Más Vale Tarde Que Nunca ! escrita por Joycce Andrade


Capítulo 4
Nós precisamos de álibis !




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Caminho rapidamente.

Droga ! Se eu não cuida eu vou me atrasa, penso.

Caminho mais rápido.

Eu não deveria ter ido ajudar Hefestos naquelas forjas. Ele não falava coisa com coisa hoje, penso.

Assim que faço a ultima curva, que daria diretamente para o meu quarto. Meu corpo se choca contra outro corpo. Um corpo musculosos, forte e bem tornado. Para eu me manter mais equilibrada minhas mãos vão de encontro as ombros largos do meu salvador.

Homem ! penso.

Sinto um braço forte envolta da minha cintura. Tenho que dizer, que o calor que emanava daquele corpo me provocou sensações jamais sentidas por mim antes.

Será que é Apolo ?

Não ! Eu conhecia bem esse cheiro de maresia.

- Você não olha mais por onde anda Palas ?

Essa voz rouca, mas incrivelmente sensual me tira dos meus devaneios.

- Foi você que esbarrou em mim cabeça de algas.

- Seus xingamentos já estão ficando batidos.

- Vá para o Tártaro.

- Só se você vier comigo.

Nesse momento um arrepio prazeroso passa pelo meu corpo. Não sei se foi pela mineira sensual com que ele disse isso, ou se foi pelo aperto que ele deu na minha cintura, ao dizer isso.

Antes que eu possa protesta sinto o mesmo me empresar contra a parede.

O que e isso que eu to sentindo ?

Um calor estranho começa a se infiltra no meu corpo. Meu corpo estava levemente doido pela força com que ele me pressionava contra a parece. Seus olhos eram puro fogo. Seu olhar poderia facilmente ser confundido com o olhar de um predador faminto. Seu rosto estava incrivelmente perto do meu. Eu confesso, eu estava com medo do que ele poderia fazer comigo. Quando Ártemis me disse que ele ficou furioso pelo chute, e que prometeu para quem quisesse ouvir, que eu ia pagar. Eu ri, ri muito. Mas agora. Eu estou com medo do que ele pode fazer comigo.

- Esta com medo Palas ?

- N-não...

Seu rosto se aproxima mais do meu. Sua respiração se mistura com a minha. Ele me pressiona mais contra a parede.

- Ai... !

- Te machuquei Palas ? – Pergunto de uma forma sarcástica.

Seu divertimento era visível. Ele estava adorando me ver assim. A mercê dele.

- M-me solta – Minha voz sai fraca. Me condeno por isso.

- E por quê eu te soltaria Palas ?

Ele me pressiona ainda mais contra a parede. Sinto meus seios serem esmagados pelo seu peitoral definido. Movo minhas mãos que ainda estavam em seus ombros, para seu peitoral, o empurrando. Ele sorri.

- Eu sou mais forte que você Palas.

Droga ! Ele e mesmo mais forte que eu.

- Poseidon, me solte AGORA.

- Não levante a voz pra mim Palas.

- Então me solte. Eu não gosto de ser pressionada na parede, por um idiota qualquer.

Ele solta uma risada sonora. Se ele não estivesse a me pressionando naquela parede, eu até poderia esta apreciando sua bela risada.

- Cuidado com as palavras Palas Atena.

- Não me chame de Palas seu energúmeno.

- Palas... Palas... Palas...

O mesmo rir da minha cara a cada vez que me chamava de Palas.

- O que você quer de mim ? – Pergunto. Minha voz sai baixa, mas ainda audível.

- Primeiramente. Eu quero um pedido de desculpas, pelo chute que você me deu.

- Nunca.

- Vamos, pedir desculpas não vai te matar. E olha que eu estou sendo bonzinho com você.

- Eu dispenso sua bondade.

- Não seja mal criada Atena.

- Desculpe-me titio. Mas eu dispenso sua bondade.

- Minha doce sobrinha. Eu acho que você não percebeu direito sua situação atual.

Nesse momento eu sinto o mesmo descola mais nossos corpos, me permitindo respirar melhor. Por um prevê momento fico feliz, pensando que o mesmo ia me soltar. Mas foi por um breve momento, pois logo sinto meu corpo ser pressionado de novo, só que dessa vez com mais força. A mão que estava envolvendo minha cintura afrouxa o aperto. Mal consigo respirar.

