Dramione - Nosso Reencontro escrita por karistiel


Capítulo 5
5. Mansão Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde galeraaaa!
Esse capítulo foi escrita por Karis Malfoy...
Espero que gostem!



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Era ridículo eu estar tão nervosa por ir a uma festa na casa de Draco. Na verdade não era, pois a última lembrança que eu tenho de lá não é nem um pouco interessante. Era ridículo mesmo eu estar ansiosa para ver Draco, isso sim não fazia sentido.

A noite de ontem ainda passava como flashes na minha cabeça, na boate, no sofá de casa... Fizemos um acordo mudo de não falar mais sobre isso e muito menos contar para alguém.

Olhei no relógio da mesa de cabeceira do quarto e percebi que já passava um pouco das nove da noite, o que significava que eu estava atrasada. Peguei minha bolsa, me olhei no espelho uma última vez e aparatei.

Ao desaparatar, a primeira coisa que vi foram os grandes portões de ferro da Mansão. Me vi perdida observando através deles e respirei fundo por alguns minutos antes de finalmente entrar.

Assim que ultrapassei a porta da entrada do salão de festas, senti todos os olhares sobre mim; sem dúvidas eu era a última pessoa que eles esperavam comparecer nessa festa. Tentei me focar apenas em procurar uma pessoa no salão, mas não a encontrei. Cumprimentei educadamente algumas pessoas que passavam por mim e fui até a mesa de bebidas. Me lembrei do acontecido da noite passada e decidi que deveria ficar longe de qualquer tipo de bebida alcoólica por um bom tempo.

— Hermione? - Ouvi uma voz arrastada atrás de mim e senti os pelos da minha nuca eriçarem.

— Oi Draco. - Nos cumprimentamos um pouco sem jeito.

— Não achei que viesse mesmo.

— É, nem eu, mas aqui estou. - Sorri timidamente e ele retribuiu.

— Draquinho quem é essa mul... Granger?

— Já disse pra não me chamar assim, Pansy. - Draco falou bufando.

— O que ela está fazendo aqui? - Pansy perguntou em tom de desprezo e eu tive que revirar meus olhos para a situação. Tudo que eu menos queria era uma briga com Pansy Parkinson no meio de uma festa na Mansão Malfoy.

— Eu a convidei.

Ela me olhou raivosa, deu um beijo em Draco e se retirou totalmente contrariada.

— Não ligue pra ela, ela é louca de ciúmes.

— Está tudo bem. - Sorri sem graça para ele.

— Não quer uma bebida? - Ele perguntou de repente. Neguei com a cabeça e nós dois começamos a rir, chamando a atenção de algumas pessoas por perto.

— Acho melhor passarmos longe de bebidas por um bom tempo. Principalmente quando estivermos juntos. - Disse rindo e ele me acompanhou concordando.

Felizmente todo aquele clima tenso se dissipou e nós continuamos a conversar normalmente. Ríamos das coisas que um ou outro falava e comentávamos o quanto as pessoas ali deviam nos achar loucos por estarem conversando sem tentar nos matar.

Draco me deixou sozinha e foi conversar com outras pessoas afinal, ele era um dos anfitriões da festa e eu não podia monopolizá-lo. Olhei em volta no salão e notei alguns rostos conhecidos de pessoas que sempre me humilharam durante meus anos em Hogwarts. Sem ressentimento algum, acenei para alguns deles que acenaram de volta. Fui pega de surpresa por uma pessoa que se aproximou sorrateiramente.

— O que você quer com meu Draquinho? - A morena perguntou autoritária. Era só o que me faltava.

— Somos amigos. - Respondi simplesmente.

— Desde quando? Isso é um ultraje, você é uma sangue-ruim! – O jeito de Pansy me dava enjoo.

— Olha, Pansy... Acredito que não devo satisfações a você sobre minha vida e me poupe das suas ladainhas, seu sangue-puro não vale de nada no mundo mágico atualmente. - A outra mulher bufou e jogou os cabelos enquanto demonstrava seu total desprezo pelo que eu dizia.

— Estou de olho, Granger. Se eu souber quem tem alguma coisa acontecendo entre vocês, vou fazer com que você deseje nunca ter nascido.

— Nossa que medo... Já acabou?

A garota saiu de lá furiosa e algumas pessoas que estavam perto o suficiente para ter ouvido a "conversa" me olhavam curiosas. Fui até a mesa de comida e comi algumas coisas. Draco já havia sumido a um bom tempo e eu estava ficando entediada.

Depois de um bom tempo sozinha, já tinha tomado dois copos de cerveja amanteigada (eu sei que prometi, mas era necessário) por puro tédio. Finalmente os anfitriões da festa entraram, ou seja, Lúcio e Narcisa Malfoy. Eles tinham o ar imponente e arrogante de sempre, isso não havia mudado, mas uma coisa me chamou a atenção: Narcisa Malfoy sorria. Eu nunca tinha visto essa mulher sorrir, não dessa forma, ela parecia realmente feliz.

