Brave New World escrita por Hugo0974


Capítulo 4
Capítulo 3 : Invasão ao Arlong Park 1


Notas iniciais do capítulo

- Ai está mais um cap, aproveitem!!



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De frente aos portões de metal que davam acesso ao Arlong Park, várias pessoas começavam a se reunir. Todas elas estavam equipadas com armas de todos os tipos, sejam espadas, bastões, facas e até mesmo panelas. Eles eram os aldeões de Cocoyashi e pretendiam lutar até a morte contra Arlong e seu bando pirata.


Eles não queriam mais viver como reféns dos homens-peixe.



Com a aglomeração já bastante grande, um dos moradores da vila finalmente notou dois homens sentados no chão, com as costas encostadas nos portões de ferro. Eles aparentavam ter acabado de levar uma surra, por isso o aldeão que os notou exclamou.



– Ei! Vocês estão bem?! Foram derrotados pelo Arlong?!!



Mas os dois homens apenas ficaram em silêncio. Como eles não aparentavam querer se mover, outro morador exigiu.



– Saiam da frente! Temos assuntos para tratar com esses piratas!!



Muitos outros na multidão exigiram o mesmo, gritando que estavam ali buscando vingança por sua vila e não seriam persuadidos em voltar atrás. Eles exigiam que os dois homens espancados dessem passagem. Um dos dois homens, o qual trajava uma camisa vinho por baixo de um colete azul, um par de calças bege e usava óculos escuros, notou que a multidão estava cada vez mais agitada, assim resolveu falar.



– Nós desafiamos Arlong para um duelo por termos duvidado de Nami Aniki... Por pouco não ganhamos...



O homem à esquerda, que tinha um estranho protetor de testa como um certo ninja usuário de Mokuton e usava um sobretudo verde por cima de uma camisa preta e uma bermuda xadrez amarela, acrescentou logo em seguida ao seu companheiro.



– Nos enganamos com Nami Aniki... Depois de saber a verdade... Não podemos mais encara-la...



– Nos desculpem, mas não podemos deixar gente que não tem chance de ganhar passar... – Falou novamente o primeiro a se pronunciar. Se não fosse a situação, poderia ser cômico como os dois ficavam se alternando enquanto falavam.



– Estamos esperando pelas pessoas que certamente vão aparecer aqui em breve... – Disse misteriosamente o segundo.



– Pessoas?! – Nojiko expressou suas duvidas em voz alta. Foi quando ela finalmente percebeu que Naruto, que havia prometido lhes ajudar, não se encontrava em lugar algum. Ela havia presenciado como ele era forte, por isso se perguntou se aqueles dois estavam falando dele.



Os moradores, que não estavam satisfeitos com aquelas palavras, pensaram em tomar medidas mais drásticas e tirar os dois idiotas do caminho através da força. Mas acabaram desistindo ao observarem os dois homens machucados se levantarem animadamente e, como se avistassem algo ao longe, exclamarem.



– Luffy Aniki!!



Virando-se para trás como muitos outros moradores, Nojiko avistou cinco sombras caminhando em direção a eles. Quando chegaram mais perto, a garota reconheceu os quatro como os amigos de Nami. E, o quinto, era Naruto. Todos tinham caras de poucos amigos.



Devido à aura ameaçadora que eles exalavam, os aldeões instintivamente foram abrindo caminho, deixando os cinco passarem sem problemas por eles até que pararam de frente ao grande portão de ferro do Arlong Park.



– Johnny, Yosaku, saiam da frente. – Falou Zoro para seus dois antigos companheiros. O usuário de Santoryuu (Técnica de Três Espadas) usava uma camisa branca, um par de calças pretas e um haramaki verde, da cor de seus cabelos. E ele não precisou falar duas vezes, pois logo Johnny e Yosaku se mudaram dali para o canto esquerdo do portão.



Mas, apesar de ter sido Zoro quem falou para eles saírem, foi Luffy quem deu um passo a frente e, erguendo o braço para trás, disparou em seguida um poderoso soco de direita, arrebentando o portão de ferro e revelando inúmeros tritões espantados do outro lado da fortaleza.



– Ele realmente tem alguma força nos braços, não? – Disse Naruto, permitindo-se sorrir um pouco com a “declaração de guerra” feita por Luffy.



Depois que um pequeno silêncio se formou, Luffy, acompanhado de perto pelos outros quatro, adentrou no Arlong Park e, olhando para os homens-peixe surpresos, perguntou estalando os dedos da mão.



– Qual de vocês é Arlong?



– Arlong? Sou eu. O que você quer? – Perguntou o maior dos tritões que se encontrava ali. Ele estava sentado confortavelmente em uma espécie de trono. Ele trajava uma camisa havaiana amarela aberta e uma bermuda bege. Pela expressão em seu rosto, era obvio que ele não estava muito impressionado com a invasão a sua fortaleza.



Dando alguns passos para frente, Luffy falou.



– Meu nome é Luffy! Eu sou um pirata!!



Arlong apenas levantou uma sobrancelha para a apresentação do garoto. Enquanto isso, os outros homens-peixe se recuperaram do choque anterior e cercaram Luffy, com intuito de não o deixar andando livre em sua base.



– Parado ai!! – Falou um dos piratas. Outro, mais ousado, agarrou Luffy pela gola da camisa e disse, debochado.



– Hahaha! O que acha que está fazendo? Tem que passar por nós se quiser falar com ele!



Luffy, dando pouca importância para aqueles idiotas, ergueu os braços para cima e colocou uma mão na cabeça de cada um dos dois tritões.



– Saiam da minha frente! – Exclamou, forçando as cabeças dos dois homens-peixe para baixo e fazendo-as colidir entre si. Eles acabaram nocauteados com o movimento.



Os outros piratas ficaram surpresos com aquilo e gritaram insultos para Luffy. Mas ele não se importou, apenas avançou calmamente em direção de Arlong, que mantinha uma expressão sombria no rosto por ver dois de seus homens serem batidos por aquele humano.



