All I need is you escrita por le97le


Capítulo 27
And I will always love you


Notas iniciais do capítulo

Olááá galerinha do bem que não vai matar a pobre autora.
Sem explicações além de escola-familia-amigos complicados.



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Eram 8 horas da manha e eu já estava irritada. Era uma quinta-feira especial. Hoje, eu e Edward completávamos dois anos de namoro. 

Dois anos. Só de pensar eu suspirava. 

Mas não agora. Agora eu estava irritada porque a merda da calça jeans não fechava. Pulei, prendi a respiração, deitei. NÃO ADIANTOU. Eu estava prestes a chorar quando decidi que não vestiria calça. Vai que as outras calças decidissem não fechar também?

Coloquei um vestido solto com um shorts legging por baixo. Nós iríamos fazer algo que há muito tempo não fazíamos: ir ao parque de diversões.

Eu sei, eu sei. "É uma quinta-feita. Vocês não trabalham, não?". Vão se danar, vocês.

Nós estávamos trabalhando de domingo a domingo há, mais ou menos, quatro semanas. Estamos cansadérrimos de trabalho. Queremos diversão estilo adolescente. Fechei a cara quando me olhei no espelho.

EU QUERIA ESTAR DE CALÇA JEANS.

Coloquei meu All Star sem me importar se combinava ou não. 

Fui para sala e encontrei meu lindo namorado sentado no sofá. Seu sorriso perfeito apareceu ao me ver, e logo morreu ao ver minha cara irritada. Ele levantou calmamente, cada movimento exalando um pouco de sua sensualidade. Andou em minha direção com os passos certos e a expressão controlada.

- Por que minha linda namorada está com a expressão tão brava? - Ele descruzou meus braços e beijou meu bico emburrado. - Bee, o dia é para sorrisos. Então, sorria. - Ele abriu a boca em um sorriso tão grande que não consegui não rir de sua idiotice. 

- É que... Sabe? A calça... e eu... brava... engordando... não fecha. - Eu estava balbuciando e ele me olhava confuso. Então eu sussurrei: - A calça jeans não fecha. Ed? Eu estou muito gorda?

Ele me olhou da cabela aos pés.

- Sim. - Eu arregalei os olhos com sua resposta. - Ali, olha, no dedão do pé. - Bati em seu peito ao ouvir sua risada. - Você está perfeita, Bee. Agora vamos.

Em 40 minutos passávamos pela catraca de entrada do enorme parque em uma cidade grudada em NY. Eu estava louca para brinquedos como: montanha-russa e splash. Edward estava ansioso para: elevador e roda gigante.

Detalhe importante: EU TENHO MEDO DE ALTURA.

Ele não ligou para os "mínimos detalhes" (palavras dele) e disse que deixaríamos para o final, que seria quando as luzes acendessem e o céu escurecesse. 

Almoçamos lanches nada saudáveis e eu enjoei no brinquedo seguinte. Comemos maçã-do-amor e algodão-doce. Fomos nos brinquedos repetidas vezes, menos nos de altura acima do equivalente a cinco andares.

Foi como se voltássemos aos 17 anos e andássemos de mãos dadas com o namoradinho/ namoradinha de adolescente que você jurava amar com todas as forças.

E eu jurava mesmo amá-lo com todas as minhas forças. Porque era verdade.

No final, Edward me convenceu de que o elevados e a roda-gigante não iam me jogar para fora do parque voando. Fomos no elevador antes. Eu gritei mais alto do que em qualquer outra situação da minha vida. Saí de lá com lágrimas nos olhos, uma cara de choro e pernas bambas. Ele me sustentou, comentando animado o quanto aquele brinquedo era Genial. Eu o ignorei porque, com toda certeza que existe em meu ser, eu odiei aquele brinquedo. Ele riu quando eu disse isso a ele.

Depois daquilo, nós fomos para a roda gigante. Edward tentava me convencer de que os parafusos não sairiam e a roda-gigante não rodaria pela cidade. Mantive o pensamento de que Edward me protegeria. Como sempre fez até hoje.

Nós entramos na fila. Cinco casais apaixonados na nossa frente. Todos eles encantados com as luzes em volta do brinquedo assustador. Edward era um bobo apaixonado por rodas-gigante. Enquanto eu era uma medrosa que roía unhas ao ver a altura que eu ficaria.

- Não acredito. - Ele exclamou, parecia irritado. - Não consigo simplesmente acreditar que minha namorada, Isabella Swan, Bee, com todo seu controle nas empresas, suas línguas aprendidas, os diplomas que tem, não acredito que você rói unhas por altura. Por tantos motivos para uma mulher roer unhas de medo, você vai roer por alturas?

Fiquei ofendida.

- Como é que é? - Eu estava brava agora. A fila começou a andar. - Okay, então, Senhor Eu-tenho-medo-de-aranhas-mas-digo-que-é-fobia. Como é ser o homem da casa e ter medo de aranhas? - Já era nossa vez e eu estava quase batendo nele por ter falado coisas daquele tipo. - Eu estou com séria vontade de te bater, Edward idiota Cullen. - Nós entramos no carrinho e eu vi seu sorriso. - Ta rindo do que?

Bee, eu disse aquilo para você para de se preocupar com o brinquedo e entrar sem se sentir mal. - Senti minhas bochechas ficarem vermelhas e eu abaixei a cabeça. Ele sendo o homem maravilha outra vez e eu a estupida que estragava tudo. - Ei, não se sinta mal. Eu adoro quando você fica irritadinha, meu amor. 

