Não Chore Esta Noite escrita por AnaMM


Capítulo 16
Pede pra sair!


Notas iniciais do capítulo

Como falei nas notas do anterior, aaaaamo essa parte e espero que vocês também gostem ♥ escrevi todos os capítulos anteriores com pressa de chegar aqui, então me desculpem qualquer coisa que tenha ficado muito resumida... Até pq vcs viram a novela e não tinha muito que detalhar o que vcs já viram. As coisas começam a mudar a partir daqui ;) aguardo comentários ansiosamente ;) criei essa sequência na época que saiu o resumo com eles presos na sala, pra vcs terem uma ideia uhasuhauhsuhas



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-Lia, que que cê tá fazendo aqui?

-O que que você tá fazendo aqui, garoto?

-Lia, cê me machucou.

-E você quase me matou de susto!

-Eu amorteci sua queda, você tinha que me agradecer!

-Se esqueceu que eu sei cair, ô bonitinho? Eu já fui ginasta.

Lembrou-se de Lia na cama elástica e de como ficara hipnotizado pela roqueira. “Sei bem...”

-É, já foi ginasta, grafiteira... Vem cá, Lia, que mais que cê sabe fazer, hein?

-Você pirou, Dinho? Não fui eu que fiz os grafites, não. Só vim aqui pra descobrir quem foi.

Adriano a olhou surpreso. Como podiam ser tão diferentes e tão parecidos?

-Foi você?

-Cê acha, né, Lia? Eu vim aqui pra tentar salvar a pele do Orelha! Coitado do cara...

Lia tanto criticava Dinho que frequentemente esquecia como o garoto era bom amigo. Um pouco de caráter sabia que ele tinha, pelo menos...

-Agora por que que você quer tanto saber quem tá grafitando?

-É só curiosidade, mesmo...

Dinho desconfiou.

-O que que tem dentro dessa mochila?

Aproximou-se de Lia, tentando ver o que a garota levava consigo.

-Sai, sai fora, Dinho! Pô, tá maluco? Olha aqui, se você não quer descobrir quem foi, o problema é seu, tá, ô 01! Vou lá ficar na tocaia.

Aproximou-se de Dinho e bateu em seu peito.

-Pede pra sair!

Lia saiu na frente, para investigar.

-Ô Lia, nada disso, calma aí, volta aqui, eu vou com você!

Formavam uma boa dupla. Traçaram um plano e foram à biblioteca para poder ver de cima onde estaria o grafiteiro misterioso. Seguiram pelos corredores do segundo andar até escutarem o som de uma lata cair na quadra. Correram em direção ao barulho, mas o som do celular de Dinho chamou a atenção do grafiteiro, que derrubou a escada e conseguiu fugir. Dinho imediatamente protegeu a roqueira de ser atingida pela escada, se jogando contra ela, caindo juntos no chão. Ficaram deitados juntos por alguns segundos, envolvidos pela proximidade que tanto desejavam secretamente.

-Você tá bem?

-Tô, claro, vai, vai, ele tá fugindo, anda!

Saíram correndo atrás do pichador, mas ele estava fora de vista.

-Cadê ele?

-Se liga, eu acho melhor a gente se separar. Eu fico por aqui e você sobe, tá?

-Não, não, não, não, pode ser perigoso, a gente não sabe qual é a desse cara!

-Eu sei me cuidar, Dinho, qualquer coisa eu dou um berro!

Dinho se aproximou e segurou sua mão.

-Lia, a gente tá junto nessa. Vem.

Puxou a garota pela mão, e partiram para procurar o pichador misterioso. Lia e Dinho podiam discutir o tempo inteiro, disputar qualquer coisa que viesse à cabeça e fingir se odiar, mas sabiam o momento de unir suas forças. Como um só, foram atrás da resposta para o mistério. A proximidade não mais os perturbava, mas os unia mais ainda. Estarem fisicamente tão próximos, de mãos dadas, dava coragem a ambos, mesmo que não admitissem.