– O que um pirata quer comigo...? – Perguntou Arlong.



Mas Luffy não respondeu com palavras, mas sim com ações. Ele disparou um poderoso soco no rosto do tritão, enviando-o voando em direção ao muro oposto que cercava o Arlong Park.



– Arlong-san?! – Gritaram os tritões, totalmente surpresos com o ocorrido.



Bufando de raiva pelo nariz, Luffy falou para a figura de Arlong pregada na parede.



– Nunca mais se atreva a fazer a minha navegadora chorar!!



Os outros homens-peixes levaram aquilo como uma declaração de guerra e rugiram furiosos, partindo para cima de Luffy. Eles só não esperavam que três figuras se movessem rapidamente e os acertassem, nocauteando alguns e jogando longe outros.



– Por que começou sem a gente? – Perguntou Sanji, fumando um pouco de seu cigarro. Ele trajava um termo preto e recentemente havia ingressado ao grupo como um cozinheiro, não que isso diminuísse suas habilidades de luta.



– Eu não preciso de ajuda. – Respondeu simplesmente Luffy. Sanji bufou com aquilo.



– Idiota. Quem disse que vim te ajudar? Eu só quero me divertir um pouco também.



– Mas se você quiser pode cuidar deles sozinhos, Luffy. – Falou Usopp um pouco mais atrás do grupo. Além dele não ter participado do ataque anterior, agora tinha as pernas bambas de medo. Zoro apenas zombou daquilo.



– Quanta gentileza sua, Usopp...



– Ei vocês, esperem. – Disse Naruto, dando alguns passos para frente e “tomando a liderança”. – Vocês parecem ter algo pessoal com esses caras, certo? Então vamos fazer um acordo. Vocês cuidam dos lideres e eu cuido do resto dos idiotas, assim acho que ninguém sai perdendo.



– Os lideres? Como você sabe quem são os lideres, eu só consigo identificar Arlong... – Murmurou Usopp.



Naruto apenas apontou para três homens-peixe mais ao fundo e explicou.



– Aqueles três têm um ar de confiança maior sobre eles, além disso, não atacaram de forma inconseqüente como os outros imbecis. Isso é um grande indicativo para ver que eles são os mais fortes desse grupo, mesmo ainda não parecendo muita coisa.



Sanji deu mais uma tragada em seu cigarro e disse.



– Acho que faz sentido... Mas tem certeza que da conta do resto?



Naruto apenas sorriu com aquilo.



– Pode apostar. – Disse, estalando os dedos das mãos. – Então, estamos combinados?



– Não vejo problema... – Disse Zoro.



– Apenas se certifique de não apanhar. – Advertiu Sanji.



– Eles são todos seus e, se quiser pode pegar um dos lideres que você está deixando para mim também, eu não me importo. – Disse Usopp, rezando para que aquele loiro concordasse.



Luffy, ajeitando o seu chapéu de palha, falou.



– Tanto faz, desde que eu seja a pessoa que vai espancar Arlong.




(Com os moradores de Cocoyashi)



– Quem são eles...? – Perguntou um dos aldeões que assistiam o modo despreocupado como os cinco pareciam tratar toda aquela situação.


– Sim. Um deles apenas jogou Arlong longe... Não podem ser pessoas normais... – Murmurou outro morador.



Nojiko assistia tudo surpresa. Ela tinha alguma idéia que Naruto era forte devido a ele derrotar os fuzileiros com facilidade há poucos minutos atrás, mas não tinha idéia que os amigos de Nami eram fortes também. Ela estava começando a enxergar um raio de esperança naquela situação.



Johnny, que fechava o caminho com Yosaku, para que nenhum aldeão pudesse interferir, disse.



– Se eles não conseguirem fazer nada, o futuro do East Blue estará arruinado.



– Quem quiser entrar nessa briga, vai ter que passar por nós. – Advertiu Yosaku.



Genzo, mesmo surpreso com tudo aquilo, não gostava da idéia de aqueles garotos estarem lutando enquanto eles ficavam apenas olhando. Ele tinha aceitado a ajuda de Naruto e aceitaria a dos outros jovens também, mas ele não queria deixar tudo nas mãos de outros. Por isso, questionou.



– Por que isso? O que isso tem haver com vocês?



– Eles feriram os sentimentos de Nami Aniki...



– Acha que precisamos de outra razão?



Falaram Johnny e Yosaku um atrás do outro.




(Dentro do Arlong Park)




Arlong, que ainda se encontrava meio que imprensado no muro, saiu daquela posição incomoda com facilidade anormal e deu um largo sorriso, mostrando que aquilo não o havia sequer arranhado.



– Então vocês realmente vieram levar Nami? Hahahaha! Não acredito!! – Zombava o tritão. – Hahahaha! Que bando de idiotas!! O que acham que podem fazer?!!



Hachi, ou Hatchan, um dos lideres do bando de Arlong e um tritão-polvo, exclamou.



– Não vale a pena lutar com eles, Arlong-san!! Deixe comigo, vou transformá-los em comida de monstro!! – Apertando sua boca com uma das mãos, de alguma forma a transformou em uma espécie de corneta, assim, gritou. – Apareça, Mohmo!!!



Os Chapéus de Palha, mais Naruto, viraram-se para a esquerda pressentindo que algo vinha em sua direção, submerso na água do mar que adentrava o Arlong Park. Eventualmente, eles assistiram surgir uma enorme vaca-marinha.



– É um monstro!!! – Exclamou Usopp, horrorizado com o aparecimento da vaca marinha gigante.



Mas, apesar do tão medonho que Mohmo poderia parecer aos olhos de alguns, uma gota de incredulidade surgiu na cabeça de Naruto enquanto observava o animal.



– Ei... É impressão minha ou ele parece ter sido espancado há pouco tempo atrás...? – Comentou o loiro, se referindo aos olhos lacrimejantes do animal e ao grande galo que tinha em sua cabeça, próximo ao chifre direito.



