Más Vale Tarde Que Nunca ! escrita por Joycce Andrade


Capítulo 43
Pensar É Um Ato, Sentir É Um Fato !


Notas iniciais do capítulo

Espere que gostem.
O próximo cap e o ultimo, fora a prévia T.T
Já estou iniciando os preparos para a minha nova fic, Apolo e Ártemis.
Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/348681/chapter/43

POV/AUTORA/JOYCCE ANDRADE

Sabe quando a pessoa está disposta a te ajudar, sem receber nada em troca ? Isso se chama amizade.

POV/ÁRTEMIS

Eram muitas informações para serem digeridas de uma só vez. Minha cabeça estava a mil. Meus pensamentos completamente embaralhados.

– Atena, eu... – Não termino de falar, pois nenhuma resposta inteligente se formula em minha mente, atordoada.

Ela suspira.

O frio ártico daquele lugar congelava aos poucos todos os meus ossos. Minha mente era um simples e incompreendido borrão.

Tudo e tão surreal !

– Não precisa dizer nada, eu sei que o que ela propôs e algo que um dia ia acontecer. Quando fiz meu juramente, eu no fundo sabia... Ele não duraria pela eternidade – Diz, calmamente.

– Eu sei disso. Sempre fomos muito claras sobre isso. Eu também irei, ocasionalmente, me desprender desse juramente, mas... Isso tudo e muito repentino. Essa idéia que ela propôs e insana, principalmente, porque Poseidon não poderá saber – Minha voz sai compreensiva.

– Só... Por favor... Não conte nada a ele, é... Eu preciso retomar o controle da minha vida, apenas isso – Diz, dolorosamente.

Suspiro.

– Tudo bem ! Atena, eu sempre te tive como um exemplo a ser seguido. Como a deusa tão inteligente e perspicaz que você é, sempre me orgulhei em ser sua irmã, nunca que irei te abandonar. Amigas são para isso... Nunca abandonar uma as outras – Digo, sendo o mais sincera possível.

– Vamos embora, antes que congelemos aqui e sintam nossa falta no palácio – Diz, secamente.

Eu sei que a nossa Atena, forte, teimosa e sabe tudo, ainda esta ai, ela apenas precisa de motivos fortes para voltar.

[...]POV/AUTORA/JOYCCE ANDRADE

O tempo deixa perguntas, mostra respostas, esclarece dúvidas, mas, acima de tudo, o tempo trás verdades.

[...] POV/ATENA

Me jogo na cama de casal do quarto de Poseidon, ocasionalmente, meu quarto também. Ártemis tinha me deixado ali sozinha, para que tanto eu quanto ela pudéssemos pensar melhor.

Minha mente girava e girava, como um redemoinho descontrolado e furioso. Meus pensamentos conturbados eram todos em volta da conversa que tive com Pandora, uma mulher um tanto deferente do que imaginei que seria.

“ Entro na caverna gélida, depois de uma grande luta para convencer Ártemis a não entrar comigo. Tudo era bem iluminado e nítido. Bem diferente do que eu esperava. Entre em um labirinto, um pouco menos descomplicado do que o de Dédalo.

Logo encontro uma porta de madeira revestida em gelo transparente. A mesma estava emperrada, mas com um pouco de força consigo abri-la.

Era um quarto, lindo por sinal. Tinha uma lareira onde o fogo bailava em tons de vermelho, amarelo e azul. Uma grande cama dossel, com lençóis de seda e travesseiros de pluma. A decoração era rústica. Um tanto medieval. Em suma, o quarto era acolhedor.

Naquele cômodo se tinha mais duas portas, fora a que eu tinha entrado. Suponho que uma era o banheiro e a outra o closet.

Pandora não estava ali, o que achei estranho, até que uma porta se abre, revelando um banheiro luxuoso e uma Pandora sofisticada demais.

Ela me olha de cima a baixo por entre os longos cílios pretos. Me sinto desnuda e intimidada perante seu olhar meticuloso e seu porte elegante.

Droga, eu deveria ter me arrumado mais.

Ela sorri singelamente, e vem em minha direção, enevoando longo e estonteante vestido cor de cobre alaranjado.

Pandora Look:http://image.dhgate.com/albu_311009590_00-1.0x0/vintage-black-grey-graduation-dress-tony.jpg

Me sinto um tanto... Desleixada. Com minhas vestes informais, que consistiam em uma saia longa atrás e curta na frente, preta e de um decido leve. Uma blusa bege de um tecido leve também. Um sinto marcando minha cintura. Uma casaquinho preto e com detalhes em dourados no final da manga. Uma meia calça preta 3/4. Em uma sandália pesada.

