Blue Roses And Tears escrita por nataliafairy


Capítulo 3
Capítulo 2: Sorrisos Mútuos




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capa

 

 

_ Protego! – Hermione ouve ao longe enquanto é jogada para o outro lado, caindo de costas.

 

            Ouviu o ser no escuro ser atingido pelo contra-feitiço de seu salvador.

 

            _ Ah, você quer brincar também? – perguntou a figura.

 

            _ Estupefaça! – gritou a voz de Cedric, atingindo a figura no centro do peito.

 

            Hermione agora rastejava procurando a sua varinha. Ouviu o ser andar muito depressa e agitar a varinha no ar, olhou instintivamente para Cedric com os olhos arregalados. Virou-se para frente tateando o chão o mais rápido que pôde, encontrou a sua varinha, segurou-a com força e pôs-se de pé.

 

            Houve um barulho ensurdecedor e os dois caíram no chão.

 

            _ Vocês têm muita sorte... Mas nos encontraremos denovo. E aí você não terá escapatória rapazinho. – disse a figura desaparecendo no escuro.

 

            Em menos de um segundo Cedric e Hermione estavam sozinhos e ofegantes, ela de medo e ele de raiva.

 

            _ Você está bem? – ele sibilou finalmente para ela, já com a expressão preocupada.

 

            _ Tô... – disse Hermione meio atordoada – Ai... – sentiu uma dor no braço que havia machucado, mas como era só um arranhão não tinha dado importância. Agora, porém teve a súbita necessidade de segurá-lo.

 

            _ Seu braço... – disse ele tentando ver o que estava de errado, mas Hermione ainda estava em choque, não por causa da “luta” de agora pouco, ela tinha 3 anos de experiência com Harry sobre isso, mas por ele ter aparecido assim do nada, como quando ela o viu pela primeira vez... Mas agora ele a havia salvado.

 

            _ Não, não... – sibilou afastando-se inconscientemente perdida em seus próprios pensamentos.

 

            _ Calma, eu não vou fazer nada – disse tocando-lhe as mãos para que soltasse o braço, diante do seu toque ninguém conseguiria não obedecer. Hermione foi abaixando a mão. – Era o que eu temia... – Ah! Não era tão grave assim! Pensava Hermione, ainda hipnotizada – Está sangrando...

 

            _ O que?! – perguntou atônita agora olhando para o braço cheio de sangue – Ah, ah , ah – dizia esquizofrênica balançando o braço, depois olhou para as mãos que o seguraram também sujas de sangue – Ah! Não, não, não! – repetia fechando os olhos para não encarar a mancha vermelha.

 

            _ O que foi? – perguntou ele apressadamente tentando fazer ela parar de se sacudir.

 

            _ O-D-E-I-O sangue... – disse ela meio encabulada ainda com os olhos fechados.

 

            _ O que? – ele parecia achar graça.

 

            _ Não é tão difícil de acreditar... – disse ela abrindo os olhos sem olhar a ferida, nem queria o olhar risonho dele era o mais lindo!

 

            _ Desculpe, mas... Ouvindo tudo que você enfrentou nesses anos... – ele riu olhando para o chão, por um momento pareceu encabulado por ter encontrado os olhos de Hermione – É bem difícil de acreditar...

 

            _ Não é que eu desmaie nem nada, só fico nervosa de pensar no que realmente está acontecendo... – ele olhou para ela com a cara de interrogação mais linda do mundo – Quero dizer... – começou a explicar – “O.k, estou perdendo sangue... Oh não! Meu tecido humano foi rasgado e eu estou vazando!” – completou ela arrancando dele mais um sorriso.

 

            _ Acho que entendi... – disse ele pegando seu braço esquerdo. Porque sempre que ele a tocava ela quase tinha um treco? – Feche os olhos...

 

            _ O que? – ela perguntou com os olhos arregalados. Quem sabe o que estaria pensando...

 

            _ Você só faz o contrário do que eu digo não é? – disse ele reparando que ela havia arregalado os olhos e em seguida deslizando as mãos do corte no braço de Hermione para o encontro de suas mão – Não tenha medo, eu não mordo! – disse e ela relaxou o físico, mas logo em seguida ele não resistiu em acrescentar baixo – Forte...

 

            _ Ahh... – começou Hermione, mas não disse nada, por algum motivo masoquista que ela não sabia qual era, gostou de ter ouvido isso. Fechou os olhos.

 

            Alguns segundos depois ela já sentia a pele cicatrizar e a varinha dele passava por onde restava de mancha do seu sangue limpando.

 

            _ Já? – perguntou ainda de olhos fechados. Cedric olhou para cima, mas não respondeu ficou simplesmente olhando ela de olhos fechados e impulsivamente se viu inclinado em direção a ela. Hermione pensou ter sentido alguém a milímetros de sua face, mas logo depois ouviu numa distancia razoável.

 

            _ Já, pode abrir os olhos! – disse ele sorrindo, mas por algum motivo seus olhos pareciam transmitir que ele estava refreando alguma reação hormonal muito estúpida.

 

            _ Obrigada... – disse Hermione olhando para o machucado já cicatrizado e sua roupa limpa – Vezes dois né! – disse sorrindo abertamente. Ele sempre olhava para baixo quando ela sorria, mas ela não percebia esse ato involuntário.

 

            _ Como? – perguntou ele ainda mirando o chão. Foi quando ela percebeu que ele não a estava olhando nos olhos.

 

            _ Acha mesmo que o chão vai te responder? – perguntou rindo dele, ela não era muito de disfarçar então pra que fingir que não dele que ela estava rindo?

 

            _ Pelo menos o chão não faz isso comigo... – sibilou ele levando a cabeça, agora olhando pra ela.

 

            _ Não faz o que? –perguntou ainda rindo um pouco. Pela a expressão de uma segundo e imperceptível de Cedric ela não devia ter ouvido isso, ou melhor, ele não devia ter falado em voz alta.

 

            _ Reduzir meu ego de pouquinho em pouquinho, toda vez que eu encontro com ele! – disse rindo disfarçadamente com alivio por ter se safado.

 

            _ Ah, por Merlin! – disse Hermione com as mãos na cabeça – Eu rir de você não vai MESMO diminuir seu ego... Quer dizer, fala sério!

 

            _ Tô falando! – disse ele meio impressionado com a resposta dela.

 

            _ Quando você voltar para seu “meio” – disse ela provavelmente referindo-se ao bando de admiradores(as) que ele possuía. – Essa sensação de um segundo do seu ego diminuído vai desaparecer como se nunca tivesse existido.

 

Ele olhou para ela sério e depois sua expressão se suavizou. 

 

            _ É, tem razão! – disse Cedric fazendo ela ficar surpresa. – Obrigado por me lembrar. – disse rindo da cara de Hermione.

 

            Cedric começou a andar na frente. Hermione ficou chocada e começou a correr atrás dele.

 

            _ Hey! Hey! – gritou Hermione, já que não conseguia alcançá-lo.

 

            Cedric deu um meio-sorriso perfeitamente perfeito por causa da reação de Hermione, correndo atrás dele. Porém não olhou para trás, nem parou de andar. Só diminuiu o ritmo.

 

            _ O que você está fazendo andando aí na frente? – perguntou ela confusa.

 

            _ Vou encontrar com os meus amigos ué! Eles vão me fazer sentir bem melhor... – disse ele se vingando de Hermione a cada palavra. Mas com um tom brincalhão nos olhos.

 

            _ Mas... você vai me deixar aqui sozinha? – perguntou Hermione tentando não parecer tão vulnerável.

