Dramione - Nosso Reencontro escrita por karistiel


Capítulo 6
6. Notícia inesperada


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde galera!!!
Esse capítulo foi escrito por Srta. Malfoy...
E BEM-VINDOS novos leitores!!! Eu e a Karis notamos um gradativo aumento em nossos leitores... Mas e os reviews? Se apresentem meu queridos!!!
Capítulo bem romântico e acho, que inesperado mesmo! Haha'



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Os dias seguintes passaram voando. Já haviam se passado um pouco mais de mês e meio desde todo o acontecimento entre Draco e eu... E não havia um dia sequer em que eu não tenha pensado em nós dois juntos naquele sofá.

Todo dia, assim que eu abria meus olhos tudo passava como flashes em minha cabeça. Até quando isso iria? E porque isso acontecia? Porque eu pensava tanto no garoto, agora homem, que era meu rival na escola?

Todos os dias, de segunda a sexta nós íamos juntos até o mundo trouxa para almoçar. Draco realmente havia gostado de lá e eu também amava escapar para lá de vez em quando.

Joguei todos esses pensamentos para longe e usei pó de flu para chegar ao Ministério. Hoje era sexta-feira e a semana já estava no fim; daqui alguns dias Rony estaria de volta e então as coisas voltariam ao normal novamente.

Comprei um exemplar de O Profeta Diário mas não havia algo de muito interessante para se ler, então comecei a caminhar distraidamente para minha sala.

Fui surpreendida por um loiro que apareceu na minha frente do nada, segurando dois cafés, um em cada mão.

— Bom dia, Mione! – Draco se inclinou e deu um beijo em minha bochecha.

— Bom dia, Draco! – Respondi com um enorme sorriso involuntário em meus lábios.

— Café? – Ele me entregou um e deu um gole em seu próprio.

— Obrigada! – Agradeci e voltamos a caminhar em direção a minha sala.

Todo dia era assim, nem os outros bruxos estranhavam mais. Draco me achava, me dava bom dia e depois me acompanhava até minha sala.

— Dormiu bem essa noite? – Ele perguntou puxando assunto.

— Sim... – Por um segundo me passou pela cabeça que teria sido muito melhor se Draco estivesse lá comigo mas rapidamente afugentei essa linha de pensamento. – E você?

— É... Dentro do possível... – Draco abriu a porta de minha sala em um gesto cavalheiresco e diferente dos outros dias, me acompanhou para dentro e fechou a porta.

Bufei assim que percebi aquele amontoado de papéis em cima da minha mesa, provavelmente tudo para que eu resolvesse.

— Muito trabalho, hein! – Draco falou quando me viu remexendo os papéis sem interesse.

— Sempre... – Fiz uma careta e ele riu.

Uma coruja entrou pela janela carregando em suas patas um enorme buquê de rosas brancas. Ela o deixou em cima da mesa, sobre todos os papéis, derrubando a pilha de pergaminhos que estava ali e fazendo uma bagunça imensa. O encarei por um instante e depois olhei para Draco que também olhava o buquê curioso. Conclui no mesmo instante que as flores não podiam vir dele, o que faria todo sentido. Peguei o buquê com as mãos e antes que eu pudesse pegar o cartão que estava junto as flores, o cheiro doce das rosas me invadiu e no mesmo instante senti uma náusea forte.

Joguei as flores para longe e corri para o banheiro de meu escritório. Há dias já vinha sentindo esses enjôos com certos cheiros, mas não tinha parado para pensar e também não tinha me importado com isso. Agora, pensando sobre isso, talvez estivesse com alguma virose. Acabei vomitando tudo o que tinha comido no jantar e no café da manhã e meus olhos já lacrimejavam a essa altura.

Escutei passos vindo em direção ao banheiro e antes que eu pudesse impedir, Draco já estava abaixado ao meu lado. Alisando minhas costas pacientemente enquanto eu ainda me recuperava. Seu toque em minhas costas causou certo arrepio passageiro, mas decidi ignorar isso.

— Você esta bem? – Ele perguntou preocupado.

Balancei a cabeça negativamente.

— O que está sentindo, Hermione? – Ele perguntou e agora pude ver a preocupação nítida em seus olhos.

— Há alguns dias eu venho tendo esses enjôos... Passam rápido, mas geralmente são fortes.

Nos levantamos e eu fui até minha bolsa, peguei minha escova de dentes e a minha pasta. Draco ficou apenas observando enquanto eu escovava os dentes.

