Não Chore Esta Noite escrita por AnaMM


Capítulo 5
Ressaca e Alguns Inconvenientes


Notas iniciais do capítulo

Então, amores da minha vida, este é um capítulo quase de transição. Em breve, teremos passagem de tempo e a história chegará ao ano mostrado na novela ;)

Dessa vez, um capítulo dedicado à lluubbss, que favoritou a fic ♥ e todo meu amor aos 7 leitores que acompanham a fic com suas contas ♥ um salve também pro pessoal que lê e que não tem conta no Nyah, não podendo comentar... Não sei quantos vocês são, mas sei que existem e fico agradecidíssima, de coração, pela atenção ♥



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Juliana não se lembrava de muita coisa da festa, nem fazia idéia de como chegara em casa, mas estava vestida ainda, deitada em sua cama. Não havia bebido muito na noite anterior, mas não costumava ficar até tão tarde em festas e caiu no sono esperando pela amiga. Resolveu ir atrás de Lia, no apartamento vizinho, ainda que talvez fosse cedo demais dependendo do horário em que a garota havia chegado em casa e da quantidade de bebida alcoólica consumida. Conhecia bem sua amiga, não a surpreendeu ver Lia tentando apagar as mágoas pela partida da mãe na sua fiel companheira Bebida. Ju não poderia julgar o ato de beber em si, também bebia, mas a amiga exagerava. Tudo culpa da mãe. Quando Raquel voltou, a princípio havia piorado por Lia não saber lidar com a situação. Com o tempo, a roqueira começou a melhorar de humor, acreditando que a mãe enfim voltara para ficar. Desde então, Lia não ficava mais bêbada e tomava uma garrafa, no máximo, dos líquidos mais fracos, só para se divertir. Após o baque da segunda partida, no entanto, a situação piorou. Juliana assistiu, na noite anterior, à sua amiga completamente alterada, se apoiando pelos cantos para não cair. Foi até a cozinha procurar ajuda e, quando voltou, não a encontrou mais. Queria ir embora antes que Lia piorasse, mas a garota havia sumido e ninguém fazia idéia de onde ela estava.

-Oi, Ju, entra.

-Tudo bem, tio Lorenzo? A Lia já acordou?

-Juliana, eu pedi para você cuidar dela, não foi? Eu pensei que isso tivesse acabado, mas agora está pior ainda!

-Me desculpe, tio Lorenzo, mas você sabe como é a Lia, né? Eu tentei, eu juro que tentei, mas tinha muita gente em um espaço pequeno e quando eu olhava pro lado ela já tinha mais um copo na mão e...

-Tudo bem, Ju, você tentou... Pelo visto, o jeito é proibir a minha filha de sair à noite.

-Ela vai ficar de castigo?

-Eu ia pensar em um castigo maior, além de proibi-la de ir a festas, mas a natureza já está se encarregando disso.

Ju levou um tempo para entender, até que viu uma Lia cambaleante correr até o banheiro e logo em seguida começar a vomitar sem parar. Só de ouvir, Juliana já se sentia enjoada.

-E-eu vou indo, tio, que o meu irmão deve estar me esperando pra almoçar e... é. Tchau! Melhoras, amiga!

A it-girl saiu correndo, antes que terminasse como a bff. Mais tarde perguntaria o que havia acontecido na festa.

-x-

-Aí, Ju, ressaca monstra, cara! Eu prometo que nunca mais vou beber!

-Bem que podia ser verdade, viu? Tá vendo como faz mal? Lia, você vai acabar tendo problemas sérios com isso!

-Eu já tenho problemas sérios, Juliana.

Ju sentiu o baque. Não queria ter tocado no assunto, mas foi involuntário. Boa, Juliana! A amiga fechou a cara e acelerou o passo em direção ao colégio. Alguns segundos depois, Ju sentiu outro baque. Lia parou no meio do caminho e deu meia-volta sem avisar a it-girl, que, sem querer, acabou sendo atingida pela roqueira, nervosa. A loira havia esquecido, por um momento, o motivo maior de sua ressaca: Dinho. Não sabia como seria esse primeiro dia de aula após o pequeno show que deram no sofá, nem como o garoto reagiria. Resolveu, por fim, encarar como se nada tivesse acontecido. Que falassem, ela também agiria como se não tivesse sido nada demais. Uma diversão de dois adolescentes bêbados, livres e desimpedidos.

Dinho a esperava na entrada, deixando Ju confusa. Lia não reagiu de primeira, tentando entender o que o aventureiro queria, apenas o cumprimentou como havia combinado consigo: neutra.

-É... Ju, você pode nos dar licença, por favor? Eu preciso falar com a Lia.

-Ok... Não estou entendendo nada, mas não estou mais aqui. Te vejo na sala, amiga?

Lia confirmou com a cabeça e Ju seguiu para a sala de aula, desconfiada.

-O que você quer?

-Sempre tão meiga você... Não sei, é que... Bom... Eu pensei que depois daquela noite... Você sabe, né, ahm...

A roqueira riu do nervosismo do garoto. Talvez entre eles realmente fosse diferente. Além de Dinho ter “repetido a figurinha”, ainda estava nervoso por falar com ela e não tinha ficado com mais ninguém desde que eles se beijaram pela primeira vez. Não sabia o que fazer, se seriam indícios suficientes para confiar nele ou não, mas resolveu arriscar. As duas vezes que ficou com Dinho haviam sido incríveis e estar com ele a fazia esquecer seus problemas, por que não? Saindo de seus pensamentos, notou que segurava a mão de Dinho, que a olhava ansioso, com o brilho nos olhos comum de ultimamente. Ignoraram os olhares curiosos de estudantes que chegavam e os assobios e comentários dos que presenciaram a cena da última festa. Fera foi um deles:

-Aê Dinho, hein? Pegou de jeito, moleque!

-Aí, Fera, valeu pela força, mas por que você não vai pra sala de aula que o Robson está chamando? Vai ficar em recuperação de novo esse semestre, hein!

Em seguida, foi a vez de Fatinha:

-Aê casal, causaram muuuuuito, uma delícia devia estar aquele sofá, né? Aí, a cama era boa também? Eu bem vi vocês entrando no quarto!

Fatinha piscou, rindo, só para Lia ficar ainda mais corada.

-Não rolou nada disso que você ta pensando, Fatinha.

-Qual é, Dinho, eu vi! E se não foi aquela hora, quase foi no sofá, vai?!

Lia se engasgou, agora mais vermelha que o batom da funkeira. Era bem verdade que ela e Dinho tinham exagerado na noite anterior e temia sua fama após o pequeno show. Felizmente, metade dos convidados estava bêbada demais para lembrar e Orelha não gravou nada. Os assobios que escutava de colegas e de segundanistas que mal conhecia já eram mais que suficientes para que a roqueira procurasse algum buraco no chão para se esconder. Para sua sorte, Robson apitou outra vez e todos foram para suas salas, calando-se logo em seguida ao verem a expressão nada simpática do professor, que já começava a aula.


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Notas finais do capítulo

Como eu disse, esse capítulo é quase de transição, não acontecendo tanta coisa, mas, em breve, teremos um grande acontecimento e passagem de tempo. Aguardem ;) espero que vocês gostem.