Dramione - Nosso Reencontro escrita por karistiel


Capítulo 13
13. Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores!!! Tudo bem? Eu sei... Faz muito tempo que não postamos um novo capítulo... Mas aqui está!
Esse capítulo foi escrito pela Karis Malfoy... Enjoy!



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"- Granger, eu esperava mais de você. - Harry dizia com desprezo.

— Concordo Harry, não é justo o que fez com meu irmão. - Gina prosseguiu.

— O pior não foi o que ela fez, Gina. Mas com quem ela fez. - Harry completou.

Os dois se viraram diretamente para mim, a voz carregada com desgosto. De repente muitos outros rostos apareceram e eu reconheci muitos poucos; entre eles, os Weasley e meus pais. Minha família. Os mesmos rostos carregados de desprezo e desgosto que o dos meus amigos.

— Você é uma vergonha para nossa família! - Meu pai gritou.

— Como pôde fazer isso conosco? Pensei que fôssemos seus amigos. - Jorge vociferou.

— Você não merece nossa amizade, só merece desprezo, assim como ele. - Reconheci a voz e o rosto de Gina, tão vermelho de raiva quanto os demais.

— Não façam isso comigo. - Minha voz era quase extinta e só então percebi que chorava.

— Foi você quem quis assim, foi você quem decidiu seu futuro quando se envolveu com aquele ex-Comensal pelas nossas costas. - A voz grave de Rony alcançou meus ouvidos e só então notei a presença dele um pouco afastado do grupo.

— Por favor... Rony... Me desculpe! Eu não queria te magoar, eu...

— Você carrega um filho dele dentro de você. Mas eu não me importo, pois não carregará mais.

Mal tive tempo pra absorver as palavras dele e senti um tapa ser desferido em meu rosto. Cambaleei um pouco, mas me mantive de pé. Outro soco, agora em minha barriga. Senti meu corpo ser jogado para trás com a força de sua mão, caí sentada e mais uma vez senti minha barriga ser atingida. Abri os olhos desesperada, tentando pedir ajuda aos presentes na sala, mas eles não estavam mais lá. Ouvi uma risada arrepiante vir de algum canto da sala e pouco antes de desmaiar, vi Pansy Parkinson sorrindo divertida à minha esquerda. Com o que restava de minhas forças, chamei pelo nome de Draco e tudo escureceu."


               - Hermione? Acorda Hermione!

Acordei sobressaltada, chorando desesperada e suada. Olhei para o lado e o vi, tão assustado quanto eu. Antes que me perguntasse algo, me joguei em seus braços e chorei. Chorei até não existirem mais lágrimas.

— Calma, meu amor... Foi só um sonho ruim. - Draco dizia alisando meus cabelos com a mão. Eu ainda soluçava em seu colo. Flashes do pesadelo atormentavam minha mente e eu parecia ainda ser capaz de sentir os socos de Rony.

Num gesto involuntário, abracei minha barriga e senti novas lágrimas se formando.

— Você precisa se acalmar. - Draco sussurrou no meu ouvido, um tanto desesperado com meu desespero. Ele tentou se afastar para buscar a jarra de água em cima da mesa de cabeceira, mas eu o puxei de volta. Não queria que ele saísse dali.

— Não, fique aqui, por favor. - Ele assentiu e voltou a me abraçar. Me forçou a deitar em seu colo e deu um beijo em minha testa.

Durante um longo tempo, ficamos assim, eu apenas chorando baixinho e ele acariciando meus cabelos. Finalmente me acalmei o suficiente para sentar e encará-lo.

— O que foi que aconteceu? - Ele perguntou secando as últimas lágrimas que escorriam de meus olhos com as mãos.

E então eu contei o sonho. E o vi se arrepiar com a última parte.

— Não vou deixar que nada te aconteça. - Ele murmurou. - Nem com você, nem com nossa filha.

Ele me puxou para um abraço que eu correspondi da melhor forma que pude, já que ainda tremia dos pés à cabeça. Assim que nos separamos, colei nossos lábios num beijo desesperado.

