Más Vale Tarde Que Nunca ! escrita por Joycce Andrade


Capítulo 24
Amar foi meu erro ? Ou não lidar com o amor ?


Notas iniciais do capítulo

Esse cap e dedicado a Annie Cresta, que foi quem deu a ideia de fazer o POV do Hefestos. Espero que gostem.
Nome completo do cap " Amar foi meu erro ? Ou não saber lidar com o amor "
Boa leitura.



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Observo o horizonte de meu quarto, ou prisão. O sol já se deitava preguiçosamente. Não me agradava nem um pouco ficar trancafiado naquela ilha irritante. A solidão era minha única companheira, a não ser pelas visitas secretas dela...

Qual foi meu pecado ? Amar, apenas amar. Esse foi meu pecado !

Suspiro indignado.

Como Poseidon pode ter-lhe ? Um ser tão puro e inocente como ela, não deveria ser nem ao menos olhado por aquele ridículo peixe do mar. Ele se acha no direito de ama-la... Verme miserável !

Ouso a porta de meu quarto ser aberta.

Até que fim você chegou !

Suspiro mais calmo já sabendo quem era.

- Você... O que é agora ? – Pergunto surpreso, ao ver que não era ela ali, e sim minha digníssima mãe.

- Nada, apenas vim saber como você estar. Esperava mais alguém ? – Pergunta-me desconfiada.

Ela estava deslumbrante como sempre, em seu vestido esvoaçante branco.

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Uma verdadeira rainha. Pena que seu coração podia ser tão amargo quanto um limão azedo.

Ela senta-se em minha cama de casal. Aquele quarto era grande e moderno, não era uma prisão tão repugnante assim, apesar deu preferir meu quarto no Olimpo. Vejo a tão imponente rainha Hera desmoronar em lagrimas a minhas frente. Como uma rainha soberana pode se presta a tal papel ?

Lastimável !

Caminho até a mesma, estendendo-lhe um lencinho, que havia em meu bolso, por puro cavalheirismo, pois nem pena eu sentia dela.

- Filho, por que ? Eu só quero saber o motivo de você ter feito tudo aquilo – Pergunta-me com a voz embargada.

Se eu disse que eu algum momento senti remorso pelo que eu fiz, e que vou fazer, estarei mentindo, mas sempre e bom mentir.

Atena tem que ser minha... Vai ser minha.

- Mamãe, sei que minha atitudes não foram das mas dignas, e só que... Eu á amo – Apelo para o controle sentimental.

Uma das boas coisas que tirei daquele casamento torturante com Afrodite, foi atuação. Eu atuei tanto para fazer-lhe pensar que eu a amava e que estava enraivecido com as traições dela, que quase ate eu mesmo me convenço. Todos me viam como um corno idiota, o que em momento algum foi verdade, já nem ama-la eu consegui. Não nego que tentei ama-lhe, mas não consegui. Meu coração foi sempre voltado para Atena. A mais bela deusa olimpiana.

- Filho, para demonstrar tal sentimento, você não precisa se unir aquela vagabunda de Anfitrite. Ela envenenou sua cabeça – Fala calmamente, suas palavras demonstravam uma ternura nauseante.

Doce ingenuidade !

Mal sabem todos que na verdade quem envenenou a cabeça de Anfitrite fomos nós. Aquela vaca não queria se vingar do tão amado Poseidon, por mero medo. Tivemos que a persuadir, foi difícil, mas a mesma e tão estúpida que nem se deu conta que era um mero pião em nossas mãos. Eu quero meu amor e ela que sua vingança. Somos a dupla perfeita, pena que Anfitrite não esta incluída, foi logo descarta, mas que ainda tem sua utilidade e só ela continuar presa.

Faço cara de cansaço.

Eu não tava com paciência para aturar aquela mulher.

- Mãe, sei que o que eu fiz não tem perdão, mas mesmo assim... Peço seu perdão e o dela, minha amada.

- O meu perdão você tem, já o dela não posso garantir, ela esta abalada – Fala, seriamente.

Suspiro fingindo falso remorso.

- Tudo bem !

[...]

- Até que fim aquela bruxa foi embora – Uma voz feminina e conhecida fala, entrando em meu quarto pela janela.

Olho para a mesma, ela normal. Bem... Normal para os padrões dela.

Um vestido preto de festa, uma jaqueta de coura – Essa mania de usar coisas de couro ela aprendeu com ele – E por fim uma ankle... alguma coisa de couro.

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- Conseguiu falar com eles ? – Pergunto indo direto ao assunto.

Ela sorri desdenhosa.

- Mas e claro, o que eu não consigo ?

- Ser igual a Afrodite.

Toco em seu ponto fraco, vejo a mesma se retorce em ódio.

- Não me provoque Hefestos, não to com paciência para escutar suas gracinhas hoje – Fala trincando os dentes.

Riu sinicamente.

- Você e tão fácil de se irritar – Falo sorrindo.

- E você e tão estúpido, se não fosse tão mole assim talvez conseguisse Atena para si – Fala provocativamente.

Estremeço de ódio.

- Não me provoque. Se lembre que soa mais forte que você – Falo irritado com sua ousadia.

Ela da de ombros.

- Se fosse tão forte assim não teria sido levado para uma das prisões de Poseidon – Rebate.

Maldita ! Vaca desgraçada !

Tento me controlar para não voar no pescoço dela.

Meu olhar para a mesma era fulminante.

Ela sorri amarelamente.

- Tudo bem ! Vamos para de nos alfinetarmos, não somos inimigos – Fala levantando as mãos em sinal de rendição.

Suspiro me acalmando, já que ela tinha razão. Não éramos inimigos. Sem contar que eu precisava da mesma, ela era fria, inteligente, sabia disfarça bem. Tudo bem que tudo o que ela sabia ela tinha aprendido convivendo com o grande amor da vida dela, o que era patético.

Mas isso não vem ao caso.

- Tudo esta pronto então, para nossa próxima tentativa ? – Pergunto, me senta em minha cama. A mesma se senta na poltrona ao lado da cama.

- Se você não fosse tão fraco, não precisaria haver uma próxima vez – Fala distraidamente.

- Como é ?

- Nada não. Bem... Tudo esta pronto sim. Ao seu comando começamos a executar o plano – Fala tentando me desviar de minha pergunta.

- Precisamos descobrir uma forma de me tirar daqui.

- Se você não fosse tão...

- CALA A BOCA ! – Grito histericamente, já perdendo a paciência com a mesma.

Ela se levanta da poltrona sobressaltada e com medo.

E bom ter medo mesmo !

- Calma, você tá meio nervoso – Fala se afastando um pouco de mim.

- Quanto mais tempo eu posso nesse inferno, mas tempo ela fica lá, com aquele idiota infeliz, curtindo o namorinho dos dois. E para completar, ainda tem você me irritando mais ainda.

- Desculpa-me ! – Pede cabisbaixa.

Olho para a mesma, ela não tinha culpa de nada. Ele era quem tinha, aquele idiota que se achava o cara. Ele ia pagar, não ia ficar com ela não, não mesmo. Ela seria minha, custe o que custar. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado. Desculpem algum erro ortográfico. Comentem *-*
BjSS.