Más Vale Tarde Que Nunca ! escrita por Joycce Andrade


Capítulo 22
Como Uma Jarrinha Daquela Pode Fazer Tanto Barulho


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do cap *-* Fiz com todo o meu amor para vcs viu *-*
Gente, eu produzi uma one, sobre o Apolo e a Ártemis e eu queria pedir que os interessado e que gostem desse casal dar uma olhadinha.
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Boa leitura.



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DOR. Só existe dor. Minha cabeça, meu peito... Uma dor alucinante. Meu corpo, meu braço. Dor. Tudo se resumia em dor. Dor era a palavrinha sussurrada na penumbra de meu inconsciente fatigado.

Onde estou ?

Embora eu tentasse, não consegui abrir meus olhos. Vozes são ouvidas por mim, as palavras sussurradas ficam mais claras... Um farol em toda essa escuridão.

– Ela sofreu uma fratura no crânio, fina como um fio de cabelo, mas não fatal.

Essa voz, eu conheço essa voz... Apolo !

– Por que ela não acorda, Apolo ?

Poseidon, amor...

– Ela sofreu um grave trauma na cabeça. Mas sua atividade cerebral está normal. Bem, normal para os padrões da Deusa da Sabedoria. Ela vai desperta quando estiver pronta. Basta esperar.

Sinto algo transpassar por minha bochecha, era... Uma caricia.

Poseidon !

– Acorde logo, meu amor – Suplica baixinho, bem perto de meu ouvido.

Tento mover minha mão, mas é em vão. Nada se meche, absolutamente nada.

Sinto o mesmo depositar um selinho em meus lábios. Relaxo mais, e com isso a inconsciência novamente toma conta de mim, me tirando a dor.


TODOS os meus membros pesam e doem: Cabeça, mãos, braços, pálpebra, nada se move, nada mesmo. Meus olhos e minha boca estão resultantemente fechadas, negando-se a abrir, deixando-me completamente as cegas. À medida que emerjo das névoas, minha consciência vai voltando. Vozes vão ficando mais nítidas.


– Não vou sai de perto dela – Poseidon fala... Triste.

Preciso me levantar, eu quero me levantar.

– Você precisa descansar. Eu fico com ela – Uma voz feminina e embargada por tristeza fala.

Ártemis !

– Não, não vou sai daqui até ela acorda – Fala inquieto, encerrando o assunto.

– Ela logo acordará – Fala um tanto mais feliz.

– Espero que sim – Fala ele, desanimado.

Um silêncio não muito duradouro se instala.

– Eles vão pagar, muito caro – Poseidon fala, enraivecido.

Eles quem ?

– Onde eles estão, Poseidon.

– Em minha prisão – Fala, vagamente.

Sinto o mesmo acariciar meus cabelos, carinhosamente.

A névoa volta a me cobrir, me levando para longe da dor lacerante do meu corpo.


A NÉVOA se dispersa. Não tenho nenhuma noção de tempo.


– Quando ela acorda, nãos duas vamos fazer compras, muitas compras – Uma voz feminina e chorosa fala.

Afrodite !

Logo escuto risadas baixinhas.

Eu quero acorda, não quero dormi mais.

– Eu também posso ir – Ártemis pergunta, ainda rindo baixinho.

Não era uma de suas risadas mais felizes, mas ela estava tentando.

– Mas é claro – Fala, a purpurina em pessoa.

Tento ri, mas não consigo.

– Ela vai ficar bem, vaso ruim não quebra – Uma voz conhecida fala.

Vaso ruim ? Ares eu te mato...

Luto contra a névoa... tento... Mas por fim, ela ganha. Novamente estou entrando na inconsciência.

Não...


ISSO tudo e sua culpa ! – Uma voz fria e cortante me tira da névoa.


Pai !

– Não me diga. Culpe aquele seu filho retarda, não a mim – Poseidon estava zangado, muito zangado.

Ouso um risada fria.

Papai, não o culpe. Por favor...

– Eu acho bom ela corda logo, porque se não...

– Porque se não o que ? O que você vai fazer, hã ? Você não liga para ninguém, a não ser você. Seu egocêntrico de merda.

Parem... !

Ouso um relâmpago soar alto e assustador.

A escuridão me envolve, mais uma vez, e sou sugada para baixo...

Não !


ELE foi solto ! – Ares fala, indignado.


Como ? Quem ?

– O QUE ! – Posso sentir a ira dele, do meu amor.

– Poseidon, se acalme – Hades pede.

Hades ?

– Quem pediu ? Só pode ter sido aquele cretino do meu irmão – Fala, descontrolado.

– Na verdade, não – Hades, ele já sabia disso.

– Quem foi ?

Calma, amor !

– Hera... – Ares fala, indulgente.

– Vaca desgraçada...

O mundo afunda, escurece e eu apago. A névoa me abraça como se fossemos velhas amigas.

Não, de novo não...


DESCULPE-ME, Poseidon. Mas ele e meu filho. Se ponha em meu lugar – Uma voz feminina, triste, derrotada fala.


Hera !

