O Mal que o Homem faz - Fic. Interativa escrita por Sateily


Capítulo 52
Capítulo 52 - O Apagar dos Castiçais


Notas iniciais do capítulo

"Queria estar morto demais para me importar
Se na verdade, eu me importasse
Nunca tive uma voz para protestar..."



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Rubão passara a noite muito bem, desta vez não houve esquecimento, culpa ou arrependimento, tudo ocorrera de forma natural e completamente consentida. Ele passara a noite com Sabrine, mais uma regada a rum e conversas desconexas, sem susto algum ao acordarem, sem peso na consciência.

Desde que se separa da mulher, ele ainda não havia tido nenhum relacionamento sério, nunca se deixou levar, mas dessa vez poderia ser diferente? Talvez fosse muito cedo para pensar sobre isso, o melhor é deixar rolar, afinal as coisas acontecem de forma muito natural.

Rubão levantou-se e se preocupou em não acordar a bela moça que ainda dormia a seu lado. Observou-a por alguns segundos, admirou seu belo corpo, ela realmente é uma mulher muito bonita. Tratou de vestir suas roupas e sair de lá sem que ela percebesse, talvez fosse melhor para ambos, isso preservaria o belo momento que se passara, como uma imagem imortalizada em uma pintura.

Ao sair da barraca percebeu que o dia já raiara há algumas horas, talvez fosse nove horas da manhã, um horário avançado para a normalidade. Passou as mãos no rosto ainda se acostumando com a luz solar, a cabeça pesava um pouco, mas nada que o afetasse, o álcool não era nenhuma novidade para ele.

As pessoas seguiam sua normalidade, persistiam em continuar naquela vida como se o mundo sempre tivesse sido da mesma forma. A fogueira que outrora homenageara Rodrigo, agora se resumia a cinzas. As pedras montadas de forma artesanal seguiam na mesma posição, demarcando uma lembrança que logo seria esquecida.

Apesar de tudo estar na mesmice e nada ali ser novidade para ele, algo chamou sua atenção. Daniel se encontrava trabalhando na horta, trajando um macacão azul por cima de sua roupa, uma bandana vermelha na cabeça e nas mãos uma enxada. Ele ara o chão, preparando-o para a plantação de algo.

Isso surpreendera a Rubão, pois ele não imaginava que Daniel se encaixaria em alguma atividade. O mesmo já cuspira várias vezes o desejo de deixar aquele lugar, qual então o motivo de agora estar ajudando? Rubão aproximou-se para tentar tirar suas dúvidas.

–- E aí brother? – Perguntou um pouco apreensivo.

–- Oi... – Respondeu Daniel continuando o seu trabalho, ele já estava bem suado.

–- Trabalho pesado?

–- É... Já me serve como exercício...

–- E então... Onde tem dormido? – Perguntou Rubão.

–- Com a Jeniffer... Você tá bem não é? Vi você e a outra mina...

–- Sabrine...

–- Isso mesmo! – Daniel parecia responder de forma automática, continuando a exercer seu trabalho.

–- Por que cara?

–- O que?

–- O que você tá fazendo?

–- Trabalhando cara...

–- Daniel... – Nesse momento Daniel para com o trabalho e passa a olhar para Rubão.

–- Eu to fazendo agora o que vocês fazem desde que chegaram aqui... Me juntando a galera! – Rubão seguiu encarando-o, estava disposto a entender qual sua intenção.

–- Onde está Annabelle?

–- Com a Beth... A mulher que cuida das crianças.

–- Você resolveu ficar agora? De onde veio isso?

–- Eu pensei melhor... Por que não? – Rubão persistiu em encará-lo, não acreditava cem por cento em suas palavras, aquilo poderia ser um jogo.

–- Você ainda tá com a gente?

–- Vocês ainda estão comigo? – Rebateu Daniel. Rubão fez alguns segundos de silêncio e finalizou em seguida:

–- Boa sorte com o trabalho! – Rubão saiu um pouco frustrado, achava que Daniel estava revolto por nada, que ele próprio se afastava de seus amigos e companheiros de sobrevivência e que não havia motivo para se comportar dessa maneira.

