Dramione - Nosso Reencontro escrita por karistiel


Capítulo 15
15. O Profeta Diário


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo!!!!!!!! Gente, vocês não fazem ideia do quanto eu fiquei feliz de saber que não nos abandonaram! Como prometido, voltei com mais um capítulo (bem emocionante por sinal).
Obrigada pela recomendação Aluada, fiquei muito muito feliz quando li!!

Bom, vamos ao capítulo, não?
PS: Desculpe se tiver algum erro de português.

Beijos, Karis Malfoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/350261/chapter/15

Eu estava desesperado. Não, desesperado era pouco. Eu tinha certeza que eu poderia desmaiar se não tivesse me apoiado com demasiada força na escrivaninha. Pansy me olhava meio hesitante e eu tive certeza que eu devia estar branco feito papel. Abri a boca e suguei o ar com tanta força que me engasguei e Pansy me olhou preocupada.

— Amor, você está bem? - A voz fina dela me fez sair do transe em que me encontrava. Buscando minha voz sabe Merlin da onde, sussurrei.

— Você disse que está grávida? - Perguntei cauteloso.

Não custava nada certificar não é? Vai que eu tive uma parada cardíaca antes de chegar na casa dela e tudo aquilo era o inferno. Sim, inferno, não tinha outra palavra para descrever.

— Sim, nós vamos ter um filho juntos! - Ela praticamente saltitou na minha frente e eu senti um gosto ruim subir pela garganta. Me forcei a engolir.

— Nós? - Tornei a perguntar e ela me olhou ofendida, mas em seguida sorriu.

— Está tudo bem amor? Você parece a ponto de desmaiar... - Ela se aproximou e começou a rir. Naquele momento eu torci para que tudo fosse uma brincadeira de muito mau gosto. Infelizmente, isso não aconteceu.

— Estou... be-be... estou bem. - Balbuciei. - Só estou... surpreso.

O que eu poderia dizer? Eu não poderia terminar com uma mulher grávida. Eu pensava em Hermione e na nossa filha e então a realidade caiu como um balde de água fria. Eu vou ter dois filhos? Dessa vez não pude evitar. Meu estômago retorceu e tudo que eu tinha comido até então, jazia no tapete caro do quarto de Pansy.

— Draco! - Ela exclamou surpresa. Me limitei a buscar minha varinha no bolso do sobretudo e limpar a sujeira. Ela ainda me olhava preocupada quando entrei no banheiro, lavei a boca e joguei água gelada no rosto.

Vomitar era algo terrivelmente desagradável mas não se comparava com o sentimento de desespero que eu sentia.

— Achei que quem ficasse enjoada na gravidez era a mulher e não o homem. - Ela riu ruidosamente.

Respirei fundo algumas vezes e olhei para a mulher na minha frente. Ela parecia radiante e meu coração apertou. Apesar de tudo eu não queria magoar Pansy, ela era uma boa pessoa e não merecia isso. E agora era pior, porque essa criança também não merecia nada disso.

O que eu faria agora? Essa era a pergunta de um milhão de galeões que rodava na minha cabeça.

— Você tem absoluta certeza disso Pansy? Já foi a um medi-bruxo?

Ela agitou as mãos no ar com descaso.

— É claro que já, você não acha que eu falaria algo assim se não tivesse certeza não é?

Passei as mãos nos cabelos e suspirei. Eu estava absurdamente ferrado.

— Na verdade achei que você já soubesse, levando em conta que eu encontrei com Rita Skeeter na saída da clínica da medi-bruxa e você sabe como ela é fofoqueira e eu acabei...

Eu nem absorvia mais as palavras de Pansy, minha mente trabalhava furiosamente e bloqueava o som da voz dela. Eu já estava me sentindo sufocado naquele cômodo.

— A gente se fala depois.

— Mas... - Ela tentou dizer mais alguma coisa mas eu já tinha ido. Eu precisava pensar.

**

— É perfeito não é? - Perguntei a Gina.

Nós duas tínhamos acabado de chegar. Embora tenhamos marcado o encontro para o dia seguinte, a curiosidade da ruiva e a nossa conversa interminável nos levaram até ali ainda hoje.

— Ficou realmente lindo. Já posso até imaginar quando estiver com todos os móveis! Vai ficar incrível!

— Bom, eu vou fazer um chá para nós duas. Fique a vontade para avaliar o quarto. - Sorri enquanto me retirava do quarto e caminhava em direção à cozinha.

Eu estava tão feliz que as coisas estavam finalmente dando certo! Eu tinha Draco e tinha Gina e isso bastava no momento para me deixar tranquila. Mas eu ainda precisava conversar com Harry. E sem dúvidas essa seria uma das conversas mais difíceis da minha vida. Mas ele me entenderia, ele sempre me entende.

Dei uma passada no quarto para trocar as roupas apertadas por outras mais confortáveis. Eu definitivamente precisava comprar algumas saias novas e maiores, em pouco tempo não teria mais o que vestir! Acariciei minha barriga como sempre fazia e sorri, pela milésima vez naquele dia.