Nos soltamos brevemente e eu finalmente me lembrei de onde estava. Ainda estava no quarto de Draco apenas de roupas íntimas.

— Tenho certeza que se você conversar com seus amigos eles irão entender. A Weasley pelo menos tenho certeza de que vai.

— Mas é bem provável que Rony já tenha ido lá fazer a nossa caveira.

Ele negou com a cabeça.

— O Weasley nunca admitiria que foi traído, nem mesmo para seus próprios amigos. E bem, ninguém tentou invadir minha casa pra me matar, por enquanto. - Ele riu tentando aliviar o clima pesado.

Voltei a deitar na cama suspirando e me cobrindo com o cobertor. Logo Draco fez o mesmo e me abraçou por debaixo do cobertor, seus dedos finos e gelados percorrendo todo meu ventre. Eu amava quando ele fazia isso. Tinha certeza que ele seria um bom pai.

— Preciso ir trabalhar. - Falei quebrando o silêncio.

— Eu também.

Ele sorriu na curva do meu pescoço e depositou uma pequena mordida. Todos meus pelos se eriçaram. Num movimento rápido, o empurrei para o lado e pus uma perna de cada lado do meu corpo. Assim que o cobertor escorregou por minhas costas senti o frio me atingir e estremeci. Draco entendeu tudo totalmente errado e levou uma mão despreocupada até o fecho do meu sutiã. Eu ri de sua frustração quando tirei suas mãos de mim e levantei da cama, pegando minhas roupas.

— Nos vemos mais tarde? - Perguntei. - Vou tentar falar pelo menos com Gina ainda hoje.

— Boa sorte. - Ele disse levantando da cama e me abraçando.

— É, acho que vou precisar. – Subitamente me lembrei da Parkinson. Cinco segundos antes de lançar a pergunta mudei de ideia. Não queria pressioná-lo nem nada a fazer alguma coisa.

Dei um leve beijo em seus lábios e aparatei para casa.

Olhei em volta a bagunça que estava minha sala. A porta com a fechadura quebrada e respingos de sangue no carpete. Parecia que tinha acontecido uma luta selvagem ali dentro. E fora mais ou menos isso.

Suspirei cansada tentando espantar as lembranças do sonho que tive a pouco tempo atrás e fui direto para o banheiro. No caminho para lá, notei que ainda era cedo e que podia tomar um bom banho relaxante.

Voltei para a sala pegando minha varinha que tinha ficado esquecida em um canto qualquer e lancei um feitiço anti-aparatação e logo depois um de proteção. Qualquer pessoa que tentasse abrir a porta sem minha permissão um alarme dispararia. Consertei a fechadura da porta, lancei um feitiço de limpeza no tapete e voltei para o banheiro.

Liguei a torneira da banheira e a deixei enchendo. Observei a água cair até a banheira se encher completamente. Sem mais delongas, me despi e entrei. Não sei quanto tempo fiquei ali, mas senti minhas forças renovadas quando saí. Me vesti rapidamente e peguei minha bolsa. Saí de casa e no primeiro beco deserto que encontrei, aparatei.

Andava com todo o cuidado pelos corredores do Ministério, olhando em volta, tentando perceber se alguém me olharia de forma diferente ou pior, se alguém me atacaria por já saber do que aconteceu. Nada de anormal. Passei por alguns colegas que me cumprimentaram como sempre e finalmente entrei em minha sala.

Suspirando aliviada, coloquei a bolsa em cima da minha mesa e sentei na cadeira. Minha cabeça doía terrivelmente e meu nível de nervosismo estava nas alturas, o que definitivamente não era bom.

Antes que me esquecesse, peguei um pergaminho, uma pena e um tinteiro na gaveta da mesa e escrevi uma simples carta para Gina.

“Precisamos conversar urgente! Almoçamos juntas hoje?

H.G."

Poucos minutos depois a resposta chegou.

"Tenho uma vaga ideia do que possa ser. Nos vemos no almoço então.

G.W"

Senti uma tensão se instalar pelo meu corpo. Se ela tinha uma ideia do que eu queria falar, então provavelmente Rony já tinha dado com a língua nos dentes.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam?
Beeeijos