O Outro Lado escrita por Isa
Notas iniciais do capítulo
Iae pessoas como estão?
Logo que chegamos perto do muro, W aproveitou algumas frestas para examinar o perímetro. Tudo limpo. Quando deu exatamente meia noite, ele escalou o muro não muito alto, e se sentou na borda, estendendo uma mão primeiro pra mim, e depois pra Rangiku e T-suki. Esperamos um pouco e pulamos para o outro lado.
Por sorte, as várias plantas e arvores que haviam naquela parte da propriedade ajudavam a nos camuflar, então chegamos até quase metade do trajeto sem nenhum problema. Só que logo que nos aproximamos da casa, ouvi passos vindo em nossa direção, e fiz todo mundo parar.
Orihime: Alguém vem vindo.
W: Não ouço nada.
Orihime: Não são passos pesados como os de um segurança, parecem mais de uma pessoa mais jovem e magra.
Logo vi que a tal pessoa era Rukia, que estava falando ao telefone.
Rukia: Tudo bem Milly, eu vou resolver isso hoje mesmo. Eu estou saindo agora, não se preocupe, ninguém me viu. Eu vou até ‘‘aquele lugar’’ conseguir mais ajuda. Tá, tchau.
T-suki: Alguém devia segui-la.
Orihime: O que?
T-suki: Parece que ela está indo fazer uma coisa bem suspeita, e vai ser muito mais complicado invadir a casa com um grupo tão grande. Pelo visto ela ainda vai demorar um pouco, então eu pego o carro nos fundos, dou a volta e sigo ela. A Rangiku vem junto, por segurança. Vocês se viram a pé?
W: Damos um jeito. Tem certeza disso?
T-suki: Absoluta. Agora deixa eu correr senão não vai dar tempo. Nos encontramos na casa da Ori.
Orihime: Boa sorte e tomem cuidado.
Rangiku: Fica fria.
Elas duas se distanciaram, e eu e W continuamos nosso trajeto. Chegamos a o pequeno banheiro que era usado para trocar de roupa na piscina, que nos fornecia esconderijo e uma visão perfeita da janela do escritório.
W: Parece trancada.
Orihime: Você consegue abrir?
W: Claro, mas vai demorar um pouco se não quisermos deixar provas.
Orihime: Eu vigio.
Corremos pra perto da janela, e W tirou uma chave de fenda da bolsa. Pelo que eu entendi ele estava tentando usar aquilo como uma chave para abrir a fechadura da janela, mas parecia um trabalho razoavelmente complicado. Ouvi alguns passos se aproximando, dessa vez com toda a certeza de um par de seguranças. Eles estariam aqui em questão de segundos. Meu coração começou a acelerar, e fiz um sinal pra W se apressar. Ele abriu a janela e a pulou, logo em seguida me puxando pra dentro. Mais um segundo e teríamos sido pegos em flagrante pelos seguranças, que por sorte não estranharam a janela aberta.
W: Feche a porta e a janela.
Orihime: Ok. O que exatamente estamos procurando?
W: Qualquer coisa relacionada à empresa. Ora, Ora, parece que esse é o nosso dia de sorte, o computador está até ligado.
Orihime: Tire logo as fotos e pronto.
W: Pra que fotos se eu trouxe isso? (mostra um pendrive) Não se preocupe, pedi pra um conhecido deixar impossível de saber que foi inserido no computador.
Orihime: Quantos conhecidos desse tipo você tem? E eles não desconfiam de nada?
W: Isso não vem ao caso.
Orihime: Ei, que tal isso aqui? É um gráfico de lucros da empresa deles com relação às outras.
W: Pode nos dar alguma ideia das próximas vitimas. É, isso foi o suficiente. Vamos dar o fora.
Saímos pelo mesmo lugar por onde entramos, e com alguma cautela, conseguimos passar pelos seguranças (agora já de plantão) sem muita dificuldade. Logo que pulamos o muro, corremos em disparada pela floresta, e ao chegar às partes conhecidas da cidade de novo, eu estava exausta. Fomos a um lugar mais movimentado para não chamar atenção, e pegamos um taxi até minha casa. T-suki e Rangiku já esperavam sentadas na mesa da cozinha.
T-suki: Finalmente hein.
W: Andamos quase um quilometro a pé, você queria o que?
Rangiku: Conseguiram alguma coisa interessante?
W: Bastante, mas eu vou levar algum tempo para analisar tudo.
Orihime: E vocês duas?
T-suki: Bem, seguimos a Rukia até um bar. Por sorte, tinha um cara vendendo chapéus e capas de chuva na rua, então conseguimos entrar sem ela nos reconhecer.
Orihime: O que ela foi fazer lá?
O olhar de T-suki parecia perplexo, como se ela estivesse prestes a despejar uma bomba em cima de mim. Houve uma longa pausa antes de suas próximas palavras.
T-suki: Ela estava falando com dois homens. Contratando eles, pra ser mais exata.
W: Contratando pra que?
Orihime: Pra seguir e espionar vocês dois.
W: O que?
T-suki: Isso mesmo que você ouviu. Pelo que eu entendi elas ainda não sabem das nossas investigações, mas querem estar um passo a frente.
W: Certo. Vocês duas podem ir pra casa na frente, eu vou daqui a pouco. Nos encontramos na escola amanhã. Tomem cuidado.
T-suki: Eu que devia falar isso, você não acha? (T-suki e Rangiku vão embora)
Orihime: Eu não acredito que a Rukia está ajudando tanto assim...
W: Talvez não seja tão ruim assim, talvez se fosse a Milly trabalhando sozinha seriam contratados assassinos de aluguel, não espiões.
Orihime: E agora, qual nosso próximo passo?
W: Espero que esteja com as facas bem afiadas...
Orihime: Vamos matá-los?
W: Não, isso só daria nossas cabeças de presente pra Milly, ela ia sacar tudo na hora.
Orihime: E pra que precisamos das facas?
W: Esses caras devem ser apenas bandidos comuns, então eu acho que isso pode funcionar... Quando a hora certa chegar, vamos envolver eles numa pequena produção que eu chamo de ‘‘jogo sádico’’.
Orihime: Jogo sádico?
W: Isso mesmo. Depois disso, eles com certeza vão deixar a Milly tão desnorteada que você vai estar com uma arma apontada pra ela antes dela notar.
W falava com um sorriso doentio no rosto, mas quando percebi do que ele estava falando não consegui deixar de ficar com a mesma expressão. Sim, aquilo ia ser perfeito: Ia atrasar os planos de Milly, nos livrar de problemas, e de brinde, ainda ia alegrar bastante meu lado mal, e sem quase nenhuma chance de crises de consciência pesada. Era nessas horas que eu simplesmente amava o fato de W ser um gênio.
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O que será que esses dois estão tramando? Confira no próximo capítulo!