Adorável Prisioneira escrita por Angel Black


Capítulo 20
Capítulo 20 - A Destruição do Ministério




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Já era tarde quando Hermione retornou para a sala comunal. Apesar de ter ampla liberdade de entrar na Torre da Grifinória dada pessoalmente por Dumbledore, foi difícil para ela resolver finalmente sair da ala hospitalar e as vezes tinha vontade de ir recolher-se na torre em que dividia com a professora Macgonagal. Lá ela não teria outras pessoas para conversar, mas não precisaria ter que enfrentar o olhar de Harry.

– Helena de Tróia! – Hermione disse a senha para a mulher gorda que lhe abriu passagem. Harry estava sentado em sua habitual poltrona perto da lareira, vendo o jogo de xadrez de bruxo que Rony e Simas disputavam alegres sobre o chão.

Hermione desviou o olhar antes que alguém chamasse sua atenção e, com passos rápidos tomou o rumo das escadarias para o dormitório feminino. Quando estava quase no segundo andar, escutou a voz de Harry lhe chamar:

– Hermione! Preciso falar com você.... à sós!

O chamado de Harry serviu para que todos os estudantes que estavam espalhados pela sala comunal, levantassem-se e subissem para seus respectivos dormitórios. Rony foi um dos últimos a abandonar o aposento, enquanto Hermione descia as escadas lentamente.

– Sobre o que quer falar comigo? – Hermione perguntou, ainda sobre o primeiro degrau da escada para que não ficasse tão baixinha diante de Potter que se levantara para se aproximar dela.

– Sobre o que você me disse ontem a noite. – Harry respondeu com simplicidade.

– O que eu disse ontem a noite?

– Você disse que chegou a hora em que devo assumir o posto que me foi reservado desde que recebi esta cicatriz.

– Ah...isto? Bom, achei que tivesse entendido, Harry, eu quis dizer...

– Eu sei o que você quis dizer. Mas eu preciso saber a sua opinião que para mim vale mais do que a opinião de Fudge ou mesmo de Dumbledore. Você acha mesmo que cabe a mim a liderança desta batalha.

Hermione entendeu, então, a preocupação de Harry.

– Harry. Eu sei que é difícil receber este peso enorme nas costas. Ter a responsabilidade de uma guerra que, seja qual for o resultado, vai mudar o nosso mundo como conhecemos hoje, é algo terrível de se lidar. Mas, mesmo sem escutar a profecia, Harry, eu já pressentia que você teria um papel decisivo.

Harry sorriu, mas não era um sorriso alegre. Ele representava mais tristeza do que alegria.

– Você sempre teve intuição e pressentimento para tudo, não é, Mione.? E mesmo assim, consegue ser uma pessoa racional e sensata. Eu fui um tolo em pensar que poderia mantê-la longe. Eu estou perdido e não sei o que fazer. Apesar de ter esta responsabilidade, não sei o que fazer.

Hermione olhou Harry bem nos olhos. Ela poderia simplesmente ignorar seus apelos, mas sabia que deveria ser madura o suficiente para apoiá-lo no momento mais importante da vida de Harry e do mundo bruxo.

– A resposta, Harry, está nos seus aliados. Você treinou vinte e quatro pessoas no ano passado, destas, vinte e três, tirando a Marieta Dedo-Duro, é claro, são fieis a você, eu tenho certeza. Então utilize-nos como monitores para treinarmos os restantes dos alunos. Podemos até chamar os gêmeos Weasley’s, tenho certeza de que eles não se recusarão. Treine todos os estudantes de Hogwarts, Harry. E verá que muitas pessoas estarão dispostas a lutar ao seu lado.

– São apenas estudantes. – Harry argumentou.

– Numa guerra, mesmo os mais jovens são guerreiros. – Hermione corrigiu-o. – dispense todos os alunos até o terceiro ano, e utilize os demais. E você não precisa colocá-los na linha de frente desta guerra, Harry. Cabe a você fazer um plano em que os estudantes serão peças estratégicas. Mas este plano só você pode formular, eu não poderei ajudá-lo com isto. Defina os papeis, desde o mais jovem guerreiro até Dumbledore, mas defina sabiamente.

– Não sei se sou sábio o suficiente para isto, Hermione.

