Más Vale Tarde Que Nunca ! escrita por Joycce Andrade


Capítulo 28
Sou Um Pássaro Enjaulado !


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do cap, fiquei feliz pela quantidade de comentários que recebi no cap passado *-* Espero que gostem desse cap.
Desculpem os erros ortográficos.
Boa leitura.



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Acordo me sentindo indisposta, uma leve dorzinha de cabeça e um cansaço chato. Nada tão mortal assim.

Da janela posso ver que era dia, não sei que horas.

10:15 ! Vejo no despertador ao lado da cama, no criado mudo.

Olho em volta, percebo que estou em meu quarto, na fazenda de Poseidon. Faço uma varredura no local, a procura do mesmo ou de alguma alma viva.

Nada. Estou completamente sozinha.

Mas onde se meteram ?

Me levanto vagarosamente da cama. Meu corpo todo protesta assim que me ponho em pé. Me arrasto lentamente até meu closet... Sim, eu tenho um closet na fazenda de Poseidon. Ele quem quis que todas as minha roupas fossem mandadas para cá, não sei porque, já que não pretendo ficar muito tempo aqui. Sinto falta do Olimpo.

Vasculho aquele cômodo a procura de algo apresentável e confortável. Primeiramente coloco uma lingerie rendada, preta. Pego uma blusa azul de mangas compridas, simples. Uma calça jeans preta. E por ultima, um lindo par de sapatilhas branca com o ponta preta.

Básica e confortável.

Me dirijo ao banheiro. Ligo a torneira e deixo a banheira se encher.

Preciso relaxar. Um banho de banheira sempre me acalma, não sei porque.

Coloco alguns sais de banho, que encontro em um suporte de vidro, a cima da banheira. Espero mais uns minutinhos e... Pronto.

Ah ! Que delicia !

A água estava quentinha e perfumada. O cheiro de flores do campo invade o banheiro, vindo dos sais de banho.

Relaxo todos os meus músculos.

Um rosto vem em minha mente.

Porque não consegui salvar aquele garoto ? Ele era tão jovem para... Morre.

Uma tristeza me abate. Lagrimas involuntárias escorrem de meus olhos, tento espantar esses pensamentos tristonhos, me lembrando de Poseidon, meu noivo. Sorriu com isso. Mas logo meu sorriso morre ao me lembra de Hefestos. Uma amargura cresce em meu peito.

Como ele pode me atacar ? Ele era meu amigo... Meu irmão.

Nesses últimos dias tentei não pensar no mesmo, só que não consigo mais me impedir de não pensar no mesmo.

Ele foi meu amigo, meu irmão, não creio que ele fez tudo aquilo para me sequestrar, ou sei lá o que. Nem tudo que reluz e ouro.

Passo mais alguns minutos na banheira, mas assim que percebo que meus dedos já se enrugavam, saiu apressada.

Me seco e me visto, calmamente. Faço uma trança básica que aprendi com Ártemis. Faço uma leve maquiagem.

Em outra ocasião, eu até que dispensaria a maquiagem. Mas agora sou noiva, tenho que ficar bonita pelo menos para meu noivo.

Passo meus dedos pelos diamantes da aliança. Riu bobamente.

Termino de me arrumar.

Look: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=83071191&.locale=pt-br

Me volto para meu reflexo no espelho. Eu estava pálida demais, meus cabelos compridos iam até minha bunda, estavam sem muito brilho. Eu tinha leves olheiras, a maquiagem não cobriu-as totalmente. Fujo de meu reflexo.

Estou horrível ! Preciso saber de Ares e Afrodite.

[...]

Caminho pelos corredores da “casa-mansão”. Tudo estava quieto, muito quieto. Aqueles corredores já eram-me familiares. Nem me perdia mais, graças a minha memória fotográfica. Passo enfrente a uma porta, onde era o escritório de Poseidon.

- Ela não deve saber – Escuto Poseidon fala, de dentro do escritório.

- Não concordo com isso. Atena tem que saber – Ouso uma voz feminina brada.

Ártemis ?

- Ela merece saber – A ruiva insiste.

Sabe o que ? Cada Afrodite e Ares ?

Me reencosto na porta, para escutar melhor, afinal... Eram de mim que estavam falando.

- Ela já tem muitas coisas na cabeça, não vamos lhe dar mais essa preocupação. Talvez a mulher loira da visão de Apolo não seja ela – Papai fala.

Apolo teve uma visão sobre mim ? Essa e a única coisa que consigo assimilar.