Atena Look: http://cdn4.lbstatic.nu/files/looks/medium/2011/12/18/1794011_lookbook.jpg?1324223952

Me vesti as presas, então não tive tempo para me produzir melhor, algo que me arrependo e muito.

– Olá, Atena – Sua voz sai calma, e levemente surpresa.

– Oi !

– O que a trás a minha humilde prisão ? – Pergunta, interessada.

– De humilde essa sua prisão não tem nada – Digo, sarcástica.

Ela me lança um sorriso triste e solitário.

– Eu preciso de sua ajuda – Solto de uma vez.

– Achei que precisasse, afinal, para que mais uma deusa olimpiana viria me ver ? – Seu deboche e bem nítido – Me diga, qual o grande problema que te trás aqui ?

– Como você e dominadora e conhecedora da caixa onde se guardava todos os sentimentos bons e ruins, você e minha única fonte de... Liberdade.

Ela me encara, um tanto desconfiada.

– Me siga – Ordena.

Ela entra na segunda porta, onde eu presumia ser o closet, mas que acabou sendo uma imensa biblioteca, feita de estantes congeladas e sofás de tecidos macios e aconchegantes.

Ela faz sinal para que eu me sente ao seu lado em um sofá de três lugares.

– Hum... Me conte sua história, deusa da sabedoria – Pede.

Não gosto do modo como ela profere minha identidade como deusa da sabedoria, parecia até que a mesma debocha-se em silencio de mim.

Relato-lhe tudo, desde meu começo de namoro até minha reencarnação. Ela ouve tudo atentamente, sem dar muita importância para a minha história.

– Fascinante, muito fascinante – Diz para si mesma.

Olho-lhe confusa.

– O que é fascinante ? – Minha voz sai seca e indulgente.

Ela solta um risinho baixo.

– Te dou um ano para que enlouqueça – Diz, calmamente.

Sinto uma descarga elétrica, nada boa, transpassar por meu corpo, se alojando eu meu cérebro.

Sinto tremores me atingirem, um atrás do outro.

– Como assim ? – Minha voz sai falha.

– Eu já vi um caso desse. Foi a muito tempo, mas tempo do que poça imaginar. Você nem residia na terra ainda. A pessoa em questão morreu, depois volto a vida, pois era um deus, imortal como todos sabem. Ele voltou normal, do mesmo jeito que partiu. Brincalhão e educado. Aos poucos ele foi mudando, suas atitudes eram agressivas e perigosas. Ele se tornou sombrio. Até que um belo dia, ele enlouqueceu de vez – Diz, como se falasse do tempo – Então seu pai para proteger os outros deuses e seu próprio reinado o condenou a uma prisão solitária e sombria, mas sombria do que ele mesmo era, mas sombria do que o bale mais profundo do Tártaro. Seu pai o aprisionou em minha caixa – Revela, seus olhos transmitiam um fogo de puro ódio.

Minha boca fica seca, minha garganta vai se fechando aos poucos.

Será que ele teria coragem de fazer isso comigo, me aprisionar em uma caixa ? Me fazer provar dos piores tormentos já existentes ? Estou enlouquecendo ?

– Tem que haver um modo... Eu não posso enlouquecer... Eu sou a deusa da sabedoria, não posso enlouquecer... Você disse que ele voltou da morte normal, eu não voltei, eu já voltei sem sentimentos, então, eu posso ser diferente dele – Argumento esperançosa.

Ela me lança um sorriso triste.

– Não, Atena. Você não é diferente dele, você é pior – Diz, cortando, completamente, todas as esperanças que tinham se acendido em meu coração – Sendo deusa da sabedoria, você tem uma mente diferente das dos demais, ou seja, sua mente, agora, está quase incurável.

Me encolho no sofá, tremula, completamente desnorteada e furiosa comigo mesma.

Lagrimas vazias caem de meus olhos, umedecendo e queimando meu rosto.

– Ainda bem que se existe uma cura paira isso – Pandora fiz, generosamente.

Olho para a mesma, uma ponta de esperança paira sobre mim.

– Qual ? O que é a cura ? – Pergunto, rapidamente.

