No capítulo anterior:

Nos separamos e ficamos nos encarando. Cada um com um sorriso no rosto e imerso em seus pensamentos. Minha cabeça não parava de repetir a frase: "Meu Deus, eu beijei Edward Cullen"

P.O.V Bella

— Isso fica só entre a gente, ok? — falei.

— Ok. Vamos voltar? — perguntou. Acenei com a cabeça e voltamos para perto do pessoal.

Sentamos no lugar que estávamos antes. Percebi que Tanya estava me encarando com um olhar malicioso. Será que ela viu o beijo?
Não demorou muito e as pessoas que estavam tocando e cantando pararam e deram lugar a música que saia de um carro de som. A fogueira foi a pagada, e deixou somente as tochas acesas, e algumas luzes coloridas penduradas em fios acima de nossas cabeças e a bebida liberada.

— Vamos dançar, meninas! — Alice gritou, e começou a puxar - uma de cada vez - as meninas e eu.

Começou a tocar Like G6, mesmo a música sendo antiga, era bastante animada e não tinha como ficar parada, ainda mais que nós já estávamos um pouco alterados pelo álcool. Por sermos animadoras de torcida, tínhamos um gingado muito bom e sabíamos dançar muito bem, graças a Deus, pois nem todas as animadoras sabem dançar.

Jacob, puxou Nessie para dançar com ele, quando percebeu que já estava se formando um rodinha de meninos em volta da gente. Kate, Irina e os meninos também se juntaram a nós. Fiquei impressionada, por saber que Jasper, sabia dançar.

— Que cena linda, não acha Irina? Você e a sua irmã fracassada, encontraram outros fracassados. Agora está tudo na mesma laia, né? — alguém falou, elevando a voz atrás de nós. Me virei e dei de cara com Heide e algumas garotas, atrás dela.

— Acho melhor você calar essa sua boca, antes que eu...

— Antes que você, o quê? Você não pode fazer nada contra mim, e você sabe o porquê. — A ruiva interrompeu, Kate. — Mas eu não vim aqui, para falar com vocês duas, e sim com os outros fracassados. — Ela virou na minha direção e de Nessie, que estava ao meu lado. — Fiquei sabendo o que aconteceu com a equipe de vocês duas. Será que vocês conseguirão se classificar no Spirit para ir para o Nacional, sem nenhum título? Como é mesmo o nome da equipe de vocês agora? Jaguar? Tanto faz. Vocês e essa sua equipezinha de merda, viraram piada entre outras equipes. Pois é, as notícias correm. — Ela disse, com um sorriso debochado no rosto.

— E vocês acham que nós somos fracassados, porque não temos nenhum título? Francamente. Mas não se preocupem, vamos mudar isso logo logo.— retruquei, com o meu melhor sorriso.

— E as equipes que estão caçoando da nossa, são uns idiotas. Sabe por quê? Pensa comigo, os Jet´s e os Hellcatas, nossas equipes antigas, eram as melhores do estado de Washington, e com o termino delas, nós juntamos os melhores animadores de ambas, sendo assim, nossa equipe está melhor que antes. Você não deveriam tirar sarro, de quem pode acabar com a sua equipezinha de merda. — Nessie completou, colocando as mãos na cintura e arqueando a sobrancelha.

— Ah! E o nome da equipe é Jaguar's, com ‘s’ no final. É bom guardar o nome certo na sua cabeça, pois nós vamos acabar com vocês no Spirit. — informei, deixando a mesma com cara de bunda.

— É isso aí queridinha, nós vamos mostrar como é que se faz. — Tanya disse, entrando na conversa.

— Aham, porque ninguém mexe com os Jaguar's. — Rose, acrescentou.

— Agora vaza, recalcada! — Alice mandou, fazendo sinal de "xô" com a mão.

— Suas, suas...

— Suas, suas? É melhor você sair de perto da gente, antes que eu te dê um tapa. — ameaçou Nathy, com cara de poucos amigos.

–Essa marra de vocês, vai acabar. E eu vou estar lá pra assistir de camarote._Heide rosnou.

— Deixa as garotas em paz, Heide. Saí daqui e leva essas piranhas, que você chama de amigas junto. Você não é tudo isso não. — falou, um garoto alto, com cabelos compridos cor de areia amarrados para trás, com os olhos cor de mel, com mais ou menos 19/20 anos.

— Você não sabe do que eu sou capaz, irmãozinho. — Heide disse, com desdém. — Vamos meninas! — chamou, e saiu com as garotas atrás dela.