- Então vamos ficar aqui é esperar que não seja ela, é isso ? – Pergunta Apolo, amargo.

- Atena não sairá mais dessa fazenda, o Olimpo ainda não é seguro para ela. Eu já falei com Hécate, ela reforçará os encantamentos da ilha onde Hefestos se encontra. Ele não sairá de lá tão fácil. Eu contarei com você, Poseidon... Não deixe que ela fique em perigo, ou eu mesmo tratarei para que você nunca mais a veja – Papai ameaça, calmamente.

Como assim não sairei mais daqui ? O que Hefestos tem haver com tudo isso ?

Sinto uma vertigem. Me encosto na porta, tentando me equilibrar e continuar em pé. A vertigem passa.

- Se isso foi uma tentativa de me meter medo, você não consegui irmãozinho. Mas não se preocupe, Atena não sairá daqui - Fala convicto.

Isso e o que nós vamos ver, meu caro, penso rebeldemente.

- Espero, realmente espero – Diz, mal humorado.

O que esta acontecendo ? O que eu não posso saber ?

- Você tem certeza que na sua visão era meu filho – Hermes se pronuncia – Luke está... Está... Ele... Morreu – Fala, dolorosamente.

O que ! Luke... Castellan... Oh ! Isso já esta ficando muito bissarro.

- Tenho, era ele – Apolo fala, convicto de sua visão.

- Conte-me de novo – Pede Hermes.

Um silencio reina por alguns instantes.

- Uma porta e aberta, então ele surge, seu semblante é calmo, mas quando ver algo fica surpreso, depois irritado. Muitas emoções passam por seu rosto – Fala.

Não estou entendendo nada.

- Eu acho melhor encerramos esse assunto. Atena logo acordará, preciso ver como ela está. Sem contar que Ares ainda está uma fera com Afrodite – Poseidon diz.

Ouso passos se aproximando da porta.

Droga... !

Corro, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Não sei ao certo para onde estou indo, apenas deixo meus sentidos me guiarem.

Luke Castellan... Eu não sai mais daqui... Ares e Afrodite brigados... Poseidon me escondendo coisas... Papai ameaçando me tirar de Poseidon... Hefestos me tido em toda essa bagunça... Pelos deuses, minha vida esta um inferno.

[...]

O lugar cheirava a ração, estrume e... Bosta de cavalo. Mas o que se esperar de quando você esta em um estábulo ? Cheiro de rosas ?

Os belos cavalos e pegasus – Que estavam disfarçados de cavalos normais – que ali tinham me olhavam como se eu fosse uma intrusa. Mas até pouco tempo atrás eu não me dava bem com Poseidon, seu criador.

Vejo um dos muitos empregados da fazenda. Ele penteava a crina de um cavalo Puro-Sangue Inglês. Como sei ? Digamos que eu gosto de me inteirar de todos os assuntos possíveis.

Lindo animal, penso.

Ele era todo preto, olhos grandes castanhos. Crina longa e sedosa, e tinha uma calda lindíssima, também.

Cavalo: http://www.racas-cavalos.com/Imagens/cavalo-puro-sangue-ingles-selvagem.jpg

O empregado que penteava a crina do Puro-Sangue Inglês ainda não havia notado a minha presença. Mas assim que nota, fica surpreso.

- O-oque a s-senhora faz aqui ? – Pergunta, desajeitado.

Olho para o senhor já de idade a minha frente. Ele tinha um rosto cansado, mas feliz. Cabelos grisalhos e uma barba rala.

- Só vim espairecer – Falo, olhando os cavalos em seus cubículos.

Me lembro que nem todos os empregados que estavam naquela fazenda sabiam da existência de nós, deuses. Eu tinha que ser cautelosa.

- São lindos – Falo, despreocupada.

Eu preciso de pelo menos um momento de paz, não posso remoe o que escutei no escritório, pois se não, irei enlouquecer. E uma deusa louca e o que menos se precisa no momento.

O senhor, agora ao meu lado sorri para mim.

- São mesmo, o senhor Smith cuida muito bem deles – Fala.

Smith ? Há sim... Poseidon.

- E verdade.

- A senhora e mulher do senhor Smith, certo – Pergunta, levemente desconfiado.

- Ainda não – Falo corando – Me chame de Anita.

Nem sei se um dia vou ser mulher dele, penso, amarga.

Ele sorri para mim.

- Se a senhora Anita não se importa, tenho que desembaraçar a crina da Layla – Fala, em tom de desculpas.

