Paradise escrita por Izadora


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo,abigosss ♥ ~é,com B mesmo~
Como vocês estão?Bem,vou poupá-los da minha ladainha habitual,pois estou atrasada.
BOA LEITURA :333

AGRADECIMENTO especial á diva da Ana Mellark,que me proporcionou a 4 indicação da fic. Muito obrigado meeeesmo :D



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POV Peeta

Debby era irritante.Sua voz,seu jeito de falar,as coisas que ela falava.Me lembro que não demorei nem uma semana ficando com ela.Ela era insuportável,e grudenta.Bonita,mas não valia a pena.A primeira coisa que me ocorreu foi sair correndo dali.
Quando ela me soltou,olhei para trás em busca de ajuda,mas vi apenas Gale de costas e Katniss e Madge de cabeça baixa.Estavam rindo de mim.RINDO DE MIM?Ah,belos amigos os meus.Nossa.

–Quem são esses?-Debby perguntou,olhando-os de cima a baixo.

Katniss se adiantou,com as bochechas coradas e segurando o riso.

–Eu sou a namorada do docinho.-Sabe quando a voz sai falha pelo esforço de não começar a rir?Então.

“Ela não deveria rir” – pensei,emburrado.- “deveria ficar com ciúmes.”.

Gale olhou para a menina,rindo descaradamente.

–Somos os amigos do docinho.-Ele disse.Debby ergueu uma sobrancelha,de modo sarcástico.

–Está namorando essa aí,docinho?-Ela perguntou,com a voz carregada de desdém e presunção.

–Te incomoda?-Perguntei,também cheio de autoritarismo.Ela empinou o nariz.

–Talvez.

–Uma pena que eu não me importe.-Respondi,e ela me olhou,ofendida.-Foi realmente excelente conversar com você,Debby,mas sinceramente temos mais o que fazer.

Debby conseguia sugar todo o meu bom humor.Se você acha que não tenho motivos para tanta irritação,é porque nunca foi namorado dela.
Em primeiro lugar,ela tinha ciúme até da sombra de qualquer pessoa do sexo feminino que falasse comigo.E sim,isso incluía a minha mãe.Em segundo,ela torrava TODO o meu dinheiro em sapatos.Quero dizer,estourar o limite do cartão é normal,mas fazer isso duas vezes por semana me quebra.E por último,ela não desgrudava de mim um segundo.Quando namorávamos,eu não podia mais sair com os meus amigos,eu não podia ir na casa dos meus pais no domingo e coisas do gênero.Ela era obcecada por mim.E o pior é que ainda parecia ser.

Segurei com firmeza a mão de Katniss e a guiei para dentro do elevador.Gale e Madge nos seguiram,deixando Debby para trás,com cara de tacho e nos olhando feio.Assim que as portas se fecharam,Gale começou a rir.

–Que doce de pessoa.-Katniss disse.Olhei para ela,incrédulo.

–Uma graça.-Acrescentou Madge.

–Isso foi embaraçoso.E vocês ainda ficaram rindo de mim.-Disse eu,frustrado.

–Ah,não se irrite docinho.-Brincou Gale,atrapalhando meus cabelos.

–Não me chame de docinho.Francamente,eu achei que ela já tivesse se mudado,ou pelo menos me esquecido.Debby me dá nos nervos.-Retruquei,irritado.

Katniss riu baixinho e ajeitou meu cabelo.Depois,envolveu os braços em torno do meu ombro e disse,calmamente:

–Ajuda se eu disse que estou morrendo de ciúmes da tal Debby?

Eu dei um sorriso de canto.Na minha cabeça,era o mínimo que ela podia fazer.

–Um pouquinho.-Respondi,brincando.Depositou um beijo suave em minha bochecha,pouco antes das portas do elevador se abrirem e Katniss soltar um arquejo de surpresa.

POV Katniss

Ok,só para começar,a sala de estar do apartamento,pela qual a entrada direta era pelo elevador,fazia o luxuoso hotel em que ficamos no Hawaii parecer um barraco.

