O Outro Lado escrita por Isa


Capítulo 16
Lição 16: Missão Parte I


Notas iniciais do capítulo

Iae pessoas como estão? Primeira parte da primeira missão.



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Voltei pra sala, onde cumprindo meu papel, passei o resto das aulas de cabeça baixa, e quando o ultimo sinal tocou, fiz questão de sair sem cumprimentar ninguém. Fui pra casa e esperei W chegar para o treinamento mencionado, que foram simplesmente algumas dicas de como manter a cabeça fria quando o sangue começasse a pingar. Ele fez questão de não falar nada da missão noturna até as garotas chegarem.

W: Então, como vocês sabem, hoje nós temos um objetivo.

T-suki: E qual vai ser ele?

W: Muito simples: Vamos invadir a casa da família Kuchiki.

Rangiku: E o que tem de simples nisso?

Orihime: O que vamos fazer lá?

W: Precisamos ter certeza se o Byakuya e o pai da Milly estão envolvidos ou se é um plano exclusivo da Milly, e pra isso é necessário acesso a computadores, contratos, qualquer coisa do tipo. Como é muito arriscado invadir a casa da Milly no momento, nossas melhores chances estão nessa missão.

Rangiku: Então explique senhor gênio, como vamos entrar escondidos numa casa mega vigiada como aquela?

W: Se conseguirmos evitar as câmeras, ninguém vai descobrir. Se algum segurança nos pegar temos nossas armas, se o atacarmos com a arma de choque e depois jogarmos o corpo perto da cerca elétrica que tem nos muros dos lados vai parecer um acidente. A ruivinha já foi naquele lugar um bilhão de vezes, é bem melhor que um mapa. Podemos invadir pela parte de trás, que é onde fica o jardim, e de noite vai estar sem nenhum movimento.

T-suki: Como entramos na casa?

W: O escritório do Kuchiki Byakuya fica no térreo, então entramos pela janela.

Rangiku: Isso parece bem arriscado.

Orihime: Desde o inicio sabíamos que iam haver certos riscos. Se não conseguirmos executar ao menos essa missão não temos direito de continuar com isso. Na pratica, eu acho que pode funcionar, se formos cuidadosos. Antes que eu me esqueça, é melhor invadirmos depois da meia noite, a Rukia costuma estar dormindo, o irmão dela está assistindo na sala do primeiro andar, e há uma troca de seguranças, o que nos dá uns dez minutos de vantagem.

T-suki: Como vocês sabe?

Orihime: Ouvi o Byakuya falar isso uma vez.

W: Não é muito provável que entremos em algum confronto, e como precisamos ser bastante silenciosos, vamos levar o mínimo de coisas possíveis. Só as armas de choque, walkie talkies e um revolver por segurança.

Orihime: Uma maquina fotográfica também é essencial, já que passar algum arquivo do computador para um pendrive seria meio arriscado.

T-suki: E alguma coisa para abrir cadeados ou fechaduras sem quebrar.

Rangiku: Eu faço isso com um arame ou um friso de cabelo rapidinho.

Depois disso, fomos até nosso pequeno arsenal, que ficava guardado num fundo falso no meu guarda-roupa.

Rangiku: Não seria mais seguro dividir essas coisas entre as nossas casas também?

Orihime: Alguém podia achar. Eu não corro esse risco, já que moro sozinha.

W: Cada um pega uma dessas pequenas mochilas pretas e coloca o material combinado. Vamos terminar de discutir os mínimos detalhes do plano, comer alguma coisa, e depois tentar descansar um pouco por aqui mesmo. Sairemos às onze e meia. Eu peguei emprestado o carro de um amigo meu. Vai ser um trajeto complicado, porque vamos aproveitar o bosque que fica perto da casa para ninguém nos ver, então se preparem.

Seguimos as instruções de W, que de uma hora pra outra havia virado o líder da missão. Era bem interessante como aquela personalidade séria e apta para a liderança conseguia viver em contraste com o garoto maluco e sem juízo, e com o assassino descontrolado que vivia escondido nas sombras de sua mente. Comemos qualquer coisa, ninguém conseguia pronunciar nenhuma palavra pela tensão, e quando finalmente colocamos o despertador e decidimos ir dormir, Rangiku e T-suki apagaram. Depois de alguns minutos tentando dormir, percebi que aquilo estava me esgotando, e fui ficar observando o movimento pela janela. Logo que cheguei na sala, vi que não era a única com problemas pra descansar.

W: Eu estava aqui me perguntando como elas conseguem dormir.

Orihime: Também não faço à mínima ideia.

W: Talvez ainda não tenha caído à ficha de como isso tudo é perigoso.

Orihime: Como será que elas vão reagir quando tiverem que machucar alguém?

W: Não sei, mas como não podemos impedi-las de ir, só podemos nos preparar para qualquer tipo de situação.

Orihime: Você acha que vamos conseguir completar a missão de hoje?

W: Nem acho nem não acho. O correto quando se faz esse tipo de coisa, é apenas se focar no que estiver na sua frente.

Orihime: Se você diz... Você fala como se já tivesse estado em situações como essa.

W: Não, essa é a primeira vez, mas eu sempre soube que seria inevitável me meter em problemas.

Orihime: Um dia me lembra de te obrigar a me contar sobre o seu passado.

W: Algum dia talvez, mas hoje não.

Orihime: Obviamente. E o carro do seu amigo?

W: Já está ai na frente.

Orihime: Já deve estar na hora de chamar as meninas.

W: Vai lá, e troquem de roupa.

Orihime: Ok capitão.

T-suki e Rangiku acordaram sem muita resistência, o que facilitou muito as coisas. Vestimos camisetas e shorts pretos, calçamos tênis, pegamos as mochilas e fomos para o carro, onde W já nos esperava. No começo pegamos ruas comuns da cidade, mas em algum ponto entramos numa via desconhecida aos meus olhos, que nos levou para dentro do mato. Eu não conseguia entender como diabos W via o caminho naquela escuridão terrível, mas o carro se movia quase silenciosamente mesmo passando por cima de galhos secos. De repente, o veiculo finalmente parou.

W: Aqui começamos o trajeto a pé, mesmo cobertos pelas arvores, seria perigoso ir mais a frente com o carro. Mas não se preocupem, não vamos demorar a chegar. Essa é a ultima chance pra quem quiser desistir, depois não tem mais volta.

T-suki: Como se eu fosse mulher de desistir.

Rangiku: E voltar sozinha nesse matagal? Nem pensar.

Orihime: Vamos nessa então.

E seguimos a voz de W trilhando um caminho na escuridão, até que aos poucos pequenas luzes foram se formando, e eu vi o conhecido jardim da casa dos Kuchiki.


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Notas finais do capítulo

Será que eles vão conseguir?



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