Más Vale Tarde Que Nunca ! escrita por Joycce Andrade


Capítulo 40
Quando O Amor Acaba ? Ou não ?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do cap, fiz com muito amor. Não sei se ficou bom, não mesmo. Más espero que gostem.
A fic só terá mas três ou quatro capítulos, e logo acaba.
Espero que gostem...
Boa Leitura.



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Um... Dois... Três...

Vazia. Incompleta. Atormentada e com os sentimentos a mil. Essa sou eu, meu novo eu.

Três belos peixinhos dourados transitam, além do teto de vidro, daquela luxuosa sala privada, onde tudo começou, é onde tudo tem que terminar.

Olho para além do vidro, para a imensidão azulada que predominava lá fora, imersa no turbilhão que era meus pensamentos e sentimentos.

Devastada e incompleta, era assim que eu me sentia – Um quebra-cabeça incompleto. Faltavam-se peças que pudessem me completar. Peças essas que se perderam ao longo de minha morte. Tudo a minha volta era tão vazio e distorcido. Era como se eu ainda estivesse morta. Eu não sentia nem o prazer de esta à respirar novamente.

Fecho meus olhos, lembrando-me claramente de como foi impactante acorda hoje mais cedo.

“ Abro meus olhos atordoada. Completamente perdida e confusa. Eu sentia um vazio aterrorizante.

Quando O Amor Acaba

Tento me levantar

Acabei de acordar

Tão confusa estou

Sem saber onde vou.

Olho em volta a procura de uma luz, uma salvação. Alguém a quem eu pudesse me segurar e me estabilizar. Mas só encontro a vazio, á ausência de uma presença humana.

E fui, uma menina apaixonada por teus carinhos

Sou, sou um carro sem motor

Buscando sem saber, alguém para conhecer.

O vazio em meu peito, no lugar onde bate meu coração, aumenta gradativamente. A única perfeição de vida e a alegria... Não tenho alegria alguma em meu coração. Só dor... Esmagadora e voraz.

Mas logo fico a pensar

Que com outra estás ficando

E vou, arrumando cicatrizes no coração

Que não, segue em outra direção.

Me levanto vagarosamente, pois sinto cada célula de meu corpo se espreguiçar, como se eu não me movesse a décadas.

Dou uma boa e generosa olhada no quarto, em que me encontrava. Eu já havia estado ali, a muito tempo... Palácio e quarto de Poseidon.

E não posso entender, nem quero compreender

A razão dessa situação, mas não posso seguir

Dependente do seu amor

Se o amor acabou, a paixão terminou

E as lembranças não fazem bem, mas o ontem passou

Hoje logo vai passar também.

Caminho de encontro ao closet. Vejo que todas as minha coisas estavam ali.

Sou acompanhada por meu vazio, por minha angustia e solidão.

Pego uma roupa qualquer e me dirigi para o banheiro.

Meu corpo dormente protestou ao entrar em contado com a água fria do chuveiro.

Já não busco calor, o detalhe da cor

E me nego a pensar, que eu posso te esquecer

E vou, arrumando cicatrizes no coração

Que não, segue em outra direção.

Assim que termino o banho me volto para o quarto, já vestida. Não me preocupei em me olha no espelho. Minha vaidade era um mero empecilho para o que eu esta destinada a fazer.

Caminho com destreza pelos corredores, a procura do deus dos mares. Passo por varias portas e muitos corredores, mas não o encontro. Sinto meu corpo pesar. Desisto de procura-lo, afinal, ele iria me achar, com toda a certeza iria.

Procuro um lugar para descansar, logo encontro.

A sala de visitas particular de Poseidon.

O lugar onde tivemos nosso primeiro encontro a décadas. Onde houve o inicio de uma grande e falha história de amor.

Eu sempre soube, só não queria admitir... Tudo acaba, inclusive o amor.

Mais não posso seguir assim

Porque ainda te tenho em mim.

Saiu de meus devaneios ao ouvi sons de vozes, perto da porta de entrada.

Até que fim...

A porta da sala é aberta.

Poseidon invade a sala olhando para trás.

– Ela não pode ter ido longe. Temos que vasculhar cada centímetros desse palácio a procura dela – Diz, para alguém que não se dignou a entrar no cômodo.

Ao ouvi sua voz sinto meu vazio diminuir um pouco, mas ignoro.

Pigarreio desconcertada.

Ele se vira.

Assim que seus olhos cruzam com os meus, sinto uma forte e dolorosa sensação de perda.

Sua boca se entreabre, vejo seus olhos duplicarem de tamanhos. Ele perde a voz, é a coordenação motora também.

Tento me manter frigida e calma. Mas só ao ver aquele par de olhos lindos, sinto meu coração acelerar.

Não posso dar para trás. Eu não o amo mais... Não posso ama-lo.

Ele parece acorda de seu transe.

Seu sorriso e resplandecente.

Logo sinto braços fortes agarrarem minha cintura. Um cheiro de maresia surge e me inebria.

Seu aperto e forte, quase me esmagando.

– Me perdoa. Por favor, me perdoe. Eu sinto... Sinto tanto... Tanto – Diz, com muita dificuldade.

Não sei o que fazer ou dizer. Não sei se retribuo ao abraço ao se falo algo para consola-lo.

Era tudo tão confuso.