 

            _ Você não precisa de mim! – disse falando só para deixar ela com raiva, afinal, todas as garotas precisavam dele.

 

            _ Não preciso mesmo! – disse Hermione sincera. Cedric parou na mesma hora atônito olhando para ela. – Geralmente eu sou “o herói” da história, não preciso que você fique cuidando de mim, só achei que burrice você ter uma chance única de inverter o papel comigo e jogar fora desse jeito. – disse Hermione dando um fora, cheia de si.    

 

            _ Você está errada. – disse ela parando na frente da garota olhando-a sério. – Você precisa de mim por perto. Vai que você encontra outro comensal como aquele. – disse dando um pequeno sorriso perfeito.

 

            _ Eu não preciso da sua ajuda para acabar com ele! Você não precisa me proteger. – disse Hermione na defensiva.

 

            Cedric olhou-a com um olhar divertido, e abriu um enorme sorriso que deixou Hermione totalmente tonta.

 

            _ Eu sei... Eu ia ter que proteger ele. – disse ainda sorrindo. Então virou e continuou a andar.

 

            Hermione ficou imóvel por alguns minutos, ainda atordoada com o sorriso e com o que Cedric lhe dissera. Abriu um enorme sorriso involuntário e começou a andar na direção dele.

 

            ●●●

 

            Depois de uma hora Cedric e Hermione conseguiram encontrar os outros meninos. Para eles não haviam passado nem cinco minutos juntos.

 

            _ HERMIONE! – gritaram Harry e Rony correndo em sua direção.

 

            _ Você está bem? – perguntou Gina.

 

            _ Pessoal, calma! Eu tô bem! Eu só caí... – disse Hermione depois de abraçar a todos.

 

            _ Ficamos assustados, Mi. – disse Jorge.

 

            Hermione sorriu.

 

            _ Eu to bem. Cedric me achou... – disse Hermione rindo para o próprio. Ele retribuiu meio encabulado.

 

            _ Ah! O Cedric te achou... – disse Rudy aparecendo atrás de todos com uma cara risonha.

 

            _ Eu acabei topando com um comensal e estava sem varinha, porque a minha tinha caído, então ele me salvou. – explicou Hermione.

 

            _ Que ato não é? – perguntou Rudy rindo para Cedric, que retribuiu o sorriso. Meio envergonhado.

 

            _ Que sorte hein, Mi. – disse Gina olhando a amiga com olhos significativos.

 

            _ Ora, o garoto perfeito vai em busca de sua donzela. Que original... – disse uma voz nas sombras. - Sinceramente, Diggory, achei que você tinha mais classe. Pelo menos a Chang não tem uma vassoura na cabeça.

 

            Todos se viraram rapidamente. Draco Malfoy estava sozinho perto deles, encostado a uma árvore, numa atitude de total descontração. Os braços cruzados, parecia ter estado a contemplar a cena no acampamento por uma abertura entra as árvores.

 

            Rony disse a Malfoy que fosse fazer uma coisa que Hermione sabia que o amigo jamais teria se atrevido a dizer na frente da Sra Weasley.

 

            Cedric olhou para Malfoy com uma cara de ódio e fechou os punhos das mãos para se segurar.

 

            _ Olha a boca suja Weasley – disse Malfoy, seus olhos claros reluzindo. – Não é melhor se apressar, agora? Não quer que descubram a sua amiga, não é?

 

            Ele indicou Hermione com a cabeça e, neste instante, ouviu-se no acampamento uma explosão ensurdecedora outra vez, como a de uma bomba, e um relâmpago verde iluminou momentaneamente as árvores à volta deles.

 

            _ Que é que você quer dizer com isso? – perguntou Hermione em tom de desafio.

 

            _ Granger, ele estão caçando trouxas – disse Malfoy. – Você vai querer mostrar suas calcinhas no ar? Porque se quiser, fique por aqui mesmo... eles estão vindo nessa direção, e todos vamos dar boas gargalhadas.

 

            Cedric ainda não tinha prestado atenção no que Hermione estava vestindo. Olhou-a de lado percebendo sua camisola de seda rosa curta. Demorou o olhar nas pernas da menina, até perceber que Harry o encarava desconfiado e voltar a sua posição.

 

            _ Hermione é bruxa – rosnou Harry.

 

            _ Faça como quiser, Potter – disse Malfoy sorrindo maliciosamente. – Se você acha que eles não são capazes de identificar um Sangue-Ruim, fique onde está.

 

            _ Você é que devia olhar a sua boca suja! – gritou Rony. Todos os presentes sabiam que “Sangue-Ruim” era uma palavra muito ofensiva a uma bruxa ou bruxo de pais trouxas.

 

            _ Deixa pra lá, Rony – disse Hermione depressa, agarrando o amigo pelo braço para contê-lo, quando ele fez menção de avançar em Malfoy.

 

            Ouviu-se um estampido do outro lado das árvores maior do que qualquer um dos anteriores. Cedric já queria arrastar Hermione dali o mais rápido possível.

 

            Várias pessoas gritaram.

 

            Malfoy deu um risinho abafado.

 

            _ Eles se assustam fácil, não é? – disse com fala mole -  Imagino que papai disse a você para se esconderem? Que é que ele está fazendo, tentando salvar os trouxas?

 

            _ Onde estão os seus pais? – perguntou Harry, a raiva crescendo – Lá no acampamento usando máscaras é isso?

 

            Malfoy virou o rosto para Harry ainda sorrindo.

 

            _ Ora... se eles estivessem eu não te falaria, Potter.

 

            _ Ah, anda gente – disse Hermione com um olhar de repugnância para Malfoy.

 

            _ Fica com essa cabeçorra lanzuda abaixada, Granger. – caçoou Malfoy.

 

            Hermione ia falar para irem embora outra vez, mas não conseguiu começar a sua fala. Foi interrompida por um movimento rápido vindo de seu lado. Quando se deu por si viu Malfoy caído no chão com o nariz sangrando e Cedric segurando o punho. Olhou de um para o outro surpresa.

 

            _ Diggory! – Malfoy levantou e estava a ponto de atacar Cedric, que em um segundo já estava com a varinha em posição de ataque. 

 

            Ouve outro bombardeio e Malfoy olhou para trás.

 

            _ Seu dia chegará Diggory. – foi o que ele disse antes de desaparecer.

 

            _ Ai Merlin! – disse Hermione andando para o lado de Cedric. – Você está bem?

 

            _ Tô. – disse Cedric sério.

 

            _ Poxa Cedric, você não pode passar um dia sem levar ameaças de morte? – perguntou a garota ainda preocupada, pois ele não a deixava ver seu punho.

 

            _ Não quando estou perto de você. – disse Cedric num tom mais leve.

 

            Todos estavam olhando a cena meio pasmos. Algo como... Desde quando eles eram amigos? Amigos.      

 

            _ Ced, acho melhor começarmos a andar. – disse Rudy tentando tirar a atenção de todos dos dois.

 

            Cedric assentiu com a cabeça e suavemente pegou o braço de Hermione e conduziu-a para sua frente. Hermione sentiu um arrepio por todo o braço. E ficou feliz por Cedric não ter mencionado. Mas ele percebeu.

 

            Todos estavam andando em grupo e estava meio difícil para Hermione chegar perto de Cedric e perguntar o que estava na sua cabeça desde quando ele a salvou. Até que uma hora, ficaram ele e Rudy mais para trás. Hermione desacelerou o passo para ficar ao seu lado.

 

            _ Hey, Mi. – cumprimentou Rudy sorrindo.

 

            _ Oi Rudy... – respondeu Hermione também sorrindo.

