All I need is you escrita por le97le


Capítulo 24
I'm Back


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltooou!!!!!
Eu!!
Oiii, meninas, como passaram as férias?
Trouxe novidades e mais histórias :))
Vamos???
Até lá embaixo!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/349950/chapter/24

– EDWARD. - Ouvi o grito. Demorei pouco mais de dez segundos para perceber que o grito era meu.

Senti minha mão direita ser apertada por mãos macias e me acalmei. Ele estava ali. Ele estava ali... por mim.

Não sabia se desta vez eu havia dormido por horas, dias, meses. Não tinha consciência de nada. Nada exceto os pesadelos.

Eu lembrava muito bem de dormir, mas sem conseguir dormir. Era como um coma induzido que eu lutava contra. E eu apenas lutava para não ter mais que ver aquelas imagens.

Senti as lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas e mais de um par de mãos limpá-las. Mas, como torneiras, elas não paravam de escorrer.

– Não... - eu dizia. Alto para minha mente, baixo para meus ouvidos. - Eu não quero estar aqui. Eu quero ir para casa. EDWARD.

– Shhhhhhh. Calma, meu amor. - Eu ouvi sua voz. Ele parecia estar acostumado a falar comigo sem resposta. - Vamos para casa quando você abrir seus lindos olhos para mim. - Ele respirou fundo. - Bee, quero ver seus olhos.

Pelo que me pareceu a eternidade, consegui desgrudar meus olhos. Não que eu tivesse conseguido abri-los, mas pelo menos era um avanço. Um passo a menos para poder estar em casa. Casa. Mais lágrimas escorriam pelo meu rosto e uma voz diferente, mas não menos familiar se pronunciou no outro ouvido:

– Hey, Bells, irmãzinha. Sentimos sua falta, sim?! Eu, a Ali, a Rose, o Emm e, principalmente, o Cullen queremos ver você acordada, certo? - Jasper soltou uma risadinha rouca. - Seus pais ligam a cada 25 minutos. Você tem 17 minutos até que eles liguem outra vez. Não quer dar uma boa notícia para eles?

Eu queria dizer que sim. Eu sentia falta de todos eles. Eu queria dar uma boa notícia para meus pais. Eu queria me ver acordada. Eu queria. Mas não conseguia.

Cade o livre arbítrio aqui?

A minha escolha não conta, não?

Oh, Deus.

Forcei mais dos meus olhos e ouvi uma respiração surpresa. Na verdade, muitas respirações surpresas. No que eu pude prestar atenção, tinham mais duas pessoas além de Jasper e Edward.

Fiz mais força e repetia mentalmente: vamos, olhos, queremos ver Edward, certo?

Mais força, mais mantra.

Isso até eu conseguir ver uma luz. Não daquelas que levam você para o além, mas daquelas que te indicam: HOSPITAL.

Gemi internamente. Será que as pessoas esqueceram que eu odeio hospitais? Fechei os olhos e comecei a piscar. E piscar.

Até abrir a boca.

– Ei, gente, porque nós tivemos uma semana agitada? - Minha voz saiu mais rouca que o normal, mas pelo menos saiu.

Suspiros de felicidade e de surpresa foram soltos pelos quatro ali do quarto. Abri meus olhos e a primeira coisa em que foquei foram os cabelos e a grande barba de Edward. Oi?

– Edward. - Minha voz era claramente uma repreensão. Não que ele não estivesse lindo ali, mas realmente parecia que haviam passado anos. Ele estava com cara de, pelo menos, 35 anos.

Isso não pode.

Ouvi uma risada fina que eu reconheceria em qualquer lugar.

– Eu disse que ela não ia gostar, Cullen. - Alice disse com um alivio claro na voz. - Oi, Bells. Faz pouco menos de uma semana que está desacordada, sabia?

– Então é por isso que estou com tanta vontade de um doce?

Eu comentei meu primeiro pensamento e fiz a pessoa que eu mais amava rir. Edward levantou da cadeira que estava colada no lado direito da minha cama e beijou meu rosto (que devia estar uma maravilha). Oh, eu lembro de ter sentido ele beijar meu rosto enquanto "dormia".

Fiz uma inspeção pelo meu corpo mentalmente.

Os pontos doloridos haviam se curado, como se nunca tivessem aparecido, mas o ombro esquerdo e o pé direito doíam tanto quanto na outra vez em que eu havia acordado.

Me sentei melhor na cama com a ajuda de Edward e Jasper, tomei um copo d'água me sentindo com a sede a mil, olhei para os rostos apreensivos e aliviados dos meus amigos, vi suas olheiras, seus cabelos mal arrumados, as barbas dos meninos longas, as roupas amassadas e não resisti a perguntar:

– Houve algum arrastão ou algum assalto às coisas de vocês? Coisas como cama, barbeadores e roupas? - Eu dei um meio sorriso. - Aposto que estão piores do que eu.

