All I need is you escrita por le97le


Capítulo 25
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Notas iniciais do capítulo

Olá. Demorei, mas cheguei, certo?
Sem justificativas desta vez.
Vamos lá!



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Naquela noite, obriguei Edward a ir para o Hotel e descansar. Eu prometi que estaria acordada quando ele chegasse e disse que eu queria ver seu rosto sem barba. Ele se foi quando eu já estava fechando meus olhos de cansaço.

No dia seguinte, eu estava mais feliz e receptiva a tudo: sol, vento, água, abraços, sentimentos... Menos a uma coisa: pessoas. Mesmo dentro do hospital, eu olhava estranho para as pessoas, como se elas fossem fazer como Emmett e tirar a "mascara" e mostrar Jacob ou James ou qualquer sequestrador/abusador que existe no mundo. Como se todos eles viessem me pegar.

Quando passávamos pelos corredores, eu me agarrei ao corpo de Edward e ele passou o braço protetoramente pelas minhas costas, andando e me abraçando, me protegendo.

Escondi meu rosto em seu peito, com medo e com vergonha das pessoas a minha volta, como se elas pudessem ver em mim tudo o que passei. Quando chegamos perto da porta, eu parei. Eu nunca havia entendido aqueles personagens de filmes que passam meses ou anos em coma e não conseguem voltar a uma rotina. Naquele momento, eu entendi.

Foram três semanas dentro de um lugar fechado. Três semanas "agitadas". Três semanas podendo fugir, mais ou menos, do mundo de fora. E as três semanas acabaram.

Tentei dar um passo para trás, mas Edward ainda tinha o braço volta de mim. Ele viu antes que eu pudesse sentir as lágrimas escorrendo silenciosamente pelo meu rosto. Suspirei. Eu odiava chorar.

Ele pegou o celular do bolso com a mão livre, digitou um número e o colocou no ouvido.

– Emm. Preciso de ajuda. - Ele esperou por alguns segundos. - Sim, saindo daqui. - Pausa. - Preciso que traga meu carro para a porta do hospital. Agora. - Pausa mais comprida. - É, Emm, e você sabe que não vou conseguir. Não vou largá-la. - Eu esperei. - Ok.

E fim.

Edward me puxou para um sofá da sala de espera. Por incrível que pareça, estava vazio. Me sentei no canto e o abracei mais forte, ainda chorando. Senti seu peito tremer e olhei para cima. Seus lindos olhos estavam avermelhados; seus lábios mais vermelhos; sua pele mais corada; as bochechas com tantas lágrimas quanto as minhas.

Não. Não. Não.

Eu passei a mão pelo rosto dele, limpando suas lágrimas e ele fez a mesma coisa comigo.

– Chega de chorar, Bee. - Ele deu um meio sorriso torto. - Está na hora de ir para casa.

Nessa hora, seu celular vibra dentro de um dos bolsos e ele nem se dá o trabalho de olhar, já sabendo que era Emm avisando estar na porta. Ele levantou e esticou a mão para me ajudar. Nós fomos de mãos dadas até a porta. Eu estava relutante em sair, mas vi o sorriso de Emmett enquanto ele vinha em nossa direção, e relaxei.

Eu tinha dois dos três melhores homem comigo. Eu estava segura.

Ele nos alcançou e me puxou para um abraço de urso. Me rodou no ar e encheu meu rosto de beijos, tomando cuidado com meus membros imobilizados.

– Sentimos tanto a sua falta, Bells. - Ele sussurrou em meu ouvido. - Ed estava bem mal, pior do que quando você acordou, acredite. Mas veja como o rosto dele brilha. Assim como ele, você vai se recuperar.

No carro, Edward foi atrás comigo. Eu pensei que estávamos voltando ao hotel, mas me enganei. Em pouco mais de trinta minutos, nós parávamos em frente ao aeroporto de Londres. Emmett tirou as malas no porta-malas do carro e nos levou até o check-in.

– Nos vemos em NY. - Emmett disse se afastando de nós. - Partimos amanha.

–.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.

Era estranho chegar ali, assim como é estranho voltar para casa depois de uma longa viagem. Saímos do aeroporto, paramos apenas em um restaurante e pegamos comida para viagem, e seguimos para casa. De quem? Eu não sabia.

Mas imaginei que Edward não me deixaria ir embora tão cedo. Confirmei quando chegamos à casa dele. Dei um sorriso ao ver o apartamento do mesmo jeito de quando fomo embora. Me arrastei até o sofá e coloquei o pé imobilizado para cima.

Fechei os olhos por um segundo e demorei mais um para perceber que estava dormindo nos braços de Edward enquanto ele me levava para o quarto.

Senti ele tirando minhas roupas e colocando uma camisa dele, reconheci pelo cheiro. Nos arrumou na cama, me abraçou, me cobriu, beijou meu rosto e meus lábios, colou seu corpo ao meu. Sussurrou o quanto me amava.

Eu me forçava a ficar acordada, não querendo perder nenhum minuto daquele momento. Momento em que eu me sentia bem, completa e segura.

– Não, Bee, não se esforce. Durma com os anjos, lembre-se de que eu estou aqui por você, de que nós vamos superar juntos e que ninguém vai fazer mal a você enquanto você me amar. Porque não pense que eu pararei de te amar algum dia. - Ele respirou fundo. - Gosto principalmente seu sorriso e farei de tudo para consegui-lo de volta.

Suspirei quase feliz. Eu não podia reclamar. Meu amor estava lutando por algo que eu tinha medo de correr atras. Ele estava se arriscando pela minha vida. Ele estava se arriscando por mim.

Com isso, eu podia afirmar que tinha dois apartamentos para viver, o meu e o dele. Nós mantínhamos coisas nossas nos apartamentos; nós compartilhávamos as coisas, o banheiro, o quarto; nós dividíamos o espelho, a cozinha.

Mas não eram minhas casas, eram apenas apartamentos vazios.

E eu só me completava quando estava com ele. Eu só me sentia assim em seus braços. Percebi, então, que em seus braços, eu estava em casa.

Caí na escuridão do cansaço com esse pensamento.







Meus amores, será que poderiam me fazer um favor? 

Deem uma passadinha na minha short-fiz nova?

http://fanfiction.com.br/historia/399023/Scream_And_Shout/

Obrigada,

L.


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Notas finais do capítulo

Capitulo curto que merece comentários?
Estou com sono hoje e bem cansada.
Me digam vocês como me saí.

Beijos,
L.