Para começar,eu me surpreenderia se a sala fosse menor que uma quadra de tênis.As janelas blindadas de um vidro muito bem polido,davam uma vista maravilhosa da cidade.Havia uma televisão em HD,enorme.Tipo,enorme mesmo,maior que uma mesa de jantar.No sofá de couro branco cabiam umas 10 pessoas sem o menor esforço,e o tapete cinza felpudo entrava em contraste com as almofadas de seda.A iluminação provinha de um lustre de cristal,bem no meio da sala,acima de uma mesinha de centro com uma perfeita orquídea tigrada em um vaso decorado.Á um canto,um pebolim branco e preto e uma extensa mesa de jantar com tampo de cristal e pernas brancas decoradas com rosas negras.Á volta da mesa,cadeiras de acolchoado branco e espaldar alto.Uma porta á direita levava á um lugar que julguei ser a cozinha,e,atrás da mesa de jantar,uma porta também de vidro levava á uma varanda quase tão extensa quanto a sala,com uma banheira de hidromassagem e espreguiçadeiras.
Á esquerda da TV de tela plana estava um corredor também largo e grande,com sete portas,que supus serem o banheiro e as suítes.Mas isso eu veria depois.Madge e Gale fizeram um som engasgado ás minhas costas,também embasbacados com a suntuosidade do lugar.Era luxo demais para mim.
Peeta pareceu indiferente,e disse para largarmos as malas em qualquer lugar.

–Não é exatamente o que eu esperava.-Disse eu.Peeta me olhou,nervoso.

–Olha,se você não gostou...eu...er...posso pedir o outro,o maior,com 10 quartos.-Ele disse,esfregando as mãos.

–O quê?Você ficou maluco?Isso é...incrível.É perfeito.É até perfeito demais.-Eu disse,tranqüilizando-o.Peeta respirou fundo e sorriu.Parecia uma criança que acabara de entregar a prova á professora e recebera uma boa nota.Seu celular tocou de maneira alta,interrompendo nosso transe para com a casa.

–Podem escolher os quartos agora,se quiserem.-Ele disse,ignorando o escândalo do telefone.

–Ah,acho que vou ver a cozinha primeiro.-Madge disse.-E ATENDE ISSO LOGO.

Peeta olhou o visor e gemeu.Não fiquei para ouvir a conversa,mas tive a impressão de ouvir algo sobre mãe.
Gale se jogou no sofá e ligou a televisão.Depois me olhou,divertido.Justo ele,que relutara mais do que eu para vir morar no “pequeno apartamento” de Peeta,parecia agora tão confortável.Madge voltou com um pote de sorvete nas mãos e se sentou a no mínimo 5 almofadas dele.Me surpreendeu o fato de já ter comida na geladeira.Ele a olhou e fez uma careta para mim,como se dissesse “dá para acreditar nela?”.Balancei a cabeça e peguei a mala e o celular.
Era realmente estranho minha mãe não ter ligado até agora,mas não esquentei a cabeça.Segui para o corredor e entrei na primeira porta á esquerda.

O quarto,como já era de se esperar,era fantástico.As paredes,ao contrário dos tons preto-branco-cinza-chumbo da sala,eram de um bege claro e pacífico.O carpete branco e limpo,coberto por um tapete bem trabalhado também em bege,dava um tom calmo para o quarto,um lugar agradável de se ficar.A janela enorme,coberta por duas leves cortinas em tons coral dava certa animação ao local.A cama,de casal,coberta por uma colcha colorida,ocupava certa parte do quarto.Em frente,um móvel com mais uma TV,dessa vez menor,um guarda-roupa,a porta que levava ao banheiro e uma escrivaninha.
Não demorou cinco minutos até eu ouvir a conhecida música da Nicki Minaj.Eu realmente precisava mudar meu toque.Peguei o iPhone e visualizei o nome “MÃE” piscando contra a tela.Atendi com um sorriso no rosto.Ela não tinha ideia do quanto havia sentido falta de ouvir sua voz.

