New History escrita por Erica Dragneel


Capítulo 10
Mais Decepção


Notas iniciais do capítulo

Bem... gomen ter demorado! ^^`
Teve umas tretas na minha família e uma maquete bem... complexa que me tiraram todo o tempo do feriado e noites.
Enfim... esse é um capítulo que eu já pensava à tempos em fazer, por causa desse lance com o Igneel e muitas leitoras estarem shippando IgCy. - acho que é assim .-. Cada leitora fala de um jeito, posso falar do meu também v.v - Entããão postei logo um capítulo em que ele revela... opa! Nada de spoiler ainda! Enfim, espero que gostem! :3 Eu estava mesmo afim de esclarecer que não vai ser assim de cara que estabelecerei casais na fanfic >



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Senti o suave toque de seu lábios nos meus. Ele fez uma leve pressão sobre eles e logo senti algo macio e molhado em meu lábio inferior. Eu estava perplexa, mas consegui me afastar. Quase caí da cadeira com o movimento brusco, mas mantive-me estável - eu acho. -.

Meu rosto estava quente e Igneel estava com veias quase saltando de suas bochechas para jorrar sangue.

– G-Gomen... - Ele abaixou a cabeça rápido e girou na cadeira para ficar de frente pro monitor.

– T-Tudo... be-em. - Eu mantinha uma expressão incrédula e desajeitada. Encarei-o por alguns segundos, sem saber o que fazer. Ele parecia distraído com o que estava vendo. Olhei para a tela do computador. Ele estava lendo uma mensagem da Levy.

– Melhor responder logo, antes que esse povo enfarte ou continue com essa idéia escrota de fazer um velório pra você.

– Nani? - Buguei.

– Tipo... SEU velório. - Ele falava mas continuava a dar atenção visual apenas à tela do "pc". Ele mexia no mouse constantemente para continuar a ler os imensos relatórios da vida de Levy McGarden, em forma de e-mail.

– Sério, isso? - Franci o cenho, aproximando-me do monitor. Coisas como "luto" e "saudades" repetiam-se em meio à muitos e muitos e-mails na caixa de entrada.


ℵℵℵ

– Você... pensa em voltar pra lá? - Igneel e eu voltávamos para nossos quartos após uma longa sessão de leituras, choros e consolos sob a baixa luz do monitor do computador da sala de informática.

– Claro. É o segundo objetivo que mais almejo no momento. - Eu disse, sem olhá-lo. Eu prestava muita atenção ao percurso no corredor já escuro.

– Segundo? Qual o primeiro? - Ele perguntou, puxando-me pela mão - que estava entrelaçada à dele por ele andar muito rápido e eu ter dito que poderia me perder em meio aos labirintos que formavam os corredores daquele imenso castelo vitoriano com atualizações para o Século XXI. - para a esquerda.

– Tornar-me forte. Assim, poderei voltar para Magnólia e reencontrar meus amigos e... ele, e não me sentir mais uma... fraca. - Eu podia sentir um buraco enorme possuir meu peito.

– Sokka. - Ele diminuía aos poucos a velocidade de seus passos.

– Mas você devia ter deixado eu responder às mensagens, poxa. A Levy-chan já estava em um level de desespero que nunca presenciei antes. E a Mira-san vai virar o demônio quando ver que se descabelou tanto achando que eu estava morta. Sério, ela vai virar o capeta e-

– Calma. - Eu podia ouvir ele rindo baixo. - Amanhã a gente vai lá de novo, e você responde o povo. Simples. Eu sei que não daria certo você responder naquele estado tão... melancólico. - O pior é que... ele tinha razão. Se eu fosse ao menos tentar responder, ou eu ficaria lá, horas e horas expondo minha vida nos últimos 13 meses, ou encharcaria o teclado com lágrimas involuntárias ou, quem sabe, descontar minha tristeza no inocente computador, lançando-o pela janela ou quebrando-o na cabeça de um certo ruivo tingido.