— Oi meninas. — O garoto cumprimentou, Kate e Irina.

— Oi Garrett. — Kate respondeu, e Irina só deu um sorriso. — Esses são Edward, Seth, Emmett, Jacob, Nahuel, Jasper e as meninas, Isabella, Renesmee, Alice, Rosalie, Tanya e Natália. Ual, consegui gravar os nomes. — completou, rindo.

— Oi gente, eu sou Garrett, irmão da Heide. Desculpem pela minha irmã.

— Sem problemas. — respondi.

— A gente se vê por aí. Foi um prazer conhecer vocês. — disse Garrett, e deu tchauzinho pra gente e piscou pra Kate, deixando a mesma com um sorriso bobo.

— Iii, ainda tem alguém apaixonada pelo irmão da bruxa. — Irina zombou, da irmã.

— Vai a merda. E ele não tem culpa de ter a Heide, como irmã. — Kate rebateu. E virou pra gente. — Foi incrível o que vocês fizeram, ninguém tem coragem de bater de frente, com a Heide.

— Por quê? — Indagou, Jasper.

— Ela praticamente manda e desmanda em La Push, por causa do pai. — explicou Irina, e começou a andar para perto de uma Picape RAM 2500 vinho.

— O pai dela tem bastante dinheiro.— completou, Kate.

— Ela é rica e se acha superior, mas trabalha em um restaurante? — perguntou, Seth.

— Ela está sendo forçada. O restaurante é do Garrett. Ela fez alguma coisa, que quase manchou o nome de sua família, os Fuller, então como castigo, o pai mandou ela trabalhar no restaurante do irmão. — respondeu, Kate.

— E por que ela diz, que vocês não podem fazer nada contra ela? — questionou Nahuel.

— O pai dela é dono da maior parte das terras daqui de La Push, e o super mercado do nosso pai, fica em umas da terra. E se ela quiser, ela pode fazer a cabeça do pai e convence- ló a tirar nosso pai de lá. E o pior é que ela consegue. — explicou, Kate. — Minha vontade é de dar na cara dela. Ela faz questão, de atormentar nossas vidas. Sabiam que eu já fui uma animadora de torcida? Irina também.

— Sério? — perguntamos, juntos.

— Sim, mas Heide tirou isso da gente. Depois que ela voltou da Itália, ela começou a estudar na escola da reserva. Minha irmã e eu, éramos capitãs, mas a nossa treinadora deixou Heide entrar na equipe, e no primeiro campeonato que ela participou, ela sabotou uma das equipes e depois colocou a culpa na gente. — respondeu, Irina — Fomos expulsas das Clovers e ela virou capitã. Então depois disso, ela começou a competir de uma maneira suja, muitas pessoas saíram da equipe, mas a maioria ficou e aceitou o jeito que ela compete.

— Nossa! Essa garota é pior que o carinha lá de baixo! — exclamou, Emmett.

— É. Mas vamos esquecer essa garota, e vamos aproveitar a festa. — Alice gritou, do jeito...Alice.

O restante da festa foi bem divertido, com muitas piadas da parte de Emm e Seth. Dançamos bastante, bebemos, cantamos, rimos e muitas outras coisas. Dancei com Edward, e foi tudo normal. Graças a Deus, ele não tocou no assunto "beijo".Quando era mais ou menos, 03:30h decidimos ir para casa, pois iríamos voltar pra Forks, amanhã cedo. Trocamos números dos nossos celulares com Kate e Irina, e prometemos manter contato.

(...)

Acordei com a minha cabeça latejando. Droga! Ressaca. Levantei e fui direto pro banheiro. Eu estava um horror! Fiz minha higiene matinal , tomei banho e troquei de roupa. Voltei para o quarto e não tinha ninguém no mesmo. Arrumei minhas coisas e desci. Encontrei o povo na cozinha, tomando café.

— Bom dia. — falei, me sentando.

— Bom dia. — responderam.

Enchi uma xícara com café, pra vê se minha dor de cabeça parava. Olhei ao redor e todos estavam com cara de sono. Tanya, parecia que a qualquer momento iria cair em cima do pedaço de bolo que estava na sua frente.

— Alguém tem remédio pra dor de cabeça? — perguntou, a loira.

— Eu tenho. — respondeu Nessie, abrindo a bolsa que estava em seu colo, e tirando da mesma uma cartela de comprimidos.

