Lembranças - Dramione escrita por Freya


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos lindos comentários. *-*
A fic já está na resta final, pois é...
Muitas coisas vão ser explicadas aqui...
Eu revisei, mas se tiver alguém erro, por favor avisem...


Nos vemos lá em baixo {:



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Nessa primeira parte que Draco diz o que sente, se quiser, dê play.


– C-como?- gaguejei o olhando, deixei os livros de minha mão caírem, mas não me importei com isso.

– Hermione... Herms, e-eu não sei como te falar isso. – eu via lagrimas presas em seus olhos – desde o momento em que coloquei meus olhos em você, enquanto procurava aquele sapo perebento do Longbottom, eu me apaixonei. Quando soube que era nascida- trouxa meu interior gritou. Eu não podia mais sentir o que estava sentindo, meus pais me matariam. Quero que saiba que nunca tive preconceito, sempre fora meu pai. Se você soubesse que dês do dia do trem eu não consegui ter outro sonho a não ser que você tivesse nele. Que todas as palavras de mal agrado que trocávamos já era motivo para eu não dormir, você tinha falado comigo. Hermione... e-eu nunca tinha levado um tapa se quer de uma garota e você me deu um soco! UM SOCO! Você não sabe o quanto me intrigou e o quanto me fez ficar mais apaixonado, mulher de fibra essa, eu pensava. Blás sempre soube e Pansy... Sempre percebeu. Sempre ficava planejando intrigas para ter uma desculpa para te olhar sem você perceber. Cada xingamento, um arrependimento. Minha língua travava... Olha, não adianta eu continuar contando esses fatos inúteis. Eu só quero que saiba que o único motivo por qual eu voltei pra Hogwarts e o único motivo que eu teria para sair daquele julgamento ileso seria você, somente você.

Eu tava sentindo as veias da minha testa estourar, caralho, DRACO MALFOY APAIXONADO POR MIM. É algo que eu não sei como responder, eu sentia meus olhos arregalados e minha boca formando um ‘O’ perfeito. Como que eu visse uma ultima saída para tirar meus olhos daqueles olhos azuis acinzentados me abaixei para pegar os livros que a pouco tinha deixado cair e adivinhem? Ele também se abaixou para me ajudar e acabamos batendo as testas e cair sentados um na frente do outro.

Esfregamos a testa e apontamos um para o outro, incrivelmente juntos (talvez até superássemos os gêmeos Weasleys...Não, não superamos) rimos até a barriga doer. E quando as risadas cessaram ficou um silencio constrangedor, ele se aproximou de mim e me beijou, me vi mordendo seus lábios na tentativa de ser sexy, mas acabei o tirando sangue.

Coloquei minha mão em minha boca quando percebi que o fiz sangrar e cai na realidade que estava beijando Malfoy, ele pareceu não se incomodar de estar sangrando, quando percebi o que estava fazendo recolhi meus livros e sai de lá correndo em direção ao meu salão comunal. Criança era isso que eu havia sido naquele momento.

Comecei a rir lembrando esse nosso primeiro beijo catastrófico, e de como fiquei o evitando todas as aulas do dia seguinte.

– Você poderia escrever um livro sabia? – perguntou-me Pansy. – Você se lembra de cada detalhe dos momentos vividos. Detalhes mínimos... Ah, Mione! Como eu queria que eles se encontrassem. Seria épico.

Revirei os olhos.

– Eles não vão se encontrar Pan, você tem noção do medo que tenho se ele descobre? Seis anos é muita coisa. Ou ele não ligaria ou me mataria.

– Te matar? Ele te ama, sempre te amou porra! Nunca te mataria.

Ainda me lembro quando ela disse essa frase pela primeira vez.


– PARA COM ISSO GAROTA, PARE DE FUGIR! VOCÊ NÃO É CRIANÇA.

– Mas... Pansy, concorde comigo. É estranho seu ex-inimigo-declarado se declarar assim como apaixonado, estou em choque, não sei o que fazer... E tenho quase certeza que é mentira, ele só quer me machucar.

– TE MACHUCAR?ELE TE AMA, SEMPRE TE AMOU PORRA! NUNCA TE MACHUCARIA.

– Ele o-o q-que?- perguntei cética. Amor? Nós já tínhamos conversado sobre isso em uma das nossas conversas. Eu disse que só falaria que amo um homem quando amasse verdadeiramente e ele concordou... e ainda acrescentou que “amor é só um na vida, em minha opinião, se você deixou de amar nunca foi amor”. Foram exatamente essas as palavras. Podia ver minha expressão claramente pelo brilho dos olhos de Pansy. Incredulidade, pânico, esperança. – a-amor Pansy? Você acha?

– Tenho certeza. E se ele te ama, você já deve saber o conceito dele. Amor é só um. – falamos as ultimas palavras em uníssono. – Converse com ele. – eu ia protestar, mas ela logo disse. – Por mim.