Estava bem irritado e ver seu amigo se comportando dessa maneira o deixava mais sobressaltado. Rubão que sempre foi intempestivo, controlou-se para não partir para cima de Daniel e libertá-lo daquele estado inútil. Preferiu apenas manter-se afastado e ir atrás de um café, pois ele estava precisando.

No trajeto até a cozinha comunitária deu de cara com Alex, ele parecia procurar por alguém e provavelmente já havia despertado há algum tempo. Os dois se olharam e o vocalista iniciou os cumprimentos:

–- E aí cara beleza?

–- Beleza... – Alex seguia com o olhar perdido, parecia realmente procurar alguém – Você... Já comeu?

–- Ainda não... Vou bater um rango agora...

–- Rubão, você viu o Heródoto?

–- Heródoto? Her... Ah... O cara que viu o Rodrigo morrer... – Rubão tentava puxar na memória – Não brow... Depois que voltamos eu não vi mais o cara!

–- Estranho... Eu também não o vi mais... Eu preciso juntar algumas pessoas para uma missão, você quer vir conosco? – Perguntou Alex.

–- Envolve uma morte eminente e dolorosa?

–- Acho que sim... – Respondeu Alex sorridente.

–- Então eu to dentro! – Afirmou Rubão fazendo piada. – Você queria chamar o Heródoto?

–- Sim... Ainda acho muito estranho essa história...

–- Então, quando saímos?

–- Daqui a vinte minutos no portão! – Respondeu Alex.

–- Beleza! Ainda dá tempo de comer alguma coisa...

Rubão deu um leve tapa nas costas de Alex e seguiu para a cozinha rapidamente, pois queria aproveitar aqueles poucos minutos para se alimentar. Alex seguia pensativo, em sua mente várias imagens rondavam: Heródoto anunciando a morte de Rodrigo e o mesmo desaparecendo depois, a conversa com o Músico naquele estranho jantar, o seu agora cargo de aparente confiança frente ao líder da comunidade. Tudo isso fazia com que cada passo que ele pudesse dar fosse milimetricamente pensado e analisado.

Ele já havia tomado a decisão que lhe cabia, havia escolhido os homens que junto com ele e o Músico partiria nessa primeira missão de reconhecimento, missão essa que ele ainda não fazia ideia se seria proveitosa.

Passado o tempo pré-determinado, todos os selecionados já se encontravam a frente do portão aguardando o início do trajeto. Rubão encontrava-se recostado ao carro que seria utilizado por eles, suas feições são de tranquilidade, ele não se importava muito se isso seria ou não perigoso, já não ligava muito para isso, estava sempre no limite. A seu lado está um homem de cerca de quarenta anos de idade, traços asiáticos, mas com a pele já sofrida pelo forte sol. Cabelos escuros e curtos, estilo militar, um volumoso bigode ao melhor estilo ‘lutador de kung fu’, ele é forte e veste uma camisa regata preta, em sua cintura está um coldre guardando uma carregada pistola.

Ele encara Rubão e o olha de cima abaixo com uma fechada expressão, o vocalista vira o olhar para ele. O homem então se manifesta:

–- Vai desarmado? – Rubão segue o encarando e como resposta levanta a larga camisa mostrando uma faca na cintura. – E você se garante com isso aí? – Insiste em perguntar o homem.

–- Compra um ingresso na primeira fila e chega cedo para ver o show! – Ironiza ainda com o mesmo olhar. O homem dá um breve sorriso e demonstra aprovação com a resposta de Rubão, ele então diz:

–- Boa! Fumanchu! – Disse se apresentando e esticando a mão.

–- Fumanchu? – Perguntou Rubão.

–- Os apelidos pegam...

–- Rubão. – Disse ele se apresentando.

O homem puxou do bolso de sua calça um maço de cigarros e acendeu um, se dirigiu a Rubão lhe oferecendo também, o mesmo aceitou e passou a fumar junto a Fumanchu. Enquanto os dois se confraternizavam, uma mulher se aproximou deles. Aparentes vinte e nove de idade, cabelos loiros na altura dos ombros, pele parda e cerca de 1,70 de altura, corpo atlético e um olhar sério, em suas mãos, um pé de cabra serve como arma. Ela traja um short jeans e uma camisa dos Stones preta, logo ao se aproximar dos dois ela exclama:

–- E aí meninas? – Ela que usava um óculos escuro estilo aviador, retirou-os no mesmo momento.