Finalmente livre das roupas de trabalho e vestida com meu conjunto de moletom preferido, fui até a cozinha preparar o chá. Coloquei a chaleira no fogão e acendi o fogo. Eu gostava de fazer as coisas de modo trouxa, por mais que demorasse, me fazia lembrar minha mãe. Ah, como eu tinha saudade dos meus pais!

O barulho estridente da chaleira despertou meus devaneios e eu servi o chá em duas xícaras, uma para mim e uma para Gina. Eu conseguia ouvir os passos da ruiva um pouco distante dali, tinha certeza de que ela já estava cheia de ideias na cabeça e me deixaria maluca com todas elas. Com as duas xícaras na mão, saí da cozinha.

De repente um pensamento veio até minha mente. O bebê precisava de um nome! E quem melhor para me dar opções do que Ginevra Weasley? Meu sorriso alargou enquanto chegava na sala e avistava a ruiva.

— Eu estava pensando aqui que nós podíamos falar sobre nomes para o bebê! - Comentei, colocando a xícara de chá na mesinha de centro.

Quando nenhum som além da respiração minha e de Gina flutuou pela sala, eu levantei o olhar. Minha amiga estava branca feito papel e segurava o Profeta Diário na mão.

— O que houve Gina, você está bem? - Perguntei preocupada fazendo menção de pegar o jornal mas ela se afastou.

— Tudo ótimo! - Ela respondeu rapidamente e sorriu sem graça.

— Não parece... - Minha sobrancelha arqueou automaticamente. Diria que tinha pegado esse hábito de Draco. - O que tem aí que te deixou tão pálida?

— Nada... Você sabe, mais uma das baboseiras da Skeeter. - Ela respondeu mas eu não senti a sinceridade em suas palavras.

— Me deixa ver. - Exigi, minha mão estendida em sua direção.

— Não. Não é nada demais, acho melhor voltarmos a discutir sobre o quarto do bebê. - Ela soltou outro risinho nervoso e eu me aproximei.

— Então me deixa ver. - Ela tornou a se afastar. Já estava ficando irritada com a atitude infantil dela. Que diabos tinha naquele jornal? - Ginevra Molly Weasley! Me dá essa droga de jornal, AGORA!

Ela suspirou derrotada quando eu praticamente arranquei o jornal das mãos dela. Ela me olhou cautelosa quando eu direcionei meus olhos para o jornal. A primeira coisa que vi foi a foto de uma Pansy sorridente. Até aí tudo bem. Já estava prestes a perguntar para que tanto alarde de minha amiga quando li a notícia. Em letras grandes e garrafais, o seguinte título estampava o topo da página.

"O HERDEIRO DE DRACO MALFOY JÁ ESTÁ A CAMINHO?"

Senti minhas pernas perderem a sustentabilidade mas me obriguei a continuar a leitura.

"Segundo Pansy Parkinson, sim. Meus queridos e fieis leitores, de acordo com a própria, ela e Malfoy esperam seu primeiro filho. Como sabemos, os pombinhos namoram desde quando estudavam juntos em Hogwarts, bem antes da queda de Vocês-Lembram-Quem, e parece que o namoro finalmente vai dar em casamento!

A Senhorita Parkinson foi flagrada saindo de uma clínica para gestantes na manhã de hoje, sorridente. Por sorte, estava por lá e pude presenciar a alegria de uma mãe de primeira viagem. Parece que ela e Sr Malfoy estão realmente felizes com as novidades. Parkinson está grávida de apenas algumas semanas mas diz já se sentir uma verdadeira mãe. Nenhum de nós duvida que ela será uma ótima mãe, assim como Malfoy será um ótimo pai. Continuaremos acompanhando a gravidez da futura Senhora Malfoy para a alegria e contentamento de vocês. Rita Skeeter"

O jornal caiu da minha mão, assim como as lágrimas caíram por minhas bochechas. Não caí no chão porque em poucos instantes Gina estava ao meu lado me guiando até o sofá. Minha cabeça girava e eu tentava respirar, sem muito sucesso. Em poucos minutos eu estava perdida entre meus soluços e os cabelos ruivos de Gina. Ela não falou nada, apenas me abraçou e deixou que eu chorasse. E eu chorei. E depois comecei a hiperventilar.

— Hermione pelo amor de Deus você precisa se acalmar, olha pra mim! - Gina exigiu.

Eu levantei o olhar mas tudo que eu vi foi um borrão laranja. Minha visão estava desfocada e eu sentia que ia desmaiar a qualquer momento. O borrão laranja tremeu e sumiu, depois reapareceu e colocou um copo de água na minha mão. Eu bebi sem a mínima vontade.

— O bebê, pense no bebê, ele sente tudo o que você sente, você precisa se acalmar. - Ela sussurrou, alisando meu rosto, limpando as lágrimas que ainda caíam desenfreadas.

Eu tentei respirar fundo mas tudo que eu consegui foi ficar mais tonta. Minha visão escureceu e a voz desesperada de Gina ficou distante e tudo ficou escuro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não me matem gente! E a Herms não vai morrer, isso eu garanto. Mas tenho que confessar que a coitada sofre né?

Deixem os reviews de vocês enquanto eu desvio dos avadas e dos crucios.
Beijosssssssss