– Nós o encontramos no caminho para cá. – Explicou Sanji, reconhecendo o animal. Luffy também o reconheceu e apontou para ele, exclamando.



– É aquela vaca estúpida que tentou comer nossa comida!! O que você está fazendo aqui?!



Mohmo estremeceu ao ouvir a voz de Luffy e, quando finalmente pos seu olhar sobre ele, começou a suar. Sabendo que não tinha chance nenhuma contra aqueles caras, Mohmo começou a recuar, afundando lentamente de volta para a água. Mas ele parou repentinamente quando escutou uma voz.



– Mohmo... Aonde pensa que vai? – Questionou Arlong, dando um olhar estreito para o animal que simplesmente havia congelado quando ouviu sua voz. – Bem... Se você quiser ir, pode ir, Mohmo... Vá, Mohmo...



O tom usado por Arlong indicava claramente o contrario de suas palavras. Se Mohmo saísse, ele sofreria punições graves por parte do homem-peixe. E a criatura marinha entendeu aquilo muito bem, por isso voltou-se em direção aos piratas com o intuito de atacá-los. Ele preferia enfrentar aqueles caras do que Arlong.



Dando um rugido bestial, bem parecido com um som feito por um boi na verdade, Mohmo preparou-se para o ataque.



– Lá vem ele!!! – Exclamou Usopp, se borrando de medo devido aos dentes afiados exibidos pela vaca-marinha.



Os tritões, vendo o ataque de Mohmo, resolveram atacar também. Assim sacaram espadas e partiram para cima de seus inimigos, gritando maldições para eles.



Sem medo, Luffy se adiantou e bateu os dois punhos juntos.



– Deixa comigo... Eu cuido deles! – Exclamou. Fincando os dois pés no concreto do chão, preparou-se para fazer sua jogada, mas parou ao ver um borrão laranja passar ao seu lado e tomar a dianteira.



– Nós combinamos que os idiotas são meus! – Disse Naruto, erguendo sua mão e criando do nada uma esfera azulada, que parecia rodopiar sem parar, um pouco maior que uma bola de basquete. – Desculpe vaquinha, mas você está no caminho-ttebayo! Oodama Rasengan (Grande Esfera Espiral)!!!



Naruto acertou a bola de chakra no estômago do animal antes mesmo que ele tivesse uma chance de devorá-lo. O jutsu dilacerou um pouco da barriga de Mohmo antes de explodir e envia-lo girando a mais de cem metros do Arlong Park, até cair novamente no mar.



Um estranho silêncio se formou depois daquilo. Mesmo os homens-peixe que pretendiam atacar se calaram, totalmente paralisados com o que acabaram de ver. Aquele humano não só derrotou Mohmo com apenas um movimento, como ainda o arremessou longe do Arlong Park.



– M-Mas que diabos foi isso?!!! – Perguntou Usopp, também sem entender o que havia acabado de acontecer.



Naruto, escutando aquilo, virou-se para Usopp.



– Chama-se Rasengan. Uma bola de chakra comprimida e girando em alta velocidade. Um dos meus ninjutsus preferidos, diga-se de passagem. – Disse.



Aquela explicação não fazia sentido para nenhuma das pessoas ali presentes. Aparentemente, exceto para Luffy, que falou em sua lógica distorcida.



– Entendi! Então é uma bola misteriosa! – Se não fosse à tensão que ainda estava presente, muitos teriam caído no chão com a idiotice do garoto. Bem, mas não era como se ele estivesse totalmente errado, no fundo, para quem não conhecia sobre chakra, era realmente uma “bola misteriosa”.



– Seja o que for... Pareceu bastante impressionante. É alguma capacidade de uma Akuma no Mi? – Questionou Sanji, acendendo outro cigarro. Ele havia deixado o outro cair quando viu Naruto fazer seu movimento.



Naruto olhou em interrogação para o cozinheiro antes de dizer.



– Eu realmente não faço idéia do que seja essas “Akuma no Mi”. Mas não, não tem nada a ver com isso. Como eu disse antes, é um ninjutsu. – Explicou o loiro. Virando-se para os membros dos piratas Arlong, Naruto sorriu predatoriamente antes de dizer. – Agora, senão se importam, eu vou chutar a bunda do resto desses caras, como combinamos antes.



Os homens-peixe, percebendo que o loiro se referia a eles, recuperaram a compostura e a coragem. Assim começaram a amaldiçoar e zombar de Naruto.



– Acha realmente que pode derrotar todos nós?! – Falou um dos piratas inimigos. – Você pode ter mandado Mohmo longe, mas nós estamos em maior número!! Você não tem chance!!



Naruto sorriu, fazendo um selo de mão.



– Será mesmo...? Então deixe eu lhes contar algo interessante... Eu nunca estou em desvantagem numérica! – Concentrando seu chakra e usando o seu jutsu mais famoso, repentinamente a baía do Arlong Park ficou lotada demais.



– O-O que...?!! – Perguntou a esmo um dos piratas-peixe, não acreditando no que seus olhos viam. E não era só eles, todos ali, com exceção de Naruto, tinham o queixo caído.



O motivo? Simples. Agora haviam dezenas de Naruto no pátio rodeando os tritões, todos exibindo sorrisos no rosto.



– Essas coisas são de verdade? – Perguntou Zoro, olhando para as copias. Curioso, tentou tocar em um dos Narutos perto de si, mas antes disso teve sua mão espalmada para longe pelo próprio clone. Este que falou.



– Você sabe... Eu não gosto de ser apalpado por homens. – O rosto de Zoro ficou vermelho de raiva com aquilo, mas resolveu apenas resmungar consigo mesmo. Ali perto, Sanji, que havia ouvido, continha sem sucesso seu riso, o que apenas aumentou a carranca do espadachim.