–- Quem te chamou Natalie?

–- Alex... É ele quem está organizando essa ‘coisa’... – Olhou para Rubão e indagou – Você é o novato, não é? Também vai?

–- Rubão... Vou sim, seja lá para o quê! – Respondeu.

–- Vocês não tem mesmo ideia? – Perguntou Natalie.

–- Nem precisamos... – Disse Fumanchu – Se confiamos no Músico e ele confia nesse cara...

Nesse mesmo instante Alex se aproxima, a seu lado está Valdemar, ele será o homem que completará a equipe. Alex trás seu facão preso a cintura, e o homem que caminha a seu lado carrega um rifle, presente de um dos guardas a mando do Músico.

–- Estamos completos agora! – Exclamou Fumanchu logo após Alex se juntar a eles.

–- Ainda não... Falta uma pessoa... – Destacou Alex.

–- Quem? – Perguntou Natalie.

–- Desculpem o atraso! – Exclamou uma educada voz por detrás de todos. Saulo acaba de se juntar a eles, para a surpresa de todos, menos Alex. Ele veste uma camisa branca com uma cruz estampada, calça jeans e sapato preto. Os cabelos sempre amarrados permanecem da mesma maneira, em sua cintura está uma machadinha, além de carregar nas costas um rifle de caça.

–- Músico? – Perguntou Natalie extremamente surpresa.

–- O que foi querida?

–- Vo... Você também vai?

–- Sim... Apesar de confiar extremamente em Alex, quero presenciar de perto tudo isso.

–- Tudo isso o que? – Perguntou Rubão.

–- Não vamos abrir o presente antes da hora... Vamos logo! – Exclamou ele sinalizando para que todos adentrassem o carro. O próprio Saulo assumiu o volante, com Alex a seu lado, na parte de trás espremeram-se Rubão, Natalie, Valdemar e Fumanchu. O caminho até o centro da cidade se seguiu sem muita conversa, ninguém ali se sentia confortável em ter o Músico ao lado, talvez isso pressionasse a todos, ou talvez causasse medo.

O trajeto não foi nada demorado, o carro parou a frente de uma igreja, que ficava em uma praça, uma das maiores da cidade. O templo que outrora recebera fiéis a rodo, hoje se mostra aparentemente vazio e sombrio. A frente de madeira colonial mostra-se suja e maltrapilha, há manchas de sangue pela parede e pelo chão, o que demonstra que diversas mortes ocorreram por ali.

A igreja era separada do restante da praça por uma cerca de ferro de um metro e meio, rodeando todo o lugar, mas nada que pudesse ser um obstáculo ao grupo. Após transpassarem a cerca, foram subindo calmamente a escadaria, até então nenhum movimento, tudo silencioso.

Ao chegarem à frente da grande porta da igreja, todos pararam. Feita de madeira com ricos detalhes cristãos incrustados na mesma, poderia ser admirada por alguns minutos, mas ninguém tinha tempo para algo do tipo. Fumanchu então resolveu manifestar-se em nome de todos:

–- Qual é a missão então?

–- Vamos tomar essa igreja – Disse Saulo – Esse será o nosso primeiro passo!

–- Primeiro passo? – Perguntou Rubão.

–- Sim... Nosso trabalho será longo! – Exclamou.

Após tais palavras ditas, Saulo assumiu a dianteira e passou a forçar a porta da igreja, algumas vezes até atestar que a mesma estava completamente trancada.

–- Natalie faça as honras! – Exclamou ele abrindo espaço para a moça. Ela caminhou até a porta e empunhando seu pé de cabra, após algum esforço, conseguiu abrir a grande porta.

O ar de dentro do lugar era completamente diferente do exalado do lado de fora, um mistura de mofo, alta umidade e carne apodrecida, com toda a certeza havia zumbis ali dentro. A primeira visão que tiveram foi de um lugar destruído, os bancos completamente fora do lugar e alguns quebrados, vidraçaria despedaçadas, castiçais ao chão, imagens de santos e anjos destroçadas. O lugar estava irreconhecível.

–- Isso não é muito arriscado? – Perguntou Valdemar.

–- Viemos aqui para isso! – Vociferou Saulo estimulando-o a prosseguir.

