O Outro Lado escrita por Isa


Capítulo 17
Lição 17: Missão Parte II


Notas iniciais do capítulo

Iae pessoas como estão?



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Logo que chegamos perto do muro, W aproveitou algumas frestas para examinar o perímetro. Tudo limpo. Quando deu exatamente meia noite, ele escalou o muro não muito alto, e se sentou na borda, estendendo uma mão primeiro pra mim, e depois pra Rangiku e T-suki. Esperamos um pouco e pulamos para o outro lado.

Por sorte, as várias plantas e arvores que haviam naquela parte da propriedade ajudavam a nos camuflar, então chegamos até quase metade do trajeto sem nenhum problema. Só que logo que nos aproximamos da casa, ouvi passos vindo em nossa direção, e fiz todo mundo parar.

Orihime: Alguém vem vindo.

W: Não ouço nada.

Orihime: Não são passos pesados como os de um segurança, parecem mais de uma pessoa mais jovem e magra.

Logo vi que a tal pessoa era Rukia, que estava falando ao telefone.

Rukia: Tudo bem Milly, eu vou resolver isso hoje mesmo. Eu estou saindo agora, não se preocupe, ninguém me viu. Eu vou até ‘‘aquele lugar’’ conseguir mais ajuda. Tá, tchau.

T-suki: Alguém devia segui-la.

Orihime: O que?

T-suki: Parece que ela está indo fazer uma coisa bem suspeita, e vai ser muito mais complicado invadir a casa com um grupo tão grande. Pelo visto ela ainda vai demorar um pouco, então eu pego o carro nos fundos, dou a volta e sigo ela. A Rangiku vem junto, por segurança. Vocês se viram a pé?

W: Damos um jeito. Tem certeza disso?

T-suki: Absoluta. Agora deixa eu correr senão não vai dar tempo. Nos encontramos na casa da Ori.

Orihime: Boa sorte e tomem cuidado.

Rangiku: Fica fria.

Elas duas se distanciaram, e eu e W continuamos nosso trajeto. Chegamos a o pequeno banheiro que era usado para trocar de roupa na piscina, que nos fornecia esconderijo e uma visão perfeita da janela do escritório.

W: Parece trancada.

Orihime: Você consegue abrir?

W: Claro, mas vai demorar um pouco se não quisermos deixar provas.

Orihime: Eu vigio.

Corremos pra perto da janela, e W tirou uma chave de fenda da bolsa. Pelo que eu entendi ele estava tentando usar aquilo como uma chave para abrir a fechadura da janela, mas parecia um trabalho razoavelmente complicado. Ouvi alguns passos se aproximando, dessa vez com toda a certeza de um par de seguranças. Eles estariam aqui em questão de segundos. Meu coração começou a acelerar, e fiz um sinal pra W se apressar. Ele abriu a janela e a pulou, logo em seguida me puxando pra dentro. Mais um segundo e teríamos sido pegos em flagrante pelos seguranças, que por sorte não estranharam a janela aberta.

W: Feche a porta e a janela.

Orihime: Ok. O que exatamente estamos procurando?

W: Qualquer coisa relacionada à empresa. Ora, Ora, parece que esse é o nosso dia de sorte, o computador está até ligado.

Orihime: Tire logo as fotos e pronto.

W: Pra que fotos se eu trouxe isso? (mostra um pendrive) Não se preocupe, pedi pra um conhecido deixar impossível de saber que foi inserido no computador.

Orihime: Quantos conhecidos desse tipo você tem? E eles não desconfiam de nada?

W: Isso não vem ao caso.

Orihime: Ei, que tal isso aqui? É um gráfico de lucros da empresa deles com relação às outras.

W: Pode nos dar alguma ideia das próximas vitimas. É, isso foi o suficiente. Vamos dar o fora.

Saímos pelo mesmo lugar por onde entramos, e com alguma cautela, conseguimos passar pelos seguranças (agora já de plantão) sem muita dificuldade. Logo que pulamos o muro, corremos em disparada pela floresta, e ao chegar às partes conhecidas da cidade de novo, eu estava exausta. Fomos a um lugar mais movimentado para não chamar atenção, e pegamos um taxi até minha casa. T-suki e Rangiku já esperavam sentadas na mesa da cozinha.

T-suki: Finalmente hein.

W: Andamos quase um quilometro a pé, você queria o que?

Rangiku: Conseguiram alguma coisa interessante?

W: Bastante, mas eu vou levar algum tempo para analisar tudo.

Orihime: E vocês duas?

T-suki: Bem, seguimos a Rukia até um bar. Por sorte, tinha um cara vendendo chapéus e capas de chuva na rua, então conseguimos entrar sem ela nos reconhecer.

Orihime: O que ela foi fazer lá?

O olhar de T-suki parecia perplexo, como se ela estivesse prestes a despejar uma bomba em cima de mim. Houve uma longa pausa antes de suas próximas palavras.

T-suki: Ela estava falando com dois homens. Contratando eles, pra ser mais exata.

W: Contratando pra que?

Orihime: Pra seguir e espionar vocês dois.

W: O que?

T-suki: Isso mesmo que você ouviu. Pelo que eu entendi elas ainda não sabem das nossas investigações, mas querem estar um passo a frente.

W: Certo. Vocês duas podem ir pra casa na frente, eu vou daqui a pouco. Nos encontramos na escola amanhã. Tomem cuidado.

T-suki: Eu que devia falar isso, você não acha? (T-suki e Rangiku vão embora)

Orihime: Eu não acredito que a Rukia está ajudando tanto assim...

W: Talvez não seja tão ruim assim, talvez se fosse a Milly trabalhando sozinha seriam contratados assassinos de aluguel, não espiões.

Orihime: E agora, qual nosso próximo passo?

W: Espero que esteja com as facas bem afiadas...

Orihime: Vamos matá-los?

W: Não, isso só daria nossas cabeças de presente pra Milly, ela ia sacar tudo na hora.

Orihime: E pra que precisamos das facas?

W: Esses caras devem ser apenas bandidos comuns, então eu acho que isso pode funcionar... Quando a hora certa chegar, vamos envolver eles numa pequena produção que eu chamo de ‘‘jogo sádico’’.

Orihime: Jogo sádico?

W: Isso mesmo. Depois disso, eles com certeza vão deixar a Milly tão desnorteada que você vai estar com uma arma apontada pra ela antes dela notar.

W falava com um sorriso doentio no rosto, mas quando percebi do que ele estava falando não consegui deixar de ficar com a mesma expressão. Sim, aquilo ia ser perfeito: Ia atrasar os planos de Milly, nos livrar de problemas, e de brinde, ainda ia alegrar bastante meu lado mal, e sem quase nenhuma chance de crises de consciência pesada. Era nessas horas que eu simplesmente amava o fato de W ser um gênio.


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Notas finais do capítulo

O que será que esses dois estão tramando? Confira no próximo capítulo!



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