No capítulo anterior:

— Eu nunca faria isso Bella. Eu só quero que ela me perdoe e quem sabe, até ter a amizade dela. — disse. — E alem do mais, eu sou gay!

— O quê?! — praticamente, gritei.

P.O.V Bella Swan

— Gay. G-a-y. Gay. — soletrou. Como assim, Alec Volturi é gay? Isso é impossível. Eu me lembro do Alec, de dois anos atrás, ele era um galinha de mão cheia.

— Não consigo acreditar. Tipo, eu não sou preconceituosa nem nada, mas Alec, eu lembro de como você era galinha. Sempre via você com alguma menina diferente. Todo santo dia. — murmurei, piscando algumas vezes.

— Eu sei. Nessa época, eu meio que não sabia minha opção sexual. Na verdade, nunca me senti atraído por alguma garota, só achava elas bonitas, então eu pegava. Renesmee, foi a única que eu amei. Mas não era amor de ‘homem e mulher’, acho que eu a amava como uma irmã. Ela era carinhosa comigo, me dava atenção, coisa que Jane não fazia. — confessou, rindo da minha cara. — Mas eu passei um ano na Itália e conheci um menino, nos tornamos grandes amigos, depois de um tempo ele me contou que era gay, e que estava apaixonado por mim. Eu fiquei louco, não aceitei e me afastei dele, mas acabei percebendo que eu me sentia atraído por ele também, então o procurei, pedi desculpas e o beijei. Então percebi que eu também estava apaixonado. Começamos a namorar e até “fomos mais além”, se é que você me entende. — contou sorrindo. Mas o sorriso se desmanchou, dando lugar a uma expressão de dor. — Porém, eu não tenho sorte no amor, um tempo depois descobrimos que ele estava com câncer e que não tinha mais jeito. Ele poderia morrer a qualquer momento... Eu fiquei com ele até o último minuto. — sussurrou a ultima parte, deixando uma lágrima escorrer por seu rosto. — Ele me fez prometer que seguiria com a minha vida, e que não era para eu ficar triste sempre que lembrasse dele, o que é meio difícil, que era pra eu lembrar dos momentos felizes que nós tivemos, e que era pra eu nunca, nunca me esconder, que era pra eu continuar sendo eu mesmo, independente do que as pessoas pensem. — sorriu pra mim. — Por isso não me importo em falar que eu sou gay, não adianta me esconder, uma hora ou outra as pessoas vão acabar descobrindo. Minha família já sabe, e me aceita do jeito que sou, então não ligo para o que as pessoas pensam.

— Eu sinto muito, Alec. Muito mesmo. — falei, indo abraça-lo e secando a lágrima. — Eu vou conversar com a Nessie, ok? Ela vai entender e vai te perdoar. E eu vou dividir ela com você, vou deixar ela ser sua irmã também. — brinquei, tentando descontrair o clima que ficou. Funcionou.

— Ok. Eu aceito dividi- lá com você. — riu.

— Comigo e com o Jake. — corrigi, voltando para o meu lugar.

— Ela e o Jacob, parecem se amar muito. — observou. Veio uma mulher nos atender, fizemos nossos pedidos. — Hoje aquela vadia da Emily, veio me dizer que se eu quisesse ajuda para separar os dois, era só eu falar com ela. Avisa para os dois, ficarem de olhos abertos. Eu conheço aquela cobra, com certeza ela vai tentar fazer alguma coisa contra eles.

— Não só parecem. Eles se amam.— confirmei. — Emily. Essa menina, sempre teve uma queda pelo, Jake. E ela nunca se deu bem com a Nessie. É bem provável, que ela tente alguma coisa mesmo. Vou falar com os dois. — prometi, quando senti meu celular vibrar. Olhei e tinha uma mensagem. Nessie.

De: Nessie
Para: Bella

Oi. Mana, você lembra quais eram os patrocinadores dos Hellcats? Vou atrás deles e os do Jet’s também. Vou ver se eles, querem patrocinar Jaguar’s.

— É a Nessie. — disse, para Alec. — Ela quer os nomes, dos antigos patrocinadores dos Hellcats. Precisamos de patrocínio pra nova equipe. — falei, enquanto respondia Nessie. Por que eu estava falando isso pra ele mesmo? Ah não importa. É só pra puxar assunto.

De: Bella
Para: Nessie

Hello.
Vamos juntas atrás dos patrocinadores, eu quero ir também. Hue’ Amanhã depois da escola, nós vamos juntas.

Mensagem envida com sucesso.

— Hum. Me conta o porquê, que criaram essa nova equipe. E por que, todos são “amigos” agora. Jane, tentou me explicar, mas eu não entendi muito bem. Quando eu fui embora, todos se odiavam. Inclusive você e Nessie. —falou, confuso.

— Longa história! — exclamei, guardando o celular. A mulher trouxe nossos pedidos e se afastou da mesa. — Mas vou te contar.

Começamos a tomar nossos sorvetes, e comecei a contar tudo o que aconteceu, para o meu novo amigo. Vim para falar umas verdades pra ele, mas acabei virando amiga. Só eu mesmo.