 

            _ Oi... – disse Cedric sorrindo. Os joelhos de Hermione ficaram fracos e ela cai pra frente. Cedric a segura na hora exata. – Cuidado... Nossa, você tem mesmo uma cisma em cair... – diz ainda sorrindo.

 

            _ Aham... – diz Hermione ruborizando.

 

            _ Você concorda? – pergunta Rudy confuso.

 

            Cedric está ainda sorrindo e Hermione ainda está em seus braços. Ele queria entender porque ela tinha tido aquela reação ao seu toque. O arrepio.

 

            _ Gente, tomara que tenha torta! ADORO TORTA! – gritou Rudy para fazer eles saírem de qualquer dimensão que estivessem e voltassem para o mundo mágico.

 

            Cedric solta delicadamente Hermione e os dois olham meio confusos para Rudy. Pensando que ele era retardado ou coisa assim. Bem, Cedric já estava acostumado.

 

            _ Ah, é um curso que eu fiz para me lembrar das coisas. Eu grito para não esquecer. – disse Rudy como se fosse a ciosa mais normal do mundo.

 

            Hermione olha bem para cara dele e cai na gargalhada. Daquelas que você não controla e não consegue parar. Você ri por ouvir você mesmo rindo. Cedric olhou-a rir e ficou hipnotizado, rindo junto, num sorriso cauteloso como se cada som emitido na risada de Hermione precisasse ficar em sua memória sempre.

 

            _ OLHA A BABA! – gritou Rudy olhando para Cedric. Hermione olhou para o próprio e começou a rir mais ainda. Cedric olhou para o chão encabulado.

 

            _ Não! Não fica assim! – disse Hermione involuntariamente colocando sua mão no rosto de Cedric. Ele tremeu.

 

            _ APAIXONA.... – Rudy ia gritar e num reflexo incrivelmente rápido Cedric tapa a boca dele antes que possa terminar.

 

            _ Ced... – chama cabelos lisos e pretos ao longe.

 

            _ #$¨&**¨$## - o que foi pronunciado por Rudy só pode ser pronunciado pelo o que ele conseguiu emitir depois, já que Cedric tampava sua boca. – Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii. 

 

            _ Aqui! – respondeu Cedric chamando Cho.

 

            _ Ah! Graças a Merlin! – Cho empurrou, EMPURROU, Hermione e se jogou nos braços de Cedric.

 

            _ Simpática, né? – disse Hermione entredentes – Adoro ela!

 

            Rudy não pôde deixar de rir.

 

            _ Muitas cabanas foram incendiadas! – disse Cho. – Inclusive a nossa!

 

            Cedric olha aterrorizado.

 

            _ Que? Estão bem? Meu pai? Onde ele está? – perguntou aflito.    

 

            _ Não, ele está bem. Estava ajudando com os comensais. – disse Cho para acalmá-lo. – Os mais velhos estão ajudando a “limpar a bagunça” cada menor vai ser levado para uma barraca que não foi destruída com a supervisão de um responsável.

 

            _ Nós devíamos estar lá, temos o direito de saber o que está acontecendo. – disse Hermione referindo-se a “reunião” dos mais velhos.

 

            _ Você gosta do drama, não é? – disse Cho encarando Hermione. – Você não pode ficar nem uma vez sem se meter no que não é seu assunto.

 

            Cedric olhou para Cho com uma cara confusa e de reprimenda e Rudy olhava de uma para outra esperando o momento em que as duas iam começar a se atracar. Ele apostava na Mione.

 

            _ É,eu não tô acostumada a ficar sentada de braços cruzados sem fazer nada... – disse Hermione, as ultimas palavra com desprezo. – que preste.

 

            _ Uhhhh! – disse Rudy. Cedric deu uma cotovelada nele.

 

            _ Meninas eu... – tentou começar Cedric mas foi interrompido por Cho.

 

            _ É isso que deveríamos fazer, somente esperar. – rebateu Cho.

 

            _ Se bem me lembro o mundo bruxo só sobreviveu por causa das pessoas que tiveram coragem de agir por uma causa maior. Tiveram medo de arriscar suas vidas. – Hermione estava falando, mas Cho interrompeu.

 

            _ Como pode dizer que eles foram corajosos se tiveram medos? – perguntou Cho debochada.

 

            _ Ter coragem não é a ausência do medo, é somente o fato de que tem algo mais importante do que o medo. – finalizou Hermione, com sua mania de professora.

 

            _ Uhul! Bravo! – disse Rudy batendo palmas. Cedric deu outra cotovelada nele. A tensão estava aumentando até que...

 

            _ Uma menina bonita e filosófica... que sorte eu tenho! – disse Jack chegando por trás de Hermione, falando do seu ouvido. Hermione leva um susto e vira para trás ficando a 3 centímetros do seu rosto, mas chegando logo para trás por impulso.

 

            Cedric fecha os punhos outra vez. E morde os dentes.

 

            _ O que você está fazendo aqui? – disse Cedric numa voz que assustou até Rudy.

 

            _ Não te disseram Ced? – perguntou Jack debochado. – Eu vou passar a noite com a Mi! – disse risonho.

 

            _ O que?! – perguntou cedric com a voz fria. Sua mão se deslocando para a varinha.

 

            _ O QUE?! – perguntou Hermione escandalosa.

 

            Jack deu um risinho malicioso.

 

            _ Não, na mesma barraca. – disse ele.

 

            _ Como assim? – perguntou Hermione com um tom ainda um pouco escandaloso.

 

            _ A minha foi queimada e me resignaram para a barraca 23b. É a sua. – disse todo contente.

 

            _ Espera! – disse Cho como se fosse morrer. E Cedric  segurou pela cintura.

 

            _ O que foi? – perguntou preocupado. Hermione fez uma careta.

 

            _ Barraca 23b? 23b?! – perguntou Cho ainda sem acreditar e ninguém ali estava entendo o que estava acontecendo.

 

            _ Cho, você está me deixando preocupado. – disse Cedric sério.

 

            _ É... é aonde nós vamos ficar. – respondeu ainda incrédula.

 

            _ Sério? – perguntou Cedric com uma expressão indecifrável. Ao olhar para Jack seu olhar se tornou frio.

 

            _ Sério...? – perguntou Jack desapontado.

 

            _ Sério?! – perguntou Rudy animado.

 

            _ Sério. – respondeu Cho séria.

 

            _ Esta vai ser uma looonga noite. – suspirou Hermione começando a andar na frente de todos.

 

            ●●●

 

            Depois de muito andar, muitas cantadas de Jack  e Cho rindo para Cedric e mexendo em seus cabelos perfeitos, chegaram na barraca.

 

            _ Você dorme vestida assim todos os dias? – perguntou Jack para Hermione em mais uma cantada. Não se encabulando nem um pouco em ficar DESCARADAMENTE olhando para as pernas da garota.

 

            Hermione corou.

 

            _ O quê ? – perguntou Hermione sem jeito, puxando a camisola para baixo.

 

            _ Porque se for assim eu vou querer dormir todos os dias na sua barraca! – disse Jack com um sorriso malicioso e perfeito.

 

            _ É... – Hermione ainda não conseguia pensar. Estava envergonhada e fascinada com o sorriso de Jack. Gina tinha razão, ele era realmente bonito.

 

            _ Mi, você pode ir ajudar a mamãe a pegar mais travesseiros? Você é boa em feitiços. – disse Rony escondendo o desprezo por Jack em sua voz.

 

            _ Eu te ajudo! – disse Jack rapidamente.

 

            _ É melhor todos ajudarem. – disse Sra Weasley totalmente aérea a situação.

 

            Todos foram para dentro da barraca ajudar. Cedric e Cho riam de algum comentário do rapaz, enquanto trocavam fronhas e mais fronhas.