Ele me puxou para perto de si e quando eu vi que estávamos no topo, fechei meus olhos com força.

Não vamos cair, não vamos cair. Não vamos cair. Edward está aqui e não me deixará cair.

Mas ao pensar isso, ele se soltou de mim. 

- Ai, meu Deus. Edward, volte aqui.

Me agarrei ao banco com toda minha força. Eu não ia abrir os olhos. Eu não ia abrir os olhos de jeito nenhum. Meu Deus. Eu sentia que ainda estávamos parados no topo.

- Abra os olhos, Bee. Me deixe vê-los. Por favor. - Ele disse em um sussurro audível.

Aos poucos fui abrindo meus olhos. Com medo de olhar para baixo, fixei meus olhos nos de Edward e me agarrei mais ao banco. Ele estava ajoelhado, sorria em minha direção e tinha na mão direita... um auto-falante? Fiquei confusa. Ele virou a cabeça para o lado, para todos do parque, mas mantendo seus olhos nos meus. Não ousei olhar para eles ali embaixo.

- Eu sei que te amo mais que tudo. - Ele começou. - Eu sei que amo ver seus olhos quando você acorda. Eu sei que amo seu corpo quando se junta ao meu. Eu sei que amo seus lábios quando sorriem para mim. Eu sei que amo seu nariz quando está irritadinha. Eu sei que amo suas pernas que me abraçam quando estamos juntos. Eu sei que amo suas mãos ao se infiltrarem em meus cabelos. Eu sei que amo você, minha Bella, minha Bee, meu amor. - Ele suspirou. Eu sabia que havia plateia abaixo de nós esperando o que ele diria. - Eu quero você. Eu quero que você venda seu apartamento e o meu para morarmos juntos em uma casa de verdade. Eu quero ser o motivo de seus sorrisos e aquele com quem você se sente segura. Quero que você seja minha, mais do que já é. Quero um padre dizendo "pode beijar a noiva" e um juiz pedindo para assinarmos os papeis.

Sim, eu já chorava.

- Eu quero dizer que há um ano, eu sabia que isso aconteceria, que esse momento chegaria, o momento em que eu estaria aqui, ajoelhado e extremamente desconfortável apenas para ouvir uma única palavra saindo de seus lábios perfeitos. - Seus olhos queimavam o meu em sua intensidade. - Eu sabia que faria com que, de alguma forma, muitas pessoas desconhecidas vissem que... eu quero me casar com você, Bee. - Ele tirou o objeto de perto da boca e me fez ler perfeitamente o pedido em seus lábios. - Eu prometo te amar por todos os dias até eu abandonar esse mundo. Aceita se casar comigo?

Ele tirou do bolso do shorts a famosa caixinha de veludo. Lá estava. A oficialização de algo que se podia chamar de amor. Um anel de ouro com duas faixas de ouro branco e dois diamantes de tamanho médio.

- S-Sim. - Eu meio que gaguejei de felicidade. Ele riu e ficou de pé. Eu tremi de medo por ele. Mas ele logo gritou:

- ELA DISSE SIM.

Dava para ouvir os aplausos e gritos de muita gente. Eu só queria descer dali e abraçá-lo como deveria.

Ele se sentou ao meu lado e me beijou, tirou meu ar, sorriu entre o beijo, passou os braços a minha volta e disse, entre um selinho e outro, o quanto me amava.

Quando abri os olhos outra vez, estávamos em terra firme.

Pessoas de todo tipo e idade vieram nos abraçar e parabenizar. Muitas sorriram felizes e outras apenas acenaram. Uma menina de, mais ou menos, seis anos correu em nossa direção, fez um gesto para que abaixássemos e assim fizemos. 

- Moça, moço. Eu me chamo Claire. Tenho 5 anos e meio e queria pedir um favor. - Ela jogou os cabelos loiros e compridos para trás dos ombros e nos encarou seriamente com aqueles olhos azuis penetrantes. - Posso ser a daminha de honra de vocês?

Eu sorri carinhosamente para o anjinho em minha frente e respondi:

- E quem mais seria se não você?

Ela abriu um sorriso perfeito com dentinhos certinhos. Nesse momento, uma mulher alta e loira apareceu com o cabelo bagunçado e a roupa amassada.

- Clarie Brandon. Eu já não disse que não era para correr de mim deste jeito? Como você acha que sua mãe se sentiria se soubesse que perdi a filha dela. No estado em que ela se encontra ia morrer mais rápido do que já vai. - As palavras da mulher eram duras e fizeram com que Claire abaixasse a cabeça e deixasse algumas lágrimas saírem. 

Eu e Edward, que ainda estávamos abaixados, pegamos Claire no colo e levantamos. Encarei a mulher com uma raiva desconhecida. Algo como "não meche com meus filhos".

Claire se agarrou no pescoço de Edward e escondeu o rosto por ali, chorando. Ele passou uma mão nas costas dela, acalmando-a.

- Olha aqui, senhora. - Eu disse, brava. 


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Notas finais do capítulo

Hmmm... O que vem por aí? Vocês já sabem, não é?
Mais dois ou três capitulos e fim de fic.

Eu amo vocês e quero comentários e recomendações. Opiniões são bem-vindas...


Beijos,
L.