– Tudo bem... – suspirei vencida.

A questão era que não queria ver Draco, estava com medo. O evitei todas as aulas e agora Pansy me fala isso. Ok. Na ultima aula peguei um pedaço de pergaminho e escrevi:


“ Múmia, me encontre na Sala Precisa antes do jantar, sim?


H.G”


Dobrei em mil pedacinhos, como se fosse retardar o tempo dele ler, levitei o pequenino papel a mesa dele e de Pansy, a mesma me deu um olhar significativo e sorriu, ele leu e vi um sorriso brotando em seus lábios. Ele me olhou e assentiu com a cabeça, depois voltei minha atenção à aula.

Alguns minutos depois eu estava encarando a porta bem desenhada da sala, criando coragem para entrar.

Quando tive coragem o suficiente entrei e tentei colocar um sorriso na cara. Ele estava de pé encostado na parede olhando para uma janela com um copo com alguma bebida em mãos. Andei até ele e encostei-me à outra ponta da janela.

– Hm... Olá. – disse meio insegura.

– Olha... Não precisava ter me evitado. Droga! Eu tentei falar com você o dia inteiro e eu só te respondi uma coisa que você mesma perguntou. – ele não se dava ao trabalho de me olhar, só mexia os braços para cima e para baixo e andava de um lado para o outro.

– Eu sei.

– Porque me chamou?

– Quero esclarecer tudo, pareci uma criança.

– Pareceu mesmo.

– Ei, ei! Você não seguiu o roteiro! – ouvi o leve som da sua risada, isso me acalmava. – Tudo que falou era verdade?

– Cada palavra.

– Obrigada.

– Por...?

– Gostar de mim. Nunca ninguém me fez uma declaração daquelas antes... Bom, a de Krum foi parecida, mas não chegou aos pés.

–Eu não gosto de você, Hermione, eu te amo. Preciso de uma chance para te fazer feliz.

Ouvir isso da boca dele era muito mais assustador do que ouvir de Pansy. Ele estava ali, na minha frente, seus olhos que tanto gosto. Sem pensar duas vezes me levantei isso porque nem tinha lembrado que tinha sentado, caminhei até ele, segurei seu rosto com as palmas da minha mão e enxuguei a única lagrima que ali caia.

– Então se considere encarregado da minha felicidade.

Sem hesitar, o beijei.


Hermione, o Ronald está esperando. – Luna apareceu no quarto com o olhar sonhador de sempre. – E Gina sumiu.

– Era só o que me faltava! Essa cabeça de fogo é foda, que porra. To quase fugindo desse casamento. Arghh.

Fugir? Mais uma nostalgia me atingiu em cheio.


Estávamos juntos, Draco e eu, há uns meses. Nos primeiros dias foi como se Hogwarts desabasse. “Que casal mais estranho” “A heroína e o vilãozinho de merda, que romântico” e por ai ia os comentários maldosos.

Lembro-me da nossa primeira vez, da segunda, da terceira, da quarta... Lembro-me de todas.

E também me lembro,que no final do ano quando eu descobri estar grávida.

– Você tem que contar ao Draco!- Gina gritava dando pulinhos.

– Nisso eu concordo com a ruiva, tem mesmo.

– Eu sei, mas quando?

– No baile de formatura, ora essa! – Luna exclamou pela primeira vez sem ter uma expressão sonhadora.

– Exatamente.

Sorri olhando para o teste em minhas mãos e ansiosa pelo baile que aconteceria dali a três dias.

Pontualmente as 20:00 horas, eu descia as escadas indo para o salão principal. Draco já me esperava em seu galante esmooking, ele me segurou a mão e logo em seguida beijou a mesma, me ajudando descer os últimos dois degraus.

– Está magnífica. – entrelaçou os braços nos meus. Estava usando um vestido com os ombros caídos e a parte de trás arrastada no chão, não sei explicar e também não sei os nomes de nada dessas coisas de vestido, só sei a cor: a dos olhos dele. Azul acinzentado.

– É... Você não ta de se jogar fora. Mas dá pra melhorar. – dei um beijo em seus lábios deixando a marca do meu batom vermelho ali. – Pronto.

– Ah, vai se ferrar, ta de brincadeira com a minha cara né? – ele disse se limpando, dei risada.

A noite foi maravilhosa, dançamos, bebemos, nos despedimos das pessoas, bebemos, pulamos, bebemos, cantamos no karaokê, bebemos...

Acordei com o barulho da porta do quarto batendo, abri meus olhos e vi alguém do meu lado que não tinha cabelos loiros e sim pretos, não me dei ao trabalho de saber quem era, olhei para mim e estava nua... Olhei para a porta que acabara de ser batida... Oh, não... DRACO!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado... a parte da declaração ficou meio clichê, mas Draco Malfoy eu, sinceramente, amei esse ladinho dele! haha
Beijos !