— Vou levar você a um Medi-bruxo... – Draco falou enquanto eu enxaguava minha boca.

— Não precisa, Draco. Isso vai passar... – Falei tentando tranquilizá-lo.

— Não, não vai! – Ele foi rude mas fez uma careta quando se deu conta disso. – Você mesma disse que está tendo esses enjôos há dias. – Draco suspirou e colocou as mãos em sua cabeça. – Vou somente avisar nossa saída e já venho... E não tente sumir, Hermione. Vou saber onde você estiver! – Ele falou saindo de minha sala.

Suspirei derrotada; talvez fosse mesmo bom visitar um Medi-bruxo e acabar logo com isso.

Fui calmamente até minha mesa, tentando não inalar aquele cheiro doce novamente, peguei o cartão e caminhei até o outro lado da sala para lê-lo.

O abri e logo comecei a percorrer meus olhos por ele...

Querida Hermione... Soube que está bem amiguinha de Draco Malfoy ultimamente. A que devo essa aproximação toda? Estamos concluindo nossa missão e dentro de dois dias estarei de volta. Espero que esteja bem... Rony.”

Quase dois meses sem responder minha carta e só agora recebo essa porcaria e para piorar, conseguia sentir a arrogância de suas palavras quando se referia a Draco até mesmo na folha do pergaminho.

Peguei o maldito buquê e o enfiei no lixo, esperando que o tirassem logo de lá. Amassei o cartão e joguei longe no mesmo instante em que Draco entrou em minha sala novamente. Ele me olhou surpreso, porém não disse nada sobre isso.

— Pronta? – Perguntou.

— Sim... – Respondi pegando minha bolsa.

— Me foi concedido permissão para aparatar daqui. - E com isso, Draco segurou meu braço e aparatou o que me causou outro leve enjôo, mas não me afetou tanto quanto as malditas flores. Respirei fundo para não passar mal bem no meio do Beco Diagonal e Draco me segurou pelos ombros.

— Desculpa! Eu... – Mas eu o cortei.

— Não... Tudo bem... – Falei e ele assentiu.

Carinhosamente - ou assim minha cabeça imaginava -, o loiro segurou minha mão e me conduziu em meio aquela multidão de gente, até o consultório onde o Medi-bruxo atendia.

— Tem certeza que é confiável? – Perguntei um pouco receosa.

— Minha mãe me trazia aqui quando era preciso. – Assenti e juntos entramos.

Logo, uma senhora apareceu e nos deu um grande sorriso.

— Entrem queridos... Draco, quanto tempo! - A senhora sorriu. Tinha os cabelos brancos, sorriso largo e um ar materno, o que me surpreendeu. Admito que esperava alguém frio e polido para ser Medi-bruxo de um Malfoy. - O que precisam? – Ela nos perguntou.

— Bem, Hermione está passando um pouco mal esses dias... – Draco mal pode terminar e ela logo voltou a falar, olhando-me cautelosamente.

— Oh... Venham comigo! – A senhora começou a andar por um enorme corredor. – Vamos resolver isso...

A seguimos e entramos juntos em uma espaçosa sala toda branca. A senhora se sentou atrás de sua mesa e eu e Draco nos sentamos à frente.

— O que esta sentindo, querida? – Ela me perguntou atenciosa.

— Bem... Há alguns dias venho sentindo enjôos constantes - Pensei por um momento. - Geralmente quando sinto cheiros mais adocicados. – Completei.

— Venha, vou te examinar. – A senhora me conduziu até uma parte da sala e fechou a cortina para que Draco não pudesse nos ver. – Deite-se, querida...

Obedeci e rapidamente ela começou a usar uma série de feitiços em mim. Depois de muitos testados ela soltou um risinho.

— Pronto... Pode se levantar. – Voltamos para a mesa e ela olhou sorrindo para nós. – É um simples caso... Não acho que se tenha muito o que fazer, os enjôos são normais, mas posso receitar alguma poção para ajudar com ele. Então... Só me resta dar os parabéns! – A Medi-bruxa deu outro risinho e nos olhou de forma ainda mais maternal.

— Desculpe, mas parabéns? – Perguntei ainda sem entender e quando lancei um olhar sobre Draco, percebi que ele começava a ficar mais branco que o normal. Meu coração parou por umas batidas, antes de voltar a bater quase na velocidade da luz. Não poderia, ser... Poderia?