 

            _ Ahahaha... Ced você é tão engraçado! – disse Cho com um riso histérico e irritante.

 

            Do lado oposto ao deles estavam Hermione e Gina trocando fronhas de travesseiros também.

 

            _ Ahahaha... Olha Ced, você tem cotovelos! – disse Hermione numa imitação debochada de Cho.

 

            Gina riu.

 

            _ Essa garota parece perfeita, né? – perguntou Gina enquanto olhava Harry encarando Cho.

 

            _ Ela é... diferente. – disse Hermione tentando ser legal com a Cho.

 

            _ Ah, Mi! Ela é linda. – disse Gina derrotada.

 

            _ Mas você tá assim por que? Ela só tem olhar para os “cotovelos” do Cedric. – disse Hermione consolando a amiga.

 

            _ É. Isso de certo modo também é ruim, não é? Ele fica triste. – disse Gina melancólica.

 

            _ Ah Gina! Nem vem! Você vai sair dessa fossa AGORA! Eu já disse que você tem que sair com outros meninos, assim o Harry te nota um dia. E essa Chang aí nem é grande coisa! Menininha mais chata! Parece que tem déficit de atenção! – disse Hermione balançando uma fronha.

 

            _ Eu sei. – disse Gina olhando para as costas de Hermione significativamente.

 

            _ Então... Você não tem que se importar com isso. Ela morre por aqueles músculos definidos... sem falar nos olhos cor de mel... – começou Hermione viajando, até que percebeu o olhar da amiga. -  Quê? – perguntou e Gina apontou para trás dela com a cabeça. -  Ele tá atrás de mim né? – perguntou Hermione.

 

            Gina balançou a cabeça afirmativamente. Cedric inclina a cabeça para frente com a intenção de falar algo para Gina, zoando Hermione. No mesmo segundo Hermione vira para trás disposta a não demonstrar a vergonha que estava sentindo. Mas acabou se encontrando com os olhos cor-de-mel mais perto do que nunca.

 

            _ Ah... – começou Cedric atordoado olhando os olhos castanhos de Hermione.

 

            _ Oi... – responde Hermione num sussurro.

 

            _ Mas Ced já estava aqui! Você não precisa dizer oi! – disse Rudy chegando com mais fronhas.

 

            _ Eu sei... – disse Hermione não conseguindo desviar o olhar.

 

            _ Não tem problema... – diz Cedric num meio-sorriso avassalador. Os dois ficam meio que rindo pro outro.

 

            Gina olha pra Rudy e Rudy para Gina, que olham para Cedric e Hermione.

 

            _ Então... Eu acho que eu vou trocar de par! Eu to entediada com a Mi. E ela não me entende! – disse Gina levantando para sair.

 

            _ Eu também vou! Que fiquem os dois trabalhando juntos! O Cedric não me entende! – disse Rudy andando com fingida indignação.

 

            Cedric olhou para o lado e Hermione pensou que ele iria dizer algo como “Eu não te entendo? Tá maluco?”

 

            _ Mas você não é o meu par! – disse Cedric ao invés do óbvio. Hermione não pode deixar de rir denovo o que chamou a atenção de Cedric de volta para o seu rosto.

 

            _ Não tem problema! -  disse Gina rindo.

 

            _ É! Cho! Vem cá que a gente tem um trabalhinho pra você na parte escura da floresta! – disse Rudy andando em direção da própria.

 

            Cedric e Hermione ainda estavam se olhando quando Hermione conseguia falar.

 

            _ É... Você pode pegar? – perguntou Hermione saindo do transe mais facilmente, já tinha lidado com garotos lindos e perfeitos antes. Ele não era diferente. Não era.

 

            _ Com certeza. – respondeu Cedric hipnotizado pela garota. Na cabeça dele a palavra “pegar” não estava no seu sentido habitual.

 

            Hermione riu.

 

            _ As fronhas... – disse ainda rindo, meio sem jeito.

 

            _ Ah, claro... – disse Cedric chegando um passo para trás corando.

 

            _ Obrigada. – disse Hermione e pegou um travesseiro. Cedric fez o mesmo.

 

            _ Então... Como está o braço? – perguntou ele puxando assunto.

 

            _ Está bem. Graças a você. – disse Hermione casualmente. Cedric sentiu um “baque” eu seu coração.

 

            _ Você não precisava de mim. – disse Cedric com um sorriso tímido.

 

            _ Não, não precisava. – concordou Hermione rindo. – Mas mesmo assim você estava lá. – terminou sorrindo.

 

            Cedric sorriu olhando-a.

 

            _ Por falar nisso... – disse Hermione pensativa. – O que exatamente você estava fazendo ali? – perguntou intrigada.

 

            Cedric parou de supetão o que estava fazendo e olhou para Hermione indeciso.

 

            _ Isso, não posso te contar... – disse Cedric com a mão no pescoço.

 

            _ Sério? – perguntou Hermione jogando o travesseiro na cama. – Você sabe como eu fico nervosa quando não sei das coisas... – disse numa fingida ameaça. Cedric riu.

 

            _ Não, por favor! Não fique zangada. – disse levantando as mãos em defesa. – É só que... é uma coisa delicada e se você contar pra alguém, vai ferrar comigo. – disse ele por fim olhando nos olhos de Hermione.

 

            _ E você acha que eu vou ficar falando pra todo mundo o que você me disse? Fala sério, Cedric, você já tem milhões de admiradoras para fazer isso com você. – disse Hermione sorrindo com a última parte.

 

            _ Você é impossível... – respondeu Cedric rindo.

 

            _ Eu sei. Agora me fala. – retrucou Hermione ansiosa.

 

            Cedric hesitou por um momento.

 

            _ Ok. – disse ele – Mas vai ficar entre nós. – disse olhando-a significativamente.

 

            _ Juro. – disse Hermione tentando não transparecer o quanto ficou arrepiada por ouvi-lo dizer “nós”.

 

            _ Bom... Quando eu ouvi que os comensais estavam atacando eu quis ir lutar com os outros, já sou maior idade, oras! – disse ficando meio frustrado. – Mas a... Cho – nessa hora Cedric olhou para cima para ver a expressão de Hermione e deu um leve sorriso quando a viu fazendo uma careta. – Ela me pediu para não ir. Que eu ficasse com eles. Estava realmente preocupada. Eu não consegui dizer não, então disse para ela que iria procurar Rudy e já ia, mas... Fui para o lado dos comensais e daí eu achei você. – terminou tirando os olhos do travesseiro e olhando para Hermione.

 

            Hermione estava olhando para ele com um pequeno sorriso.           

 

            _ Ah, não acho que tenha sido certo você mentir para ela. Mas, eu faria o mesmo. – falou Hermione ainda rindo. Cedric também riu.

 

            _ Não duvido. – respondeu Cedric rindo.

 

            _ Meninos! – disse Sra Weasley animada. - Todos para as camas agora!

 

            Todos os meninos se ofereceram para dormir no chão, para dar lugar para as meninas dormirem. Mas iria faltar uma cama.

 

            _ Aqui, Cho, você pode dormir aqui. – disse Harry apontando para cama de Hermione.

 

_ Obrigada, Harry – respondeu Cho.

 

_ Pronto, agora todas as meninas têm cama! – disse Harry satisfeito.

 

Hermione olhou para Harry.

 

            _ Ah, Harry... – começou Hermione. Harry se virou e Hermione olhou para cara dele com uma expressão do tipo “Qual foi?”

 

            _ Quê? – perguntou Harry sem entender.