– Não quero mais ficar aqui, esse lugar e entediante e frustrante. Como o mundo está ? Mudou muito ? – Me pergunta, mudando completamente de assunto.

– O mundo continua no mesmo lugar em que você o viu pela ultima vez. É sim, ocorreu grandes mudanças – Respondo suas perguntas, atordoada – Qual é a cura ?

– Hum... Não me lembro, só sei que ela existe – Diz, debochadamente.

– O que queres em troca dessa informação ? – Pergunto, já aflita.

– Minha liberdade de volta. Não quero mais ser baba de um doente mental – Diz, ácida.

– Só isso ?

– Sim. Bem se comigo, com você se curando eu só tenho a ganhar. Não terei mais que cuidar desse babaca louco, e não terei o desprazer de que se você enlouquecer, eu ter que cuidar de você também – Diz, sorrindo diabolicamente.

Engulo em seco.

Até ela pensa que Zeus me colocaria em uma caixa.

– Me prometa que não vai machucar ninguém se eu te liberta – Peço.

– Eu não tenho a mínima vontade de machucar alguém, Atena. Eu só quere redescobrir o mundo. Se isso não é o bastante para que acredite em mim, eu te dou a minha palavra como deusa que não irei machucar ninguém. Se possível, eu nem quero ver Zeus novamente – Diz, decidida.

A palavra de um Deus e sagrada, então, ela não fará nada. Menos mal !

Suspiro.

– E como ficaria sua caixa com o Deus louco dentro ? – Pergunto, verdadeiramente curiosa.

– Ele está adormecido e contido por muitos feitiços, não acordara a não ser que queiramos... Recapitulando, a não ser que Zeus queira, já que quem detém esse poder para tira-lo da caixa e somente seu pai. Nem sei o porque ele me enviou para cá para ficar com ele. Talvez seja porque ele não consegue me tirar de sua mente – Diz, com certa indignação e malicia.

– Ele nós contou que te enviou para cá porque você abriu a caixa e liberou as coisas boas e más na terra. Que você estava aprisionada aqui. Ele até nós proibiu de vim aqui – Digo, ressentida.

Ele mentiu para mim e todos. Será que Poseidon sabia ?

– Seu pai e bom mentiroso. Mas não estou recendida com ele – Diz.

Você não, mas eu sim.

– Vamos direto ao ponto, me diga como eu consigo voltar a controlar meus sentimentos – Ordeno.

Ela retorce os lábios em desgosto.

– Hum... Como a morte provoca sentimentos fortes, para que você volte ter seus sentimentos em ordem, você deve provar de três sentimentos mais complexo do que a morte e sentimentos esses que você nunca provou de uma vez só – Diz, naturalmente.

– Quais são ?

– Vamos, adivinhe, você e tão esperta – Me provoca.

Penso cautelosamente, muito concentrada.

– Um desses sentimentos deve ser o amor, pois todos falam que ele é um dos sentimentos mais fortes. Mas eu já senti, eu acho, com Poseidon – Digo, mas para mim do que para ela.

– Exato. Tem mais dois – Me incentiva.

Me concentro mais ainda.

Só que os outros dois não me vem a mente.

– Não sei – Opto bela verdade.

Ela suspira.

– O primeiro sentimento é o amor, que é um sentimento totalmente bom, o segundo e a dor, que é um sentimento totalmente ruim. É o terceiro e ultimo, e o prazer, que eu uma mistura de bom e ruim, dependendo de sua proporção – Explica.

– Eu já senti amor e ódio. Eu sento prazer em ler livros, então, eu já senti todos esses sentimentos – Digo cética.

– Você se esqueceu de um pequeno detalhe... Você precisa sentir todos esses sentimentos juntos, de uma só vez – Me lembra.

– Mais... Hum... Isso e quase impossível – Digo, convicta.

Ela me olha, risonha.

– Não, não é. Existe uma forma de você sentir todos esses sentimentos juntos... – Seu sorriso e tão malicioso que ela não precisa completar a frase, não mais.

– Sexo ? – Pergunto, com medo de sua resposta.

Ela sorri largamente.

Era essa minha salvação... Eu fazer sexo.”

Saiu de meus devaneios.

Tudo se resumia em sexo, tudo.

Suspiro.

Minha vida estava cada ver mais complicada.

Mas pelo menos, eu sei um modo de parar com tudo isso.

[...] POV/ÁRTEMIS

Me olho no grande espelho que havia ali.

Hum... Nada mal !

