Capítulo 5- A taça de Helga Hufflepuff

SB/LL

Luna abriu os olhos, os fechando em seguida por causa da claridade. Depois de piscar mais algumas vezes se acostumando à luz, pôde olhar ao redor do quarto e percebeu que se encontrava na Ala Hospitalar.

Não se lembrava muito bem de como havia ido parar lá, só se lembrava de estar limpando a Sala de Troféus com o Sirius e em seguida sendo arremessada metros de distância.

-Luna! – exclamou Sirius, que estava sentado em uma poltrona ao lado de sua cama/maca. – Que bom que acordou. – suspirou aliviado.

-Há quanto tempo estou aqui? – perguntou meio confusa.

-Dois dias. – respondeu.

-E o que aconteceu nesses dois dias?

-Descobrimos que o troféu estava envolto de magia negra, por isso que você demorou tanto tempo a acordar. O troféu agora está com Dumbledore, ele me garantiu que ele mesmo irá cuidar disso. – explicou.

-E a Gina? Mione?

-Na aula. – respondeu.

-Que horas são?

-Faltam quinze minutos para o almoço, provavelmente elas vão vir aqui. – respondeu.

Ficaram em silêncio por algum tempo até que Sirius perguntou: - Quem é Neville?

-Como? – perguntou virando sua atenção para Sirius.

-Enquanto você estava dormindo. – começou meio envergonhado. – Você falava sobre um tal de Neville.

-Ah, Nevil é só um amigo. – explicou sorrindo e vendo Sirius suspirar. – Ele estudava comigo.

-Tenho outra pergunta.

-Fala.

-Você sabe quem é Tom Marvolo Riddle?

-Você sabe quem. – respondeu.

-Não, não sei. – disse a fazendo rir.

-Não Sirius. Tom Marvolo Riddle é o verdadeiro nome de Voldemort. – respondeu deixando o moreno surpreso no inicio, mas em seguida puxou sua varinha, apontando para a loira. – Quem é você? Como você sabe disso? É um dos Comensais dele?

-Se eu fosse um Comensal, você acha que Dumbledore confiaria em mim? – perguntou o fazendo hesitar. – E eu não tenho a marca negra, se quiser pode olhar meu braço. – avisou esticando o braço em sua direção. – E por fim, eu o odeio. Ele e seus Comensais mataram meus avós por serem “Traidores do Sangue” como chamam.

-Me desculpa Luna. – disse arrependido, abaixando a varinha. – Eu só...

-Ficou assustado, eu sei. – disse calmamente. – Eu sei coisas demais para alguém que apareceu de repente, mas uma coisa pode acreditar, eu quero destruir ele como todos. E eu sei como fazer isso.

-Como você sabe? – perguntou surpreso.

-Eu sinto que posso confiar em você. – disse serenamente. – Não posso te contar aqui, mas assim que eu sair daqui prometo te contar quando sair daqui. Num lugar mais reservado.

RL/HG

Hermione caminhava em direção a Biblioteca para devolver o livro que tinha pegado emprestada antes de ir visitar Luna na Ala Hospitalar.

Faltava apenas um corredor para chegar a Biblioteca, quando se sentiu sendo puxado para dentro de uma das salas vazias. Sua primeira reação foi levar a mão a sua cintura para puxar sua varinha, mas parece que a pessoa que a puxara também havia pensado nisso, pois a tirara antes mesmo que pudesse pegá-la.

-Quem é você? – perguntou determinada, em seguida as luzes da sala se acenderam, iluminando o rosto de Remo. – Quer me matar de susto, Remo? – perguntou pondo a mão do coração acelerado.

-Me desculpa Hermione, mas temos coisas sérias a conversar. – disse sério, mas ainda determinado.

-Poderia ter dito um simples: “Hermione, será que podemos conversar?” Não precisava me matar de susto. – avisou, recolhendo os livros que estavam espalhados pelo chão. – Pois bem, o que quer conversar?

-Eu sei que vocês são do futuro. Só não sei de quando, nem o porquê de terem voltado no tempo, mas quero saber agora. Também sei que você e o Harry não são irmãos, assim como o Harry é filho da Lily e do Tiago.

-Como... Como você descobriu? – perguntou rendendo-se, sabia que não teria mais como enganá-lo.

-Fiz minhas pesquisas. Agora eu quero minhas respostas.

Hermione suspirou, sentando-se em uma das mesas que tinha na sala : - É melhor se sentar, a história é longa.

Certificando-se de que estavam apenas os dois na sala, depois de dar uma olhada no Mapa do Maroto, Hermione se dispôs a contar toda a história desde o seu primeiro ano, Fofo, a pedra Filosofal, o professor Quirel...

Ao terminar de contar, ficou a olhar Remo em expectativa.

-Fala alguma coisa! – exclamou depois de alguns minutos em silêncio.

-Eu sou seu professor, e tenho um filho! – disse ainda não acreditando em tudo o que ouvira.

-Não mais. – mumurrou Hermione.

-Eu preciso de um tempo para processar tudo isso. – mumurrou Remo ainda atordoado.

-Tudo bem, eu entendo. – disse a morena se levantando e recolhendo seus livros. – Te vejo mais tarde. – deu um beijo em sua bochecha e saiu da sala e deixou Remo sozinho com seus pensamentos.

SB/LL

Sirius havia saído a pouco de a Ala Hospitalar, mas só depois que Hermione ameaçou de azará-lo se ele não saísse. Conversavam em voz baixa pra que os outros não escutassem.

-O que você quer tanto falar conosco, Mione? – perguntou Luna, se ajeitando melhor em sua cama, dando espaço para as duas amigas.

-Eu contei tudo pro Remo. – soltou de uma vez.

Gina arregalou os olhos enquanto gritava: - O quê?

-Fale mais baixo, Gina. – avisou Luna calmamente. –Eu já sabia que isso ia acontecer alguma hora. O Remo é o mais inteligente de todos. – completou. – E eu também vou contar para o Sirius.

-O quê? – repeti Gina, dessa vez tendo a decência de falar em voz baixa. – Vocês não podem sair contando para eles.

-O Remo descobriu sozinho. – defendeu-se Hermione.

-O Sirius já está desconfiando. Desconfiou até mesmo que fossemos Comensais. – disse Luna em seu tom calmo.

-Como? Aquele cachorro achou que eu era uma Comensal? Ah, mas eu vou mostrar a ele quem é a Comensal. – disse Gina raivosa, antes de sair da Ala Hospitalar, sem que nenhuma das duas pudessem impedi-la.

-Ela vai bater nele? – perguntou Hermione com receio.

-Até a morte, se possível. – respondeu Luna.

-Bom, vou lá evitar uma morte. – avisou se levantando. – Te vejo mais tarde.

~*~

-SIRIUS ÓRION BLACK! – gritou Gina, tão vermelha quanto seu cabelo, ao ver Sirius sentado em uma das arvores perto do lago negro.

-Fuja enquanto é tempo cara. – avisou Rony, subindo mais alto na arvore, assim como Harry e Tiago.

-Até você vai me deixar aqui Pontas? – perguntou olhando o amigo.

-Conheço temperamentos de ruivas, não quero ser vitima da Gina, não. – respondeu, subindo mais ainda na arvore.

-Então quer dizer que você anda duvidando de nós? – perguntou furiosa. Se aproximando do moreno, que agora se encontrava caído, com as pernas presas.

-E-eu não sei do que você está falando. – mumurrou Sirius com medo.

-Ah, o Sirius está gaguejando. – disse Tiago rindo. – Ele nunca gaguejou nem ao menos com sua mãe.