Eu e Você escrita por Hanna Martins


Capítulo 37
Capítulo XXXVII - Eu e Você


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada quero agradecer a todos os comentários que tenho recebido, adoro ter vocês como leitores!E agora fiquem com o penúltimo capítulo...



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Me aproximo da porta do quarto de Peeta. Passei os últimos meses tentando descobrir o que sentia por ele. Sei que sinto algo, que não consigo explicar... Depois que Peeta confessou seu amor por mim, ele não falou mais nada dos seus sentimentos em relação a mim, como se estivesse esperando a minha decisão. Não temos nos vistos muito nos últimos meses. Estive ocupada com o concurso de redação e Peeta com suas aulas de pinturas. Ele se dedica realmente a isto, passa dias e dias, praticamente, trancado no quarto em que guarda os quadros pintados por ele.

Peeta não deve estar em casa. Porém, quero entrar em seu quarto assim mesmo. Coloco minha mão na maçaneta e abro a porta.

Peeta está sentado perto da escrivaninha, estudando. Ele ergue seus olhos ao me ver abrir a porta.

– Katniss... – fala me olhando, surpreso.

– Peeta... eu não sabia que estava aqui... eu só queria... – na verdade, eu não sei o que queria. Talvez, eu queria apenas sentir a presença de Peeta em seu quarto...

– Katniss – sorri – Faz dias que não te vejo.

– Sim, você está muito ocupado com suas aulas de pintura...

– Sabe, a cada dia que passa minha paixão pela pintura só aumenta...

– Peeta, fico feliz que você esteja fazendo algo que goste... – sorrio para ele.

– Mas, não é sobre minha paixão pela pintura que você quer falar, não é mesmo? – sorri.

– Peeta, eu... resolvi ir estudar em Londres... – ele apenas me olha, não sei o que está pensando – Fui aceita em um curso de literatura inglesa... Queria que você fosse a primeira pessoa a saber disso...

Peeta levanta-se e vem até onde estou, parando há poucos centímetros de mim.

– Estou feliz por você, Katniss – me lança um sorriso doce.

– Peeta... – não sei como dizer isto, nunca em minha vida disse isto para alguém – Nestes últimos meses... tenho pensado muito em... nós... Quando você disse que me amava eu fiquei confusa... Eu não sabia quais eram os sentimentos que tinha em relação a você... Sabe, você foi sempre o garoto arrogante que eu odiava...

Ele me olha e sorri de maneira divertida.

– Sim, eu sei... Eu realmente merecia o seu ódio.

– E de uma hora para outra, percebi que você de certa forma mexia comigo – não falo para ele como ficar perto dele fazia (ainda faz) com que eu perdesse toda a minha razão – Peeta, eu precisava de um tempo, colocar todos os meus sentimentos no lugar... – paro de falar e olho para ele.

– E... – diz Peeta, quebrando o silêncio.

– Isso é embaraçoso... – falo, um pouco corada.

Peeta se aproxima ainda mais de mim e toca em uma mecha de meu cabelo.

– Peeta... – sabe aqueles filmes de comédia romântica em que a mocinha faz a maior declaração de amor para o mocinho com a maior facilidade? Eles estão errados, completamente errados, revelar seus sentimentos não é nada fácil.

– Katniss...

– Eu te... amo... – falo em meio ao meu embaraço.

Peeta sorri.

– Também te amo, Katniss.

Peeta se inclina, seus lábios vão parar sobre os meus. Meus lábios recebem os lábios de Peeta. Os braços dele me apertam contra seu corpo, minhas mãos ganham vida própria e vão parar em suas costas. Peeta me ergue em seus braços e me leva até sua cama, sem retirar seus lábios dos meus. Ele me deita sobre a cama. Seus lábios vão parar em meu pescoço. Sinto um calor, igual ao daquela vez na sala de jogos. Só sei que preciso mais de Peeta, necessito mais de Peeta. Minhas mãos começam a retirar a camiseta dele. Ele para de me beijar e me olha, retira sua camiseta. Suas mãos começam a retirar minha blusa. Me sinto um pouco envergonhada, porém quero mais de Peeta. Quando percebo minha blusa está no chão.

Peeta começa a beijar minha barriga, fazendo uma trilha de beijos até minha boca. Fico arrepiada com seus beijos. As mãos de Peeta vão parar em minhas pernas, e, suavemente, retiram minha calça. Estou perdendo minha razão... Peeta volta para meus lábios, aperta meu corpo contra o seu. Suas mãos vão parar em minhas costas. Minha pele começa a queimar ao sentir o contato de minha pele nua com sua pele nua. Sinto as mãos de Peeta abrirem meu sutiã. Em instantes meu sutiã fica no chão ao lado da minha blusa e minha calça.

– Te amo, Katniss – sussurra em meu ouvido.

Peeta mergulha sua boca em mim e eu perco completamente minha razão...

Acordo com a mão de Peeta acariciando meus cabelos.

– Desculpa, não queria te acordar – diz ele, sorrindo.

Estou deitada sobre o peito dele, estamos completamente nus, apenas um lençol nos cobre. Peeta me abraça, me apertando contra seu peito.

– Tudo bem, que horas são?

– São quase cinco horas da tarde...

– Já? – falo, espantada – Preciso terminar meu trabalho de matemática! – digo, me erguendo um pouco. Porém, percebo que estou nua, por isso volto a me deitar em baixo dos lençóis.

– Katniss – Peeta sorri – Não precisa ficar assim...

– Assim, como?

– Envergonhada – sorri.

– O quê? Eu não estou...