Logo atrás deles, vinha Draco. Os três agradeceram rapidamente a presença de todos e Draco se desvencilhou dos pais e veio até mim.

— Venha, quero apresentar você pra umas pessoas.

— Como assim, Draco? Enlouqueceu?

— Apenas fique calma. - Pedir para alguém ficar calma é a mesma coisa que acionar o botão de nervosismo que eu tenho certeza que existe dentro da gente.

O acompanhei até algum lugar do salão e quase caí para trás ao ver aonde ele me levava. Quase não respirava quando paramos em frente de onde seus pais estavam.

— Pai, mãe. Queria apresentar uma pessoa a vocês. Não que vocês não a conheçam, mas é que agora as coisas mudaram não é mesmo? - Ele me deu uma olhada rápida. - Essa é Hermione Granger.

Os olhares dos dois finalmente se viraram para mim, parecia até que só tinham me notado agora. Os olhos frios de Lúcio me encararam e eu achei que não fosse aguentar a pressão durante muito tempo.

— É um prazer conhecê-la de novo, Srta. Granger. - Lúcio falou com a voz calma e suave.

— O prazer é meu Sr. Malfoy. - Respirei fundo algumas vezes ainda sob o olhar avaliador de Lúcio e Narcisa.

— Fique a vontade, minha querida. - Narcisa falou com seu tom de voz doce e eu tentei sorrir amigável para ela, sem muito sucesso.

Algumas lembranças de anos atrás vieram perturbar minha mente, mas eu simplesmente as mandei embora. Esse era um novo recomeço, por assim dizer e o passado deveria ficar esquecido.

Nos despedimos dos dois e nos afastamos. Percebi que Draco ainda segurava minha mão entrelaçada à sua, mas não fiz qualquer objeção.

— Hermione, você precisa respirar. - Draco avisou assim que nos afastamos da multidão e chegamos ao fundo do salão.

— Bem lembrado. - Murmurei, soltando todo o ar que nem percebi que havia prendido nos meus pulmões e me permiti relaxar. - Por que fez isso? - Perguntei curiosa e ainda atordoada.

— O que? – Ele perguntou confuso.

— Por que me "apresentou" para os seus pais? - Fiz aspas no ar.

— Porque achei que fosse o certo. Estamos tentando nos redimir com todos. A dívida que ainda estamos pagando por causa de Voldemort é grande.

Um silêncio pesado caiu durante alguns segundos.

— Meu Merlin, eu achei que fosse ter um ataque cardíaco quando seu pai me viu. - Coloquei a mão sobre o coração, brincando, e Draco riu. Suspirei de alívio ao ver o clima voltar ao que era antes.

— E eu achei que ele fosse nos botar pra correr dali. Você por ser nascida-trouxa e eu por ter te levado até lá. - Ele riu mais um pouco.

— Isso tudo era um teste então? Pra saber como ele reagiria a minha presença? - Olhei incrédula para ele.

— Não leve as coisas desse jeito. Ele ainda vai ter que te aturar por um longo tempo.

— E por quê? – Perguntei sem entender sua afirmação.

— Porque você nunca mais vai ver-se livre de mim. – Ele falou.

— Merlin, me ajude! - Brinquei, rindo da careta que ele fez para mim.

Senti um olhar penetrador sobre nós e não tive nenhuma surpresa ao ver que era Pansy.

— Acho que sua namorada não está muito de acordo com nossa união.

Draco olhou para onde eu olhava e acenou para ela, que bufou e saiu a passos pesados.

— Não ligue pra ela, é a Pansy, ela nunca está de acordo com nada.

Nós rimos de tal afirmação tão verdadeira.

**

Quem essa sangue-ruim pensa que é? Acha que pode ficar por aí aos risos com meu Draco? Ah, mas ela tá muito enganada.

Depois do estúpido aceno de Draco e da falta de consideração por ter me deixado sozinha durante a festa inteira só para ficar com ela, decidi que devia fazer alguma coisa.

Aparatei para casa e assim que entrei no quarto, vi em cima da escrivaninha alguns pergaminhos amassados. Uma ideia me veio à cabeça e me pareceu perfeita.

Peguei um pergaminho novo na gaveta, uma pena e um tinteiro e tratei de começar a escrever. Ao fim da carta, passei o olho por ela rapidamente e sorri. Peguei minha coruja que ficava numa gaiola na sala e mandei que ela enviasse a carta.

Duas cabeças pensam melhor do que uma, acredito eu, e eu precisaria de uma ajuda extra para separar aqueles dois de vez. E eu conseguirei, ou não me chamo Pansy Parkinson.

Algumas horas depois, eu já estava pronta para dormir quando a coruja entrou voando pela janela e jogou um pergaminho em cima da cama.

O conteúdo da carta era pouco, mas preciso:

"Me mantenha informado."


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Notas finais do capítulo

Então?
Comentem galera...
Beijos



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