– Talvez você tenha razão... TALVEZ. - Intensifiquei ao máximo a última palavra, só pra não deixá-lo pensar que poderia ficar opinando em minha vida.

– Olha só... estou ganhando sua confiança, Lia?

– TALVEZ. - Repeti afim de desafiá-lo, mas ele apenas continuou andando e me encarando. Ele era estranho... em um momento, um psicopata, em outro, um homem maduro que ajuda os outros, em outro, tímido e depois, enfim, respeita o espaço e fica caladão. É... ele era bipolar. De repente ele parou de andar e, após eu analisar o local, reconheci ser o corredor dos quartos. Então... havíamos chegado. - Chegamos enfim, hãn? - Tentei fazer piada. Ele pareceu não entender. É, nunca fui boa pra piadas mesmo! - Hmm... tchau então, né? - Ele encarava o chão, então simplesmente fui para meu quarto. Digo, QUASE. Ele me segurou sem brutalidade pelo braço e puxou-me para mais perto de si. Seus braços envolviam minha cintura, fazendo nossos corpos se encaixarem como se odiassem o ar e não o quisessem entre nós. Encarei-o com olhos arregalados e com a certeza de que minhas bochechas estavam tão, mas tão vermelhas, que a mais intensa lava estaria com inveja delas. Eu via seu rosto corado, mas seus olhos estavam cobertos por sua franja rubra que crescera demais. Ele aproximava lentamente sua face da minha, como que estivesse ainda querendo ter a certeza de que eu não recuaria como da outra vez.

Senti seus lábios macios como algodão tocarem de leve os meus. Achei que ele tentaria intensificar o beijo como antes, mas não. Apenas demoramo-nós em duradouros selinhos, e, de vez em quando, mordidas carinhosas e chupões nos lábios. Era como se ele tivesse entendido que, comigo, as coisas aconteciam com o tempo. Não sabia se era mesmo isso que eu queria, mas gostava desse Igneel respeitador, mas que não reprimia impulsos, como o de um beijo - ou vários -.

Ele abraçava-me e brincava com meus cabelos que caiam por minhas costas, e eu envolvia meus braços por seu pescoço fazendo carinhos em sua nuca e de vez em quando puxando de leve seus cabelos ruivos.

Cansei dos selinhos e decidi que queria mais. Passei a língua por seus lábios e ele imediatamente cedeu a passagem e explorei cada canto daquela boca que continha o cheiro viciante de menta. Ele também não ficou para trás, travando uma luta dura e fortemente armada entre nossas línguas. De olhos fechados, eu apenas sentia as sensações que aquilo me causavam. Eu sentia sua boca na minha, cada vez com movimentos novos e mais intensos. Eu sentia seus braços me envolvendo e suas mãos acariciando minhas costas por baixo da camisa. Eu sentia os cabelos de sua nuca arrepiarem-se a cada 2 segundos. Eu sentia a parede atrás de mim enquanto Igneel colocava-me contra a mesma. Eu sentia o peitoral musculoso do tomate e sentia, também, algo que estava acordando cedo demais - eu acho -.

Em meio à meus inquieto pensamentos pensamentos, não percebi quando ele parou o beijo - ou EU havia parado? - e ficou me olhando. Olhei-o também. Encaramo-nos um pouco, incertos do que fazer ou dizer enquanto tentávamos controlar a respiração. Quando pensei em dizer uma coisa qualquer, ele arregala os olhos e dá um pulo para trás - pulo que fora dado com tanta força, que ele bateu contra a parede oposta, quebrando-a e nela fazendo um buraco enorme -.

– Merda. - Ouvi-o murmurar. Fui até lá sem compreender o porquê de ele ter feito isso. Será que... eu beijo tão mal assim?

– Por que fez isso? Meu beijo foi tão ruim assim? - Perguntei e depois bufei e revirei os olhos, apenas colocando os braços rente ao peito, sem oferecer ajuda.

– N-Não! Não é isso... - Ele pareceu frustrado, tossindo algumas vezes por causa da poeira deixada pela destruição da parede e continuou. - É que... - Começou a tossir ainda mais forte e ajudei-o a levantar e o levei até sua cama - já que o quarto na qual a parede fora quebrada era o dele, que ficava em frente ao meu. -.