 

            _ Se vocês ainda não perceberam... eu realmente sou uma menina. – respondeu Hermione com as mãos na cintura.

 

            Cedric ri ao fundo, provavelmente lembrando de quando havia dado um tapa nela.

 

            _ Ah... Mi foi mal. – disse Harry meio sem jeito.

 

            _ Tenho certeza de que Hermione não se importaria em dormir no chão. – disse Gina e Hermione não entendeu.

 

            _ Não me importaria? – perguntou Hermione.

 

            _ Só pode ter um problema, Cedric, já que você tem o maior colchão se importaria em dividir com a Mi? – perguntou Gina com os olhos brilhando.

 

            Hermione estava pronta para protestar quando.

 

            _ Não, não me importo. – disse Cedric e logo depois sorriu para Hermione.

 

            _ Então, problema resolvido. – disse Gina – Boa noite. – e depois virou para o lado.

 

            Ela iria sofrer muito quando acordasse de manhã, principalmente se dependesse de Hermione.

 

            _ Boa noite. – disse Hermione entredentes.

 

            Todos estavam tomando os seus lugares quando Jack chegou ao lado do colchão de Hermione, ou melhor, de Cedric.

 

            _ Oi, Mi – cumprimentou Jack e sentou ao lado dela.

 

            _ Oi Jack. – respondeu sorrindo. Instintivamente puxou sua camisola para baixo.

 

            _ Então, estava pesando... – o olhar malicioso de Jack voltou – Se você gostaria de dormir comigo, sabe, no mesmo colchão. Por que eu percebi no jogo que você não se dá muito bem com Cedric. – completou com um sorriso. Hermione fica meio hipnotizada.

 

            _ Não Dawson. – respondeu Cedric sério e num tom que Hermione nunca ouvira.

 

            _ Não estou falando com você, Diggory. – respondeu Jack, num tom seco, mas nem de longe que nem o de Cedric.

 

            _ Mas eu estou falando, Dawson. Hermione não vai dormir com você. Vai ficar comigo. – Cedric praticamente rosnou isso na cara de Jack. Ele não estava sugerindo, estava ordenando.

 

            _ Desculpa, o que? – perguntou Hermione indignada.

 

            _ Você não é ninguém para decidir isso Diggory. Achei que já tinha aprendido isso da última vez. – respondeu Jack, obviamente tentando machucar Cedric.  

 

            _ Hello! Eu tô aqui! – disse Hermione já nervosa.

 

            _ Você devia olhar a sua boca, Dawson, se você realmente lembra do que aconteceu da última vez. – retrucou Cedric. Palavras de ódio saíam de sua boca.

 

            _ PAREM! – gritou Hermione. Os dois se assustaram e olharam para ela. – Eu tô aqui, sabiam?! Será que eu posso opinar em alguma coisa sobre isso? – perguntou irritada por estarem tentando decidir por ela. Como se ela não tivesse opinião. Por favor, né século XXI!

 

            _ Hermio... – tentou começar Cedric.

 

            _ Hermione nada! – gritou ela. – Eu não vou dormir com nenhum dos dois! Vocês são ridículos! – terminou vermelha. E assim saiu andando.

 

            _ Viu o que você fez? – perguntou Jack, mas Cedric já estava na entrada da barraca, atrás de Hermione.

 

            _ Hey, Hermione! Espera! Espera! Que droga, Hermione ESPERA! – gritou Cedric.

 

            Hermione parou de andar, mas continuou de costas.

 

            _ Olha... Me desculpe. Eu não quis em nenhum momento fazer você se sentir reprimida. É só que... o Dawson não é uma pessoa na qual você deva confiar. – disse Cedric chegando mais perto de Hermione parando em suas costas.

 

            _ Eu acho que isso eu é que tenho que decidir, não? – perguntou Hermione ainda de costas.

 

            _ Eu sei. Hermione, eu não agüentei ver como ele estava falando com você. Eu... não quero que ele te machuque. – confessou Cedric com a cabeça baixa.

 

            _ Você não precisa sempre me salvar, sabe? – perguntou Hermione virando-se para ele. Cedric ficou aliviado ao ver que, mesmo com o rosto sério, a raiva havia saído de seus olhos.

 

            _ Eu sei. – respondeu Cedric. – Mas isso não quer dizer que eu não estarei lá para te salvar. – disse Cedric e riu.

 

            Hermione não conseguiu ser indiferente a isso e sorriu. O sorriso dela e de Cedric sustentaram-se, fico até surpresa de escrever isso sobre duas pessoas que acabaram de se conhecer, calorosamente como o de um casal... que se apaixonara? Ai! O amor... mas que droga de sentimento que sempre quando pensamos que o conhecemos nos prega uma peça e muda todo nosso conceito sobre ele! Mas não se alarme leitor, esses dois não estão apaixonados... Como eu disse, acabaram de se conhecer.

 

            _ Parece que vai... – disse Hermione finalizando mais um dos “momentos sorrisos mútuos de Hermione e Cedric” – Você quer me fazer um favor? – perguntou atropelando as palavras que nem haviam saído da boca de Cedric ainda.

 

            _ Depende... – ele a olhou risonho e meio desconfiado.

 

            _ Você faz ou não? – perguntou ela com adrenalina correndo nas veias.

 

            _ Me diz o que você quer que eu faça primeiro! – disse ele não dando o braço a torcer – Eu não vou aceitar nada que você me peça se eu não souber o que é primeiro!

 

            _ Estou planejando entrar na floresta...  – começou a garota ansiosa – Enquanto todos já foram dormir...

 

            _ Por que você faria isso? – perguntou Cedric não querendo acreditar mesmo sabendo a resposta.

 

            _ Vamos procurar o idiota que nos ameaçou hoje e mostrar o que eu posso fazer de varinha na mão! – disse com os olhos brilhantes, quase que em delírio.

 

            _ O que? Você está doida?! – perguntou Cedric fingindo indignação, pois era exatamente isso que ele planejava fazer quando todos fossem dormir... exeto pela... – Presença da garota SUICIDA andando ai na frente! – completou em voz alta.

 

Hermione já estava a uma certa distância, indo sozinha em direção a floresta. Bem, se dependesse do garoto correndo atrás dela o mais rápido que podia, ela não estaria sozinha... nem um momento.

 

            _ Pára de correr! – disse Cedric alcançando Hermione facilmente enquanto a garota não parava por mais esbaforida que estivesse.

 

            _ Eu... não... – dizia ofegante – Pra quê? Para você... me levar... de volta para a...

 

            _ Não vou te levar a lugar nenhum. – disse Cedric bloqueando o caminho de Hermione e obrigando-a a parar, ela ia morrer se continuasse correndo – Só acho que você não vai conseguir enfrentar comensal nenhum sem ar do jeito que está!

 

            _ Ah é... Pois saiba... que eu... já tive que enfrentar muita coisa depois de correr muito! – disse ainda respirando pesadamente.

 

            _ O.k , entendi! Você é forte o bastante para enfrentar qualquer coisa e, de acordo com esse ultimo sermão que me deu, a qualquer hora! – disse dando um meio sorriso que logo se abriu em um inteiro e fascinante.

 

            _ Você está achando que é brincadei... – começou em um tom alto, alto demais, de repente tudo rodou e ela perdeu o equilíbrio.

 

            Pronta para um BUM num chão bem duro Hermione apertou os olhos, mas logo se viu nos braços de um príncipe encantado... Sinceramente! A essa altura ninguém além dela pensaria que ela iria cair.

 

            _ Você está bem? – perguntou Cedric arrependido de ter feito piada dela.