Tan, ficou encarando a cartela por um tempo, e depois de um longo suspiro pegou a mesma na mão de Nessie, e respondeu um "Obrigada" baixo. Olhei pra minha irmã e a mesma tinha um sorriso no rosto. Ela sabia o que estava acontecendo, Tanya estava realmente tentando mudar. Percebemos isso, ontem, quando ela defendeu a equipe. Se fosse a antiga Tanya, ela olharia para os remédios e responderia, "Pega essa sua cartela de comprimidos e engole todos eles, e vê se morre engasgada". Não pude deixar de rir com o pensamento.

Depois do café, arrumamos a casa e saímos de La Push. Dessa vez, Nathy quem foi dirigindo, pois era a única que não estava com sono. Chegamos em Forks mais ou menos 13:30h, fomos direto pra minha casa, porque os carros do pessoal estavam lá. Para nossa surpresa, todos os nossos pais estavam lá, nossas mães fizeram um almoço especial para comemorar nossa "união".

— Fizeram alguma coisa de bom? Saíram para se divertir? — perguntou, tia Clarice, enquanto comíamos uma torta de chocolate.

— Fomos a uma festa ontem. Sim, nos divertimos muito. Principalmente Bella. — Tan falou, e me olhou com o mesmo sorriso de ontem. Puts, ela viu o beijo. Minha vontade era de enfiar minha cara na torta.

— Hum, pegou algum gatinho filha? — perguntou, minha mãe. Olhei incrédula pra ela. Desde quando minha mãe sabe o que significa "pegou algum gatinho"? Ah, mais Tanya me paga.

— A Bella? — Nessie perguntou, pensativa.—Mas ela ficou perto da gente o tempo todo...não pera. Teve uma hora que ela saiu com o ... OH MEU DEUS. EU SABIA. — Nessie pulou da cadeira, e começou a apontar pra mim, fazendo Tanya rir. Olhei pra cara do Edward, e o mesmo parecia estar se divertindo com aquilo. Cachorro! Ele olhou pra mim e eu retribui o olhar com um pedido mudo de socorro.

— Então tia Sue, amamos a sua casa. — Edward, mudou de assunto naturalmente.

— Que bom. Pois eu intimei suas mães, para me ajudar a deixar a casa confortável para vocês. — disse, tia Sue rindo.

— Gostaram dos quartos? — perguntou, tia Esme.

— Sim. Principalmente o rosa. — Aliie respondeu, batendo palmas.

— Fizemos ele, pensando em você. — falou, tia Alyssa sorrindo.

— Nessie e Jacob, também gostaram bastante do quarto, da tia Sue. — Emm provocou os dois. Fazendo Nessie ficar vermelha.

— Mãe, sua cama é ótima. — Jake disse, piscando para a mãe.

— Jacob! — Nessie, bateu no namorado. — Desculpe, tia Sue.

— Sem problemas amor. Eu não ligo, vocês estão jovens, tem mais que aproveitar mesmo. — Tia Sue, acalmou Nessie.

— Tanya amou a sua varanda, principalmente a rede. — comentei, como se não quisesse nada. Olhei pra Tanya e a mesma me fuzilava, dei um sorriso e coloquei um pedaço de torta na boca.

— Acho que perdemos algumas coisas. — Jasper disse, balançando a cabeça.

— Também acho. — concordou Allie. — Então gente, a conversa estava boa, mas nós temos que ir. Precisamos comprar os tecidos para o novo uniformes. Nós vamos ter que bancar, já que não temos patrocinadores. — falou Alice, já se levantando.

— Os patrocinadores! — Nessie lembrou, batendo com a mão na testa. — Precisamos resolver isso. Dá pra gente passar o Spirit sem um, mas se formos para o Nacional, vamos precisar de patrocinadores. Como eu pude esquecer isso?

— Relaxa Bella, nós vamos conseguir, ok? E vamos para o Nacional. — Nathy, incentivou. — Então vamos pessoal, temos trabalho a fazer.

— Rose você pode ficar, por causa do braço. Meninos, vocês irão com a gente, precisamos de alguém para carregar as bolsas. — Alice mandou, e todos começaram a se levantar.

— Mas eu ainda não acabei, de comer minha torta. — choramingou, Seth.

— Para de reclamar. — Nessie, puxou o cunhado. — Tchau gente, a comida estava ótima.

Fomos em direção a garagem. Como iríamos comprar bastante coisa, fomos de duas pessoas em cada carro, para dar espaço para as sacolas. Exagero? Claro que não. Iríamos comprar tecido para fazer uniformes para um time de futebol e uma equipe de líder de torcida, fora as outras coisas. Como Rose não ia, para uma pessoa não ir sozinha, um carro teria que ir com 3. Então a divisão ficou assim: Alice e Nathy. Edward e Nahuel. Nessie e Jacob. Jasper e Seth. Tanya, Emmett e eu.

