O Outro Lado escrita por Isa


Capítulo 41
Lição 41: Confissões e divisões


Notas iniciais do capítulo

Iae pessoas da Terra, como estão?



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Ichigo acabou encontrando as chaves da cela penduradas na calça de Mei, e depois jogou uma bolsa cheia de armas para mim e W.

W: Ok, agora pode explicar?

Ichigo: Eu acabei descobrindo que a Milly sabia que eu estava espionando ela para vocês, e quando ela apareceu com aquela foto eu fingi estar com raiva para ela não conseguir segui-los mais.

W: Nós poderíamos ter dado um jeito se você tivesse contado.

Ichigo: Seria perigoso, e foi graças a tudo isso que eu consegui descobrir que ela ia trancar vocês dois aqui. Infelizmente não deu tempo de avisar antes que era uma armadilha, o máximo que consegui foi ir até a casa da Ori e pegar essas armas. Foi mal, eu quebrei sua janela.

Orihime: Você não está bravo?

Ele me olhou com um sorriso meio triste e depois me abraçou.

Ichigo: Me perdoa por ter dito aquelas coisas horríveis, eu sei que foi muito errado da minha parte fazer um plano desses sem avisar, mas eu achei que era a única maneira. Isso não é desculpa, mas...

Orihime: Seu idiota, está tudo bem. Você ainda me ama?

Ichigo: Me diz quando eu não te amei? E quanto a você?

Orihime: Sim, eu também te amo.

W: Gente, eu odeio ser o estraga prazeres, mas é melhor irmos logo.

Ichigo: Tem razão.

Orihime: Para onde vamos exatamente?

W: Ichigo, onde a Milly está no momento?

Ichigo: Que eu saiba, na casa dela.

W: Qual é o nível de segurança lá?

Ichigo: Eu estava lá até uma hora atrás, e só estavam os que sempre estão, cerca de trinta. Com certeza não são bandidos, não seria bom para a imagem do pai dela.

W: Mesmo assim, sem planejamento vai ser bem difícil entrar lá.

Orihime: Não necessariamente. Ichigo, você tem acesso livre a casa?

Ichigo: Claro.

Orihime: O que você pegou exatamente no meu armário?

Ichigo: Na verdade essa mochila estava pré-pronta, eu só conferi rápido e fui embora.

Orihime: Então essa é minha mochila de emergência mesmo, bem que eu suspeitei quando a vi.

W: O que tem demais nela?

Orihime: É só uma coisa que eu deixo preparada para emergências, e aqui tem exatamente o que precisamos: Disfarces. Ouçam o que nós vamos fazer.

Expliquei o plano detalhadamente aos dois, e logo após amarrarmos o ainda inconsciente Mei, para garantir que ele não acordasse e passasse alguma informação a Milly, saímos de carro (de acordo com Ichigo era do pai dele).

Eu preferia que não demorasse tanto para chegar na casa de Milly, pois na minha mente se desenrolava uma discussão fundamentada na minha constante amiga pergunta: O que eu vou fazer?

Será que eu ia conseguir matar alguém? Isso é engraçado, já que eu atirei para matar tanto em Mei quanto nos outros caras, mas aquilo foi no impulso, o instinto de sobrevivência animal falou mais alto, mas agora já não havia para onde correr. Eu sabia exatamente para que situação eu estava indo, e se acabasse matando alguém seria conscientemente. Ou seja, é melhor deixar meu cérebro completamente focado, por isso não vou mais pensar em nada que me atormente.

Ichigo: Estamos chegando.

W: Tudo certo com os disfarces?

Orihime: Acho que ficou bom para um improviso. Pelo menos os seguranças não vão nos reconhecer.

Ichigo: Isso já é um começo.

Orihime: Ichigo... Seria bobagem pedir para que você fosse embora quando nós entrarmos não é mesmo?

Ichigo: Que bom que você sabe.

Orihime: Toma cuidado tá?

Ichigo: Você também. Não vá fazer nada precipitado.

Orihime: Tá.

Deixamos o carro m pouco distante da casa, e fomos em direção aos grandes portões a pé, onde fomos interceptados por um par de seguranças, mas eles não pareciam muito desconfiados.

Segurança: Kurosaki-san, não sabia que você ainda viria hoje.

Ichigo: O que, a Milly não avisou vocês? Ela anda meio desligada.

Segurança: Desculpe a pergunta, mas quem são esses com você. Não é nenhuma implicação, mas você sabe como a senhorita Milly é com relação a visitas sem aviso prévio.

Ichigo: Quer dizer que ela não avisou isso também? Esses são meus primos, vieram passar um tempo na cidade, a Milly convidou eles para passar aqui hoje.

Segurança: Sendo assim, como o senhor desejar.

Ichigo: Obrigado.

Entramos sendo guiados por Ichigo, que já sabia o caminho certo. Parando pra pensar um pouco, nós nunca tínhamos vindo aqui, o que era estranho, mas considerando que a Milly não era o tipo de pessoa que deixaria alguma coisa ilegal em casa, só perderíamos tempo invadindo o local.

A casa era enorme, e os jardins da frente eram quase duas vezes maiores que os da mansão dos Kuchiki. Quando chegamos à porta principal, já estávamos cansados de tanto andar.

Ichigo: O quarto da Milly fica lá em cima, ela deve estar lá.

W: Então basicamente o plano é ir até lá?

??: Acho que vai ser um pouco mais complicado do que isso.

W: Evans...

Evans: Nossa W, eu realmente agradeço por ter feito isso, me poupou do trabalho de ir ate lá só para matar você. E ainda trouxe uns aperitivos.

W: Você disse que só estava interessado em resolver seus assuntos comigo não foi? Então, eu estou aqui, deixa os dois irem porque eles tem assuntos pendentes com a Milly também.

Evans: É exatamente isso que eu pretendia fazer. Mas porque não deixamos as coisas um pouco mais divertidas?

Evans apertou um botão num minúsculo controle, e de repente, um alarme ensurdecedor tocou. W logo que percebeu do que se tratava, arrancou uma parte do disfarce fora. Era obvio o que ele tinha feito: Se pegassem um dos ‘‘primos’’ de Ichigo com uma arma brigando com outro cara iam descobrir a farsa, e nós não seriamos tratados como vitimas de algum perigo.

Evans: Acho melhor os dois correrem.

Orihime: W...

W: Vão logo.

Orihime: Mas...

W: ME OBEDEÇA DROGA!

Orihime: Cuidado seu maldito, não vá perder para esse verme ou a T-suki te quebra de porrada.

W: Pode deixar.

E eu subi as escadas correndo, mais porque Ichigo estava quase me arrastando do que por vontade própria. Mas eu tinha que confiar em W. Agora nós dois estávamos distantes, e tínhamos que controlar nossa insanidade sozinhos. Era quase como o teste final.


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Notas finais do capítulo

As coisas estão começando a esquentar. Ja ne!



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