 

            _ Sentindo-se culpado não é? – começou Hermione recuperando o sentido – Bem feito! Ai! – reclamou da pontada que sentiu na cabeça, algo rápido e sem importância que passou rapidamente.

 

            _ Bem feito! Isso é por ser má! – disse Cedric rindo e brincando com Hermione ainda nos braços.

 

            _ O.k... – diz Hermione rindo e encostando o rosto sem querer e seu peito.

 

Ela sentiu o braço dele tremer e tamanha foi sua surpresa por ele ficar nervoso por algo tão simples que ela levantou de supetão e começou a ajeitar as roupas, ele parecia não querer olhar para cima.

 

            _ Vai ficar olhando pro chão para sempre? – perguntou rindo olhando ele parado feito pedra perdidos em seus próprios pensamentos.

 

            _ Eu não perderia a diversão por nada! – disse levantando a cabeça também sorrindo.

 

            E os dois se foram, correndo floresta adentro por entre as árvores, raízes e galhos traiçoeiros atrás de um ser encapuzado do qual não sabiam nada que o diferenciasse dos outros comensais. Sim, era estúpido mas enquanto corriam não parecia ser... A adrenalina apoderava-se de todos os sentidos que possuíam, aquilo era burrice, não autorizado e suicida mas o que eles desejavam no momento.

 

            Barulho entre os arbustos. Cedric que estava muito à frente de Hermione parou abruptamente... Bem o resto você já pode imaginar. BUM!

 

            _ Ai! – resmungou Hermione no chão.

 

            _ Shhhuu! – reprimiu-a Cedric caído no chão do lado de Hermione, também sentindo dor, mas sem fazer escândalo.

 

            _ Shhhuu você! – disse levantando-se.

 

            _ Você não consegue ficar calada por um segundo?! – disse já de pé ao seu lado tentando prestar atenção a algo que ela não via.

 

            _ Quem te convidou para vir? – perguntou indignada com o “CALA A BOCA?!” educado dele.

 

            _ Você... – ele olhou rindo para ela por um segundo e depois se levantou voltando sua atenção para o mesmo barulho que ouvira antes que havia se manifestado denovo, Hermione como estava muito zangada não ouvira.

 

            _ Bem... já vi que não devia ter feito isso... – disse com as mãos na cintura, ele simplesmente ignorava o “ataque” dela, mas prestava toda a atenção na sua mania de mandona, botar a mão na cintura era um sinal disso.

 

            _Ah não...? – disse em um tom baixo, quase sussurrando.

 

            _ Você está obviamente mais acostumado com uma garota educada e perfeitinha feito uma bonequinha... Alguém como a Chang, talvez... – disse a ultima parte com muita dificuldade e não sabia por que se era a verdade.

 

            _ É, a Cho é mesmo meu tipo de garota... – disse prestando toda a atenção na conversa que se seguia.

 

            _ Foi o que eu disse não? – disse Hermione levantando o queixo desafiadoramente, como uma guerreira. – Ela não é nada parecida comigo... Eu com certeza  não faço o tipo dela!Você não esta muito acostumado. – A alguém que fale por si próprio! Pensou.

 

            _ Não consigo ver você como o “tipo” de ninguém... – disse ele casualmente, mas Hermione se sentiu meio ofendida com isso. Cedric ao perceber sua expressão logo acrescentou – Não sei se haveria um cara que conseguisse te impressionar o bastante para que você começasse a nutrir sentimentos por ele...

 

            _ Eu... – começou Hermione mas Cedric tampou sua boca rapidamente, tão rápido que até a assustou.

 

            A razão do sobressalto foi mais um rumorejar vindo dos arbustos ali perto. Winky, a elfo doméstica que haviam visto sentada sozinha no jogo de quadribol, estava tentando sair de uma moita. Movia-se de um jeito esquisitíssimo, com visível dificuldade; era como se alguém invisível estive tentando segurá-la.

 

            _ Tem bruxos malvados aqui! – guinchou ela nervosa ao se curvar para frente e se esforçar para correr. – Gente voando... lá no alto! Winky está saindo do caminho!

 

            E desapareceu entre as árvores do outro lado da floresta, ofegando e guinchando enquanto lutava com a força que a retinha.

 

            _ O que há com ela? – perguntou Cedric sério olhando Winky cambalear para longe gritando coisas sem sentido.

 

            _ Provavelmente não pediu permissão – Hermione disse a palavra com muito desprezo – para se esconder do ataque... Sabe, os elfos domésticos tem a vida duríssima!  - continuou aumentando o tom da sua voz de indignação – É escravidão, isso é que é! Aquele Sr Crouch fez Winky subir até o topo do estádio, e ela estava aterrorizada, e enfeitiçou ela dessa maneira para que nem possa correr quando começaram a pisotear as barracas! Por que ninguém faz nada para acabar com uma situação dessas?! – terminou enérgica, vermelha e sem fôlego.

 

            Cedric somente olhava para ela sem saber o que dizer, sentia-se um completo idiota do lado desse discurso promissor sobre os direitos do elfos domésticos. Então desviou o olhar e se afastou um pouco, frustrado com sua incompetência momentânea.

 

            _ O que foi? – perguntou Hermione, quando o viu se afastar sério, deixando de lado suas práticas igualitárias.

 

            _ Nada... – sibilou ele com as mãos nos bolsos da calça, agora estava virado para ela, encostado em uma das árvores.

 

            _ Fala! – disse Hermione tentando não deixar que a cena dele se encostado naquela árvore pensativo a abala-se.

 

            _ É que... – começou ainda frustrado – O jeito com o qual você falou...

 

            _ Eu disse algo de errado? – perguntou a menina preocupada.

 

            _ Não... Você vai me deixar terminar? – Hermione fez que sim com a cabeça. – O jeito que você defendeu a Winky... os elfos em geral. Tinha mais paixão nas suas palavra do que qualquer tutor qualquer dia teria me ensinado ou talvez  - continuou rindo duramente – mais do que eu possuo... em todo meu ser! Não se acha “Hermiones” todos os dias, não é?

 

            _ Bem, não é um nome que podemos encarar como comum, certo? – perguntou ainda meio perplexa pela “confissão” de Cedric, mas ela ria levemente... ele também.

 

            E então sem aviso, o silêncio foi rompido por uma voz diferente de todas que já tinham ouvido antes; e ela não soltou um grito, mas algo que lembrava um feitiço.

 

            _ MORSMORDRE!

 

            E uma coisa enorme, verde e brilhante, irrompeu do lugar escuro que pouco se enxergava ao longe até o topo das árvores e para o céu.

 

            _ Mas que m... – começou Cedric.

 

            _ A Marca Negra! – disse Hermione horrorizada.

 

            _ Corre! – disse Cedric para Hermione, embora ele praticamente a levasse enquanto puxava seu braço floresta adentro.

 

            _ ABAIXA! – gritou ela para ele fazendo-o abaixar a força.

 

            _ ESTUPORE! – gritaram várias vozes e lampejos de luz vermelha voaram sobre a cabeça dos dois.

 

            _ Parem! – gritou o Sr. Weasley -  Eu os conheço!

 

        Então se seguiu um longo momento de acusações contra Hermione e Cedric vindo do Sr Crouch.

 

            _ Mas nós... – tentou começar Hermione, mas foi interrompida.

 

            _ Cale a boca garota! Você sabe em quantos problemas podem estar metidos agora?! – gritou Crouch, o que fez Hermione sobressaltar de susto e Cedric se pronunciar.

 

            _ Não conjuramos marca nenhuma! RACIOCINA! – respondeu gritando.

 

            _ Quem você pensa que é rapazinho? – disse Crouch, já alterado.

