O Outro Lado escrita por Isa


Capítulo 43
Lição 43: Posso acabar com seu sofrimento


Notas iniciais do capítulo

Iae pessoas da Terra, como estão? Postando beeem mais cedo hoje, só para dar menos ansiedade até amanhã.



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Minhas mãos estavam geladas, mas eu ainda consegui levá-las até a cabeça e tirar a peruca. A partir daqui, que se dane o ‘‘por via das duvidas’’, vou enfrentar o problema sem disfarces.

Rukia: Não acha isso perigoso? Se alguém entrar aqui e te ver com uma arma você já era.

Orihime: Acho que o disfarce não será mais necessário. De qualquer maneira, se me pegassem iam tirá-lo.

Rukia Está tão confiante assim? A ponto de achar que a única forma de se dar mal é se alguém eventualmente abrir aquela porta?

Orihime: Na verdade não. Você nunca ouviu dizer que o excesso de confiança é seu maior inimigo numa batalha?

Rukia: Não sabia que tinha virado filosofa.

Orihime: A gente acaba aprendendo uma coisa ou outra por ai.

Respirei fundo e tentei não parecer completamente desestabilizada emocionalmente.

Orihime: Então você vai atirar em mim?

Rukia: Se for necessário sim.

Orihime: Entendo.

Rukia: Porque você tinha que ficar desse jeito hein Inoue? Se tivesse continuado sendo a mesma garota de antes, isso não estaria acontecendo.

Orihime: Do que está falando, você que não continua a mesma de antes.

Rukia: Você não andou se olhando muito no espelho ultimamente, andou?

Orihime: Isso tudo foi necessário.

Rukia: E o que eu estou fazendo também é extremamente necessário.

Orihime: Como matar pessoas inocentes é uma coisa necessária?

Rukia: Você não vê? O mundo gira em torno do dinheiro e do poder, as coisas são assim há muito tempo atrás. Já que eu não posso mudar o mundo, a única coisa boa a fazer com minha existência é tentar chegar ao topo. Esses empresários só ficaram no meu caminho.

Olhei para a pessoa na minha frente, os olhos nem pareciam humanos, era mais como um robô. Foi ai que eu percebi. Desde o inicio, nunca tinha parado totalmente para pensar em porque Rukia estava ajudando Milly, talvez por alta de tempo, ou talvez porque eu me recusasse a acreditar que isso era verdade, mas agora estava tudo muito claro.

Orihime: Olhando você assim, eu tenho absoluta certeza.

Rukia: Do que está falando?

Orihime: Rukia, deixa eu fazer apenas algumas perguntas. O que a Milly te disse para te convencer a ajudar?

Rukia: Eu fiz isso tudo porque quis!

Orihime: Sério? Ela não disse nada como ‘‘se seu irmão ganhar mais dinheiro com certeza vai prestar mais atenção em você’’.

Rukia: Pare.

Orihime: Ou então ‘‘Esses caras sempre quiseram se livrar de nós Rukia-chan, precisamos fazer alguma coisa para nossa própria segurança.’’

Rukia: Eu mandei parar!

Orihime: Você não percebe que a Milly fez lavagem cerebral em você?

Rukia: Esse tipo de coisa só existe nos filmes!

Orihime: Você está enganada. Qualquer pessoa com bastante inteligência e maldade, usando apenas as palavras certas pode convencer os outros a fazer qualquer coisa.

Rukia: PARE COM ISSO!

Os olhos dela já estavam cobertos de lagrimas, e mesmo a arma ainda estando em suas mãos, elas estavam tão tremulas que não conseguiria me acertar nessa distancia.

Orihime: Você já entendeu a verdade não foi? Por isso está tão confusa. Eu sei que é difícil quando você fica tão cego que acaba fazendo algo ruim.

Rukia: Não sabe.

Orihime: Acredite quando eu digo que até hoje eu me arrependo de muita coisa. Mas é o ciclo da vida, a única coisa que podemos fazer de bom para reparar nossos erros passados é tentar olhar para frente e trazer algum pingo de luz a escuridão.

Rukia: Não é isso, não tem mais volta para mim, o que resta é seguir com esse plano.

Orihime: Entendo... Então eu vou fazer a única coisa que pode te libertar dessa tortura ok?

Rukia: Você...

Orihime: Adeus.

Virei minha arma levemente levantada para a direção de Rukia, que estava quase entrado na parte escura do quarto. O barulho da bala parecia quase mínimo enquanto eu observava a expressão incrédula de Rukia enquanto sua tortura era levada ao chão, completamente manchada de vermelho.

Mais especificamente, enquanto a bala acertava em cheio o braço de Milly, que finalmente saiu do seu esconderijo na escuridão, com o sangue espirrando. Apesar da dor que estava sentindo, sua expressão facial era mantida imutável. Essa era a primeira vez que nos olhávamos assim, sem nenhum disfarce de falsa amizade. E nossos olhares, eram definitivamente de duas assassinas. Por um minuto me lembrei que Rukia também estava ali, mas quando olhei para ela, entendi uma coisa bastante agradável, ela não iria mais se meter. Obviamente, não posso dizer que ela está completamente de volta à razão, mas sua mente estava numa completa batalha para saber o que era real ou irreal, verdadeiro ou falso, e isso a fez ficar encolhida num canto do cômodo, segurando os joelhos e com o olhar fixado em algum ponto distante. Por um lado, era melhor assim.

W estava no andar de baixo com Evans. Eu sinceramente espero que ele tenha conseguido se recuperar na luta, mas já faz algum tempo que não ouço a voz de nenhum dos dois envolvidos nessa luta.

Ichigo estava detendo os seguranças/bandidos. Ele com certeza poderia dar conta daqueles inúteis se treinou tanto quanto disse, porem eu espero que não tenha chegado nenhum reforço.

Rukia estava perdida em seus próprios pensamentos. Depois que descobrisse a verdade escondida por trás da tortura psicológica de Milly, eu mesma ajudaria ela a se recuperar.

Só restavam agora Milly e eu, do jeito que eu sempre quis que fosse.


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Notas finais do capítulo

E agora o confronto final. Quem mata quem? Qual será o destino de todos os envolvidos? Descubra no próximo capítulo!



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