Dramione - Nosso Reencontro escrita por karistiel


Capítulo 18
18. Jantar de noivado.


Notas iniciais do capítulo

Oi!!!!!!!!!! Adivinhem quem está tão feliz que passou a madrugada escrevendo o penúltimo capítulo da fic pra vocês?????? Isso mesmo, euzinha, vulgo Karis Malfoy.
Eu já tinha começado a escrever mas passei as ultimas 3 horas aperfeiçoando e mudando algumas coisas(são exatamente, 03:24 da manhã). Eu queria que ficasse realmente bom.
Infelizmente, o próximo capítulo é o último *todos choram*
Mas...... ainda tem o epílogo, então ainda temos dois capítulos pra nos encontrarmos! Uhuuul!

Leiam o capítulo porque está: pegando fogo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/350261/chapter/18

Dei uma última olhada no espelho. O vestido verde musgo de Gina caiu perfeitamente bem em mim. Não era nem apertado, nem largo demais, apenas o suficiente pra disfarçar o leve volume no meu abdômen. Alisei o vestido e ajeitei os cabelos. Eu estava absurdamente nervosa e com um mau pressentimento. Engoli em seco antes de me virar pros meus dois melhores amigos sentados na beirada da minha cama.

– Sabe Mione, eu realmente acho que você não devia se preocupar muito com isso. - Gina suspirou. - Desde quando você é tão intuitiva? - Ela perguntou cética.

– Desde que engravidei. - Minha resposta escorregou pela minha língua antes que eu realmente tivesse tempo pra pensar na veracidade daquelas palavras.

– De qualquer forma, você deve ir e ver o que vai acontecer.

Harry continuou em silêncio. Sua opinião era óbvia, ele não queria que eu fosse. Ainda sim, olhei pro moreno a minha frente como se esperasse uma opinião crucial.

– Você sabe o que penso. - Ele respondeu dando de ombros.

– Você é muito paranóico, Harry. - Gina repreendeu. - Não é como se os Malfoy's fossem servi-la de jantar.

Meus olhos se arregalaram de medo. Lúcio Malfoy provavelmente seria capaz de tal feito. Talvez ele tivesse descoberto que teria um neto mestiço e queria eliminar a mim e a criança. Talvez ele me torturasse até que eu abortasse e depois me mandaria de volta pra casa com um Obliviate só pra garantir. Estremeci. Tudo bem, agora quem estava ficando paranoica era eu.

Respirei fundo tentando engolir o nó que tinha se formado na minha garganta mas não funcionou.

– Você sabe, eu não consegui falar com Malfoy desde a última vez que ele veio aqui. - Eu sussurrei.

– Ele deve ter estado ocupado. Ele com certeza vai estar na festa Hermione. Eu nunca pensei que fosse algum dia dizer isso mas você está sendo irracional! - Sua voz saiu meio estridente.

– Certo. Acho que sim. Não, você está certa. Eu definitivamente estou me preocupando à toa.

– Isso. Agora põe essas pernocas lindas pra trabalhar e vá pra Mansão.

– Certo. - Murmurei de novo e Gina me olhou impaciente.

Peguei a bolsa que Gina havia escolhido pra mim e olhei pro espelho de novo. É, eu estava bem. E o mais importante, minha barriga não estava evidente. Suspirei audivelmente. Logo isso seria um problema.

Meus amigos me olharam compreensíveis pelo espelho. Nossos pensamentos eram o mesmo, mas eles sorriram tranquilizadores. Eu sorri de volta, sorri pra minha sorte. Não importa o que acontecesse, eles estariam comigo e isso era o mais importante agora.

– Bom, acho melhor ir pra não me atrasar.

– Tome. - Harry me ofereceu um pedaço quebrado de espelho. - Estarei olhando pra ele a noite inteira, se estiver em perigo apenas me chame e eu vou até você. Tem um feitiço localizador nele também.

Eu o olhei incrédula mas não discordei. Aquilo me fez sentir segura, afinal.

– Até mais tarde.

Eu saí do meu apartamento deixando meus dois amigos pra trás e procurando um lugar seguro qual eu pudesse aparatar. Uns poucos minutos depois encontrei um beco deserto. Sem pensar duas vezes, mentalizei a Mansão Malfoy e com a varinha na mão, aparatei.

Senti meu estômago embrulhar quando vi os imensos portões de ferro se abrirem pra mim. Agora não tinha volta. Cumprimentei algumas pessoas que estavam na porta e entrei.