 

            _ Cedric...? – uma voz chamou o nome dele por trás de Crouch.

 

            _ Pai... – disse Cedric aliviado de vê-lo sã e salvo.

 

            _ Este é seu filho? – perguntou Crouch – Ótimo, então talvez possa explicar para seu pai como conjurou aquilo!

 

            _ Nós não conjuramos N-A-D-A! – Cedric começava a perder a paciência e Hermione só assistia ele perder o controle.

 

            _ Não minta senhor! Vocês foram encontrados na cena do crime! – disse Crouch também perdendo a paciência com Cedric.

 

            _ Bartô, – murmurou uma bruxa trajando um longo penhoar de lã – eles são meninos, Bartô, nunca teriam capacidade para...

 

            _ De onde saiu a marca? Respondam! – mandou o Sr Weasley.

 

            _ Dali, - respondeu Hermione finalmente conseguindo falar – tinha alguém atrás das árvores... gritou uma palavra, uma fórmula mágica...

 

            Imediatamente O Sr Diggory empunhou sua varinha na direção apontada por Hermione.

 

            _ Amos, cuidado! – alertou-o o Sr. Weasley  o que só fez Cedric ficar mais apreensivo.

 

            Sr. Diggory trazia Winky estuporada, depois depositou-a no chão e o Sr. Crouch tinha uma cara de quem não podia acreditar.

 

            _ Não! – exclamou ele – Winky? Conjurou a Marca Negra? Ela não saberia fazer isso! Para começar precisaria de uma varinha..,

 

            _ E tinha... – disse o Sr. Diggory mostrando a varinha de Harry, ele provavelmente nem dera conta da perda dela , pois não teve que usá-la, houve o ataque e Chang apareceu em sua vida – Encontrei-a segurando. Elfo! – começou rudemente para Winky que estava fraca e com medo – Você conjurou a marca negra?! DIGA! ANDE LOGO!

 

            _ Eu.. eu não meu senhor... eu não percebo... – dizia Winky atordoada.

 

            _ Não temos todo  tempo do mundo! De quem é essa varinha?! HEIN?!

 

            _ Pare! – gritou Hermione diante de tamanha grosseria para com Winky – Essa é a varinha do Harry!

 

            _ Como? – Perguntou Sr. Diggory.

 

            _ Ele deve ter deixado cair! – completou imediatamente, querendo esclarecer as coisas.

 

            _ Deixou cair? Isso depois que conjurou a marca? Isso é uma confissão?! – perguntava Amos freneticamente, isso estava começando a assustar Hermione.

 

            _ Por favor Amos! – disse o Sr. Weasley – Olhe de quem está falando, você realmente acha que Harry Potter iria conjurar a marca negra?

 

            _ Não... realmente – olhou para Hermione e disse – Me desculpe, me empolguei! Mas então só nos resta a elfa...

 

            Winky estava aterrorizada.

 

            _ Amos! – disse Crouch indignado – Por favor, se você não estiver insinuando que eu ensino a magia da Marca Negra eventualmente aos meus elfos domésticos, não teria onde ela aprender como fazê-la!

 

            _ Não senhor... nunca, ela poderia ter aprendido em qualquer lugar... – disse Amos agora corando.

 

            _ Certamente... – murmurou o Sr. Weasley – Winky? – disse bondosamente virando-se para o elfo – Onde foi exatamente que você encontrou a varinha de Harry?

 

            _ Eu... eu estava encontrando... lá – murmurou ela – no meio das árvores, Senhor...

 

            _ Viu? – disse o Sr. Weasley – Qualquer um pode ter conjurado a marca e depois desaparatado, muito engenhoso não usar a própria varinha, poderia incriminar quem quer que seja e a pobre Winky só acabou achando-a na hora errada.

 

            _ Ainda assim, eu disse que ela ficasse na barraca e ela me desobedeceu. – disse Crouch friamente, o ar naquele ambiente parecia ficar cada vez mais rarefeito – Isto significa roupas...

 

            _ Não senhor, não! – implorava Winky.

 

            _ Mas ela estava assustada! – explodiu Hermione – O seu elfo tem pavor de alturas, e aqueles bruxos estavam fazendo as pessoas levitarem! O senhor não pode culpá-la por ter querido sair de perto!

 

            _ Não preciso de um elfo que me desobedeça – disse olhando friamente para Hermione – Não preciso de uma criada que se esquece o que deve ao seu senhor e à reputação do seu senhor.

 

            Todos se foram e Hermione e Cedric receberam ordens para irem para a barraca o mais depressa possível, mas Hermione não parecia querer arredar o pé dali, o olhar frio de Crouch havia se apoderado de seu corpo e agora ela estava dura feito pedra observando Winky implorar aos prantos.

 

            _ Vamos Hermione... – disse Cedric para ela que não se mexeu – Hermione! – disse mais alto mas não houve resposta.

 

            Até que ela sentiu algo quente apoderar-se dela descongelando-a e possibilitando que ela caminhasse sem nem observar o caminho por onde passava. Era a mão dele, na sua, conduzindo-a até a barraca leve e calmamente. Ele percebeu que ela havia voltado à vida.

 

            _ Como você está? – perguntou parando a uma certa distância da barraca, ela nem percebera que haviam andado até ali.

 

            _ O jeito como a trataram! – disse Hermione furiosa – O Sr. Diggory  - disse nem lembrando do fato do “Sr. Diggory” ser pai de Cedric – chamando-a de “elfo” o tempo todo... e o Sr. Crouch! Ele sabe que não foi ela e ainda assim vai despedir Winky! Não se importou que ela estivesse sentindo medo nem que estivesse perturbada, era como se ela nem fosse humana! – terminou espumando.

 

            _ E la não é... – disse ele com o orgulho um pouco ferido pela menção negativa do nome do seu pai nessa história.

 

            Hermione se voltou contra ele.

 

            _ Isso não significa que ela não tenha sentimentos! O jeito que a trataram é repugnante...

 

            _ Eu sei! – disse ele interrompendo-a – E concordo com você, o Crouch é um idiota! Mas... o “Sr. Diggory” estava muito estressado pela conjuração da Marca Negra... Tente entender... – ela entendia, entendia o porque daquela atitude acima, ele só queria provar que o pai não era um nojento...

 

            _ Ced, me desculpe... – disse ela sinceramente, ele olhou para cima com os olhos meio que arregalados – Eu não quis falar do seu pai, é só que estava muito nervosa e... – ela parou por um momento – Que foi?

 

            _ Você me chamou de que? – perguntou ele rindo.

 

            _ Pelo seu nome... –disse ela sem entender.

 

            _ Não Hermione, você me chamou de “Ced” e pediu desculpas...  – ele sorriu e ela corou. Ele percebeu isso também. Olhou para o céu e colocou a palma da mão para cima.

 

            _ O que você está fazendo? – perguntou ela olhando para ele de conto do olho.

 

            _ Tô vendo se vai chover... – disse rindo sarcasticamente.

 

            _ Ahá! – disse debochando – O único problema da sua piada foi... você esqueceu de usar a graça!

 

            _ Ai! – disse levando as mãos em sua defesa – Você é muito bipolar... –riu divertido.

 

            _ Por que você sempre arranja um jeito de me irritar? – perguntou ela ficando cara a cara com ele. Ele chegou mais perto, mas nenhum dos dois iria ceder a proximidade.

 

            _ Por que me dá a oportunidade? – perguntou rindo.

 

            A tensão existente nesse momento era tão grande que podia deixar qualquer um tonto. Nenhum dos dois dava o braço a torcer, portanto, nenhum se afastava. Nenhum queria se afastar.