P.O.V Rosalie

Caminhava tranquilamente pelo corredor a escola, indo para o estacionamento. Cheguei lá e não vi o carro de Tanya. Aonde aquela maluca, foi ? Ela não pode ter ido embora. Eu vim com ela pra escola, e ela prometeu que me levaria ao consultório do tio Carlisle. Andei por todo o estacionamento, para ver se ela não tinha trocado o carro de lugar, mas ele não estava lá. Ah que vaca. Eu vou matar essa minha irmã, pensava enquanto ligava pra ela.

— Tanya, cadê você? — gritei, quando ela atendeu.
— Ah , oi Rose. Eu tive que sair mais cedo. Mas não se preocupe, eu arrumei uma carona pra ti. Você não vai perder sua consulta. — respondeu, com um risinho.
— Quem é a minha carona? — perguntei, batendo o pé no chão.
— Logo você vai ver. Ela já deve, tá chegando. Tenho que ir agora. Tchau. — desligou na minha cara.

Ah Tanya Denali, você me paga. Esse era meu mantra, enquanto eu andava na direção do portão da escola. Já estava irritada, porque Alice me proibiu de treinar com ela, por causa do meu braço. Graças a esse braço quebrado, eu não vou participar dos treinos e quem sabe, nem participe do campeonato. E para melhorar tudo, Tanya me deixa na mão. Ah Tanya Denali, você me paga.. repetia.
Estava quase desistindo de esperar essa minha “tal carona”, quando um carro, que eu conheço bem, parou do meu lado.

— Alguém ai quer uma carona? — perguntou Emmett, abaixando o vidro, e piscando pra mim. Revirei os olhos rindo, enquanto entrava no carro. — Tan, pediu pra eu levar você até o consultório do meu pai.

— Ah não me lembre dela. Ela vai ver só, o que eu vou fazer com ela. — respondi, rindo. — Me lembre de nunca mais, aceitar a carona dela.

— Pode deixar. — deu partida no carro.

Chegamos ao consultório e Emm me esperou na sala de espera, enquanto eu entrava na sala do tio Carlisle.

— Olá, Rose. — me cumprimentou. Enquanto se ajeitava na cadeira. — Em que eu posso te ajudar? — perguntou.

— Oi, tio. Eu preciso saber, quanto tempo eu vou ter que ficar com esse gesso. Sei que essa não é sua especialidade, mas não aguento mais ficar com isso. Coça muito.— respondi, me sentando na cadeira que ficava em frente a ele.

— Trouxe o radiografia do braço? — indagou. Tirei as radiografias da bolsa e coloquei em cima da mesa. Ele pegou as mesmas, e começou a analisar, uma por uma. — Bom, seu caso não foi um os mais sérios. Você deve ficar com esse gesso, por mais uma semana. — respondeu.

— Depois disso, eu vou poder treinar? — perguntei animada.

— Claro que não, Rose. — informou, acabando com a minha animação. — Líderes de torcida, usam muita força nos braços. Mesmo seu caso não sendo tão grave...

— Doutor Cullen. — chamou, uma moça entrando na sala, interrompendo o que tio Carlisle dizia. — Desculpe interromper, mas pediram pra entregar isso para o senhor. — explicou, andando até a mesa com uma caixa de vidro transparente, com vários vidrinhos com um líquidos azul dentro. Colocou a caixa na mesa, e saiu.

— O que é isso? — perguntei, apontando pra caixa.

— É um tipo de remédio que alivia qualquer dor, instantaneamente. Só usamos em casos bem graves, pois esse remédio pode viciar, se não for usado direito, já que é muito forte. — explicou, pegando a caixa e guardando. — Ele é tão forte, que se eu injetar em alguém com a perna quebrada, a pessoa vai sair pulando sem sentir dor. — completou rindo. — Mas enfim, como eu ia dizendo, mesmo seu caso não sendo tão grave, quando você tirar o gesso, vai ter que usar uma tipoia durante um mês, sem fazer esforço com esse braço.

— Um mês? — indaguei. — Não pode ser tanto tempo assim, tem um campeonato vindo ai, e eu não posso ficar fora. — me queixei.

— Sinto muito, Rose. Mas esse é procedimento. — falou, me entregando as radiografias. — E se você não seguir do jeito certo, poderá ficar muito mais de um mês sem poder participar de algum campeonato, porque vai precisar fazer fisioterapia. — alertou, arqueando a sobrancelha.

— Tudo bem. Eu não vou fazer esforço, durante um mês. — disse, me ando por vencida.

Me despedi e sai da sala do mesmo, cabisbaixa. Encontrei Emm, me esperando no mesmo lugar. Ele me levou pra casa, e ficou um tempo conversando comigo, mas logo depois foi embora.

Estava deitada, olhando para o teto da sala. Não acredito, que não vou poder participar do campeonato. “Ele é tão forte, que se eu injetar em alguém com a perna quebrada, a pessoa vai sair pulando sem sentir dor.”, lembrei doque tio Carlisle disse, e sorri comigo mesma, “Rosalie, você vai participar do Spirit”, pensei.

Continua...