Adorável Prisioneira escrita por Angel Black


Capítulo 6
Capítulo 6 - O Julgamento de Hermione




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Cinco dias depois, o julgamento de Hermione fora marcado no departamento de mistério na mesma sala em que Harry fora julgado no inicio do ano passado. Hermione, durante este tempo, ficara sob a tutela de Dumbledore, alojada na ala hospitalar, ao invés de ir para a prisão de Azkaban, como o ministro sugeriu ao investigar o assassinato.

Dois aurores vieram ainda na noite do assassinato para investigar a cena. Descobriram que o ultimo feitiço produzido pela varinha de Hermione, que ficara sob a posse de Harry, fora mesmo a maldição imperdoável “Avada Quedavra”, mas além disso eles a interrogaram muitas vezes, e Hermione imaginava que também haviam de interrogar Harry e Rony que durante todo o tempo ficaram afastados de Hermione.

No dia do julgamento, Dumbledore e Macgonagal acompanharam Hermione até o Ministério da Magia em Londres. Quando Hermione entrou na sala oval no departamento de mistérios, ficou ainda mais assustada do que já estava. Sentados entre os curiosos e os jurados estavam quase todos da família Weasley, exceto a Sra. Weasley. Também Harry estava lá, mas Hermione não teve coragem para encarar a ele ou a Rony.

Dumbledore conjurou duas cadeiras, uma para ele e outra para a professora Minerva, mas Hermione fora obrigada a se sentar numa cadeira horrível, com algemas e correntes presas em seus pulsos como uma criminosa.

- Estamos aqui para dar inicio ao julgamento de Hermione Jane Granger, 16 anos, estudante, acusada do assassinato de Gina Weasley, 15 anos, também estudante. Tem a palavra a promotoria – disse Percy Weasley, ao lado do ministro Fudge. Hermione notou que os lábios de Percy tremiam enquanto falava.

- Chamamos os aurores Percival Williams e Edward Druids. – disse um senhor de idade muito avançada sentado ao lado do sr. Weasley.

Os aurores que interrogaram Hermione entraram. Eles trouxeram como prova a varinha dela e testemunharam que o último feitiço produzido fora o “Avada Quedavra”. Houve um breve rumor entre os presentes na sala. Dumbledore não revidara, apenas ficara calado.

- Chamamos o estudante Harry Potter, 16 anos.

Os rumores aumentaram dentro da sala quando Harry Potter, sentado ao lado de Rony, levantou-se e veio prostrar-se diante de todos. Hermione sentiu um frio no estomago e uma batida violenta no peito. Levantou os olhos e encontrou os de Harry. Enquanto ela o olhava com carinho e emoção ele a contemplava com frieza.

Hermione esperou com apreensão até que Harry falasse.

- Eu, Rony Weasley, irmão de Gina e os outros rapazes estávamos no dormitório masculino, mas estávamos acordados. – Harry começou a dar seu depoimento, desviando seu olhar de Hermione para encarar o ministro – Quando eu deixei Hermione na sala comunal, não havia mais ninguém lá. De repente, nós ouvimos um barulho na sala e saímos do dormitório. Eu e Rony fomos os primeiros a chegar no alto da escada com vista para a sala comunal.

- E o que o Senhor viu, Sr. Potter. – O velhinho perguntou, com um sorriso mordaz.

Harry olhou para Hermione. Ela suspendeu a respiração esperando pelo testemunho do amigo.

- Hermione estava ameaçando Gina. Gina gritou para que ela parasse, mesmo assim, Hermione aplicou o golpe. Hermione assassinou Gina, deliberadamente.

- NÃO! – Hermione gritou, tentando levantar-se, mas as correntes a impediram, então, ela começou a lutar contra as algemas para se libertar, em vão. O metal torcido em seu pulso, começava a contundir sua pele fina e macia, o sangue escorrendo pelas mãos. – NÃO, HARRY, NÃO! Você sabe que eu jamais machucaria Gina. Você sabe! Você tem que acreditar em mim, Harry, você precisa acreditar em mim. Eu tive um sonho, um sonho como você Harry no ano passado... por favor...