 

            _ Gente, onde vocês estavam?! – ouviram ao longe a voz de Rudy que fez os dois darem o braço a torcer e se afastarem rapidamente. – Pessoal, eles estão aqui! – Ele tinha que fazer isso?

 

            Depois de um interrogatório de 1 hora a Sra. Weasley se acalmou, também porque recebeu um pombo correio urgente do marido e se ocupou em lê-o em outro cômodo em que as “crianças” não estivessem.

 

            _ Nossa! – comentava Harry, a todo minuto depois que Hermione lhe entregara sua varinha – Eu nem dei falta dela, muito obrigada por trazê-la Hermione!

 

            _ Você devia agradecer a Winky que foi quem a achou... e agora está pagando por isso... – disse Hermione suspirando melancolicamente.

 

            A mão de Cedric cobriu a sua rapidamente soltando-a logo em seguida, mas isso era mais reconfortante do que parecia, muito mais...

 

            _ Então... – começou Chang empurrando Hermione pela segunda vez naquela noite e ficando sentada ao lado de Cedric. – Como vocês disseram que se encontraram mesmo?

 

            _ Não dissemos... – disse Hermione sentando no único lugar que faltava na “roda”: Ao lado de Jack – Pensamos que vocês pensariam – Hermione sublinhou essa palavra fortemente com a fala – que já que eu saí... – ela olhou de Cedric para Jack – para tomar um ar e Cedric foi atrás de mim para ver se eu estava bem, nós estaríamos juntos... – Hermione disse a última palavra casualmente mas para Chang foi como uma pedra tombando no fundo do seu estômago.

 

            Enquanto todos falavam sobre o recente acontecimento, Rudy debatia um acontecimento mais recente que ele havia presenciado e que não saia de sua cabeça. A cena de Ced e Mi quase... Não! Não podia ser... Pensava. Tudo bem que ele achava que existia uma “atração entre os dois” mas... eles tinham se conhecido hoje. Cedric enfrentaria um longo interrogatório na manhã seguinte.

 

            _ Meninos! – exclamou a Sra. Weasley da cozinha – Olhem que horas são! Vocês precisam dormir! Já para a cama, todos vocês!

 

            _ Ah mãe, na melhor parte da discussão! – reclamou Gina.

 

            _ Não tem mais nem menos, nem igual! Para a cama! – ninguém desobedeceu, pois estavam todos realmente cansados.

 

            ●●●

 

            _ Boa noite Mi! – disseram Harry e Rony.

 

            _ Durma com o anjo, Mi! – disse Gina antes de ir se deitar rindo.

 

            _Boa noite gente – disse Hermione entredentes – E bons sonhos para você Gina...

 

            _ Boa noite, Ced! – disse Chang pronta para abraçar Cedric quando Rudy fica na frente dela.

 

            _ Valeu Ced! – disse Rudy batendo na mão de Cedric – Boa Noite Mi!

 

            _ Boa noite! – respondeu Hermione grata, mas não sabia pelo o que.

 

            _ Aham... – tossiu Cedric para o amigo.

 

            _ Você tá bem?  - perguntou Rudy rindo da cara dele.

 

            _ A Cho também está aqui... – disse repreendendo-o

 

            _ Ahh... – disse contrariado – Boa noite Cho!

 

            _ Aham... – disse ela sem nem dar atenção a Rudy, dando um beijo na bochecha de Cedric e indo dormir.

 

            E quando se pensa que tudo está resolvido e todos vão dormir...

 

            _ Hey linda! – Jack veio falar com Hermione.

 

            _ Hey “lindo”! – disse Hermione brincando. Cedric emitiu um som indescritível de ânsia de vômito.

 

            _ Então... – ele olhou significativo para Hermione – Ainda há tempo de trocar... – Cedric olhou de maneira assassina para ele. Você quer morrer, Jack?

 

            _ Obrigada Jack, mas vamos ficar nos lugares que nos foram resignados, por favor? – completou esperando que não tivesse mais brigas.

 

            _ Você quem sabe linda... –disse pegando o rosto de Hermione e dando-lhe um beijo na bochecha.

 

            Depois de Jack ter se deitado Cedric e Hermione se olharam e riram, denovo!

 

            _ Então em que... – Cedric não conseguiu terminar a frase, pois Hermione começou o tirar sua jaqueta que deixou sua “camisola” ainda mais a mostra, para a garota não era um grande gesto.

 

            _ O que? – perguntou virando-se para ele.

 

            _ Em que lado você quer ficar? – disse suspirando fundo.

 

            _ Ah... sei lá... Esquerda? – disse Hermione.

 

            _ Tudo bem! – disse pegando um cobertor para cada um.

 

            _ Então... – ela não terminara a frase, ele estava tirando a blusa. Claro! Ele não havia trazido pijamas...

 

            _ Que foi? – perguntou ele deitando na cama.

 

            _ Nada! – Você tá seminu na minha frente!

 

            Isso era na verdade um exagero, já que ele estava de calça... Só havia retirado a blusa.

 

            Ela ainda ficou enrolando passando creme no cabelo, na pele, se esticando... até ter “forças” para deitar ao lado dele. Ele só a observava deitado relaxado com os braços atrás da cabeça.

 

            _ Você sempre faz tudo isso só para ir dormir? –perguntou ele rindo.

 

            _ Nem todos têm a sorte de nascerem naturalmente bonitos como você! – brincou. Mas ele pareceu ficar muito satisfeito com o elogio.

 

            _ Você me acha tudo isso mesmo? – perguntou rindo.

 

            _ Não... – respondeu ela sinceramente. Ele ficou meio sério. – Na verdade sempre me perguntei por que eu não podia te ver todo “perfeito” como os outros vêem...

 

            _ Você não me vê “perfeito”? – ele sentou-se e fez aspas no ar.

 

            _ Não... – ela disse com um pouco de medo de ofendê-lo ou algo assim.  

 

            _ Ótimo! Porque eu não sou perfeito... – disse ele com um olhar aliviado.

 

            _ Eu sei! Você é intrometido, cheio de si, metido a herói e um pouquinho arrogante... – disse Hermione se empolgando demais.         

 

            _ Ai! Uau! Espera, que ainda sobrou um pouco do meu orgulho próprio para você destruir... – disse ele rindo sarcástico.

 

            _ Acho que já falamos sobre isso... – disse Hermione sentindo-se à-vontade para deitar na cama e mesmo que não estivesse seu corpo pedia por uma boa noite de sono.

 

            _ É verdade... E você me deu um fora e julgou meus amigos... – disse ele observando-a virada de olhos fechados.

 

            _ É, eu sou bem maluca... – disse Hermione caindo no sono.

 

            Ele a olhou por mais um tempo.

 

            _ E quem diria que nós já passamos por todas essas fases de “conhecimento” em um dia...  – ela não o respondeu – Hermione?

 

            Ela havia dormido, era a coisa mais linda do mundo. Não era perfeita, dormia toda esparramada, sem se importar em dormir encolhidinha e bonitinha em seu cantinho... Assim como era quando estava consciente. Ele tinha que juntar todas as forças que tinha para não cometer uma loucura...

 

            _ Vai ser uma longa noite... – suspirou.

 

●●●

 

            Na manhã seguinte.

 

 


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Notas finais do capítulo

N/A:Tá aí o capítulo 2! Esperamos que gostem e continuem acompanhando a história de Cedric e Hermione. Logo mais personagens aparecerão, com seus próprios conflitos e histórias. Eles podem atrapalhar ou ajudar... Ou atrapalhar ajudando! AHUAHUAHAU! Capítulo 3 chegando...
Beijos,
Naty e Mary ou Nary.