Eu trajava um vestido creme todo em seda, belíssimo. Lembro-me de que quem me deu o mesmo foi Perséfone, no meu aniversário do ano passado. Ela me disse que ele combinava perfeitamente com a minha personalidade. Romântica e moderna. Eu calçava também um sapato de salto médio, cor creme, que Afrodite tinha me dado, também no meu aniversario passado.

Ártemis Look: http://i299.photobucket.com/albums/mm313/soinwo/pics3/taylorswifttenawards.jpg

Apolo tinha me convidado para um jantar, para que possamos espairecer. Ficamos mais calmos. E é claro, comemoramos juntos nossos dois meses de noivado. Me lembro como se fosse ontem, o jeito atrapalhado e desajeitado que ele me pediu em namoro.

Sorriu com essa lembrança.

Eu o deixei louco.

“Olho para Atena, que dormia serenamente, com seus cachos esparramados pelo travesseiro.

– Ártemis... Eu tenho algo a te dizer... Não, pedir. Eu tenho algo para te pedir – Diz meio nervoso.

Olho-lhe desconfiada, mas levemente divertida.

– Peça – Minha voz sai baixa e doce, como eu queria.

Ele coça a cabeça, nervoso.

– Hum... É meio difícil de te pedir... Eu não sei se devo te pedir – Diz por fim.

Minha curiosidade só aumenta.

– Apolo, para de me enrola e peça logo – Ordeno, com a voz trasbordando divertimento.

Ele suspira, dolorosamente.

– Bem, você é uma mulher...

– Qual foi sua primeira pista ? – Pergunto irônica.

Ele me olha feio.

Sorriu, um sorriso travesso.

Por mais que eu sentisse falta de Atena, eu sei que ela não iria querer me ver no fundo do poço.

– Como eu estava dizendo – Me olha feio – Você e uma mulher, uma bela mulher, por sinal. Seus cabelos cor de fogo...

– Não, são cor de água de salsicha – Digo, sem conseguir me conter.

Ele explode.

– Puxa, Ártemis ! Me deixa fala, caramba. Eu to aqui, me esforçando para entra no clima...

– Clima para que ? – Pergunto, inocentemente.

– Se você me deixasse terminar de falar, IA SABER.

Me encolho, ainda risonha.

– Ta bom. Calma, amor. Você ta muito nervoso, assim sua pressão não agüenta – Brinco.

Ele bravo era a coisa mais linda do mundo. Ficava vermelhinho e em algumas ocasiões até biquinho fazia. Não que as atitudes dele se tornasse as de um menino mimado, não nunca, porque se tinha algo que ele nunca foi nem nunca seria era um menino mimando.

Ele se senta em uma poltrona ao lado da cama.

Eu sabia que internamente ele fazia de tudo para se acalmar.

Vou até o mesmo, faço um leve carinho na lateral de seu rosto, na bochecha e contorno seus lábios com meu polegar.

– Desculpa, eu sei que estou te enchendo demais, e só que, você bravo fica a coisa mais linda do meu mundo – Digo sincera.

Ele sorri, já calmo.

– Eu sei que as vezes sou chato, mandão, um pouco insuportável, mas é só porque... Você é a única pessoa que consegue alegrar meus dias e noites – Diz, ternamente.

– Eu te amo – Digo, emocionada com suas palavras.

– Eu também te amo.

Ele sela nossos lábios com um beijo casto e devorador. Sinto as familiares borboletas dançando por dentro de meu baixo ventre.

– Posso não ser o Deus mais correto, mas posso tentar ser o mais correto para você – Ele toma fôlego e coragem – Ártemis, você aceita se casar comigo ?”

Bem, eu acho que não preciso dizer que aceitei, não é ?

Prometamos para nós mesmo que só nos casaríamos depois que Atena acordasse, poderia demorar o tanto que fosse, mas só nós casaríamos depois que ela acordasse.

Dou uma breve ajeitada no cabelo e sigo, com um sorriso idiota no rosto, vou de encontro ao meu amor.

[...]POV/AUTORA/JOYCCE ANDRADE

“Não é necessário mudar, nem obrigatório, apenas é preciso!”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram ? Comentem *-*
PS: Se vcs não conseguirem ver os vestidos clicando em cima do link, e só vcs copiarem os links e cala-los em outras janelas, dai poderão ver *-*
BjsS.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Más Vale Tarde Que Nunca !" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.