- M-me sol-te – Pessoa, já ficando sem ar.

- Peça desculpas que eu te solto.

- N-não...

- Peça !

Meus seios já estava doídos de tanto serem esmagados. Minhas costas também estava doendo, mas o que mais me incomodava era a dor dos meus seios.

- PEÇA !

- Des-culpa !

Sinto o mesmo se afastando. Escorro pela parede indo de encontro ao chão. Começo a inspirar e aspirar o ar rapidamente.

- Desgraçado !

- Ta vendo que pedir desculpas não mata.

Ele me olhar de um jeito estranho, parecia até um pouco preocupado.

- Você já conseguiu o que queria, agora vá embora.

- Na verdade essa era apenas uma das coisas que eu queria.

Olha pra ele com puro ódio. Ele apenas me lança um dos famosos sorrisos de lado dele. Que por sinal o deixa extremamente sexy.

- O que você que mais ?

Vou me levantando com um pouco de dificuldade. Minhas penas doíam um pouco. Mas pelo menos meus seios já estavam melhores.

- Eu quero que você venha jantar comigo hoje a noite.

- Você tá brincando ?

- Não !

O rosto dele realmente não nega. Ele não estava brincando. Ele me olhava como um gavião olhava sua preza. Isso já estava começando a me deixar sem graça.

Os minutos foram se passando. Ele em momento algum desviou seu olhar de mim. Eu não entendia o porque dele querer jantar comigo. Será que ele queria me envenenar ?

- Você não tá pensando em envenenar não, né ?

Ele solta uma gargalhada.

- Qual e a graça ?

- Você acha mesmo que eu quero te envenenar ?

- Você nesse estante tendo me deixar sem ar – Falo seria.

Ele me olha por um estante, parecia arrependido.

- Desculpe.

Não consigo esconder meu choque.

Ele pediu mesmo desculpas ? Não, com certeza isso foi apenas minha imaginação fértil me pregando uma peça.

- O que ?

Ele me olha por um tempo irritado, mas depois suspira, passando as mãos pelo cabelo, bagunçando-o. Ele parecia frustrado com algo.

- Desculpa. Eu não deveria ter sido tão rude com você. Apesar de você ter merecido.

- Eu não mereci.

- Você me chutou – Me acusou irritado.

- Tudo bem. Talvez eu tenha merecido – Fala. Mas me arrependo ao ver o sorriso convencido estampado em seu rosto.

- Eu acho então, que os dois estão errados – Sua voz sai mais rouca do que o comum.

Sorriu fracamente.

- Pois é – Concordo.

- Então... Você aceita jantar comigo hoje ?

- Nos temos a festa da Afrodite pra ir. Eu não to afim de ter ela de novo a 1 da madrugada no meu quarto.

- Nos podemos ir na festa. Mas depois saímos e vamos jantar.

- Ela com certeza notaria !

- Não se nos tivermos álibis.

- Mas quem poderia ser ?

Eu to mesmo prestes a aceitar sair para jantar com o meu maior inimigo ?

Ele sorri de um jeito que eu nunca o vi sorri. Ele estava feliz, muito feliz. E vendo o mesmo feliz. Eu também fiquei feliz.

- Deixa isso dos álibis comigo tá – Fala alargando ainda mais o sorriso.

Seu sorri é contagiante, penso sorrindo de volta pra ele.  

- Tudo bem ! Mas se meu pai descobrir, eu digo que você me obrigou – Falo brincando. Ele solta uma gargalhada.

- Certo. Não se preocupe. Eu assumo todas as responsabilidades.

- Hum... Tá – Nos dois nos encaramos sorrindo um para o outro, nem parecíamos inimigos assim.

- Bem, eu já vou indo.

- Tá !

Vejo o mesmo se afastando. Indo embora, ainda sorrindo.

Suspiro.

Entro no meu quarto sorrindo feito uma boba. Ele tem esse efeito sobre mim. Me deixar louca de raiva e depois sorrindo feito uma boba.

Essa noite promete, penso.


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Notas finais do capítulo

Comentem !!
BjsS.