O Mal que o Homem faz - Fic. Interativa escrita por Sateily


Capítulo 21
Capítulo 21 - O Fim - Primeira Parte


Notas iniciais do capítulo

"A morte é apenas o princípio..."



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Daniel estava sendo segurado pelo pescoço por um dos homens que o agredira. A voz que se pronunciava como o líder daqueles bárbaros, voltou a dizer:

-- Me responde uma coisa... Qual é a dessa praça? – O homem que o segurava o balançou como se forçasse ele a responder.

-- O que você quer saber? – Respondeu Daniel raivoso.

-- Bom... Pra começar, em quantos vocês estão?

-- Trezentos! – Afirmou Daniel em tom provocativo. Daniel recebe um soco sem nem saber de qual direção e segue sarcasticamente – Tudo bem... São duzentos e novena e nove! Ele é agredido mais uma vez e posto de joelhos.

-- Você gosta de apanhar mesmo, hein filho da puta! – Proferiu outra voz.

Daniel achava que não tinha mais nada a perder, estava sendo destruído por aqueles homens, teve sua mão dilacerada e estava com um sangramento no rosto decorrido dos chutes e socos que recebera. Não enxergava absolutamente nada, e apesar de nunca ter tido nenhuma propensão ao suicídio, desejava morrer para não ver a barbárie eminente que tais homens prometiam causar a praça logo mais.

-- Não vai contar nada não?! Não tem problema, as loirinhas vão me contar ao pé do ouvido, tenho certeza. E não pense que vai me intimidar com esse seu jeito marrento não. Eu sei que vocês não estão em grande quantidade... Vai ser muito fácil! – Proferiu novamente o homem.

-- Vamos embora! – Gritou outra voz.

Daniel começou a ser puxado e encaminhado para o lado de fora daquele lugar do qual ele só conhecia o quarto. Sentiu que estava do lado de fora ao perceber o vento que pairava por aquele ambiente, um vento frio que anunciava que uma chuva viria daqui algum tempo.

Ele foi jogado na parte de trás de um carro, e tentou se acomodar. Ainda estava com os pés e mãos amarrados, e a camisa presa em seu rosto. Depois de algumas manifestações de alvoroço e alguns gritos empolgados dos homens, o carro saiu e logo acelerou.

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Alex foi até Gabriel para repassar algumas instruções de sua função no plano desenvolvido.

-- Presta atenção – Disse Alex em um tom de voz baixo para que apenas ele captasse a mensagem – Eu preciso de você aqui dentro da praça... Preciso que você fique escondido atrás de um dos carros com a arma. Só por precaução, quero que todos fiquem alerta e prontos para agirem!

-- É só por isso mesmo? – Perguntou Gabriel no mesmo tom de voz do qual escutara a pergunta.

-- Bom... Na verdade eu quero reforçar a segurança sobre as duas... Não quero que a And e a Belle façam nenhuma besteira e nem corram risco, entendeu?

-- Perfeitamente!

-- Gabriel... Você acha que isso vai dar certo?

-- Eu espero... Se não der teremos mais que dois problemas com certeza! – Após dizer isso, saiu para sua posição, caminhando na direção da camionete que estava posicionada de forma estratégica.

Alex seguiu observando Gabriel partir, não gostava quando ele tentava ser enigmático, provavelmente era seu espírito filosófico que falava mais alto, mas isso às vezes era problematicamente irritante.

Beto foi até Alex já portando seu martelo, estava pronto para ir para sua posição. Ao chegar até ele disse:

-- Eu preciso te mostrar uma coisa antes de sairmos! – Alex e Beto caminharam até os portões, chegando lá se depararam com cerca de dez zumbis do lado de fora, fazendo pressão para entrarem.

-- Merda! – Exclamou Alex.

-- E agora, como vamos sair? – Perguntou Beto.

-- Eu tinha me esquecido desses monstros... Vamos ter que dar um jeito de sair, não podemos abandonar o plano!

-- Eu sei disso, mas como vamos sair?

Alex andou de um lado para o outro, sacou a pistola e seguiu pensando. Estava frustrado por se encontrar naquela situação, não podia deixar que seu plano fosse pó água a baixo, porém como passaria pelos dez zumbis para se posicionar do lado de fora?

-- Beto, vamos ter que encaras esses zumbis! Vamos pular a cerca e tentar matá-los, não podemos de jeito algum ficar acanhados aqui dentro!

-- Você quem manda! – Afirmou Beto.

Os dois se dirigiram até os portões, Alex começou a chamar a atenção dos monstros para que Beto pulasse para o lado de fora por uma parte da cerca um pouco mais afastada. Ao ver que ele já conseguira sair, Alex também se dirige para a cerca.

-- E agora?! – Perguntou Beto com o martelo em posição de ataque.

-- Eu tenho duas pistolas, mas vou utilizar uma... Seis balas... Usa o seu martelo, vamos logo! Como você me disse anteriormente: “Viver junto e morrer sozinho!” – Beto deu um breve sorriso olhando para Alex e os dois foram em direção aos zumbis que já vinham famintos até eles.