A verdade é que estou um pouco embaraçada. Por que os livros nunca mostram como é acordar ao lado de seu amado, após perder sua virgindade? Sei lá, é uma situação estranha, muito estranha! Não sei o que fazer, o que falar... não sei nada.

Peeta me envolve em seus braços, me aninhando em seu peito. Ele beija meu rosto carinhosamente.

– Katniss, sei que esta foi sua primeira vez, por isso não fique assim...

– Você, hein, Peeta por que sempre tem que roubar minha primeira vez? – digo, um pouco zangada por ele ter percebido meu embaraço.

– Ahã?

– Você foi o primeiro cara que me beijou, o primeiro cara com quem eu... dormi.

– Eu fui o primeiro que te beijou? – pergunta, surpreso.

– Foi, ou não se lembra de quando me roubou um beijo em seu quarto, quando deu uma festinha aqui em casa? – estou ainda zangada com ele.

– Me desculpa, por isso, Katniss, eu não sabia que aquele foi seu primeiro beijo. Se eu soubesse – me olha maliciosamente –, teria sido mais romântico.

– Pensei que você diria que não teria feito aquilo!

– Acredite, Katniss, não me arrependo de nenhum beijo que eu te dei.

– E por que você me beijou aquele dia? – pergunto.

– Não sei... A verdade é que estava com raiva de ouvir você dizer que me odiava. E quando percebi tinha te beijado... E foi bem interessante... – beija suavemente meu pescoço.

– Para mim, não foi nenhum um pouco interessante. Você não faz ideia te quanto eu te odiei naquele momento!

Peeta apenas acaricia meus cabelos, tentando conter minha zanga.

– Katniss... Sinto muito por isso – fala em tom suave – Não queria te magoar...

– E você me atacou várias vezes! Teve aquela vez no quarto, na piscina, na sala de jogos! Não vai pedir desculpas, não?

– Ok – diz, percebendo que não vai conter minha zanga – Mas... eu realmente não me arrependo de nenhum dos beijos – ri – E além disso, quem me deve uma desculpa é a senhorita, que me atacou aquela vez no carro.

– E você bem que gostou!

– É, gostei... Não quer me atacar de novo, não, Katniss?

Rio, é impossível ficar zangada com Peeta.

– Mas, é verdade, tenho um trabalho de matemática para terminar.

– Deixa que eu te ajudo.

– Você vai me ajudar?

– É claro, não quero ficar mais nem um segundo longe de você! Então, fique aqui comigo.

– Sentirei sua falta quando viajar no mês que vem para Londres – digo, me aconchegando em seu peito.

– Paris e Londres não são tão distantes assim.

– O quê? – digo, me soerguendo sobre seu peito, olhando espantada para seu rosto.

– Katniss, vou para Paris estudar pintura. Lembra quando fui para Paris no meio do ano?

E como poderia me esquecer disto.

– Meu outro motivo para ir para Paris, além de tentar colocar meus sentimentos em ordem, foi um curso de pintura. Lembra-se do quadro que eu te mostrei?

– O da borboleta e do piano? – eu jamais poderei me esquecer daquele quadro, ele representa o que Peeta sente por mim.

– Este mesmo, ele se chama “Eu e Você” – sorri.

Acho que este nome realmente combina com o quadro, “Eu e Você”, “Katniss e Peeta”, “Peeta e Katniss”...

– Ele era meu trabalho final do curso que fiz nos dois meses que estive em Paris. Uma escola de pintura em Paris se interessou pelo meu quadro e fui aceito nesta escola. Ainda vou estudar com um pintor que admiro! – sorri.

– Mas Haymitch disse que ele só aceitaria que você estudasse pintura se fizesse uma faculdade.

– E quem disse que não vou?

– Ahã?

– Fui aceito na Sorbonne.

– O quê? Mas, como?

– Katniss – ri – Você pensa o que exatamente de mim?

– Peeta, você foi aceito na Sorbonne?! Sabe que ninguém em Panem conseguiu isto este ano? Há vários anos que ninguém de Panem é aceito na Sorbonne! Você... na Sorbonne?

– Katniss – diz de maneira divertida – Saiba que tenho cérebro, viu?

– Não parece – murmuro.

– O quê? Você vai me pagar por isso!

Dizendo isto, ele começa a me fazer cocegas.

– Tá, tá legal. Você tem cérebro – digo, não aguentando mais as cocegas.

– Mas, se você quiser apenas usar meu corpo, estou a sua disposição – diz, me abraçando e beijando meu rosto.

Bufo.

– O que foi?

– Não é justo! Você é lindo, sabe cozinhar, pintar, sabe falar em público como ninguém e ainda é inteligente! Você não tem nenhum defeito, não?

– Repete – pede Peeta.

– Perguntei se você não tem defeito?

– Não, a parte que você disse que sou lindo.

Rio, depois de tudo Peeta ainda é um bobo às vezes.

– Katniss, você é uma garota de sorte! – diz todo convencido – Não sou o cara perfeito? E não se esqueça de meu charme! E tudo isto é só seu!

– Não, você é que o cara de sorte – não vou deixar Peeta ficar se achando por ai – Você me tem!

– Isso é verdade, eu te tenho, realmente sou o cara mais sortudo que existe.

Peeta me olha e me beija carinhosamente.

– Peeta, meu trabalho de matemática!

– Não se preocupe com ele, Katniss. E você não vai sair desta cama, hoje! E acho que nos próximos dias também não.

– Peeta! – o repreendo.

Sou calada pelos lábios de Peeta, perdendo minha razão novamente.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Odiaram?Em breve o último capítulo.