- VOCÊ MATOU GINA, HERMIONE! EU VI! – Harry depôs, fustigando-a com o olhar.

- NÃO, HARRY, NÃO! VOCÊ DISSE QUE EU PODIA CONFIAR EM VOCÊ... EU CONFIO... SEMPRE CONFIEI... MAS, POR FAVOR, CONFIE EM MIM TAMBÉM... HARRY...

Hermione não conseguiu se controlar, as lágrimas rolaram pelo rosto meigo. Ela podia perder a confiança de qualquer um, menos a de Harry. Harry não. Harry era seu melhor amigo, seu amor...

- HARRY...

O julgamento continuou apesar do desespero de Hermione que já não conseguia mais manter a aparência sóbria e forte que sempre resguardou. Hermione queria desistir de tudo e de todos. Queria ficar sozinha e poder pensar, mas continuou na frente de todos envergonhada e acusada como uma criminosa, um monstro escorraçado por todos.

Mais duas pessoas falaram, uma dela foi Simas Finigan, mas Hermione não conseguia mais assimilar nada, olhava chorosa para Harry que evitava a todo custo seu olhar.

Depois foi o ministro que falou.

- Os que consideram a réu culpada das acusações levantem a mão.

Hermione não olhou, mas pressentiu dezenas de mãos erguidas no ar.

- Como pena é minha obrigação assegurar que Hermione Granger seja condenada à prisão de Azkaban por...

- Espere, Cornelius! – Dumbledore interveio por fim, calado até o momento. Hermione não fez nenhum movimento, pois havia perdido, enfim, as esperanças. – Não vim aqui dizer que a srta. Granger não é culpada, pois mesmo em minhas convicções mais profundas não posso defendê-la. No entanto, devo trazer a conhecimento de todos os presentes que esta garota é uma menina, ela tem apenas dezesseis anos, e mesmo cometendo um ato terrível sua pouca idade deve ser levada em conta. Azkaban terminará com sua juventude e sua vida se ela for condenada a terminar seus dias naquela prisão.

- Ela pode ter pouca idade, mas Gina Weasley também era jovem, ainda mais jovem do que sua algoz. – O ministro Fudge atacou.

- Sim, claro, claro. No entanto, há ainda uma outra coisa que deve suscitar nossa complacência, Cornelius. Hermione passou por terríveis choques nestas ultimas semanas. Seus pais foram assassinados e ela foi brutalmente atacada por comensais da morte, escapando por pouco com vida. Isto não é uma justificativa, mas acredito que a Srta. Granger não estava em sua plena faculdade mental quando cometeu o assassinato de Gina Weasley. Rogo para os jurados presentes não condenarem Hermione a Azkaban, ou se o fizerem, que o façam por pouco tempo. Eu posso ser seu tutor se for preciso para mantê-la longe da prisão. E aconselho completo tratamento em St. Mungus.

- Certo. Tenho então uma sugestão. – disse o ministro com um semblante um pouco mais benevolente. – Proponho um mês de pena em Azkaban, para que seja justo para a família. O resto da pena poderá ser domiciliar sob a Tutela do Diretor Alvo Dumbledore. Os a favor, levantem a mão, por favor.

De novo, uma dezena de mãos se ergueram no ar.

Dois homenzarrões aproximaram-se de Hermione e libertaram-na das algemas. O professor Dumbledore a ajudou a se levantar, já que ela estava visivelmente atormentada e arrasada. Ele passou o braço por seu ombro, tentando consolá-la.

- É apenas um mês, Srta. Granger. Um mês e logo ficará bem. Tenha forças.

Hermione era uma garota forte, mas suas forças foram-lhe arrancadas com o olhar lancinante de Harry.


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