– É claro que é. – Hermione corrigiu-o – Você é o único capaz para isto, Harry. Eu posso aconselhá-lo, posso guiá-lo, mas é você quem tem que liderar esta guerra. As pessoas esperam isso de você, porque você foi o menino que sobreviveu.

– Eu entendo. - respondeu Harry, olhando para os próprio pés. Havia outra coisa que o perturbava - Por mais que eu queira que você fique e ilumine o meu caminho, Hermione, como está fazendo agora, eu não posso deixar de falar que talvez fosse uma boa ideia fugir para onde Malfoy está.

– Ai, Harry. – Hermione suspirou aborrecida – Eu aqui, falando de destino e falando do que não podemos mudar certas coisas no nosso caminho e você parece que não entendeu nada! E não comece com esta estória de querer me fazer sair do seu caminho porque eu não vou. Não vou fugir, não agora. Quando tudo isto acabar, Harry, eu te prometo, você nunca vai me ver novamente, mas agora, tudo o que eu quero é que você se mantenha concentrado nesta batalha e não em mim!

– Hermione! – Harry falou, tentando amenizar o que dissera, mas Hermione escapou dele, subindo as escadas de dois em dois degraus para o dormitório feminino. – Eu precisava tentar.... eu precisava!


No outro dia, Hermione deixou bem claro que ainda estava muito brava com Harry, o que o fez se arrepender muito do que dissera, justo agora que Hermione parecia estar mais dócil. Ela sentou-se a sua frente durante o café da manhã e fez questão de ignorá-lo, até mesmo quando ele lhe pediu que passasse a torrada.

Ele decidira que naquele dia, colocaria em prática os conselhos de Hermione e recrutaria a Armada para ajuda-lo na monitoria dos outros estudantes durante as aulas de Defesa contra as artes das Trevas. Ainda não tinha bem decidido como fazer isto, mas antes mesmo de terminar de comer, Harry levantou-se e se aproximou da mesa dos professores.

– Professor Dumbledore! – Harry disse, chamando o professor enquanto o velhinho conversava com Macgonagal. – Eu estive pensando sobre o que o senhor falou antes de ontem...

– E decidiu que vai organizar a armada?

– Bom, sim! – respondeu Harry surpreso.

– Você tinha razão, Macgonagal – respondeu o diretor olhando para a professor de transformação ao lado.

– Não entendo! – Harry perguntou sem entender olhando de Minerva para Dumbledore e deste para Minerva novamente.

Minerva deu um sorrisinho.

– Hermione lembra muito uma velha amiga – disse o diretor, olhando com os cantos dos olhos para Minerva. – Foi esta amiga quem me apoiou durante todas as fases ruins da minha vida. Esta amiga me disse que um grande homem precisa sempre de uma grande mulher. Ou estou enganado que Hermione o tenha influenciado para isto?

– Não, não está – Harry confirmou, sorrindo também. – Ela aconselhou-me a recrutar os membros da Armada para me ajudar com a monitoria aos alunos.

– Eu não poderia sugerir algo melhor. – Dumbledore concordou.

– E será que posso falar com os outros alunos, Diretor. Eu queria iniciar o treinamento o quanto antes.

– Claro que sim, Harry. E comece o treinamento hoje a noite. Você verá que muitas pessoas estarão dispostas a lutar ao seu lado.

Harry sorriu.

– Hermione me disse a mesma coisa!

– Hermione tem a sabedoria de um velho quando é algo a respeito de você, Harry – disse a professora Macgonagal – Mas chega a ser cega quando o assunto é seus próprios sentimentos.

Harry franziu o cenho, sem entender, embora o professor Dumbledore tenha dado um sorrisinho maroto, um pouco antes de se levantar.

– ALUNOS E ALUNAS DE HOGWARTS, O SENHOR POTTER DESEJA FALAR.

Harry virou-se para as quatro mesas lotadas de alunos que não tiravam os olhos dele. De todas as faces que estavam viradas para ele, ele só conseguia distinguir uma: a de Hermione que transmitia energia pelo olhar como se dissesse: “Vá em frente, Harry, fale o que precisa falar”.