- Layla ?

Ele acena com a cabeça para uma linda Haflinger dentro de um dos muitos cubículos. Fico encantada pela beleza daquele animal, ela era linda.Ela era cor de amendoim, com olhos grandes, pretos. E tinha uma mancha branca na testa. A crina dela era loira, assim como a calda.

Cavalo: http://cavalos.mundoentrepatas.com/imagenes/cavalo-haflinger.jpg?phpMyAdmin=PfqG0iessiXP%2C5Zcan9pxZp0nv2

Linda !

- Posso escovar ? – Peço, animada.

Ele me olha, desconfiado.

- A senhora pode acabar quebrando a unha, ou até sujando sua roupa – Avisa.

Riu.

- Não tem problema – Afirmo.

Ele parece desconfiado.

- Senhor Smith não iria gosta, creio eu – Fala, pensativo.

- Ele não precisa saber, creio eu – Falo, sorrindo.

Ele franze a testa.

- Creio que isso não vai ser possível – Fala, enigmaticamente, olhando para um ponto fixo do estábulo.

- Por que não ?

Ele inclina levemente a cabeça e acena, olho para onde o mesmo acena. Poseidon irrompe o estábulo, ofegante e preocupado. Assim que me vê abre um largo sorriso.

Ah não... ! Por que justo agora ?

Sinto seus braços me envolverem em um abraço de urso.

- Porque não ficou no quarto, mocinha ? – Seu tom era repreendo.

Suspiro, me lembrando da conversa no escritório do mesmo.

Será que é porque você que me engaiola, como se eu fosse um animalzinho indefeso ? Não sou um pássaro indefeso, sou uma grande deusa, entenda, peço mentalmente.

- Cansei de ficar naquele quarto – Falo, calmamente.

Tento não transparecer minha raiva.

- Mas a senhorita não esta totalmente recuperada – Afirmar – Alan tem que te examinar – Fala, se referindo a Apolo.

Suspiro indignada.

Nem aqui terei paz ?

- Hum... Depois eu vou, para Alan me examinar. Agora quero pentear o crina de Layla – Falo me livrando de seus braços.

Pego uma escova diferente das normais, essa em minha mãos eram própria para pentear cavalos.

- Nananinanão ! – Ouso Poseidon falar.

Nem ligo.

Me dirijo ao cubículo de Layla, que olhava tudo curiosa.

Tá vendo o que eu tenho que aguentar ?

Sinto mãos fortes segurarem minha cintura, me impedindo de continuar meu trajeto.

- Eu disse que não, primeiro Apo... Alan te examina, depois você pentear a crina de Layla – Fala, me puxando para junto de si.

Bufo indignada, com sua atitude medieval.

Olho em volta e percebo que já estamos sozinhos, o velhinho que estava aqui havia sumido.

- Poseidon, me solta – Mando, sussurrando.

- Não, Apolo precisa ver se você esta bem – Fala.

- Vão ao Tártaro você e Apolo – Mando me desvencilhando de seus braços.

Jogo a escova de cavalos em um canto qualquer do estábulo. Me dirijo para fora do estábulo, com Poseidon na minha cola. Vou andando rapidamente em direção a casa grande, ao mansão se assim preferirem.

Casa-Mansão:http://blu.stb.s-msn.com/i/6D/195B226EBCC711E12641402E8B6FB_h401_w598_m2_q90_cIXofbdkr.jpg

Adentro feito um furacão na casa. Logo na entrada me deparo com papai, Apolo e Ártemis andando de um lado para outro, preocupados.

- Querida ! – Papai vem e me abraça.

Logo Apolo e Ártemis também me abraçam.

Suspiro cansada.

Porque todos acham que sou tão vulnerável assim ? Não sou inútil.

Me jogo em um confortável sofá, exausta. Fito todo o cômodo, para não olhar para nenhum deles. Linda e Luxuosa e aquela entrada.

Entrada: http://www.dudugontijo.com/wordpress/wp-content/uploads/2012/09/mansao-manhattan.jpg

Logo sinto Apolo me examinando, não tento impedir, meu cansaço era imenso, tanto físico quanto mental.

Não sei o que acontece, apenas apago, caindo no mundo de Morfeu.

Sou um pássaro enjaulado, sem vontade de lutar, e com medo de perde quem mais amo. Porque tudo tem que ser tão difícil para mim ?




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Notas finais do capítulo

Comentem. Adoro ler e responder vossos comentários *-*
BjsS.



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