–Alô?Mãe?

KATKAT-Ouvi-a gritar do outro lado.Ri baixinho.-E então?Como foi?Chegou bem?Aproveitou bastante?Arrumou algum bonitinho?

–Ah,foram uma das melhores férias da minha vida...Sim,sim estou bem.Er...digamos que sim,eu estou meio que namorando.

–Quem???–Ouvi sua risada.

–Peeta.

–Mellark?O quê?Você não “odiava esse garoto”?–O tom de brincadeira em sua voz era óbvio.Ela sempre dissera que eu ia acabar casando com o tal garoto arrogante do qual falava.

–Pois é,sra.Everdeen,o mundo dá voltas...E Prim,como está?E papai?

Prim está na casa de uma amiga agora,e seu pai vendo o jogo.Que tal vir aqui no domingo,almoçar?Estamos morrendo de saudades.A propósito,que história é essa de que Annie vai se casar?

–Recebeu o convite,suponho.

–Recebi sim,mas isso é um absurdo.Annie Cresta é uma CRIANÇA...Me lembro de quando vocês faziam bolo de lama juntas.

–Annie tem quase 20 anos agora,mamãe,não é uma criança.

–E o noivo dela é fabuloso.Acho que você conseguiria ele,se quisesse.

–MÃE.-Ralhei.Minha mãe riu,maldosa.

–Ok,ok.Uh,melhor desligar,eu estou com uma torta de maçã quase pronta.Te espero no domingo,KatKat.Um beijo.E quero conhecer o tal do seu namoradinho.

–Você manda.Tchau,mãe.

E desliguei.Ah,a minha mãe.Se ela não existisse,tinha que inventar...Ouvi uma batida educada na porta,e pedi que entrasse.Peeta se emoldurou no portal entre o desanimado e o exasperado.Ele esboçou um sorriso e anunciou:

–Minha mãe nos convidou para o jantar,essa noite.Por favor,não me faça encarar isso sozinho.-Ele estava quase implorando.

–Ah,não sei não,docinho.-Brinquei.Ele não sorriu.-Sua mãe não vai se importar se eu for?

–Claro que não.E não me chame de docinho,pelo amor de Deus.-Suplicou.-Vaaaaamos?

–É,acho que tudo bem.MAS,você me deve uma.A que horas vai ser?

–Não dá pra fazer de graça?-Ele pediu,envolvendo minha cintura.

–Hum...Não.

–Vai ser ás 20h,Vossa Majestade consegue ficar pronta?

–Ainda não é nem hora do almoço...Falando nisso,o que vamos almoçar?

–Pizza.-Respondeu,simplesmente.Juntei nossos lábios por alguns segundos,sentindo-o perto de mim,envolvendo minhas mãos nos seus cabelos.

–Ah,que lindo.-Madge disse,irônica,aparecendo na porta.-E o que eu e Gale vamos jantar?

–Pizza.-Tornou Peeta.Madge revirou os olhos e nós a acompanhamos de volta á sala.

Enquanto Peeta ligava para a pizzaria e eu me jogava no sofá,me preparando para uma maratona de Harry Potter,me veio na cabeça um lampejo do encontro com a tal Debby.
Com minha total e plena sinceridade,eu não conseguia sentir nenhum ciúme dela.
Sério.Ela não era do tipo que inspirava ciúmes.Era no mínimo muito irritante,e Peeta parecia repugná-la tanto quanto o resto de nós.Logo,era desnecessário.
Mas Debby obviamente inspirava cuidado.Ela realmente parecia do tipo que passava por cima de qualquer um e de todos para conseguir o que quer.

Afastei-a rapidamente da cabeça quando o logo da Warner apareceu e Peeta se sentou ao meu lado,exibindo um sorriso satisfeito e abraçando-me os ombros.