– E então? O que acham? Vão encarar? – Perguntou Naruto com um sorriso. Vendo que os homens peixe pareciam estar congelados em seus lugares, Naruto suspirou, dizendo. – Se vocês não vão atacar... Eu vou! Ataquem!!!



O que aconteceu a seguir poderia ser descrito como um massacre. Os clones, apesar de se dissiparem com apenas uma batida, ainda eram superiores aos homens-peixe em força e velocidade. Por isso espancavam com facilidade os tritões, que apenas gritavam por ajuda e tentavam revidar, inutilmente.



Luffy, que assistia tudo aquilo, tinha os olhos brilhando.



Sugoi (incrível)!!! Eu nunca vi uma habilidade tão legal como essa antes!!! – Exclamou. – Imagine o quanto de carne você poderia comer ao mesmo tempo se dividindo dessa forma!!!



– Ei, ei, ei... Isso não é a primeira coisa que você deve pensar ao ver algo assim... – Disse Usopp com uma careta, enquanto balançava a mão na frente do rosto em um desaprovação cômica.




(Com os moradores de Cocoyashi)



– Quem diabos é esse cara?!!! – Exclamou um dos aldeões enquanto assistia os clones de Naruto derrotarem com grande facilidade os subordinados de Arlong.


– Sim! Ele não só derrotou Mohmo com apenas um golpe, como criou dezenas de copias de si mesmo e agora está espancando totalmente os piratas do Arlong!! – Disse outro morador.



Genzo, que também olhava aquilo abobado, virou-se para Nojiko e perguntou.



– Você sabia que ele tinha essas habilidades estranhas?



Nojiko balançou a cabeça em negação, também não acreditando no que seus olhos viam.



– Eu já acreditava que ele era forte, mas... Isso é ridículo! Quem diabos consegue criar clones de si mesmo?! – Exclamou indignada a jovem, pois não conseguia entender aquele cara. – Ele ainda diz que sequer tem uma Akuma no Mi! Como isso é mesmo possível?!



Genzo balançou sua cabeça, concordando com Nojiko.



– Eu também não faço idéia, mas... Vendo-o derrotar esses homens peixe como se fossem nada, me faz ter esperança que realmente ele pode acabar com Arlong e seu bando.



Nojiko, e todos os outros aldeões que ouviram Genzo falar, concordaram mentalmente. Assim voltaram a assistir, torcendo para que aqueles caras saíssem vitoriosos e os livrassem de Arlong de uma vez por todas.




(Dentro do Arlong Park)


Arlong assistia irritado seus homens serem derrotados um atrás do outro. E não demorou até que o último caísse estirado no chão, totalmente fora de batalha como todos os outros.



Apertando a mão com força no chão, Arlong se levantou com intuito de estraçalhar aquele loiro com suas próprias mãos, mas acabou parando quando observou seus três comandantes partirem para cima dos clones e começarem a destruí-los.



Naruto, que estava no meio de seus bushins, logo sentiu que eles começaram a desaparecer. Virando-se, viu que os três tritões, que ele julgava serem os oficiais superiores no bando de Arlong, eram os responsáveis por aquilo. Como ele havia combinado com os Chapéus de Palha, não revidou. E nem mesmo seus clones, por isso, logo só restava ele no “campo de batalha”.



– Bem... Parece que era como eu disse, esses caras são um pouco melhores que os outros. – Comentou o loiro, virando-se totalmente para os três homens-peixe.



Kuroobi, um tritão azulado que vestia um gi de artes marciais azul escuro amarrado com uma faixa preta, encarou Naruto por alguns instantes antes de dizer.



– Parece que você é o real... – Mesmo vendo o sorriso debochado que o loiro lhe deu, ele continuou. – E pensar que teríamos que lutar contra esses humanos...



– Sim! Eu vou ensiná-los a não machucar os meus amigos!!! – Exclamou Hachi, que parecia o mais exaltado dos três.



O último do trio, Chuu, um tritão azul pálido com uma boca que parecia ter sido puxada para frente com um alicate, tinha uma atitude mais calma, bem parecida com a mostrada por Kuroobi.



– Chu?! Precisamos ensinar para eles a diferença entre espécies...



Naruto zombou.



– Ei, se você está se referindo ao cheiro de peixe podre, eu já sei disso faz tempo. Eu senti quando estava a uns cem metros daqui.



O “elogio” do shinobi realmente irritou o trio de tritões, mas o único a atacar foi Chuu. Ele disparou um tiro de água na direção de Naruto e, quando viu o projétil transpassar o corpo do loiro, deu um sorriso vitorioso.



– Ele era mais fraco do que eu imagi...!! Chu?! Mas o que?!!! – Chuu e os outros homens-peixe arregalaram os olhos em descrença ao ver o corpo de Naruto simplesmente se transformar em um dos membros dos piratas Arlong. O homem, que tinha levado o tiro no abdômen, resmungou alguma coisa em dor e voltou a cair desacordado.



– Nossa... Você deve ter cuidado com isso. Olha só, acertou seu próprio companheiro. – Falou Naruto, que agora se encontrava mais a esquerda de sua posição anterior.



Usopp, que tinha certeza que o lugar onde Naruto se encontrava agora a pouco era antes preenchido com o tritão que acabara de ser atingido, gaguejou ao perguntar.



– C-Como você fez isso...?!



– Chakra. – Respondeu Naruto, sorridente. – Para ser mais exato, isso foi um Kawarime no jutsu (Técnica de substituição). Eu apenas troquei de lugar com aquele cara em um movimento de alta velocidade, se é isso que você está pensando.



– Tsc... O que mais esse cara pode fazer? – Perguntou Zoro com o cenho franzido, mas Naruto não respondeu. O motivo? Ele foi atacado pelo trio tritão.



Desviando de uma saraivada de golpes de Hachi, que usava seus seis braços para atacar, Naruto logo em seguida se abaixou e deixou um dos tiros de água de Chuu passar triscando seus cabelos. Depois, sem perder tempo, deu um salto para trás e esquivou-se lindamente de um golpe de palma aperta de Kuroobi, que movimentou um pouco do ar em baixo de Naruto.