A primeira coisa que vi foram muitas pessoas. Logo depois eu vi as enormes mesas de mogno com pratarias antigas. Provavelmente era herança de família. Vi também a um canto do cômodo, Rita Skeeter conversando com alguém que nunca havia visto. Todos estavam muito bem vestidos e falavam cordialmente uns com os outros. Que tipo de jantar era esse? E qual era o objetivo? Procurei Draco com o olhar, mas não encontrei. Lúcio e Narcisa Malfoy estavam próximos à mesa no ponto mais alto do salão, conversando animadamente com um senhor muito elegante. Sentindo-me deslocada, comecei a caminhar pelo salão distraidamente, passando por alguns conhecidos do Ministério e parando alguns minutos pra uma conversa sem graça. Quando me despedi de um jovem que trabalhava no mesmo departamento que eu e me virei, trombei com uma mulher. Mas não era uma mulher qualquer, era Pansy Parkinson. Ela me lançou um olhar fulminante, visto que sua bebida tinha sido derramada em seus sapatos de camurça. Eu pouco podia fazer, então eu suspirei e esperei pelo acesso de fúria dela.

Mas, assustadoramente, ela riu. E eu pensei que o mundo tivesse ficado louco. Assim como ela virou e se distanciou e eu continuei parada feito estátua no meio do salão com algumas pessoas me olhando estranho.

A voz fria e imponente de Lúcio Malfoy invadiu o salão, fazendo o silêncio prevalecer imediatamente.

– Boa noite, senhoras e senhores. Vamos todos nos acomodar em seus devidos lugares pra começarmos as comemorações que nos trouxeram aqui.

Por um momento, quando todos começaram a se sentar em seus lugares designados, eu levantei o olhar pra onde a voz estava. Minha surpresa foi grande quando o vi ali, olhando diretamente na minha direção. Nossos olhares se encontraram por poucos segundos antes que ele quebrasse o contato visual e sentasse ao lado de sua mãe.

Sentada na mesa exatamente à frente da mesa da família anfitriã, me vi encarando-o novamente. Mas ele não retribuiu. Ele parecia extremamente nervoso e eu subitamente fiquei também. Fosse o que fosse que iria acontecer agora não seria bom. O pressentimento ruim voltou com força total. Eu quase levantei e desaparatei pra casa. Mas eu sabia que eu tinha que ficar ali até o final e ver o que iria acontecer.

Lúcio levou a varinha até a garganta e sua voz foi ampliada pra que todos os convidados pudessem ouvir claramente.

– Hoje é um dia muito feliz para nossa família. Hoje nosso filho se tornará um homem de família. - Lúcio sorriu como se estivesse realmente orgulhoso disso. - Eu só espero que ele esteja pronto pra essa responsabilidade. Cuidar de esposa e filho não é uma tarefa muito fácil.

Eu poderia ter apreciado o traço humorístico desconhecido de Malfoy-pai mas a minha cabeça estava registrando outra coisa. A ficha caiu quando eu percebi o que aquela droga de jantar era. Era o jantar onde Draco Malfoy pediria a mão de Pansy Parkinson em casamento. Dando uma boa olhada no salão, eu percebi que deveria ter notado os sinais. Puros-sangues de família rica, Rita Skeeter acompanhada de um fotógrafo do Profeta Diário, os Parkinson sentados em uma mesa especial para eles ao lado dos Malfoy. Eu deveria ter percebido quando ele se recusou a me olhar. E era por isso que ele estava nervoso. Porque eu presenciaria aquela cena e não poderia fazer nada além de olhar.

– Draco, agora é com você.

Ele levantou e todos o olharam ansiosos. Eu me recusei a me mostrar fraca. Eu olharia, eu ouviria e eu aplaudiria se fosse preciso. Eu ainda tinha meu orgulho.

– Boa noite a todos. - Ele cumprimentou sorrindo. Hipócrita! - Como muitos desconfiam do que estou prestes a fazer aqui esta noite, não quero prolongar muito isso.

Eu bufei baixinho quando o vi apertar as mãos com nervosismo. Bastardo!

– Eu gostaria de dizer que... - Ele hesitou e respirou fundo. Seu olhar sustentou o meu quando ele continuou a falar. - eu estou realmente feliz que eu vou ser pai. E mais feliz ainda porque eu vou ser pai do filho da mulher que eu amo.

Suas palavras não eram esperadas por mim, e elas vieram como um tapa na cara. Então era isso, ele amava Pansy e tinha a cara de pau de estar dizendo isso olhando nos meus olhos. Aquilo já era o suficiente pra mim. Ignorando qualquer um naquele lugar, levantei apressada. Mas antes que eu pudesse realmente pensar em sair, uma mão agarrou meu braço. Eu me esquivei rapidamente de quem quer que fosse mas fui surpreendida pelas seguintes palavras.

– Hermione Granger, você quer se casar comigo?