–- Fiquem atentos! O lugar é um pouco escuro e um zumbi pode aparecer a qualquer momento! – Exclamou Alex alertando a todos.

O clima estava tenso, todos ali, com exceção de Saulo, estavam seguindo ordens sem ao menos saber o motivo real da missão. O cuidado precisava ser redobrado, não era possível mensurar o tamanho do perigo que poderiam encontrar por lá.

Foram contornando os primeiros bancos e até então nada podia ser avistado, apenas a destruição que tomava conta de todo o lugar. Ao avançarem cerca de vinte metros adentro do lugar, o primeiro zumbi foi avistado. Algo que um dia foi uma pessoa, um senhor de idade com um terno cinza ensanguentado e o rosto enrugado e apodrecido, já em elevado estado de decomposição se aproxima cambaleando, faminto, desejando fazer daquelas pessoas sua próxima refeição.

Antes que alguém pudesse fazer algo, Saulo puxou a machadinha do bolso e com um violentíssimo golpe, decepou a cabeça do zumbi, acabando com ele rapidamente. Por alguns segundos todos pararam para observá-lo, apesar de ter ficado tanto tempo recluso, ele demonstrava ter bastante força e habilidade para se livrar de zumbis.

–- Vamos continuar! – Exclamou ele limpando o sangue da machadinha na calça.

Assim foi feito, todos prosseguiram caminhando, seguindo os passos de Saulo, Alex andava a seu lado, sempre atento a qualquer ruído. Um pouco mais atrás, Rubão resolveu trocar algumas palavras com Natalie, ainda recordando o seu feito anterior.

–- Cê é forte hein?! – Ela se virou um pouco espantada e deu um breve sorriso.

–- Luta Olímpica! – Exclamou ela com orgulho.

–- O que?

–- Eu fui campeã de luta olímpica juvenil, sempre gostei de lutas... – Completou ela.

–- Saquei... – Disse Rubão.

–- Shhh! – Exclamou Valdemar pedindo para que os mesmos fizessem silêncio.

Eles seguiram caminhando, a cada passo que davam dentro da igreja, pior se mostrava o lugar, além do cheiro ruim expandir-se tornando praticamente impossível a permanência deles ali por muito tempo.

Todos já tampavam as narinas com a própria roupa, moscas rondavam o lugar, e a sensação não era nada boa. Eles estavam perto do altar, o lugar se mostrava mais escuro, pois era bem afastado da porta, o local era úmido e estava completamente sujo e revirado.

Algumas mensagens pichadas podiam ser lidas na parede onde estava desenhada a paixão de Cristo: “Ele não voltará!”, “Esse já é o Inferno!”, “Ele não existe!”. Tudo isso fazia o lugar parecer um templo macabro. Após observarem por algum tempo tais escrituras, Saulo novamente deu as ordens:

–- O nosso objetivo aqui é tomar essa igreja! Qualquer coisa que se mexa e não tenha coração pulsante deve ser eliminada!

Antes mesmo que Saulo terminasse sua frase, um zumbi trajando roupas de padre se aproximou dele, o ‘homem santo’ estava completamente deformado, com parte de sua maxila em decomposição exposta e deslocada, seu abdome estava aberto e parte de seu intestino apodrecido arrastava-se pelo chão da sacristia. Alex correu na direção do monstro e o destruiu após três violentos golpes de facão.

–- Muito bem Al... – Fumanchu não conseguiu completar seu cumprimento, o barulho que eles acabaram fazendo para eliminar o zumbi padre, chamara a atenção dos outros que se encontravam dentro da igreja, cerca de vinte monstros passaram a caminhar na direção do grupo.

–- Vamos pra cima porra! – Exclamou Fumanchu puxando sua pistola e atirando no primeiro que se aproximou, o tiro acertou a têmpora, eliminando-o.

Saulo, de forma calma e sorridente, puxou sua machadinha e atacou um zumbi que estava a sua esquerda, uma mulher, provavelmente religiosa pelos trajes que usava. Ele não encontrou dificuldades para eliminá-la, arrancando sua cabeça fora.

Rubão pegou sua faca e puxou um dos monstros para perto de si, enfiando o objeto em seu olho esquerdo, aproveitando-se do movimento, ele segurou a cabeça de um que estava as suas costas e o atingiu nos parietais, bem no topo da cabeça.