Aterrissando ao lado dos Chapéus de Palha, o loiro falou.



– Ei... Eu não sou o adversário de vocês, dattebayo. São esses caras aqui. – Disse apontando com o polegar para o trio ao seu lado. Naruto estava incluindo Usopp também, mas ele estava mais atrás dos outros três.



– Desgraçado...! Acha mesmo que o deixaremos depois do que você fez com nossos homens?! Para de correr e lute!! – Exclamou Kuroobi, já no limite de sua paciência.



Naruto balançou a cabeça em desaprovação ao dizer.



– Não seja idiota. Eu não estou correndo. Não é minha culpa que vocês são lentos demais para me acertar. Além do mais, eu já falei, seus adversários são esses caras aqui, não eu. – Virando-se para Luffy e seu grupo, Naruto falou. – É melhor vocês começarem logo, senão vou ter que acabar com eles eu mesmo.



Sacando sua espada, Zoro deu um sorriso predatório.



– He... Você realmente já cumpriu sua parte no acordo, acho que nada mais justo nós cumprimos a nossa também.



– É verdade. Acho que agora é um bom momento para testar algumas receitas com esses peixes estúpidos. – Falou Sanji desamarrando a gravata.



– Ei... É sério... Se você realmente quer acabar com mais, eu posso lhe dar o meu adversário... – Disse Usopp, tremendo como sempre com a possibilidade de entrar em uma batalha.



Naruto, mesmo vendo aquilo, apenas sorriu e disse.



– Nah... Eu acho que já fiz o bastante, não quero tirar a diversão de você. – Virando-se para Luffy, que ele havia percebido ser o líder do grupo, falou. – Se me dão licença, eu vou assistir sentado no muro perto dos moradores. Se precisarem de ajuda é só me chamarem.



Luffy acenou com a cabeça e disse.



– Certo. Mas não se preocupe, nós chutaremos as bundas desses caras bem rápido. – Estalando os dedos, falou com um olhar sombrio. – Eles ainda têm que pagar por ter feito Nami chorar.



Acenando em afirmativo, Naruto fez um selo de mão e logo desapareceu em um redemoinho de folhas, surpreendendo os presentes mais uma vez.



Luffy, ajeitando seu chapéu, deu um sorriso.



– Esse cara é cheio de truques legais... Acho que vou o chamar pra ser meu nakama depois que acabarmos com isso aqui... Agora... – Olhando para Arlong, adquiriu uma expressão séria novamente. Pensando em se mover e partir para o ataque, notou que, de alguma forma, não conseguia.



Acabou se perguntando por que...




(Com os moradores de Cocoyashi)




Nojiko, que até então observava Naruto ao longe, ficou realmente surpresa ao vê-lo simplesmente desaparecer e reaparecer ao seu lado, dando-lhe um grande susto. Recuperando-se, deu uma forte pancada na cabeça do loiro, que realmente não esperava algo como aquilo.



– Por que me bateu-ttebayo...? – Murmurou irritado, acariciando o local do choque.



– Isso é por me assustar, idiota! – Exclamou Nojiko. Depois de ficar mais calma, finalmente se permitiu perguntar o que o loiro estava fazendo ali. – Ei, você não vai lutar mais?



– Não. – Respondeu Naruto, balançando a cabeça em negação. – Quer dizer, eu vou lutar apenas se eles precisarem de ajuda, senão, vou deixar o resto com eles.



Pelo o olhar no rosto de Nojiko, Naruto logo soube que ela não estava nada satisfeita com aquilo. Antes de dar algum motivo para a mulher achar que ele merecia mais uma pancada, Naruto rapidamente explicou.



– Eles são companheiros de Nami, certo? Eles precisão ajuda-la com suas próprias mãos. – Disse o loiro. – Se eu simplesmente derrotar esses caras-de-peixe, acho que não ficariam satisfeitos. Essa é uma batalha que eles querem enfrentar, por que estão lutando por sua companheira.



As palavras de Naruto pareceram acalmar Nojiko um pouco, mas mesmo assim ela expressou sua opinião contraria.



– Bem... Eu acho isso estúpido. E se um deles morrer enquanto você fica aqui sem fazer nada? Isso é bem inconseqüente.



– Eu já lhe disse, se eu ver que eles precisam de ajuda, vou ajuda-los. – Disse Naruto com uma careta. – Além disso, esses caras podem vencer. Eu sei disso.



– Ele está certo, Nojiko Anue. – Quem falara foi Yosaku, que estava prestando atenção no loiro desde que ele apareceu ali. – Zoro aniki, Luffy aniki e Sanji aniki são realmente muito fortes.



– Sim. Se há alguém que pode vencer Arlong e seu bando, são esses três. – Emendou Johnny.



Vendo que agora os três homens estavam com suas atenções voltadas para a batalha que estava prestes a começar, Nojiko fez o mesmo. Enquanto olhava para dentro do Arlong Park, finalmente notou que nenhum dos dois caçadores de recompensa ao seu lado citou o nome do narigudo mentiroso.



Ela se perguntava se ele iria ficar bem.




(Dentro do Arlong Park)




– Bem! Vamos lá então! – Falou Kuroobi a seus companheiros. No momento ele observava atentamente os Chapéus de Palha. – Depois nós podemos ir atrás daquele loiro.



Dando uma leve olhada para trás e avistando seu capitão, Kuroobi acrescentou.



– Arlong-san, fique ai e relaxe um pouco...



– Se deixarmos você lutar... Chu?! O Arlong Park vai ficar completamente destruído! – Chuu falou, concordando com Kuroobi. Se Arlong lutasse, havia grandes chances de todo o forte ser destruído, e isso não era bom.



Zoro, que observava os tritões do outro lado, olhou curioso para Hachi, que parecia estar se preparando para algum tipo de ataque.