Ouviram o barulho de coisas jogadas ao chão vindo da sala de robótica. Entraram sem perceber que o pichador estava escondido perto da porta. Já estavam do outro lado da sala quando viram o grafiteiro sair do esconderijo porta afora. Lia correu em direção ao homem misterioso e tropeçou em um dos objetos que a figura encapuzada havia atirado no chão da sala. Dinho conseguiu chegar à porta, mas o grafiteiro já os trancava na sala. Estavam sem saída. Adriano olhou para trás, à procura de Lia, e avistou a roqueira jogada no chão da sala.

-Lia? Lia, você tá bem? Quer ajuda pra se levantar?

A roqueira se mexeu, mas não saiu do chão. Estava de bruços e Dinho não conseguia ver seu rosto. Preocupado, virou o corpo da garota tentando ajudá-la a se levantar.

-Lia!!!

A blusa de Lia estava coberta de sangue e Dinho pôde ver um copo de vidro quebrado e manchado de vermelho onde a roqueira estava deitada. Quando correu atrás do grafiteiro e tropeçou, a roqueira caiu sobre os instrumentos de química que haviam na sala, que o pichador teria derrubado no chão. Dinho olhou para os braços da garota, com pequenos cortes, mas nada que sangrasse tanto quanto o ferimento em sua barriga. Adriano tentou levantar a blusa de Lia para analisar o estado em que ela se encontrava e a gravidade dos ferimentos, mas o gemido de dor da roqueira o impediu de mexer no tecido. A conduziu até um canto da sala, entre dois balcões de aula. Sentia-se mais protegido ali e poderiam se esconder caso não conseguissem pedir ajuda. Sentou Lia entre suas pernas e a abraçou por trás, para que se acalmasse. Tentou chamar uma ambulância, mas a bateria de seu celular havia acabado.

-Você tá com o seu celular aí, marrentinha?

Lia gemeu de dor ao apontar para sua bolsa. Dinho encontrou o aparelho da roqueira, mas estava sem sinal.

-Droga! Você vai ter que agüentar firme, Lia. – Dinho ajeitou a garota na parede e se levantou. – Será que eles têm algum kit de primeiros socorros por aqui? – procurou nos armários – Achei! Eu sou muito bom!

Lia riu fracamente.

-Meu herói... – ironizou.

-Sou mesmo!

-Será que dá pra você usar a sua super agilidade, então, e vir logo? Tá doendo!

-Ops, foi mal! – Dinho correu até a roqueira.

-Foi péssimo, agora me ajuda aí. Você sabe mexer com isso?

-Claro que eu sei, já fiz muita trilha e acampamento, pra sua informação.

-Quero só ver... Se infectar a culpa é sua.

-Pra quem está super mal com cacos de vidro na barriga, você tá falando até demais!

Lia o encarou.

-Já entendi, já entendi! Não precisa me fuzilar assim, não... Eu, hein...

Dinho se sentou contra o balcão e deitou a roqueira em seu colo. Levantou sua blusa delicadamente e sentiu um arrepio ao ver o estado da garota.

-Fraco pra sangue, super herói? – Lia riu e parou ao sentir dor onde havia se cortado.

-Shh...

Adriano fez o que podia para ajudar a situação da roqueira e levantou seu tronco cuidadosamente ao terminar, deixando Lia quase sentada, ainda em seu colo. Quando se voltou para a garota, percebeu a proximidade de seus rostos. Suas bocas estavam a centímetros de distância e Lia se apoiava com o braço envolto nos ombros de Dinho. Olhavam-se fixamente nos olhos, sentindo a respiração um do outro, seus lábios cada vez mais próximos.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado ♥ o movimento caiu aqui, não sei se vocês que não estão gostando(me avisem no que eu tenho que melhorar) ou se é falta de tempo mesmo(eu, por exemplo, estava em semanas de provas, não sei vcs), mas enfim, vamoquevamo e espero que essa fic fique cada vez melhor e me avisem se tiver que mudar alguma coisa, ok? Aguardem os próximos capítulos ♥