– Hum-hum – Harry limpou a garganta imitando Dolores Umbridge. – PRIMEIRAMENTE, UM BOM DIA. COMO TODOS JÁ SABEM DO QUE ESTÁ ACONTECENDO EU SEREI BREVE. A PARTIR DE HOJE A NOITE, EU, PESSOALMENTE, IREI COORDENAR UM NOVO GRUPO CUJO OBJETIVO É ESTUDAR E TREINAR DEFESA CONTRA AS ARTES DAS TREVAS. VOU UTILIZAR O SALÃO PRINCIPAL IMEDIATAMENTE DEPOIS DO JANTAR. ASSIM, QUEM ESTIVER INTERESSADO ESTEJA CONVIDADO A PARTICIPAR.

A sala toda estava num silêncio que Harry considerou mórbido demais para ele.

– EU APROVEITO O MOMENTO PARA SOLICITAR A TODOS OS MEMBROS DA ARMADA DE DUMBLEDORE SE APRESENTAREM HOJE A NOITE. VOCÊS ME AJUDARÃO A MONITORAR OS ALUNOS.

Harry viu que alguns dos membros da AD, inclusive Macmillan, estufaram o peito, orgulhosos com seu feito.


Harry foi o último a descer da torre da Grifinória naquela tarde. Ele queria preparar tudo o que tinha para ensinar. Desceu rapidamente as escadarias para o salão principal. Quando cruzou a porta, ficou surpreso: imaginava que encontraria umas poucas pessoas interessadas em saber mais sobre a Defesa sobre as artes das Trevas, mas agora via a sua frente centenas de alunos. No mesmo momento agradeceu pelo conselho de Hermione: ele jamais daria conta de ensinar a todo mundo sozinho sem a ajuda dos companheiros da armada de Dumbledore.

– Viu só, Harry! – Hermione o tirou do devaneio ficando na ponta dos pés para sussurrar ao seu ouvido. – Aí está o seu exército!



O primeiro e o segundo dia da “Armada de Harry Potter” foram bastantes conturbados. Os alunos ainda estavam um pouco perdidos com a porção de coisas novas que Harry tentava explicar. Ele dividiu todos os alunos em grupos e encarregou cada membro da AD de monitorar um grupo. Ele sentiu muita falta dos gêmeos Weasley’s, mas a falta dos gêmeos foi compensada por alguns alunos do sétimo ano que também conheciam muitos dos feitiços que Harry estava ensinando. A Grifinória em peso estava presente, e a maioria dos alunos da Lufa-Lufa, pois como muitos eram nascidos trouxas queriam muito aprender a se defender, e também muitos da Corvinal. A sonserina, como sempre, foi a única que não esteve presente em nenhum dos encontros. Foi no terceiro dia que as coisas começaram finalmente a engrenar. Os alunos mais novos treinavam feitiços mais simples como accio e estupefaça e os mais velhos tentava, a maioria sem muito sucesso, o feitiço do patrono.

Enquanto Harry fazia as turnês pelos grupos, parou um segundo para ver o desempenho de Hermione, que explicava cuidadosamente o movimento da varinha e a concentração necessária para conjurar um patrono e era ouvida atentamente pelo grupo.

– Harry, é fácil para mim conjurar um patrono, mas seria legal se tivéssemos um bicho-papão para treinarmos com os alunos – Hermione disse, quando Harry fazia menção em andar para outro lado.

– Ta... eu vou ver se encontro algum...

Harry saiu do salão principal pensando em procurar o senhor Filch. Apesar de não se simpatizar com o velho zelador do colégio, sabia que ele sabia tudo sobre Hogwarts e saberia dizer onde encontrar um bicho papão, mas quando pensava em subir os degraus, ouviu uma movimentação vindo do saguão de entrada, e, curioso, decidiu se aproximar.

Logo, viu Dumbledore e Minerva correndo escadas abaixo e passando por ele assustados. Harry correu atrás dos diretores para ver o que estava acontecendo. Quando chegou a porta de entrada viu lá fora uma cena que o deixou perturbado. Muitas pessoas com aparência muito castigada caminhavam para o castelo. Alguns já haviam alcançado o castelo e deitavam sobre o chão, ou sentavam sobre os degraus de pedra, choramingando.

– O que está acontecendo?