POV Peeta

19:55.

Olhei mais uma vez para o relógio de pulso,dando quase um ataque cardíaco.

Se atrasar em uma situação comum,tudo bem.Se atrasar para um jantar com minha mãe : decisão horrorosa.
Quando finalmente Katniss entrou na sala,o “wow” escapou não só de minha boca,como também da de Gale e Madge,que estava soluçando amargamente a morte do Dobby.A fatia de pizza até escorregou das mãos de Gale.E não,eu não gostei disso.
Estava maravilhosa.Mas estávamos atrasados,então,poupei elogios e logo a arrastei para dentro do elevador.

–Ei,ei,calminha aí docinho.-Ela brincou,me fazendo rir.Na boca de qualquer outra pessoa isso me irritaria,mas para ela eu abri uma exceção.

–Você está linda.-Eu disse.Ela olhou para mim e sorriu de canto.

–Estamos lindos.É sempre assim,formal?

–Hum...Na maioria das vezes temos algo importante a discutir por lá.-Eu disse,enquanto descíamos do elevador.

–Por isso está tão nervoso?-Ela perguntou,segurando fortemente minha mão enquanto atravessávamos o hall de entrada e dávamos boa-noite á Harry.

–Na verdade...mais ou menos.-Respondi e abri a porta do carro para ela,que entrou e aguardou que eu entrasse.Eu estava quase suando frio.

–Como assim mais ou menos?

–Eu não me dou exatamente bem com a minha mãe.-Respondi,dando partida.Não era exatamente meu assunto preferido.

–Quer falar sobre isso?-Ela perguntou,receosa.

–Não.-Respondi.

Ela sorriu,compreensiva e se centrou no caminho.Me senti um pouco mal por ter sido tão seco,e tornei para ela,suspirando.

–Para ela,que queria o filho perfeito,eu nunca fui bom o suficiente.-Katniss me olhou,e eu tornei a atenção para o trânsito.-Eu não ia ás aulas de piano.Não era o aluno mais inteligente,ou o mais esforçado.E nossa relação ia sempre de mal a pior.Ela não é como o meu pai,que sempre me apoiou em todas as minhas escolhas.Ela é maníaca por perfeição,e eu nunca quis chegar nem perto disso.Agora ela pensa que eu a odeio,o que é mentira,e vive tentando se redimir.Mas ela não me conhece.-Despejei tudo de uma vez.Ah,como era bom desabafar um pouco.Ela me olhou novamente,com doçura,e passou a mão sobre a minha.Ela aliviava toda e qualquer tensão sobre mim.

–Vai correr tudo bem.-Assegurou.Eu sorri.

–Assim espero.-Puta que pariu,como eu estava errado.Uma pena que eu não sabia o que aconteceria naquele momento,pois senão teria virado e voltado correndo para o apartamento.

Estacionei em frente á mansão,e Katniss arregalou um pouco os olhos.

–Isso é...-Começou.

–É.-Interrompi.Não que eu não gostasse da casa dos meus pais,mas é que o fantasma da tal conversa me perturbava os pensamentos.Conduzi-a até o jardim de entrada,onde Jake,um criado muito querido,abriu passagem.

Mas foi chegar perto da sala de entrada,que eu ouvi uma risada esganiçada e gelei.Apertei a mão de Katniss com mais força,e ela tornou para mim,preocupada.

–Está tudo bem?

–Eu acho que não.-Respondi,engolindo seco.Mas eu só tive certeza quando Jake abriu a porta da sala e eu encarei as três pessoas lá sentadas.Elas se viraram e sorriram.Uma delas nem tanto.Mas a merda só se fez completa quando essa pessoa se levantou e abriu os braços,gritando com sua voz fina:

–Olá,docinho.


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Notas finais do capítulo

Peeta é RÝKA,pf,aí o recalque cresce...
Viiiiish essa Debby vai dar um bocado de trabalho,não acham??
E então,o que acharam desse?Mereço reviews?