O Mal que o Homem faz - Fic. Interativa escrita por Sateily


Capítulo 8
Capítulo 8 - Folhas secas, Vidros partidos


Notas iniciais do capítulo

Quando se está perdido na escuridão, como encontrar uma luz?



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Geraldo estava de pé olhando a tudo, não conseguia falar, estava inerte. Alex também não pudera nada fazer diante do desconhecido que de repente causara todo aquele problema.

-- O que você fez? Como entrou? – Vocifera Alex ao dar dois passos em direção a Lincoln.

-- Primeiro de tudo: Prá trás! – Exclama Lincoln apontando sua pistola para Alex – Segundo, larga esse facão!

Alex se afasta e larga e sua arma, não sabia quem era aquele sujeito, e era melhor não arriscar, ele demonstrara uma frieza muito grande com suas atitudes.

-- Eu não fiz nada que qualquer um de nós não faria, não é mesmo Gabriel? – Diz voltando-se para ele que nada responde – Não me olhem com essas caras, não sou um monstro, a garota iria se transformar, foi melhor para todos nós!

Geraldo dá dois passos para frente, e encarando Lincoln pergunta:

-- Por que você deixou esses monstros atacarem ela, por... – Geraldo é interrompido por Lincoln que aponta a armar deixando-a bem próxima de sua testa.

-- Depois de tudo que eu já passei rapaz, não duvide de que eu possa atirar agora mesmo na sua cabeça se você não for para trás! – Geraldo segue encarando-o.

A mulher do grupo, que até então nada havia dito, anda para frente e fala:

-- É melhor fazer o que ele diz, acredite.

Lentamente Geraldo vai chegando para trás, atendendo ao pedido da mulher.

-- Suas cercas são frágeis, já estavam abertas, não tivemos nada a ver com isso! – Diz Lincoln ainda com a arma em punho. Gabriel começa a falar olhando para Geraldo e Alex:

-- Olha, nós realmente não tínhamos como ter feito nada pela sua amiga, estávamos atrás daquela arvore quando a vimos, tudo foi muito rápido e...

-- Sem justificativas! Não precisamos dar nenhuma, o que foi feito, foi feito.

-- O que querem então? – Pergunta Alex.

-- Agora sim, chegamos ao ponto certo da conversa! -- Diz Lincoln.

_____________________ X________________________

Daniel está deitado no banco de trás do carro que segue viagem em alta velocidade, a noite está tenebrosa e silenciosa. And está focada na direção, Isabelle sentada a seu lado ainda está ofegante, ela vira-se para o banco de trás e pergunta:

-- Daniel, você está bem?

-- Melhor impossível! – Diz ele em tom irônico – Pra onde estamos indo Isabelle?

-- Pra casa. – Diz ela brevemente.

-- Não se anima não barbicha! Será temporário, assim que melhorar vai seguir seu caminho! – Exclama And.

-- Sim General! – Responde Daniel mais uma vez em tom irônico.

Ele tenta se ajeitar no banco, mas não encontra uma posição confortável por conta do ferimento, ainda assim consegue recostar o lado direito do corpo e após isso pergunta:

-- O que vocês estavam fazendo no centro?

-- Estávamos atrás de ajuda, saber se alguma força do governo estava por lá, sei lá. – Diz Isabelle em um tom que demonstra frustração.

-- Só o que encontramos foi você – Diz And dobrando o pescoço para olhar para Daniel – E aquelas coisas que quase nos mataram.

-- E o que você estava fazendo no centro? – Pergunta Isabelle a Daniel.

-- Eu estava no ônibus, o que bateu, vocês não viram?

-- Ouvimos o barulho, estávamos indo ver o que era, quando eu atirei em você! – Diz And em meio a um breve sorriso.

O carro segue ruas adentro, após sair do centro, ele dirigiu-se por uma longa avenida até a entrada de um bairro, aquelas ruas eram familiares a Daniel, conhecia aquele bairro. Uma fina chuva voltara a cair quando eles pararam o carro em frente a uma casa.

A casa era bem apresentável, havia um pequeno jardim a sua frente que já demonstrava não ser cuidado há certo tempo. Sua fachada era pintada de azul marinho, olhando-a de frente, podia-se ver a porta uma janela, tinha dois andares.

-- Vamos! – Diz Isabelle puxando Daniel pelo braço.

And abre a porta e eles entram.

_____________________ X________________________

-- Qual o seu nome garoto? – Pergunta Lincoln a Alex, que nada responde, ele então volta a falar:

-- Vamos lá, sejamos educados! Eu começo então: Este é Gabriel e esta é Selina, e eu me chamo Lincoln.

-- Alex e Geraldo. – Responde secamente Alex ao demonstrar quem era quem.

-- Nós tínhamos visto esta ambulância, e pensamos – Lincoln diz enquanto anda e faz gestos com a mão – Por que diabos há uma ambulância em uma praça? Bom, a resposta veio de imediato... Vocês são espertos, tenho de admitir!