— Que cara é essa grandão? — perguntou Tan, do banco de trás enquanto eu ligava o carro. Olhei para o lado e Emm, estava com a cara meio triste. E eu sabia o motivo.

— Vai atrás dela. — aconselhei, e Tan logo se ligou no que eu estava falando. — Eu vi como vocês dois se aproximaram na festa ontem.

— Tá tão na cara assim? — perguntou, olhando pra Tan e eu.

— Meu amor, está escrito em neon na sua testa, "Estou afim de Rosalie Denali " . — Tan brincou. — Vai logo. Chama ela pra sair. Eu falo com Alice, ela não vai ligar. Já temos meninos o suficiente, para carregar as bolsas. — encorajou, sorrindo.

— Vocês são demais. — murmurou, dando um beijo na minha bochecha e outro na da Tan - que agora, estava debruçada entre o banco do carona e do motorista.

— Cuida bem da minha irmã. — A loira gritou, depois que ele saiu do carro. — Eles, formam um casal fofo. — comentou, enquanto pulava pro banco da frente.

— Sim, formam. — concordei. — Você, deveria fazer a mesma coisa que falou pro Emm.

— Por que eu iria chamar a Rose, pra sair? — indagou sem entender.

— Eu estou falando do Nahuel, sua burra. — falei, e dei um tapa de brincadeira na cabeça dela.

— Idiota. — resmungou, e num ato super "maduro" me deu língua, me fazendo rir.

P.O.V Rosalie

–— ...então eu acordei no hospital. E não lembrava de nada do que tinha acontecido. Mas depois Tan me explicou tudo! — expliquei, resumidamente como tinha sido meu acidente.

— Eu fiquei tão preocupada. Mas a Tan, não me deixou ir pra La Push. —disse, minha mãe.

— Todos nós ficamos preocupados, sua mãe queira ir a pé pra La Push. — disse, tia Alyssa. — Ela só se acalmou quando Tan, ligou depois e disse que você já tinha acordado e estava bem.

— Pois é. Graças a Deus, não foi muito grave. — falei. — Bom, eu vou pra casa. Preciso de um banho bem relaxante. A comida estava ótima.

— Quer que eu peça, o motorista pra te levar pra casa? — perguntou, tia Renée.

— Não precisa. Obrigada, tia. Eu consigo dirigir. — respondi. — Fui, beijos.

Fui em direção a garagem, estava distraída e acabei batendo em alguém, quase que caí mas a pessoa, me segurou antes.

— Rose! — era Emmett. — Eu estava indo te procurar. Eu queria te fazer uma pergunta.

— Pode fazer. — falei sorrindo.

— AoIrVocêComigoParqueQuer? — perguntou, rápido.

— Desculpe, mas eu não entendi. —falei, e não conseguir segurar a risada.

— Droga! — esbravejou baixo, e respirou fundo.—Você quer ir ao parque comigo?

A quanto tempo, eu não vou ao parque? Acho que última vez que eu fui, eu ainda era criança.
Lembro que quando escutei um carro de som, passando na rua, anunciando que o parque estava chegando em Forks, fiquei com vontade de ir, mas além de estar com problemas, não tinha ninguém pra ir comigo.

— Eu vou adorar. — respondi. — Mas eu preciso passar em casa.

— Tudo bem. Eu te levo. —falou, e segurou minha mão e fomos em direção ao carro dele.

Cheguei em casa e fui direto para o quarto ,enquanto Emm me esperava na sala. Não tinha desistido do meu banho relaxante. Enquanto a banheira enchia , fui escolher uma roupa. O que usar para ir ao parque? Tinha que ser algo confortável, então optei por uma calça jeans verde escura, uma blusa branca soltinha e uma jaqueta de couro preta, e pra terminar uma echarpe listrada ,branca e preta.

Depois de pronta e de banho tomado, me olhei no espelho e gostei do resultado. Fiz uma maquiagem leve e simples e deixei meu cabelo solto. Mandei mensagem pra minha mãe, pedindo pra ela trazer meu carro pra casa, que a chave estava na ignição. Desci e encontrei Emmett, olhando as fotos que tinham na parede.

— Demorei? — perguntei, chamando sua atenção.

—Não..Ual, você tá linda. — elogiou.

— Obrigada. — sorri.

O caminho até o parque foi tranquilo, chegamos lá mais ou menos 16:30h. Emmett comprou as entradas, e assim que entramos os olhos deles brilharam, com certeza eu não deveria estar muito diferente.