– Ei... O que fazemos com o molusco? – Perguntou o espadachim.



– Bem, a gente ferve em água e sal, depois pica em rodelas, e pronto! Com azeite e salsa dá um ótimo aperitivo. – Comentou Sanji ao meio de algumas baforadas de fumaça.



Só que, apesar do modo descontraído com que Zoro e Sanji pareciam estar levando a situação, Luffy, estranhamente, não estava tão calmo assim.



– Ei! Esperem... Tem um problema aqui... – Mas antes que o líder dos Chapéus de Palha pudesse dizer aos seus companheiros qual era o tal “problema”, Hachi resolveu finalmente fazer seu ataque, dando inicio a luta.



– Tomem isso!!! Tako-Hachi Black!! – Exclamou o homem-peixe, disparando pela boca uma grande quantidade de tinta preta em direção aos seus inimigos.



Sanji e Zoro, vendo aquilo, trataram de dar um salto para o lado, desviando do ataque. Mas, por algum motivo, Luffy continuou imóvel, sendo assim coberto por todo o corpo com a tinta disparada pelo polvo. Zoro, ao lado, gritou ao ver aquilo



– Idiota! Por que não se esquivou?!



– Ahh! Não enxergo nada!!! – Exclamou Luffy com as mãos nos olhos, tentando tirar a tinta que impedia sua visão e ignorando completamente à pergunta de Zoro.



Hachi, que não tinha nada a ver com aquilo, arrancou uma grande parte do telhado do Arlong Park e se preparou para esmagar Luffy com o imenso bloco de concreto. Ele se aproveitaria da falta de visão do garoto para lhe pegar.



– Luffy!! Fuja rápido!!! – Exclamou Usopp, que via de longe o perigo que se aproximava de Luffy.



– Não posso me mexer! Minhas pernas estão presas! E estou cego! – Falou Luffy, finalmente revelando qual era o problema que ele tinha. As pernas do Chapéu de Palha estavam presas no chão, coisa que ele próprio tinha feito quando pretendia realizar um ataque “especial” em Mohmo, mas que acabou não fazendo por Naruto ter entrado em sua frente.



Zoro e Sanji apenas murmuraram o quão idiota Luffy era, já Usopp foi mais enfático em sua opinião sobre o ocorrido.



– Mas foi você quem fez isso!! – Exclamou o narigudo, indignado com a imbecilidade de seu capitão.



Hachi, que já estava perto para desferir seu ataque, gritou enquanto trazia para baixo o grande pedaço de concreto que carregava nos seis braços.



Tako-Hachi Black on the Rocks!! – Gritou o nome esdrúxulo do golpe, usando toda sua força para esmagar Luffy com o enorme pedaço de concreto.



Mas, para sua surpresa e dos outros tritões, o pedaço de telhado simplesmente rachou no meio quando estava prestes a esmagar Luffy. O motivo foi revelado logo a seguir. Sanji havia se posicionado na frente de seu capitão e desferiu um poderoso chute para cima, destruindo o gigantesco pedaço de concreto.



– Legal Sanji!! – Exclamou Luffy, satisfeito.



– Ei! Ele é forte!! – Disse surpreso Usopp, que ainda não havia presenciado o cozinheiro lutar.



Sanji, depois de dar uma tragada em seu cigarro, disse.



– Droga... Parece que nós temos o capitão mais louco do mundo... – Olhando para os homens-peixe com um sorriso, especificamente para Arlong, acrescentou. – Mas, mesmo assim, ele é mil vezes melhor do que alguém que faz uma mulher chorar.



Arlong contorceu uma sobrancelha com a ousadia do cozinheiro, mas foi Kuroobi quem se pronunciou a seguir.



– Vocês são apenas humanos com alguns truques. Nunca pensei que humanos se atreveriam a nos atacar... Mas vocês não se comparam a nós!



– Não vem com esse blá, blá, blá... Não estou nem ai, peixinho! – Falou Sanji. Apontando o dedo para Kuroobi, terminou. – Não parece, mas fui criado por um pirata.



Kuroobi apenas zombou.



– Parece que você ainda não entendeu a diferença entre nossas espécies.



– He... Eu entendi sim. Se me lembro bem, Naruto deixou bem claro a um momento atrás. – Revidou Sanji sorrindo, se referindo ao fato de Naruto ter dito que a diferença entre humanos e homens peixes estava no cheiro de peixe podre que vinha dos tritões.



Kuroobi, que se lembrava bem daquilo, franziu o cenho irritado.



Enquanto toda essa disputa verbal acontecia, a poucos metros dali, Usopp tentava, em vão, arrancar Luffy do chão. Mas aparentemente não importava quanta força ele usava, o máximo que ele conseguia fazer era esticar o corpo de borracha de Luffy. Era uma cena bastante cômica para dizer a verdade.



Hachi, que observava aquilo, levou a brincadeira como um insulto a eles.



– O que vocês acham que estão fazendo aqui?! Nyu?! Brincando?! No Arlong Park?! – Pegando um pedaço do concreto gigante que a pouco ele usara para atacar, correu em direção aos dois, na tentativa de esmagá-los novamente, mas dessa vez com um pedaço menor do telhado quebrado.



Usopp, vendo aquilo, arregalou os olhos e começou a puxar Luffy para longe, tentando se afastar do homem-polvo furioso.



– Alguém nos ajude!! – E o grito de Usopp surtiu resultado. Zoro apareceu atrás de Hachi e, com sua espada por cima dos ombros, disse calmamente.



– Ei, esquisito! Não viu que eles estão ocupados?! Por que não brinca comigo?!



Hachi reconheceu a voz de Zoro e virou-se para ele, encarando-o furiosamente. Ele ainda não havia esquecido que o espadachim o havia enganado dizendo que era um convidado de Arlong da primeira vez que eles se viram.