Alice olhou para o próprio corpo como se nunca tivesse se visto antes, depois olhou para Edward e fez uma careta, olhou para a Rosalie, que estava quieta e chorava silenciosamente, e ficou horrorizada.

– Oh, meu Deus. Bella está certa. Mas sabe qual é o problema? - Ela olhou para mim com os olhos decididos, preocupados e acusadores. - Cuidamos mais de você do que de nós.

Não.

Não. Não e não.

Não era isso que eu queria.

Eu nem sei o que eu queria, mas ter uma Alice e uma Rosalie deixando de ver a si mesmas para ver a mim, com certeza não era o que eu queria.

Merda.

A culpa era minha.

Senti mais lágrimas se acumularem em meus olhos e logo transbordarem pelo meus rosto. Então, em poucos segundos, eu fungava e soluçava de tanto chorar.

Rosalie, em seu canto, com suas próprias lágrimas, veio para o lado de Jasper e o expulsou de lá. Ela limpou minhas lágrimas, olhou acusadora para Alice e disse tranquila:

– Nós só te amamos demais, querida.

Eu entrei em um transe olhando para os olhos verdes do meu namorado. As lágrimas voltaram a cair e nem mesmo Rosalie conseguiu controlá-las. O som da porta se abrindo fez todos os rostos se virarem naquela direção.

– Vamos sair daqui? - A voz da médica dos cabelos escuros, Zafira, era claramente uma expulsão. - Ah, claro, menos o Sr. Cullen, que, por um acaso, está como acompanhante.

Com beijos no ar e acenos de cabeça, os três deixaram o quarto de cabeças baixas.

– Srta Swan. Lembra de mim? - Ela disse e eu acenei. - Ótimo. Desde aquela nossa breve conversa se passaram três dias. Quando você desmaiou antes de sequer chegar ao hospital, seu cérebro construiu, entre aspas, um mecanismo de defesa contra suas próprias memórias e, para que isso funcionasse, você passou por pesadelos e auto-torturas mentais que fizeram suas duas primeiras semanas "agitadas". Você dava alarmes falsos de que ia acordar, então sua mente processava mais dor e você desmaiava outra vez.

– Certo. - Eu sussurrei. Ela pareceu ter ouvido.

– Os altos níveis de medicamentos que tivemos que lhe induzir ajudaram com os ferimentos mais superficiais como as marcas roxas e o ferimento na cabeça, porém nem mesmo medicamentos fortes podem mudar a situação do ombro e do pé. Acredito que houve uma torção no pé, o que causou uma fratura no osso e tivemos que operá-lo, está tudo certo com ele, agora só nos resta esperar pela cura total. - Ela sorriu, me tranquilizando. Mas como essa mulher fala. Suspirei internamente. - O ombro, na verdade, não tem fratura nenhuma, ele estava fora do lugar e bastou um puxão para trazê-lo de volta. Mas com o sono agitado que teve você quase causou uma fratura real, pois é necessário o repouso completo para que ele se fixe outra vez no próprio lugar e você, obviamente, não ficou em repouso, apesar de dormir. Com isso, apesar de pedir repouso pelo pé e pelo ombro, amanha mesmo você terá alta.

Com um toque no meu rosto, um aperto no ombro de Edward e um breve aceno com a cabeça, Zafira foi embora. Ela e seu lindo sotaque inglês.

Me virei para Edward. Por algum motivo eu me sentia estranha, ansiosa e apreensiva. Pensei que fosse pelos acontecimentos que, apesar de nebulosos, ainda passavam pela minha mente. Mas então vi que ele estava pior do que eu.

Suas olheiras estavam tão escuras que, quando ele se aproximou, passei os dedos delicadamente por ali. Ele fechou os olhos, como se tivesse esperado pelo meu toque por muito tempo. E provavelmente tinha.

Sorri tranquilamente para ele.

– Você me assustou, Bee. - Ele sorriu cansado e eu deslizei meus dedos pela suas bochechas. - Me assustou de verdade. Agora eu só quero te levar para casa. Te beijar. Te amar. Cuidar de você. - Fiz uma careta na ultima frase.

Eu não era muito adepta a pessoas cuidando de mim. Mas amava quando era ele quem o fazia.

– Então, o que estamos fazendo aqui ainda?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, meninas, o que acharam do meu momento voltei.
Não foi só eu que voltei, han?!
Bee está acordada de vez.
O que mais está por vir?
Comentem, comentem.
E recomendações???
:')

Senti falta de tudo isso...
Beijos,
L.