— Vamos! — falei eufórica, e comecei a puxar Emm, pelo braço.

Rodamos por cada brinquedo, nem parecíamos dois adolescentes de 18 anos, e sim duas crianças. Nunca imaginei ver Emmett, tão animado como ele estava agora, eu também estava. Eu não me divertia assim, faz muito tempo. Puxávamos um ao outro pelo braço, querendo explorar o máximo que o parque pudesse oferecer, desde a adrenalina dos brinquedos mais temidos até a calmaria do carrossel, que fora adaptado para adultos, Comíamos todas as besteiras que o parque tinha, algodão doce, maça do amor, pipoca, enfim.

Depois de mais ou menos, duas horas e meia rodando pelo parque, paramos para comer um hambúrguer. Olhei ao redor e percebi que ainda, não tínhamos ido a roda gigante. Continuei a olhar as pessoas, e percebi que gostava daquele lugar, gostava de ver as crianças correndo pelo parque com seus pais atrás, gostava da simplicidade do lugar, gostava de como tudo soava fácil e divertido. Acabamos de comer e voltamos a andar pelo parque, de mãos dadas. Voltei a observar a roda gigante, enquanto andávamos.

— Quer ir? — perguntou Emm. Só então percebi que estava sendo observada.

— Sim. — respondi, sorrindo.

Entramos na fila do brinquedo, e a mesma parecia interminável. Muitas pessoas queriam ver o por do sol, lá de cima. Quando finalmente chegou a nossa vez, só faltava eu dar pulinhos que nem Alice. Sentamos na cabine e o brinquedo entrou em movimento.

— Eu sinto uma coisa muito forte por ti. Não sei o que é, talvez possa ser só atração, ou não. — Emm disse de repente, quando estávamos na terceira volta.

— Sério? — perguntei, não acreditando.

— Super sério. E a sensação é muito boa. — confessou, se aproximando de mim.

Ele tocou suavemente os nossos lábios como se testasse a minha reação. Fechei meus olhos apreciando o leve roçar de lábios. Eu queria sentir mais o seu sabor por esse motivo eu corri minha língua em meus lábios. Sorri apreciando o sabor dele. Isso pareceu despertar algo nele, pois logo depois sua boca estava sobre a minha de maneira gulosa. Sua língua invadiu minha boca trazendo com ela um acréscimo do sabor dele. Um sabor doce e apimentado. Seu cheiro me inebriava. Minhas mãos correram por seu pescoço e nuca antes de chegarem em seu cabelos. Meus dedos se embrenharam em suas mechas negras trazendo-o para mais perto de mim. Seus braços me envolveram, apertando meu corpo mais contra seu corpo forte. Nossas línguas duelavam, nosso beijo me tirava o ar e seus braços me tiravam as forças. Eu não conseguia me soltar. Eu não queria me soltar. O mundo podia acabar naquele momento que eu não sentiria nada, não me importaria com nada e não ouviria nada. O ar começou a falta para ambos, então com pequenos e suaves beijos nos afastamos.

— Eu também sinto alguma coisa por você. — sussurrei, no ouvido dele.

— Temos que descobrir, o que é então. — respondeu.

— Sim, com o tempo vamos descobrir. — falei.

— Com o tempo. — concordou.

O brinquedo parou e saímos do mesmo de mãos dadas. Decidimos ir pra casa, pois amanhã iríamos ter aula. Mas antes, Emm resolveu ir ao tiro ao alvo, e ganhou um panda de pelúcia e me deu.

O caminho até a minha casa foi tranquilo. Emm, parou o carro em frente ao meu portão e ficamos naquele silêncio constrangedor, do tipo "o que eu falo agora?" ficamos assim durante um tempo, até que eu resolvi quebrar o gelo.

— Amei a nossa noite. Obrigada, eu não me divertia assim, a séculos. — agradeci.

— Não foi nada. E a gente pode repetir, outras vezes.

— Eu adoraria. — disse, sorrindo. — É melhor eu entrar.

— Tudo bem. Até amanhã. — falou, e me puxou para um beijo rápido.

— Até amanhã. — respondi, e saí do carro.

Entrei em casa, e coloquei meu urso em cima da cama. Tomei meu banho e coloquei uma roupa confortável pra dormir. Abri meu notebook, e resolvi entrar no facebook. E não pude deixar de sorrir com a frase que Emm, postou.

"Se eu via as rodas gigantes como se elas pudessem realizar desejos, agora eu tenho certeza. #R "

Continua...