Primeiro minha morte, depois esse vazio. Entre esses dois termos, eu sei que algo aconteceu, eu sei que algo aconteceu durante a minha morte. Só não lembro o que. Não sei se passei esse tempo apenas dormindo, ou em um paraíso. Não sei como é do outro lado. Nem sei se quero descobrir. Algo me diz que e bom mesmo eu não me lembrar. Para piorar, minutos atrás eu tinha plena convicção que não o amava mais, agora... Não sei mais o que pensar, nem o que dizer.

Ele me aperta mais contra seu corpo.

– P-Poseidon... Você tá me machucando – Digo, sentindo uma dor incomoda na barriga.

Ele se separar minimamente.

Seus olhos eram pura alegria.

– Desculpe-me.

Ele volta a me abraça só que dessa vez com menos força.

Percebo que ele não que me afasta de seu corpo por nenhum momento.

– Senti tanto a sua falta, meu amor – Sussurra, bem próximo ao meu ouvido.

Respiro fundo.

Meu coração se comprime.

Como posso não ama-lo ? Como posso ter esquecido-o ?

Um peso enorme e posto em meu coração.

Eu morri ? Eu morri ?

Sinto um tremor passa por meu corpo, depois outro e outro e mais um.

Como posso ter morrido ? Como morri ? O que aconteceu ?

Tudo fica mais enevoado e sofrido. Eu só consegui pensar em minha morte. Em Hefestos e Éris.

– Atena ? – Poseidon me chama, atônico.

Ele me afasta de seus braços por um momento.

Deixo os soluções escaparem. Libero minha lagrimas, para que caíssem livremente.

– Eu morri... Eu morri... EU MORRI – Grito.

Era tudo atormentador.

Sinto ele me aninhar em seus braços, me aconchegar em seu colo.

– Não. Você está aqui... Você está comigo... Aqui comigo – Diz me ninando .

– Eu morri... Morri – Sussurro para mim mesma.

Ele me embala em seus braços.

Lagrimas banhavam meu rosto. Todos os bons e maus sentimentos que eu antes não sentia vem a tona. Todos de uma vez, esmagando meu coração. Aquele vazio desaparece, dando lugar á angustia e a tristeza.

Sinto falta de ar, sinto meu coração a galopes.

Abro a boca a procura de inspirar ar, mas não consigo. Poseidon percebe minha falta de ar e meu descontrole.

– Respire... Respire... ATENA RESPIRE – Grita, me assustando.

Bastou esse grito para que eu volta a respirar. Não sem antes soltar algumas lagrimas de susto e medo.

Ele me olha, com olhos arregalados.

– ATENA – Ouso outro grito.

Me viro, ainda no colo de Poseidon, para ver quem tinha acabado de chegar.

Apolo me abraça fortemente.

– Que saudade, maninha. Que saudade. Nunca mais nós de um susto desses – Me repreende.

E vocês que estão me assustando, não ao contrario.

Ele se senta ao nosso lado, no sofá de frente para a TV.

Minha cabeça girava e girava. Nunca me senti tão... Perdida.

– Como estas ? – Pergunta-me o loiro.

Poseidon acaricia minha bochecha esquerda e depois a direita, com uma ternura e tanto.

Meus sentimentos ainda não eram de total clareza, mas um coisas era certa. Eu não podia terminar com ele, pois talvez eu ainda o amasse. Era tudo tão confuso.

Suspiro.

Como posso ter responder algo, que nem eu mesma sei.

– Não sei, estou... Indo – Digo, sincera e fria ao mesmo tempo.

Enquanto eu não recuperasse o controle de minhas emoções e sentimentos, eu não podia dar-me ao luxo de entrar em um dialogo com eles, eu podia feri-los.

Poseidon se ajeita comigo ainda em seu colo, para que eu e ele ficássemos mais confortáveis. Agradeço-lhe mentalmente, por isso.

Apolo franze a resta perante minha resposta evasiva.

– Como assim “indo” – Faz ênfase na palavra, com incredulidade.

Poseidon também parece incrédulo com minhas palavras.

– Cada um lida com a morte de uma maneira, eu estou “indo” – Enfatizo a palavra com rispidez.

Ele franze a testa, mas logo abre um sorriso.

– Bela resposta, Palas – Me provoca.

Poseidon solta um riso baixo.

Tombo minha cabeça para trás, não demonstro sentimento algum perante aquela provocação. Eles sabiam o quanto eu detestava se chamada de Palas, mas no entanto decidiram me provocar.

Saiu rapidamente do colo de Poseidon. Ele e pego de surpresa, por isso nada faz.

– Ei, volta aqui – Diz, ao me ver saindo, parecia um tanto desesperado até.

– Preciso de espaço. Vocês estão me sufocando. Depois nós falamos – Digo, já saindo.

Sei que logo algum deles vira a minha procura, e só esperar.

Me jogo na cama de casal do quarto dele.

Fito o teto, mas não exatamente prestando a atenção nele.

Se ame ao ponto de não querer o que te faz mal.

Eu faço mal a Poseidon.

Suspiro, tentando conter meus alvoroçados sentimentos.

Passo a mão por meu rosto, sentindo os resquícios de lagrimas. Meu coração batia descontrolado, mas ao mesmo tempo em que eu queria que ele se acalma-se, eu ficará feliz em saber que ele estava a bater.

Acabo por adormecer.


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Notas finais do capítulo

Gostaram ? Espero que sim *-*
Comentem !!
BjsS.