Os dois primeiros foram destruídos por Beto e seu martelo, com golpes certeiros na cabeça. Alex dera o primeiro tiro em cheio na testa de um deles, o segundo acabou ricocheteando, o que o frustrou muito. O terceiro tiro mais uma vez teve seu objetivo alcançado, a cabeça já apodrecida de um deles fora estourada como uma fruta estragada.

Beto era quem mais se arriscava, com seu curto martelo, precisava chegar bem perto dos monstros para poder ‘matá-los’. Porém mostrava-se destemido e seguia acabando com eles, destruiu mais três e viu Alex dar outros dois tiros certeiros. O último zumbi teve o crânio esmagado por um golpe violentíssimo de Beto.

Os dois estavam cansados e ofegantes pela batalha que se passara há poucos instantes. Alex fez sinal para que os dois se escondessem segundo seu plano. Assim fora feito, Beto foi para detrás de um carro abandonado na avenida, que estava bem perto do portão, era uma posição estratégica para que ele pudesse atacar o mensageiro.

Alex se dirigiu para um ponto de ônibus que ficava um pouco mais para a esquerda de onde Beto estava posicionado. Escondeu-se atrás deste local e ficou observando com a pistola carregada que não havia sido utilizada no ataque aos zumbis em mãos. Era necessário agora aguardar, aguardar que o mensageiro chegasse para que fosse surpreendido.

Na praça todos também estavam em suas devidas posições. Gabriel atrás da camionete com sua arma preparada. Isabelle e Andressa estavam como verdadeiras iscas, sentadas em frente à ambulância que estava perto do portão. Era importantíssimo que elas pudessem ser vistas por quem estava do lado de fora.

As duas sentiam medo e adrenalina por tudo que viria a seguir, não sabiam se aquilo daria certo, mas as duas compartilhavam do mesmo sentimento, queriam matar nem que fosse um daqueles caras. Belle alimentava um ódio dentro de si que nunca imaginara antes, estava sedenta por algum tipo de vingança, e queria muito poder ver Daniel novamente, mesmo uma parte dela achando que ele já estaria morto.

Alguns minutos de espera foram passados, cerca de trinta. Beto estava em sua posição quando ouviu ao longe o barulho de um carro se aproximando, começou a se posicionar e olhou na direção que Alex estava, viu dele um aceno positivo com a cabeça, aquilo era a prova de que ele também ouvira o barulho e que ambos deviam se preparar.

Beto estava muito ansioso e nervoso, já havia passado por diversos perigos durante seu trajeto naquele novo mundo, mas essa era uma situação totalmente diferente e inesperada, era necessário manter a calma para não fazer nada de forma precipitada.

Alex também estava nervoso, mas tentava se manter centrado, pois sabia da importância de tudo aquilo. Continuou a ouvir o som do motor do carro que estava cada vez mais próximo, a tensão aumentava ainda mais. Aquele som mostrava-se mais próximo a cada segundo, até que em um virar de cabeça para o lado, Alex pode ver o carro se aproximando, era um furgão.

Havia chegado a hora, Alex segurou firmemente a pistola e olhou mais uma vez para Beto. Ele estava agachado com o martelo em punho e já preparado para um ataque. O furgão finalmente chegou e Alex não desgrudou os olhos dele. Ele pode observar que eles paravam um pouco afastados da visão principal do portão para não serem percebidos por quem estava do lado de dentro.

Beto levantou-se mais seguiu atrás do carro que o escondia. A porta do motorista se abriu, um homem saiu de lá e antes que fechasse a porta, Beto correu em sua direção e o acertou na cabeça com o martelo, o homem caiu no chão desacordado. Sem poder ter qualquer reação, Beto fora surpreendido por outros homens que começaram a sair do furgão. Além disso um outro carro, menor, chegara logo atrás. Em meio a toda adrenalina, os dois não perceberam o segundo veículo.

-- Emboscada! É uma emboscada! – Gritou um dos homens ao sair do furgão.

Beto estava sem ação, não sabia o que fazer, ninguém esperava que o bando inteiro viesse de uma vez só atacá-los. Um homem saiu do carro menor com uma arma em punho e deu dois tiros em Beto, que correu e se jogou novamente para trás do carro que se escondera anteriormente. Após tais disparos, outros são ouvidos, Alex atira duas vezes no homem que atacara Beto, este cai no chão já sem vida.

-- Caralho! Eles já estavam nos esperando! Vamos matar todo mundo! – Gritou um deles logo após sair do carro.

Alex também não sabia o que fazer, assim como Beto, ele não esperava que o bando todo viesse. Estava assustado, e sem saber se Beto estava ou não ferido. Seguiu escondido, teria que decidir rápido qual a melhor decisão a se tomar naquele momento de angústia e perigo.


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Notas finais do capítulo

Aqui foi mais um capítulo... Estamos em um momento decisivo na fic!

Apenas esclarecendo que os capítulo com os nomes "O Início do Fim" e "O Fim" não significam o prenuncio do fim da fic, e sim que ela irá para um novo estágio, do qual eu gosto de chamar de "ato". A história está bem longe do fim!

Espero que tenham gostado, comentem e continuem acompanhando!






Säteily



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