O frio da noite era assustador, brisa suave, mais gélida demais.

Minha respiração suave era o único som que eu ouvia, a não ser meus próprios passos, rápidos e largos.

Eu seguia a rio, obedientemente.

Sempre descendo.

Meu corpo já dava sinais de cansaço, pouco me alimentei naquela cabana. Mas eu não devia pensar nisso, precisa era pensar em um plano, para caso algum imprevisto acontecesse.

Eu estava em um estado deplorável. Blusa suja de lama. Calça rasgada. Bota cheia de lama e rasgões.

Uma verdadeira lastima.

A noite naquele lugar era sombria e inóspita. A lua era a única luz que guiava meus passos.

Não sei ao certo que horas eram. Naquele lugar, eu não tinha noção de tempo.

O frio era perturbador.

Ouso um som estalado e agonizante atrás de mim.

Me viro, rapidamente.

Nada, não havia nada.

Acelero o passo, logo a minha direita avisto uma trilha. Percebo que o rio se extinguiu.

Ao me deparar com o final do rio a única coisa que vejo e... Nada. Não vejo nada.

Ali deveria ter um monte de guardas, não era ?

Ouso outro som estalado.

Me viro... Nada.

Será que Luke se enganou ? Aqui não á nada.

Decido voltar alguns passos.

Será que foi eu quem me enganei ?

Me deparo de novo com a trilha à direita.

Hum... Por que não ?

Sigo a trilha, certa de que aquele caminho que Luke me passou estava errado.

O som estalado continuava a me perseguir, só que sempre que me virava, nada via.

A trilha não era muito longa. As árvores que faziam seu contorno eram lindas, as mais lindas que eu já tinha visto, na verdade – Tronco e galhos marrons e fortes, com folhas verdes.

Avisto uma cabana velha e mal cuidada, logo a minha frente.

Não tem chance de alguém morar aqui, muito menos os guardas de Hades.

As árvores que cercavam a mesma era lindas, mas lindas até do que as que contornavam a trilha – Belas folhas verde limão, tronco grosso e bem marrom, flores alaranjadas.

Paro perante ela, desconfiada.

O som estalado se faz presente.

Me viro... Mas uma vez me deparo com o vazio.

Sinto uma estranha sensação de cansaço.

Preciso dormi, urgentemente.

Descido entrar na cabana.

Que mal pode fazer ?

Ela estava quentinha, mas nenhum móvel residia ali.

Decido não explorar a cabana.

Isso e um bom sinal. Pelo menos sei que ali ninguém vive, uma preocupação a menos.

Me aconchego em um canto daquela sala de visitas.

Nunca senti tanto cansaço em toda a minha vida.

[...] POV/APOLO.

- Precisamos acha-la. Ela pode está em perigo. Atena precisa ser encontrada o quanto antes – Poseidon brandi, irritado, após Hades perdi para que descansemos.

Meus pés me matavam de dor.

- Eu sei disso, só que precisamos descansar. Já faz mais de três horas que rodamos isso aqui. Já passa das duas da madrugada, Poseidon. Ela não está em nenhum lugar por aqui. Estou exausto, preciso descansar, você mais que todos nós precisa descansar – Diz Hades, calmamente.

- Iremos encontra-la, Poseidon – Tento tranquiliza-lo.   

- Apolo, não podemos parar, ela pode está em perigo – Diz para mim, exasperado.

Ele estava em um estado lastimável. Suas olheiras eram profundas demais. Não sei nem por quanto tempo ele poderia ainda permanecer em pé, já que nem comer ele comia.

- Se... Se eu não... Não a encontra... Eu... Eu... E tudo culpa minha – Se martiriza, olhando para um o nada.

- Por mais que seja duro para mim dizer isso... Nada, infelizmente, nada e culpa sua – Ares diz, friamente e tentando debochar da cara de Poseidon.

Lanço-lhe um olhar mortal.

Ele dá de ombros, entediado.

A lua iluminava nossos passos.

Ártemis... Minha Ártemis, era quem iluminava nossos passos.

[...] POV/HEFESTOS.

Preciso acha-la. Não posso perde-la. Não posso...

Repeti isso, mais algumas vezes para mim.

Meus passos eram rápidos, eu conhecia bem algumas bestas que aqui faziam moradas. Elas eram cruéis, fariam de tudo para emergirem no mundo mortal, mais uma vez.

Eu já empunhará meu martelo.