– É mesmo! Roronoa Zoro! Eu tinha me esquecido de você!! Como se atreveu a me enganar?!! – Rugiu, atacando-o com o pedaço de concreto. Mas Zoro desviou habilmente. Se afastando, o espadachim tomou posição de combate e sacou sua espada.



– Isso já é passado... Não ligo se você quer brigar, mas agora a situação mudou... – Dando um sorriso predatório, Zoro disse. – Vocês não são capazes de nos derrotar... Nós é que vamos acabar com vocês!



Usopp, vendo a interrupção de Zoro com alivio, enxugou o suar de sua testa e fez um sinal de positivo para o espadachim.



– Beleza Zoro! Cuide do polvo! Isso ai! – Foi quando sentiu que estava esquecendo de alguma coisa. Olhando para o lado, viu o corpo de Luffy ricocheteando para trás. Usopp havia saltando Luffy e agora ele disparava como um estilingue na direção oposta. – Ah! Eu esqueci que estava te segurando!!!



Usopp assistiu impotente Luffy recuar em alta velocidade e bater com força em um dos três tritões. Em Chuu, para ser mais exato. Depois do homem-peixe se recuperar da pancada, o narigudo engoliu em seco ao vê-lo lhe lançar um olhar mortal.



– Foi mal... – Tentou se desculpar Usopp, mas Chuu aparentemente não aceitou, pois disparou em sua direção.



– Quer que eu te mate?!!! – Gritou irritado o tritão, agora perseguindo Usopp, que corria por sua vida.




(Com os moradores de Cocoyashi)



Naruto sorria enquanto via os Chapéus de Palha começaram suas lutas. Sério, aqueles caras eram realmente engraçados. E pensar que o tal de Luffy era o capitão deles era bastante cômico, já que Naruto estava certo que ele era o mais sem-noção ali.


Enquanto ainda se divertia, Naruto assistiu Usopp passar correndo pelo portão, fugindo do tritão raivoso que o perseguia.



– Não era o cara que salvou o Gen-san? – Perguntou um dos moradores ao reconhecer Usopp. – Ele é um pirata também...?



Chuu, passando pelo portão para continuar a perseguir Usopp, parou ao perceber que não só os dois espadachins que eles a pouco espancaram ainda estavam ali, como todos os moradores de Cocoyashi também. Com um sorriso zombeteiro, disse.



– Vieram armados, hein? Estão se rebelando?! Todos vocês vão...!



O homem-peixe não pode concluir sua frase, pois foi atingido por uma pequena bolinha que, ao contato com sua pele, explodiu, envolvendo sua cara em chamas.



Kayenboshi (Estrela de Fogo)!! – Usopp gritou o nome de seu ataque a uns vinte metros do tritão. Ele o acertara com um tiro especial de seu estilingue. – O seu inimigo sou eu!!!



– Se quer tanto morrer, pode deixar comigo!!! – Exclamou Chuu, se levantando e voltando a perseguir Usopp. O narigudo voltou a dar no pé, fugindo com medo do tritão.



Genzo, que observou tudo junto aos outros moradores, perguntou.



– O que ele pensa que está fazendo...?



– Lutando e ao mesmo tempo correndo... Que garoto estranho... – Comentou o médico da vila e amigo de Genzo, que estava ao lado do prefeito.



Nojiko, que assistia tudo também, se perguntou se aqueles caras eram realmente piratas. Mas, antes de chegar a uma conclusão, escutou um riso alto vindo do seu lado. Não ficou surpresa ao constatar que era Naruto. O loiro estava empoleirado no muro e ria como se não houvesse amanhã, olhando para a direção para onde Usopp fugia de Chuu.



Aquilo de certa forma irritou Nojiko, assim, ela expressou sua indignação.



– Você não devia ir ajudá-lo ao invés de ficar rindo, idiota?!



Naruto, percebendo que a mulher falava com ele, fez esforço para conter seu riso e, depois de se acalmar, respondeu.



– Eu iria ajudá-lo, mas mudei de idéia quando ele atingiu aquele peixe com um ataque para proteger vocês. Pode não parecer, mas até que ele tem alguma coragem. – Vendo que Nojiko ainda lhe dava um olhar desaprovador, continuou. – Não se preocupe, enquanto você assistia ele correr, eu mandei um clone meu atrás dele. Qualquer coisa ele vai ajudá-lo.



Aquilo ainda não havia satisfeito Nojiko, mas, quando ela foi se queixar novamente, um dos moradores exclamou ali perto.



– Olhem! Arlong parece que vai entrar na luta!!




(Dentro do Arlong Park)




– Arlong-san, eu disse que você não precisava lutar...! – Falou Kuroobi, observando seu capitão se aproximar lentamente dos dois grupos que ainda não tinham começado a lutar a sério.



– Não vou fazer nada, só quero dizer algumas coisas... – Respondeu Arlong, ainda se aproximando com calma. Ele realmente não exibia uma postura de quem iria lutar, mas isso não dizia muito, já que os outros combatentes também não.



Mas Luffy quebrou esse estigma. Olhando furioso para Arlong, disparou o braço para trás e puxou-o para frente com toda a força.



– Maldito!! – Gritou raivoso. Seu braço esticou para frente e com velocidade fez o caminho até Arlong, pronto para lhe acertar um golpe sólido no queixo. Mas o homem-peixe em nenhum momento olhou preocupado e, quando estava prestes a ser atingido, agarrou o pulso de Luffy com bastante facilidade.



Olhando para os Chapéus de Palha, perguntou de cenho franzido.



– Acham mesmo que podem com a gente?



– Claro que podemos!! Solte-me!! – Respondeu Luffy, tentando desvincular seu braço do aperto de Arlong.



Ouvindo a resposta de seu capitão, Zoro zombou.



– Então, o que é que você queria dizer...?



– Não é mais necessário... – Respondeu Arlong se abaixando, mas ainda segurando o braço de Luffy. Depois, fincou sua mão livre no concreto abaixo do Chapéu de Palha e, fazendo um pouco de força, arrancou um bloco de concreto com Luffy ainda preso e ergue-o por cima de sua cabeça.