— Sim! Você esta grávida querida... Veja... – A Medi-bruxa jogou um feitiço em direção a minha barriga e pude ver uma pequena coisinha dentro de mim, parecia uma bolinha bem pequena, mas já podia ver que estava se formando quase na forma de braços, pernas e cabeça. Ou eu já estava tendo um ataque de pânico e ficando louca. 

Olhei para Draco e ele olhava em direção a pequena coisinha, como se fosse a coisa mais bonita que ele já tinha visto. Seus olhos estavam focados em minha barriga, ele sequer piscava. Somente quando o feitiço terminou, foi que ele se recuperou e olhou para mim, porém não consegui encará-lo por muito tempo e desviei o olhar. E uma pergunta óbvia surgiu em minha cabeça.

— De... De quanto tempo eu estou? – Perguntei com algumas suspeitas em mente, pedindo à Merlin para que estivessem erradas.

— Bem, é difícil dizer ao certo, mas esta com um pouco mais de um mês e meio... – Meu mundo parou.

Eu já não escutava mais o que a Medi-bruxa dizia, meus pensamentos estavam confusos e totalmente perturbados e minha cabeça girava. Minha suspeita estava certa, já não acontecia nada entre eu e Rony a algum tempo, então o filho só poderia ser de Draco. Estávamos bêbados, então não devíamos ter usado proteção. Andei com a cabeça tão presa entre o loiro e o trabalho, que nem havia percebido que minha menstruação estava atrasada. E agora que pensava nisso, só conseguia fazer minha cabeça girar mais ainda.

— Vou deixá-los sozinhos por um tempo. Acho que precisam conversar... É sempre assim, sempre os mesmos rostinhos de choque! – Ela riu e se retirou da sala.

Me levantei e me virei de costas para Draco. As lágrimas já rolavam por meu rosto . O que as pessoas diriam? Nós nem ao menos tínhamos um relacionamento. Eu namorava Rony, pelo amor de Morgana! E além de tudo, sempre fomos inimigos e agora teríamos um filho... Juntos. Mal tínhamos dado início a uma amizade sólida, depois de tantos anos de ódio e agora isso... Senti braços me envolvendo e as lágrimas caíram com ainda mais força. Finalmente me virei para Draco e fitei seus olhos cinzentos.

— Acalme-se...- Ele limpou minhas lágrimas com suas mãos. – Nós vamos resolver isso. Juntos... – No fundo, suas palavras me acalmavam, mas as possibilidades não paravam de rondar minha cabeça. 

Deixamos o consultório da Medi-bruxa logo depois e Draco nos aparatou diretamente para minha casa.

Mal senti o enjoo da aparatação dessa vez, tão presa em minha própria mente, meu novo inferno pessoal. Draco preparou um chá para nós dois enquanto eu tomava um banho e quando saí do banheiro e fui até lá ver o que ele estava fazendo, o encontrei sentado bem no sofá onde nosso filho tinha sido concebido. E quando, na última hora, eu havia passado a pensar naquela criança como nosso filho, eu não queria saber. 

Primeiramente fiquei um pouco receosa de me sentar lá também, mas logo ele olhou em minha direção e percebi por seus olhos que ele também precisava de apoio.

Me sentei ao seu lado e me encostei em seu ombro. Logo, Draco fazia carinho em meu cabelo enquanto dizia coisas que me acalmavam e me faziam sentir realmente melhor.

Em pouco tempo, nós dois havíamos pego no sono, enquanto seus braços me envolviam delicadamente e sua mão pousava em meu ventre. Eu sentia sua fragrância, não uma fragrância que causava enjôo, mas sim que me acalmava e me dava uma sensação de paz e segurança. Por um momento entendi, que meu mundo poderia desabar, mas se eu estivesse em seus braços, estaria segura.

**

A notícia nos pegou de surpresa. Hermione estava realmente abalada e quando vi as lágrimas brotando de seus olhos percebi que ela era realmente mais frágil do que eu pensava.

Com todo o carinho do mundo, tentei acalmá-la de todas as maneiras possíveis, tentando ao máximo espantar todos os pensamentos sobre o que meus pais e todo o resto da população diriam.

Quando a vi dormindo em meu colo, finalmente percebi que aquele seria o momento perfeito para que eu guardasse em minhas lembranças. A abracei e pousei minha mão em seu ventre... Somente o simples fato de pensar que nosso filho estava ali, nosso fruto, senti algo forte se agitar em meu peito. Seu cheiro me trouxe uma sensação única de paz, que eu só sentia quando estava com ela, então peguei no mais profundo sono.


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Notas finais do capítulo

Então??? O que acharam?
Beijos...