Este lugar não e de confiança, qualquer descuido e eu poderia ser atacado. Mas meu medo não era esse, era de que Atena fosse atacada. Nos dois dias que permanecerá presa, ela pouco se alimentou. Deveria esta fraca, não conseguiria enfrentar uma dessas bestas.

Preciso acha-la. O mais rápido possível.

Aumento a velocidade de meus passos.

[...] POV/POSEIDON.

- Pronto ? – Pergunto, impaciente.

Hades me olha feio. Ares me ignora. Apolo nada diz.

A mais o menos quinze minutos e doze segundo eles se sentaram, para descansar.

Eu estava impaciente.

Atena pode está correndo perigo, não posso me dar ao luxo de descansar.

- Calma, mais sete minutos – Pede Hades.

Suspiro.

Eu não poderia exigir dos mesmo tanto.

- Eu irei dá uma volta – Digo, já me afastando.

- Poseidon – Ouso Apolo me repreender.

Sigo meu caminho, ignorando os pedido para que eu volte, de Apolo e Hades.

Vasculho o lugar com o olhar, procurando uma pista do paradeiro da minha loira.

Nada.

Suspiro.

Caminho em passos rápidos.

Aquela parte do Elísio era grande, muito grande.

- Pronto – Brandi, Hades.

Lá estavam eles, prontos para partirem.

Como me acompanharam ?

- Vamos – Chama Apolo.

Ainda bem !

- Onde estamos, mesmo ? – Pergunto a Hades.

Caminhávamos rapidamente.

- Estamos na parte Norte do Elísio. Como, evidentemente Atena não esta aqui, já que vasculhamos cada misero cantinho, só nós resta a parte Sul do Elísio – Diz.

Guiando-nos com mestria.

Andamos mais algum tempo, até que avisto uma grande floresta escura.

- Aquela é a parte Sul ? – Ares pergunta diretamente para Hades, ele parecia está nem um pouco entusiasmado em entrar naquele lugar sombrio.

- Sim – Responde.

- Bem aconchegante ele é – Diz debochado.

Nós deparamos com um Luke todo ofegante saindo de lá.

- O que fazias lá ? – Hades pergunta desconfiado.

Apolo materializa seu arco, já carregado com uma flecha, e aponta-o para o garoto.

Ele levanta as mão em sinal de rendição.

Quando ele abre a boca, dispara à falar.

Conta-nos tudo, desde luta com Éris até o momento em que Atena o deixou, seguindo o rio.

- Precisamos encontra-la. Se ela chegar até onde meus guardas ficam, com certeza vai ter dado viajem pedida, pois todos eles estão em sua busca, mas em outras partes do submundo – Hades diz, frustrado.

- O que estão esperando ? – Pergunta, petulantemente o jovem Luke.

- Volte para o Elísio Norte, não sai de lá – Ordena, Hades.

- Obrigada... Por tentar ajuda-la – Digo, agradecido.

Ele nada diz, apenas acena e se afasta, rapidamente.

Adentro a floresta Sul, rapidamente. Disposto a só sair de lá, com minha deusa da sabedoria.

[...]

Acordo assustada.

- Onde estou ? – Pergunto para mim mesma.

Ouso uma risada insana.

- Bem-vinda ao seu novo lá – Uma voz estridente diz.

Vasculho o lugar a procura do dono ou dona da voz.

Tento me levantar do chão frio em que eu estava deitada.

Atenta a qualquer movimento.

Meu corpo doía miseravelmente.

- Apareça – Ordeno.

- Nananinanã. Eu só faço o que quero, não o que me mandão – Fala, em uma voz infantil.

Em um canto da sala de visitas um silhueta feminina começa a se forma.

Logo tenho a minha frente tenho uma mulher.

Predo a respiração.

- Quem... Quem é... Você ? – Minha voz sai falha.

A mulher a minha frente mas parecia uma daquela bruxas más de contos de fadas.

Longos cabelos pretos e encaracolados, mas pareciam um ninho de ratos. Seus olhos eram castanhos e loucos.

O sorriso que sustentava no rosto amostrava seus dentes podres.

Aquele vestido preto antigo estava desbotado e rascado, em vários lugares.

Ela me olha, como se eu fosse algum premio.

- Eu só aquela que vai te usar para sair desse inferno – Diz.

Logo sinto correntes aparecerem prendo meus pulsos e pés.

Em que merda eu fui me meter ?