– Algo muito ruim, Harry! – Minerva respondeu, ajudando uma das mulheres a se erguer. Foi então que percebeu quem era a mulher.

– Madame Bones! - Harry disse, boquiaberto ao reconhecer uma das juradas de seu julgamento no quinto ano de Hogwarts e mão de Suzane Bonés, um dos membros da AD.

Porém, ainda mais boquiaberto ficou quando um homem, muito abalado e chocado, com uma cicatriz feia na testa e a roupa chamuscada aproximou-se dele.

– Acabou! Acabou tudo, Harry – disse o Ministro Fudge, ajoelhando-se para apoiar-se em Harry.

– Ministro... o que aconteceu?

O ministro não respondeu e começou a chorar copiosamente.

– O ministério foi destruído, Harry. Tudo destruído.... TUDO! - respondeu Dumbledore, que até o momento ajudava outra mulher deitada, tirou Fudge dos braços de Harry e ajudou-o a se levantar.

– Calma, Cornelius, você precisa ser forte... ainda não é o fim....

Harry ficou paralisado onde estava, chocado com o que via. Olhava um por um se aproximando. Pessoas conhecidas. Pessoas que ele um dia vira no Ministério.

– O que está acontecendo? O que aconteceu?

– Voldemort fez um ataque surpresa ao Ministério. – Dumbledore respondeu – Mas não sabemos direito o que aconteceu. Cornelius, você pode me dizer o que aconteceu?

– Dementadores e Comensais surgiram de repente – O Ministro começou a explicar – Não tivemos tempo para nos organizar. Os aurores começaram a lutar com os comensais, enquanto tentávamos resgatar as outras pessoas. Alguns fugiram e estava dando certo até que... AQUELE-QUE-NÃO-DEVE-SER-NOMEADO apareceu. Ele matou a maioria dos aurores. Destruiu tudo... Conseguimos escapar por pouco. ELE ESTAVA ALUCINADO.

Fuge começou a chorar mas foi consolado por Dumbledore.

Quando o saguão de entrada ficou lotado com os sobreviventes do ataque ao ministério, alguns alunos, curiosos, saíram do salão principal para ver o que estava acontecendo. Hermione e Rony foram os primeiros a chegar.

– O que aconteceu? – Rony perguntou a Harry que ainda estava chocado com tudo o que estava acontecendo.

– O Ministério foi atacado. Pelo que entendi, foi completamente destruído.

– Deus! – Hermione disse, boquiaberta – Rony, o seu pai!

Rony olhou assustado para Hermione só agora pensando que talvez seu pai estivesse em perigo.

– Meu pai? – Rony perguntou, assustado e nervoso. Depois aproximou-se do Ministro que estava sentado sobre um cadeira, com a cabeça escondida e apoiada nas palmas da mão.

– Ministro, meu pai estava no Ministério quando...

O Ministro levantou a cabeça, deixando a vista seus olhos avermelhados do copioso choro.

– Ele ficou para trás.... para ajudar os aurores... ele não conseguiu fugir...

– Ai, meu Deus – Hermione suspirou atrás de Harry.

Harry aproximou-se do amigo. Rony estava petrificado. Seus olhos encheram-se de lágrimas.

– Ele pode ter se escondido. Pode ter conseguido fugir... pode ter ido direto para casa, Rony.

– E se não conseguiu fugir? – Rony perguntou.

– Então, nós vamos até o Ministério e tenho certeza de que conseguiremos resgatá-lo.

– Não é uma boa idéia ir até o Ministério, agora, Sr. Weasley! – Dumbledore aconselhou sabiamente. Mas Rony não ligou para o diretor.

– Você vai fazer isto por mim, não vai Harry. Você vai salvar meu pai, não vai? Harry, você vai não vai? – Rony disse, agarrando as vestes de Harry com força.

– Claro que vou, Rony – Harry respondeu. O sr. Weasley não era somente o pai de seu melhor amigo, mas era também como se fosse seu próprio pai. – Vou agora mesmo!

– Harry, não! – Hermione aproximou-se, estava visivelmente preocupada. – Você não pode ir. Pode ser uma armadilha.

– Hermione tem razão, Harry. – Dumbledore disse.

