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Lagrimas invadiram meus olhos, de novo. Como pude ser tão burra?

Coloquei a primeira roupa que vi, desci as escadas correndo, tropicando, rolando... Mas cheguei aonde eu queria, ele estava no correndo indo para as masmorras.

- DRACO! DRACO! ME ESCUTA, POR FAVOR. – ele se virou e eu pude ver seus olhos vermelhos e inchados, suas mãos estavam fechadas em punhos e sua respiração acelerada.

- O QUE, DEIXA EU ADIVINHA, VOCÊ VAI ME EXPLICAR O QUE ACONTECEU? DEPOIS DE TANTO ALCOOL VOCÊ NEM DEVE SE LEMBRAR DE MERDA NENHUMA. TO ERRADO? – fiz que não com a cabeça, assustada. – ENTÃO DEIXE EU TE REFRESCAR A MEMÓRIA. Depois de você beber como se o mundo fosse acabar dançou com milhares de garotos, cantar feito uma vadia aquelas musicas trouxas em cima do palco você foi DORMIR COM OUTRO CARA!

Agora eu me lembro... Eu não fiz tudo àquilo com ele, eu estava tão nervosa pra contar para ele sobre nosso filho que acabei bebendo e bom, nunca tinha ficado bêbada na minha vida. Ele tinha toda razão de agir assim.

- Granger – o olhei assustada, ele nunca mais me chamou assim. – não olhe mais para mim.

- E-eu to grávida.

- Ah me poupe! Pensei que você era diferente, inventar gravidez para se safar de uma? Só prova que você é mais uma garota fútil, como o resto. E sinceramente, não to afim dos restos de outros, me imagino quantos já tenham passado por isso.

O olhei perplexa.

- Você ta me chamando de resto? FUTIL? Você não sabe o que é fútil Malfoy. Se eu fosse fútil não juraria me casar e ter filhos com você, não infrentaria o primeiro ministro, não te ajudaria a ter uma boa fama aqui, se não fosse por mim ainda estaria solitário, filhote de comensal.Mas fique tranqüilo, hoje já estou arrumando meu malão para ir embora, não vou olhar mais pra você, como quer.

- Eu não quero, mas não tenho escolha, tudo se encaixa, você nunca disse que me ama!

- E eu preciso dizer? Meus gestos, as promessas, todos os momentos vividos, cada toque... Eu largaria tudo por você, eu tenho um pedaço seu dentro de mim, eu fugiria pra qualquer lugar longe de tudo e todos que conhecemos. Conheceria novas culturas novos mundos, mas só com você. O que são palavras perto disso?

- VOCÊ ME AMA? – o olhei incrédula.

- Amo, você sabe que sim.

- VOCÊ ESTÁ MENTINDO. Se amasse não teria feito tudo aquilo. – ele chorava, apontava para o ar e eu o imitava.

- Eu bebi por medo, eu estava nervosa, feliz por estar grávida, mas nervosa com medo de você não aceitar.

- Você sabe que eu aceitaria.

- Não, não sei. Você aceitaria Malfoy? – nesse momento ele olhou em meus olhos e não teve como mentir.

- E-eu... não sei. – saiu em um fio de voz.

- Como eu previ. Passar bem. Adeus, Malfoy.

Depois disso, só o vi uma vez...

3 anos depois.

Eu fui a loja de Jorge, comprar algumas coisas que Sco havia me pedido, quando sai decidi ir até os três vassouras, sentei em uma mesa afastada e pedi cerveja amanteigada, ao longe vi um casal entrar, um parecia com o olhar distante e a outra falava pelos cotovelos. Aqueles cabelos platinados não podia ser de outra pessoa. Seus olhos encontraram os meus, me permiti sorrir, mas assim que ele me viu deu meia volta e saiu com a mão envolta da cintura da loira. Paguei a conta e aparatei dali e naquela noite chorei mais do que havia chorado em todo minha vida.

Dois anos depois eu vi uma nota no jornal onde anunciava o casamento dele com Astória Grengass. E semana depois anunciando o belo “não” e ele deixando o altar. Depois nunca mais soube de nada, eu sei que ele sabia do meu casamento, estava em todos os jornais existentes do mundo bruxo. Depois de tudo eu penso ‘que motivo idiota para acabar com um amor tão perfeito assim’. Mas talvez não seja para ser, nunca daríamos certo afinal... Mentira, éramos perfeito um para o outro.

- Vamos? – perguntou-me meu pai, parado a porta. Assenti e peguei seu braço.

Desci as escadas lentamente indo de encontro ao meu noivo.