-- Vocês entraram aqui e deixaram Angélica morrer por uma ambulância? – Pergunta Alex em ar de revolta.

-- Nós precisamos de um lugar como esse, essa ambulância tem suprimentos básicos, e após lacramos os portões de forma eficiente, nós...

-- Espera aí, que história é essa, você quer ficar com a praça! – Diz Alex interrompendo a Lincoln.

-- Isso mesmo rapaz, temos uma mina de ouro a nossa disposição, não veem? Um local seguro e espaçoso!

Cada palavra que saía da boca de Lincoln enojava Alex, ele não tinha como enfrentar o homem e seu grupo naquele momento.

-- Vamos resolver tudo amanhã, amanhã continuamos a conversa! – Diz Lincoln encerrando a conversa.

-- Como assim cara, você não pode ficar aqui, esse lugar é nosso, nossa amiga morreu e...

-- Eu posso qualquer coisa, não me diga como prosseguir, eu posso a dar a você o mesmo destino que a vadia aí do chão! – Diz Lincoln chegando o rosto bem perto de Alex, e voltando a falar:

-- Nós vamos ficar com esta parte da praça esta noite! – Diz ele apontando para a ambulância estacionada – Vocês podem ir para outro lugar, podem até ir embora se quiserem, mas se partirem, partirão sem nada, suas coisas estão confiscadas temporariamente, e isso inclui a comida! – Disse isso enquanto ria olhando para Alex.

Geraldo puxou Alex pelo braço e fez um sinal para eles irem andando, os dois nada falaram e Lincoln ainda disse:

-- E não se preocupem, amanhã daremos um enterro decente a sua amiga.

Os dois foram andando até o restaurante onde há pouco tempo haviam se protegido chuva, estavam impotentes, e este provavelmente era um dos piores sentimentos existentes, estavam confusos e preocupados, a situação que já era ruim por conta do ‘fim do mundo’, agora conseguira se tornar pior.

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And, Daniel e Isabelle adentraram na casa, estava bagunçada. A sala de estar estava com pedaços de vasos pelo chão e alguns livros jogados, havia também uma TV e um sofá, que era bem espaçoso.

-- Você fica aqui! – Exclama And apontando para o sofá. Daniel vai até ele e se senta, Isabelle senta a seu lado, tira uma garrafa de água da mochila e oferece a ele, ele aceita e bebe a água.

-- Vamos Isabelle! – Diz And chamando a irmã, Isabelle ri e vai para junto de And, que começa a subir as escadas, provavelmente o quarto das duas ficavam na parte de cima. Antes de subir, Isabelle fala:

-- Boa noite Daniel!

-- Boa noite! – Diz ele enquanto sorri para a moça, as duas sobem as escadas.

Daniel tenta novamente achar uma posição de conforto, desta vez no sofá. Olha para o ombro esquerdo tentando visualizar os pontos que Isabelle havia feito, ele sabia que no improviso da forma que fora feito, não demoraria muito para que ele tivesse complicações, mas sabia também que se não fosse aquilo, ele ainda estaria com a flecha no ombro, o que seria bem pior.

Observa o resto da sala, pelo menos o que consegue enxergar, a casa que está sem energia elétrica, tem suas luzes geradas por velas, que estão espalhadas pelo cômodo. Ele se sente confortável apesar de tudo, para quem estava até pouco tempo dentro de um ônibus cercado por zumbis, com certeza sua situação havia melhorado bastante.

Ele pensa também em Angélica, se ela conseguira fugir no meio de tanta confusão, se achava sortudo por ter encontrado as gêmeas, afinal, estava desarmado e não conseguiria enfrentar os mortos vivos sozinhos, e imaginava se Angélica e o homem tinham conseguido passar por aquela situação adversa.

Ele está sentado, não percebe o tempo passar enquanto pensa, tampouco percebe de súbito a pessoa que está se sentando a seu lado. Ele olha para o lado e vê Isabelle sorrindo.

-- Fugiu da general? – Pergunta ele enquanto responde o sorriso.

-- Ela é meio durona assim, mas é gente boa, com o tempo você vai ver isso!

-- Tempo? Ela não me deu muito, disse que assim que eu estiver melhor, eu devo ir.

-- Não liga pra isso, nós vamos conseguir dobrar ela!

-- Nós?

-- Sim. – Diz isso se aproximando, os dois se olham, Daniel passa os dedos delicadamente pelo rosto de Isabelle, que responde com um fechar de olhos. Os dois se beijam.


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Notas finais do capítulo

Este foi mais um capítulo de transição, acreditem, terá mais ação no próximo.

Espero que estejam gostando...

Continuem acompanhando, e comentem se algo não os agradar, pois assim poderei melhorar a história!






Säteily



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