Eu me virei e me vi diante dele. Seus olhos cinzas me encaravam com aflição. Tudo estava acontecendo em câmera lenta quando eu olhei em volta do salão. A taça que Lúcio segurava tinha acabado de estilhaçar em pedaços no mármore negro do chão. Os convidados estavam com olhos esbugalhados e expressões de choque. Os Parkinson não estavam diferentes. Pansy parecia prestes a desmaiar. Voltei meus olhos pro loiro na minha frente e, eu poderia sair daqui direto pro hospício, mas eu sorri. Sorri abertamente. E vi suas expressões suavizarem e ele sorrir também. Ele me puxou pra um abraço ao mesmo tempo que o flash da câmera fotográfica do ajudante de Rita Skeeter iluminou o salão. Todos bruscamente despertaram e a primeira coisa que ouvi foi:

– Ela está grávida?

E os comentários começaram. A voz do Malfoy-pai cortou o ar.

– O que significa isso? - Ele gritou, o salão caindo em silêncio de novo diante da reação dele. Eu estremeci e Draco percebeu.

– Significa que estamos noivos. - Ele disse com ar de obviedade. Eu aumentei o aperto em nossas mãos entrelaçadas como um aviso de que não era hora pra gracinhas. Mas como sempre, ele ignorou.

– Você é mesmo burro, Draco! - Lúcio tornou a gritar. - Como ousa sujar a linhagem de nossa família com... isso? - Ele me olhou com repulsa.

A mandíbula de Draco estalou e eu fiquei receosa com o que ele seria capaz de fazer com ódio.

– Isso? - Ele riu afetado. - Isso vai ser a minha esposa e mãe da minha filha. Parabéns, mãe, pai, vocês serão avós em breve.

– Um mestiço em nossa família é inaceitável! - Ele brandou batendo as mãos no tampo da mesa me fazendo sobressaltar.

– Bom, pai, acostume-se à ideia. - Ele sorriu de canto.

Com o canto do olho, vi Pansy Parkinson se aproximar de nós dois. Seu rosto estava lívido de raiva e vergonha.

– Sua sangue-ruim! - Ela vociferou. - Como se atreve a roubar o Draco de mim?

– Pansy, eu vou pedir apenas uma vez e espero que você entenda. Não a chame de sangue-ruim. - Ele rosnou.

Ela riu, assim como ela tinha feito comigo mais cedo. Algo me dizia lá no fundo que ela havia tomado taças de champanhe demais. Espera, champanhe? Grávidas não deveriam beber álcool. Subitamente me bateu o entendimento. E tudo gritava que meu pensamento estava correto.

– Pansy, você não está grávida, está? - A pergunta, sem dúvidas, pegou a todos de surpresa, inclusive ela. Aparentemente, ela não esperava que alguém fosse lhe fazer aquela pergunta, principalmente eu.

– É claro que estou. - Sua voz era fina. - Como você pode me questionar dessa forma? Você não tem o direito de duvidar de...-

– Então você deve saber que não pode beber álcool, certo? - Apontei pra taça de champanhe na sua mão.

– Eu não sabia, a medi-bruxa não tin...-

– Então acho melhor irmos até um hospital conferir se está tudo bem com o bebê. - Draco decretou, seguindo meu raciocínio. Pansy ficou pálida. Mas depois ela ficou vermelha de raiva.

– Vão pro inferno vocês dois. - Ela gritou. - Eu não estou grávida, se é isso que querem ouvir.

Os rostos de choque dos convidados estavam lá de novo. Aposto que tudo aquilo estava sendo um show e tanto.

Foi impossível não sorrir vitoriosa quando a vi caminhar pra saída do salão. Parece que ela finalmente cansou de humilhação por hoje.

Draco segurou minha mão e começou a me arrastar pelo mesmo caminho onde ela havia desaparecido.

– Draco Malfoy, se você sair por aquela porta considere-se expulso de casa. - Lúcio deu seu ultimato.

Draco riu com escárnio, me puxou de encontro a ele e me beijou. Eu estava seriamente pensando que eu devia estar em um sonho muito bom. Então ele voltou a segurar minha mão, deu um aceno pro Malfoy-pai transbordando raiva e atravessamos a porta.

Draco tinha acabado de ser deserdado por minha causa. Em frente a todas aquelas pessoas e como se fosse pouco, amanhã seríamos manchete no Profeta Diário. Eu gemi com essa constatação. Amanhã o mundo mágico ficaria ciente de que eu estava noiva de Draco e de que nós teríamos um filho juntos, assim como a gravidez de Pansy era falsa. De agora em diante tudo ficaria uma loucura. Mas tinha uma coisa que eu precisava dizer antes de tudo.

– Eu aceito me casar com você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do desfecho do jantar hehe
Pra quem disse que Pansy estava mentindo: BINGO! (Não esqueçam de participar do nosso famoso FCO Odeio Pansy Parkinson kkk)

Obrigada pelos comentários, vocês são o máximo mesmo!
Definitivamente não me arrependo de ter voltado a escrever essa fic ♥

Até o próximo gente.
Karis Malfoy.