– Ah! O que você está fazendo?!! – Exclamou Luffy no “ar”, totalmente indefeso. Ele ainda tinha as pernas presas no concreto e um dos braços seguros por Arlong.



– Por que não brincamos um pouco?! – Disse o tritão, sorridente. – Quem como uma Akuma no Mi, não pode nadar! Mas do jeito que você está agora, ninguém conseguiria!! Hahahahaha!!



– Ele vai jogar o Luffy no mar!! – Gritou Zoro, percebendo as intenções de Arlong.



Luffy, irritado com aquilo, disparou um ataque com seu único braço solto.



Gomu Gomu no Pistol (Pistola de Borracha)!!! – Exclamou ao tentar acertar um soco no rosto de Arlong. Mas o homem-peixe defendeu o golpe ao morder o punho de Luffy, antes que ele o acertasse. – Ei!!! Isso dói!!!



– Idiota! – Zombou Arlong, ainda mordendo o braço de seu inimigo.



Com dor, Luffy mudou de estratégia e fez mais um ataque.



– Morder é sacanagem!! – Exclamou antes de também morder Arlong. O tritão ficou um pouco surpreso com o ataque inesperado, mas, apesar da dor que sentiu no braço onde Luffy o mordia, ele ainda tinha o controle da situação. Por isso, não demorou e arremessou Luffy na água a sua direita.



– Luffy!!! – Gritou Zoro preocupado. Sanji foi mais de agir e se preparou para pular atrás de seu capitão, já que ele não podia nadar por causa da Akuma no Mi que comeu, mas antes que pulasse em direção a água, Zoro agarrou seu braço, o impedindo. – Espere!! É uma armadilha. Se mergulharmos estaremos no território deles! Só tem um jeito de ajudar o Luffy...



Percebendo o que o espadachim queria dizer, Sanji falou.



– Temos que acabar com eles primeiro, não é? Acho que é uma boa idéia! – Tomando posição de batalha, com Zoro fazendo o mesmo ao seu lado, Sanji exclamou. – Vamos lá!!



Arlong, que havia se sentado agora na escada de acesso para o prédio do Arlong Park, riu alto ao dizer.



– Então essa é sua idéia?! Hahahahahaha!! Vocês estão condenados!!!




(Zoro vs Hachi)



Com sua espada em mãos, Zoro correu em direção a Hachi e exclamou.




– Eu acabo com isso em um minuto!!! – Mas antes que o espadachim chegasse perto demais, o homem-polvo disparou mais um tiro de tinta, com intuito de pará-lo. Só que Zoro era muito melhor que Hachi imaginava e, girando seu corpo no momento exato, o espadachim não só desviou do tiro, como também criou uma abertura para um golpe.



Hachi teve que se abaixar para não ter a cabeça cortada, mas ainda não conseguiu evitar de perder grande parte de seu penteado exótico.



– Nyuu?!! Meu cabelo!!! – Exclamou o tritão. – Ora seu...! Ora seu...! Eu vou te perdoar, mas só por que cabelo cresce de novo!



– Quanta generosidade... – Disse Zoro, mas logo teve que se esquivar de um golpe do homem-peixe. Ele conseguiu fazer isso com sucesso, mas as feridas que ele ainda detinha de seu confronto com Mihawk no restaurante Baratie começaram a incomodar, fazendo-o parar um pouco ofegante.




Eu tenho que acabar com isso rápido... Minhas feridas estão começando a reabrir...





(Sanji vs Kuroobi)



Esse cara...! Pensou Sanji olhando para como Zoro fungava, aparentando estar cansado. Para o cozinheiro estava obvio que o espadachim ainda não se recuperara do golpe de Mihawk. Ele não vai agüentar por muito tempo...!


De repente Sanji teve que cortar seus pensamentos ao sentir alguém se aproximar de si. Por instinto, desviou por pouco de um golpe de Kuroobi que visava sua cabeça.



– Vai morrer se ficar olhando para os outros!! – Disse o tritão, armando mais um ataque. Sanji novamente conseguiu desviar e, com um olhar irritado no rosto, disparou um chute em Kuroobi, gritando.



– Morrer?! Você é só um peixe! Peixes não falam com cozinheiros!! – Mas, apesar de sua raiva, aquilo não foi suficiente para quebrar a defesa de Kuroobi, que defendeu o golpe com a barbatana em seu braço direito.



Sanji se preparou para tentar mais um golpe, dessa vez ainda mais potente que o anterior, mas parou ao pegar algo com o canto dos olhos.



Há alguns metros dali, Zoro havia desabado no chão.



– Droga!! Deve ter sido o ataque do Mihawk...!!!



Antes mesmo que Sanji terminasse realmente de falar, ele sentiu algo lhe acertar com força. Acabou sendo enviado com tudo contra o muro que guardava o Arlong Park, varando-o e caindo ao lado dos moradores de Cocoyashi que assistiam as lutas.



Kuroobi, autor do “disparo”, falou ainda na posição ao qual executou o golpe.



– Sou um homem-peixe 40º Dan de Karatê! Eu avisei para prestar atenção!!




(Usopp vs Chuu)



Usopp corria tão rápido que parecia que sua vida dependia daquilo. Bem... Para falar a verdade, realmente dependia, já que a alguns metros atrás de si aquele tritão esquisito tentava lhe alcançar.


Com lagrimas nos olhos e gritando a todo pulmão de medo, Usopp se perguntava se iria conseguir sair vivo daquela situação.


Bando de Piratas Arlong


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Notas finais do capítulo

- Mesmo depois do pequeno show mostrado por Naruto, a situação dos Chapeus de Palha não parece nada boa!!! Acompanhem a conclusão dessa luta no proximo cap!!! Hahahahah!!
— Bem, depois dessa pequena narração, apenas peço que comentem!! O proximo sai amanhã!!