Valdemar tirou o rifle das costas e passou a atirar a esmo, era o mais assustado de todos, seus disparos acertaram a perna, os braços e tronco de vários zumbis, mas depois de seis tiros, ele não conseguira eliminar nenhum. Ele então parou para recarregar a arma após mais alguns disparos, foi nesse momento que um dos zumbis que ele apenas havia atrasado acertando-o na perna, se deslocou até ele arrastando-se.

O zumbi segurou a perna de Valdemar e deu uma mordida com toda a sua força, repuxando a carne da sua panturrilha e expondo um imenso sangramento. O homem passou a gritar de dor, seu corpo tremia. Antes que o zumbi subisse por seu corpo e o devorasse, Natalie eliminou a fera enfiando o seu pé de cabra na nuca, perto do occipital.

Alex avançava pelo solo da igreja, deixando cabeças e membros para trás, chegou a ser cercado por três, mas após alguns golpes desferidos, restaram apenas partes de zumbis estirados, ele estava ficando cada vez melhor nesse tipo de enfrentamento.

Foram cerca de vinte minutos de combate, todos estavam exaustos, mas enfim haviam conseguido eliminar todos aqueles zumbis, e tomar a igreja, como Saulo queria. Apenas uma baixa havia ocorrido, Valdemar ainda se debatia quando tudo terminou, ele tentava gritar, mas sua voz já fraquejava. Além da mordida, ele perdera uma quantidade absurda de sangue, não havia mais nada que pudesse ser feito.

Ninguém sabia ao certo como agir, todos apenas observavam aquela cena. Saulo tirou o seu rifle das costas e de onde estava disparou após mirar. O tiro acertou a testa de Valdemar, eliminando todo e qualquer sofrimento pelo qual ele pudesse estar passando naquele momento.

Todos ficaram boquiabertos, ele acabara de eliminar aquele homem sem nada dizer, sem demonstrar qualquer sentimento de tristeza ou de perda. Saulo guardou seu armamento, recolheu o rifle de Valdemar e seguiu andando, na direção da parte mais interna da igreja, onde os padres viviam.

Após alguns minutos de inspeção, foi constatado que não havia mais zumbis naquele lugar, a igreja havia sido completamente tomada. Saulo convocou a todos para recolherem os corpos de dentro da igreja, jogando-os em uma parte externa. Nada foi dito sobre o corpo de Valdemar e ele acabou na mesma fogueira que os zumbis mortos.

A porta da igreja fora lacrada após eles recolherem pedaços de madeira, o local agora estava seguro, livre de zumbis e passava a ser o primeiro território conquistado. Enquanto caminhavam do lado fora, Alex se dirigiu até Saulo e, em particular, questionou-o:

–- Por que a Igreja?

–- O que?

–- Você poderia ter escolhido alguma casa, ou mesmo um outro local que pudéssemos trazer as pessoas!

–- Eu tenho os meus motivos! – Refutou o Músico.

–- Que motivos?

–- Pessoais meu caro...

–- Nós poderíamos ter morrido, me diga que isso foi realmente necessário! – Exclamou Alex já um pouco irritado, era a primeira vez que ele o encarava dessa forma.

–- Sim Alex, isso foi necessário! – Respondeu Saulo tentando demonstrar benevolência.

–- Les Gibson! – Exclamou uma voz ao fundo, a voz de Rubão. Saulo espantou-se com a afirmação e virou-se na direção do vocalista.

–- Eu sabia que já te conhecia! Você era da Les Gibson! Finalmente consegui me lembrar! – Exclamou Rubão olhando nos olhos do Músico.

Saulo seguiu espantado, não esperava ouvir algo desse tipo, aquilo o havia deixado de calças curtas. Ele então seguiu olhando fixamente para Rubão, que persistia em encará-lo.




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Notas finais do capítulo

Bom galera...

Os últimos plantões tem me matado, portanto gostaria de me desculpar pela demora em postar esse capítulo!

Eu não sei se ainda há alguém acompanhando (espero que sim), mas de qualquer forma eu queria avisar que independente de qualquer coisa, eu não abandonarei essa fic, eu tenho bastante apreço por ela, e jamais deixaria um trabalho incompleto... O que eu começo, eu termino!


Bom... É isso, até o próximo!








Säteily



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