER QUE EU NÃO ESTAREI MAIS ESCREVENDO THE ROOMMATE.
Eu tenho muitos motivos para isso: primeiramente, o começo da história não está de acordo com meu estilo de escrita atual.
2º eu não possuo mais a inocência que tinha no início, portanto muitas questões principalmente sexuais devem ser mudadas nessa história.
3º eu vi que essa história tem potencial para abordar temas muito mais densos.
4º eu não controlo os plágios, por isso, não estarei mais me importando (mas o Nyah! estará, então se você plagiar e te pegarem, você se ferra). Tenho consciência de que minha nova escrita está muito melhor que a original e a reescrita já está registrada sob minha autoria.
5º eu perdi a inspiração para The Roommate como The Roommate, mas a reescrita, que possui a base dessa história, já está finalizada.



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― Eu não sou o seu irmãozinho, Jason.

Em parte, não havia como negar aquela afirmação do Bradley Adams quando Jason Adams invadiu o espaço da calçada do edifício do problemático que dormia debaixo do mesmo teto que eu. O Brad era mais velho, mas eu tinha a leve impressão de que Jason era um pouquinho mais alto. E ele não tinha essa intimidade toda para falar assim com o irmão que supostamente o odiava.

Jason riu.

― O que você quer aqui?

― Suas aulas de etiqueta não lhe serviram para me convidar para entrar?

― Aulas de etiqueta? ― perguntei.

― Coisas desnecessárias que pais da alta sociedade acham que servem para alguma coisa ― o Brad balançou a cabeça e depois de respirar fundo, deu meia volta e abriu o portão do prédio. O.K. Agora até eu estava impressionada com a mudança de atitude do Adams. De acordo com o dicionário de rebeldia que eu mentalmente inventei, não era isso que o Bradley faria para alguém que ele não suportava ficar a menos de um raio de quilômetro.

Quando chegamos ao andar do apartamento, Brad abriu a porta e os dois irmãos adentraram em linha reta, no mesmo ritmo, no mesmo passo e na mesma postura. Eles eram muito parecidos, mas ao mesmo tempo, muito distintos. Fui atrás, mas parei quando Brad fechou a porta da sala do teclado, trancando ele e Jason. Tudo bem, eu não tinha direito de me meter em assuntos familiares. Porém, alguns segundos depois, a porta foi aberta por Jason, que me pediu para entrar gentilmente.

Encostei-me na parede de braços cruzados, assim como se posicionava Bradley, a espera de que Jason começasse a falar alguma coisa.

― E então? ― o Bradley perguntou.

― Ah, Brad, faz muito tempo que não nos vemos...

― Não me venha com isso agora.

― Você não muda essa arrogância ― o Jason balançou a cabeça em reprovação e eu tive que concordar mentalmente. ― Enfim, Duncan gostaria de te ver.

― Toda essa cerimônia para me dizer que o seu pai quer falar comigo? ― debochou. ― Eu não estou nem aí e não vou falar com ele.

― Eu acho que o que ele gostaria de te falar é capaz de lhe interessar, Brad.

― Eu garanto que não, Jazz.

Jason, que antes estava sentado no sofá redondo como se pertencesse ali desde sempre, levantou-se com um pouco de agressividade e se aproximou alguns passos de Brad. Eu me assustei com a possibilidade de uma briga que eu não poderia apartar.

― Escute aqui, Brad, se a mensalidade do seu apartamento e da sua faculdade não lhe interessam mais, então você está no fundo do poço como apostei que estaria ― provavelmente, o que Jason havia dito tinha irritado a paciência de Bradley. ― Você também tem o nome do meu pai e ele está apostando em você como última esperança nessa droga de situação. Se você acha que eu estou feliz em vir aqui, saiba que eu não estou, então faz o favor e ouve o que Duncan quer propor uma vez na vida.

― Do que se trata?

― Alguma coisa a ver com motos ― Jason revirou os olhos.

― Ah ― Brad mudou de posição. ― Então você se lembra que eu existo porque você desaponta as expectativas do seu pai quando se trata do único assunto que você falha.

― Deve ser.

― E não admite.

O irmão do Brad deu de ombros e foi em direção à porta.

― Eu já dei o meu aviso, não é? Agora eu vou embora.

― Tudo bem, eu abro a... ― comecei a me oferecer para abrir a porta, mas fui cortada por Bradley.

― Eu vou ― disse o Brad ― ver o que o Duncan quer comigo.

― Bom.

Jason sorriu com um pouquinho de falsidade e foi em direção a sala, avisando que abriria a porta para ele mesmo. Virei-me para Brad e arqueei a sobrancelha como quem diz “legal, mas o que deu em você hoje?”.

Mas ele não respondeu minha pergunta mental. Veio até a mim, deu dois tapinhas no meu ombro e me puxou pelo pulso até a garagem do prédio, onde me deu um capacete. Subimos em sua Ducati e em poucos minutos, já estávamos em alta velocidade seguindo um caminho que eu não conhecia de Seattle. Em algum momento, um carro prateado que estava na nossa frente buzinou e eu reconheci o carro de Jason. E logo depois, começou a chover. E quem não estava de casaco? Isso mesmo. Eu.