– Eu não quero saber! – Harry respondeu, virando as costas para Hermione e Dumbledore e começou a andar em direção à saída.

– Eu vou com você, então! – Hermione correu atrás dele e segurou o seu braço. Mas Harry voltou-se rapidamente e agarrou Hermione com força.

– Você não vai, está entendendo? Você não vai! Não vou deixar que nada de ruim lhe aconteça

– Mas Harry... eu...

– Eu a proíbo de ir. Eu a proíbo! – Harry disse alucinado. Hermione o olhou abismada.

– Você ainda não entendeu.... eu achei que sim... mas não entendeu nada....

– Você pode proibir Hermione, mas não a mim. – Dumbledore aproximou-se de Harry, mas Harry não fez objeção e soltou Hermione que se afastou, magoada e confusa, aproximando-se de Rony para consolá-lo.

– Vamos, Harry! Se usarmos os Testrálios, chegaremos lá logo. Professora Macgonagal, dê o alerta a Ordem. Diga para todos virem a Hogwarts, inclusive Molly e os Weasleys e chame os pais dos alunos. Chegou a hora para quem desejar fugir.


Dumbledore e Harry chegaram na entrada principal do Ministério da Magia quando a noite já estava alta. Desceram pela cabine telefônica, mas perceberam que havia algo errado, pois nenhuma telefonista atendeu ao chamado.

Quando as portas do elevador se abriram, Harry ficou surpreso: Móveis quebrados, Parede chamuscada e dois corpos bem no chafariz da entrada denotavam uma violenta guerra, mas parecia que agora estava tudo calmo e tranqüilo, não havia nenhum som ou movimento.

– O senhor acha que eles ainda estão aqui? – Harry perguntou ao diretor.

– Se eu bem conheço Tom, ele já deve estar longe daqui, pois não lida bem com contra-ataques, mas ele sempre consegue surpreender.

Harry, na companhia de Dumbledore, investigaram andar por andar, sem encontrar nenhum sobrevivente. Todos os corpos que encontravam estava mortos, e havia muitos.

O Departamento de Mistério foi o último que eles investigaram. Harry entrou naquela sala que povoou seu pensamento durante muito tempo naquele ano. O archote de véus ainda estava lá, o mesmo murmúrio de vozes de além-tumulo no ar. As esperanças de encontrar o senhor Weasley vivo eram cada vez menores. Até que entraram em uma sala, a última do departamento.

– H-Harry.... – Harry escutou um gemido clamando por ele, mas estava tão escuro que Harry não conseguia ver nada.

– Lumus! – Harry conjurou. Encostados na parede, estavam o Sr. Weasley e Schakebolt em estado muito ruim. Schakebolt tinha uma cicatriz muito feia na face direita e estava inconsciente e o senhor Weasley sangrava pelos lábios.

– Sr. Weasley! – Harry aproximou-se e ajoelhou-se ao seu lado. – Vai ficar tudo bem, nós vamos salvá-lo.

Harry olhou para Dumbledore para que este o ajudasse a locomover Arthur, mas o professor parecia hipnotizado olhando para algo fixamente, a varinha acesa apontando em direção a algo. Harry olhou para o que Dumbledore olhava e ficou abismado com o que viu: Era um quatro de uma mulher de aparência suntuosa. Ela trajava um bonito traje bruxo, um vestido negro que revelava um corpo sensual e insinuante.

Harry olhou fixamente para aquele belo rosto de perfeitas silhuetas, como que hipnotizado também. Parecia que ele já vira aquela mulher, parecia que ele a conhecia muito bem. Então uma luz se acendeu em sua mente e Harry a reconheceu: ERA HERMIONE! Mas parecia ser uma mulher bem mais velha do que Hermione. Mas sem dúvida nenhuma era ela. O mesmo jeito autoritário e sagaz, o mesmo sorriso triste e preocupado... Só havia uma coisa diferente: seus olhos eram tão claros que pareciam um mar calmo num dia claro.

Harry olhou sem entender para Dumbledore, mas este fazia uma mesura preocupada e consternada com o rosto, piscando várias vezes antes de falar:

– EU ENTENDI! AGORA EU ENTENDI TUDO!

No entanto, Harry não entendera nada!


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