– Então você só pode ser louco! - Ri um pouco, mas ele parecia preocupado. - Me conta, quê que foi, hein? - Sentei ao seu lado e esperei sua agora crise de tosse passar.

– G-Gomen... - Ele encarava o chão empoeirado. Mas... pelo que ele se desculpava? Pelo beijo?

– Tudo bem. Até porque é a segunda vez... mas não precisa ficar assim e... fazer ISSO - Indiquei a bagunça que agora estava o quarto do ruivo com a mão. - só por causa de um beijo... somos amigos, não somos? - Ele ainda encarava o chão com um olhar desanimado.

– Mas... é que... é meio complicado. - Segurei-o pelos ombros e o girei até ficar de frente à mim na cama.

– Explique. - Eu estava calma, mas me roía de curiosidade. Levantei sua cabeça com o polegar da mão esquerda, segurando seu queixo. Tentei várias vezes sustentar seu olhar, mas ele sempre acabava não me encarando.

– Você vai me odiar por isso, mas é que... - Finalmente ele olhava em meus olhos. - Eu... tenho namorada. - Meu braço que permanecia levantado para segurar seu queixo, caiu. Mas a mão direita coçava como se mil agulhas a estivessem fazendo cócegas.

Foi meio automático. Só percebi o que havia feito após o barulho. Igneel estava deitado de lado na cama e se levantava devagar e de cabeça baixa, mas não me impedindo de ver quatro dedos vermelhos muito bem marcados em sua bochecha.

Levantei e corri em meio aos escombros e pelo corredor mal iluminado e, ao chegar ao meu quarto, desabei. Sim, caí. Caí de cara no chão. Com sorte, não teria quebrado o nariz. Até porquê, se tivesse quebrado ou não, não teria como eu saber. Só o que eu sentia era uma dor sufocante em meu peito e minha cabeça quente e doída.

Só percebi estar chorando quando tentei levantar e vi uma grande mancha de um líquido escuro no tapete azul-marinho - Que de início até cogitei ser sangue -, e dei atenção à meus choramingos baixos.

Com um pouco mais de esforço consegui levantar, e fui para o banheiro. Despi-me e entrei na banheira vazia. Abri a torneira de água quente e fiquei lá olhando pro teto com pequenas lâmpadas fluorescentes o descorando em diversos locais e de diversos tamanhos.

Um banho. Era disso que eu precisava.

Eu ainda sentia correntes líquidas quentes percorrerem minhas bochechas, mas já havia parado com os choramingos. Eu nem sabia ao certo o porquê de estar chorando, afinal, eu nem ao menos o conhecia direito.

A banheira já estava enchendo quase pela metade e peguei alguns sais e os joguei na água, fazendo se formar uma densa espuma.

Talvez... por eu, mesmo que lá nas mais profundas entranhas de meu inconsciente, já tenha entendido que homens não prestam. Não comigo. Eles apenas me usam. Fazem com que se tornem íntimos de mim, me protegendo e me ajudando com a inocência de um anjo, mas nunca irão me querer como uma única, como A única.

Saí da banheira e me olhei no espelho, já enrolada em uma toalha branca e macia.

Olhos um pouco inchados e nariz vermelho. Ótimo! Posso dizer que estou doente e nunca mais dar um passo pra fora do quarto. Ou, quem sabe... suicídio.


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Notas finais do capítulo

E aê? .0.
Gostaram? .0.
Eu disse capítulo passado que só postaria esse com no mínimo 5 comentários, hai? Então... eu seria ingrata pedindo uma recomendação. pro próximo? =^.^"= É que tava pensando... faz tempo que não recebo, poxa! *^* E me enforçei tanto nesses 10 capítulos... :3
Bem... é um pedido, não uma troca v.v

Ps.: É uma troca, não um pedido v.v

Kissus sabor M&M's :3
Jya ne! =]