– Não, Hera. O que você fez, eu não vou perdoar nunca. Você deixou aquele vadio miserável a solta. Você esta pondo em risco a vida da mulher que eu amo. Isso eu não vou perdoar.

Amor...

Ouso soluços vindos dela.

O que esta acontecendo aqui ?

A doce e familiar inconsciência me chama. Mas uma vez entro no mundo de Morfeu.


ELA não fez por mal, Poseidon. Ele e filho dela, o instinto materno e maior que qualquer coisa – Íris fala.


Hum... O que essa galinha flamejante faz aqui ? E porque ela tá falando com MEU homem, com essa intimidade toda ? Se eu pego essa...

Tento me acalmar.

– Fazendo ou não por mal, ela não vai ter meu perdão - Ele fala, irritado.

TOMA FLAMINGO DE FÁRMACIA !! Penso, maldosa.

– Tudo bem ! Mas ela não esta nada bem com isso. Zeus também á esta crucificando – Fala, docemente.

Deixa eu poder me mexer pra você ver. Eu vou te depenar todinha, sua galinha hipócrita.

– Não quero saber – Ele fala, encerrando o assunto.

Um silencio bem-vindo por mim se instala naquele ambiente, ainda desconhecido por mim. Penso até que ela foi embora.

– Como ela esta ? – Pergunta com a voz transbordando compaixão.

Maldita !!

Tento me manter acordada. Tento mesmo. Quero vê-lo. Mas meu corpo não me obedece, acabo caindo em névoa, mais uma vez.

Merda, não...


Sinto uma necessidade absurda de tomar água. Abro meus olhos. Estou em um ambiente acolhedor. Um quarto, todo revestido em madeira real. Muito lindo. Estava tudo escuro, a não ser pela claridade que emanava de uma janela aberta. Era noite, ou madrugada. Testo meus membros. Braços se movendo, ok. Pernas também se movendo, ok. Cabeça...


– Ai ! – Exclamo baixinho de dor.

Minha cabeça parecia prestes a estoura de tanta dor. Fecho meus olhos por um instante. Quando volto a abrir a dor tinha passado mais.

Olho a minha volta. Duas portas, banheiro e closet. Duas janelas. Um criado mudo. Um abajur em cima do criado mudo. Uma poltrona. Um Poseidon sentando na poltrona. Mas uma porta, a de saída. Uma cama grande em que eu estava deitada... Pera...

Poseidon !!

Me volto para o moreno que estava lindamente dormindo na poltrona, ao lado da cama. Ele ressonava baixinho.

Tão lindo... Tão meu ! Sorriu com esse pensamento.

Minha garganta arde, ao eu tentar engoli minha própria saliva. Me volto para o quarto a procura de água. Bem ao lado do abajur, em cima do criado mudo tinha uma jarra d’água e um copo.

Como eu não vi isso aqui antes ?

Me estico um pouco para pegar a jarra e o copo. Meu corpo reclama um pouco, pois eu ainda estava dolorida. Não meço o tanto de água que continha na jarra. Assim que pego a mesma, minha mão desfalece em dor, fazendo a jarra cair no chão. Um baque ensurdecedor ocorre. Sabe quando você tá em um lugar calmo sem barulho algum e um alfinete cair e faz um barulho enorme, pois é ! Imagine você em um lugar calmo sem barulho algum, imaginou ? Pronto, agora imagine um tanque de guerra caindo justamente ao lado de onde você esta. Tai, esse foi o barulho que a jarra fez. Alto não ?

Droga !

– O que ? – Poseidon acorda assustado, olhando para todo os cantos.

Poderia ser uma cena cômica, se eu não tivesse tão dolorida e com a cabeça latejando por conta do barulho da jarra se quebrando.

Assim que sua atenção recai sobre mim, vejo o mesmo da uma vacilada. Ele me olha por uns instantes, como se eu fosse uma alucinação ao coisa parecida.

A porta do quarto e aberta – Arrombada – bruscamente. 5 figuras peculiares e alarmadas adentram o quarto, apavorados com o barulho, suponho eu. Ares já estava com sua espada na mão, Afrodite segurava ameaçadoramente um vaso de flores nas mãos, Apolo e Ártemis já empunhavam seus arcos, e papai... Bem, ele segurava assustadoramente um de seus raios nas mãos.

Assim que os mesmos me veem, ficam paralisados.

– O que foi ? O que aconteceu ? Eu ouvi um barulho. O que aconteceu ? – Hermes adentra o quarto armado até os dentes.

Ele empunhava uma lança e um escudo, e estava atordoado. Mas pronto pra guerra.

Como uma jarrinha daquela pode fazer tanto barulho ?

Todos estavam a me encarar, como se eu fosse um animalzinho raro em exposição no zoológico.

– Oi – Falo envergonhada.

Será que nem água em vou conseguir beber hoje ?


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Notas finais do capítulo

Gostaram ? Então comentem, e se não gostaram, comentem do mesmo jeito tá *-*
Para quem não leu ainda, ou não viu o meu recadinho nas notas inicias do cap, eu tenho uma nova fic, não uma fic uma one do casal Apolo e Ártemis, quem quiser ler, pode ler viu *-*
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BjSS