Chegamos num bairro residencial de casas enormes, coloridas, sem cercas e com jardins decorados. O carro de Jason se encaixava perfeitamente com a boa-vizinhança, mas Brad e seu desleixo já não parecia ter pertencido a algum lugar ali.

O carro prateado virou em uma rua e estacionou em frente a uma casa muito grande, dois andares e uma decoração muito moderna. Havia um homem alto e loiro no jardim, encerando uma motocicleta tão grande que parecia um triciclo. Eu não reconhecia o modelo. Sabia que aquele era Duncan Adams. Desci da moto com a ajuda do Brad e Duncan reparou na visita inesperada.

― Você realmente veio ― murmurou alto suficiente para ouvirmos.

― Parece que sim. Você gostaria de falar comigo sobre...?

Duncan negou com a cabeça, limpou a mão em um paninho e estendeu para que eu a apertasse.

― Duncan Adams, e a senhorita é?

― Alexis Mester, colega do Bradley ― sorri em conjunto com o cumprimento.

― Prazer em conhecê-la ― Duncan se virou para o Brad. ― Vamos para o meu escritório, está chovendo e vocês estão molhados.

Brad deu de ombros e seguimos para dentro da casa, onde fomos recepcionados por uma sala enorme com um grande lustre e uma secretária que pegou o casaco de Jason e o chamou de “senhor”. O sr. Adams pediu a secretária que servisse uma bebida quente em seu escritório para o Bradley e uma para mim. Quando Brad desapareceu em um corredor ao lado da escada com o padrasto, notei que Jason também havia ido embora e então me sentei no sofá até que a secretária me trouxe uma caneca de chocolate quente com marshmallows boiando. Agradeci e comecei a tomar até notar uma estante com fotografias da família.

Fui até as fotos, vendo que a maioria delas era de um garoto loiro em diversos momentos. Haviam fotos de Jason novo, Jason velho, Jason com os pais, só os pais, só Jason. Jason e os amigos e uma ou duas fotografias de Jason e um garotinho de cabelos escuros e escorridos, que mantinha uma cara de mau-humor. Aquele provavelmente era o Brad. Não parecia muito normal desde sempre, mas naquele momento, eu tive vontade de capturá-lo dali e nunca deixar que ele ficasse louco e perturbado como era hoje.

Quando dei por mim, o chocolate da caneca já havia acabado e eu ainda estava encarando as fotografias de Bradley.

― Esse costume dos pais de exibirem essas fotografias antigas em qualquer lugar é muito chato ― assustei-me ao notar Jason bem atrás de mim. Ele estava mais perfumado e com uma toalha de banho pendurada no ombro nu, o que significava que havia acabado de tomar banho. Ele não estava me encarando, mas eu sabia que estava tentando alguma coisa só pelo fato de colocar uma mão na estante e travar minha saída dos dois lados.

― Realmente ― concordei, mas tentei não continuar nenhum assunto.

― Só acho desagradável deixarem essas fotos do Brad que nem mora mais aqui. Ah, se não me engano, você mora com o meu irmão mesmo?

― Sim ― Jason fez uma cara de desgosto com minha resposta. ― E você mora com seus pais mesmo?

O loiro ignorou minha pergunta retórica e prosseguiu.

― Gostou do chocolate quente com marshmallows? Eu que sugeri a empregada.

― Estava muito bom.

― O que gostaria de comer no jantar e na sobremesa?

― Ah ― me afastei um pouco e fiz uma careta. ― Não acho que o Brad e eu vamos ficar para o jantar...

― Entendo ― Jason se virou e caminhou até o sofá, onde jogou sua toalha de banho. O.K. Ele tinha um corpo muito bom, meus parabéns, mas eu não estava interessada em ninguém além do Brad.

Não que eu estivesse realmente interessada nele naquele momento.

Mas eu não estava enganando ninguém.

― Você e, hum ― o loiro começou a dizer, e então pigarreou ―, o seu namorado sempre têm compromissos à noite para recusar jantares?

Ai, céus, isso foi uma cantada? Isso foi uma cantada.

― Ah, eu e o Brad não somos namorados.

Jason se virou tentando esconder um sorriso.

― Mas gostaria que fossem? ― perguntou. Fiz uma careta e dei de ombros.

― Eu acho que não daria muito certo se fossemos.

― Então gostaria de sair um dia desses comigo?

Eu gaguejei um pouco com aquele descaramento.


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Notas finais do capítulo

EU GOSTARIA DE DIZER QUE EU NÃO ESTAREI MAIS ESCREVENDO THE ROOMMATE.
Eu tenho muitos motivos para isso: primeiramente, o começo da história não está de acordo com meu estilo de escrita atual.
2º eu não possuo mais a inocência que tinha no início, portanto muitas questões principalmente sexuais devem ser mudadas nessa história.
3º eu vi que essa história tem potencial para abordar temas muito mais densos.
4º eu não controlo os plágios, por isso, não estarei mais me importando (mas o Nyah! estará, então se você plagiar e te pegarem, você se ferra). Tenho consciência de que minha nova escrita está muito melhor que a original e a reescrita já está registrada sob minha autoria.
5º eu perdi a inspiração para The Roommate como The Roommate, mas a reescrita, que possui a base dessa história, já está finalizada.